31 dezembro 2008

O que me trouxe 2008?

Não vou falar das doenças, das incertezas, da possibilidade de cegar, de ficar incapacitada, de, de... vou falar do que me trouxe de bom.
Em 2008 foi-me oferecida a vida, o bem mais precioso que possuimos e que sem ele, nada, mesmo nada se pode concretizar.
Esquecemo-nos disso, falo por mim, relembrei aquando da possibilidade de poder não estar aqui, hoje e agora, melhor que no final do ano de 2007, pior que estarei no final de 2009 :)
Trouxe-me o afago dos carinhos da familia e amigos, trouxe-me mais demonstrações de afecto por familiares e amigos, mais abraços, mais palavras encorajadoras, mais vontade de viver esta vida que tenho nas minhas mãos, cujo destino, ainda que acredite numa entidade superior, pode ser moldado por mim, por nós, por quem me rodeia. Fazer dos nossos dias melhores por vezes só depende de nós mesmos e da forma de olharmos os problemas, porque às vezes, na maioria das vezes direi eu, não são problemas, são contratempos.
2008 trouxe-me mais preocupação comigo e com os outros, conhecidos e desconhecidos, mostrou-me que há sempre uma realidade pior que a nossa e que muitas vezes, essas pessoas que as vivem são felizes assim mesmo. Aprendi a valorizar o que tenho e não a ficar " desiludida " com o que não tenho ou gostaria de ter. Não deixei de sonhar, nem de ter objectivos na vida, deixei de os tornar tão dificeis de alcançar, ou que exigissem tamanho sacrifício que depois de facto, no final, a conquista não valesse o esforço.
Aprendi a mensurar muito melhor, a distinguir e a saber o que realmente quero e o que quero realmente é ser feliz, é ver a minha filha crescer saudável, justa, equilibrada e feliz, é dar abraços porque sim, é mostrar menos cólera, relativizar os problemas, não endoidecer em busca das soluções que às vezes não existem.
Percebi que não sou a super-mulher que muitas vezes tentei ser, sem desilusão, aceitei a minha condição de humana e essencialmente, assumi a minha mortalidade.
A mudança começou em 2007, em 2008 consolidou-se a minha forma de viver a vida, como só os anos de tempestade o conseguem fazer e por isso mesmo, mais que nunca, acredito que quase tudo tem um propósito e que de quase tudo se podem retirar boas elações e viver os bons momentos.
" Renasci " para o que espero ser uma vida melhor. Espero daqui a uns anos, não me esquecer destes ensinamentos destes 2 últimos anos.
2009 está aí à porta e eu sinto uma paz de espírito indescritivel.
Feliz 2009!

Acabar o ano em beleza

Com disparates meus, pois claro.

Frase do dia:

Apetece-me tanto trabalhar hoje, como ir a Marte. Está frio e de chuva para ir até Marte...

Feliz Ano de 2009

Mais do que nunca, porque de facto há situações que nos levam a valorizar ainda mais aquilo que temos como garantido, este ano desejo muita saúde, paz, amor, felicidade, sorte e dinheiro, para mim e para os meus amigos e familiares.
Que para o ano, na mesma altura eu possa dizer que os meus desejos se realizaram.

Cresceu um bocadinho

Não consigo traduzi-lo em centimetros que ainda não a medi e ainda que o faça, não será algo de muito mais que uns 2, vá 3 cms, mas nela é um feito, que tem tempos imensos em que estabiliza em altura e quase em peso.
De peso sei que está algures entre os 12,900gr e os 13 kgrs, ou estava há umas 2 semanas atrás. Da altura deve andar pelos 91/92cms.
Continua a ser a mais pequena da sala dela e não a mais nova, mas a diferença para algumas já é mínima.
Noto na roupa que já não vestia há tempos e que agora percebo que não vestirei mais. Claro que falo de roupas do ano passado que no dito estavam grande e agora já não as veste. Roupas que quase não vestiu, vale que não são muitas.
Da roupa comprada para este Inverno, no início do Outono, comprada prepositadamente grande, ou supostamente folgada, está boa. Falo de camisolas de tamanho 3 anos e casacos tamanho 3 e 4 anos sem dobras nas mangas, um feito.
Eu andava a duvidar dos tamanhos dos exemplares, por serem todos da mesma marca, mas no Natal recebeu de outras tamanho 3 anos que estão bem.
Calças já é outra história e boas mesmo estão as de 92 cms( 2 anos ), mas para dar para o resto da estação mais vale as de 3 anos com uma bainha pequena ( que eu não gosto de dobras, manias ).
Sapatos ainda está na fase do " não sei que número calça ", mas anda algures num 23 folgado, se bem que hoje tive de lhe ir comprar novas sapatilhas de ballet, que as que tem, tamanho 24 tinha já os dedos tipo unhas de papagaio para caberem nas ditas. Não comento a minha vergonha quando o descobri no dia da apresentação do ballet nem o meu pensamento de " mas que mãe desmazelada que não verificas-te isso ".
Surpresa é que para que ficasse o espaço recomendado pelos podologistas, o número de sapatilhas que veio foi o 26. É um 26 que equivale aos 23 dos sapatos dela, mas o número ainda me está aqui a martelar como se me quisesse negar que a " tipa " cresce independentemente da minha vontade de que o tempo passe mais devagar.
É bom que cresça assim digo eu, mas não estou habituada, sempre tive uma menininha " compacta ", com roupas que dão de uns anos para os outros, que cresce devagarinho e que ainda me cabe no colo, ainda que " sobrem as pernas ".

"Ai Jasuz que se apaga a Luz! "

E se eu vos disser que:

- há quem entenda que orçamento ( estimativa ) é igual a relatório/mapa ( valores reais );
- há quem entenda que formalização é igual a eleição e votação;
- uma dessas pessoas é professora primária ficam mais descansadas com o futuro dos vossos/nossos filhos?

Eu quando soube de tal facto apeteceu-me perguntar onde lecciona, é que a entender " tão bem " de sinónimos, quando necessitar de uma escola primária para a minha filha, escolherei uma onde esta sra. prfª não leccione. Contive-me para não ser indelicada, mas em conversa ainda hei-de saber onde lecciona, hei-de hei-de.

Embrulha ó refilona

Como eu não tinha nada, nadinha para fazer, calhou-me na rifa a administração do condomínio do próximo ano, mas como os meus vizinhos são tão queridos, mas tão queridos, não quiseram que chegasse o Novo Ano e as funções foram passadas logo na reunião.
Ora como esta gente é toda muito organizada e nem sabe fazer arquivos como deve ser, como faltam actas anteriores, como há problemas para solucionar com o construtor, que à boa maneira portuguesinha, se quer descartar das suas responsabilidades, quem se não a refilona ( ou regateira como o meu marido muitas vezes me nomeia ) para assumir as funções?
Verdade é que mesmo sem ser administradora fui eu que renegociei contratos e à conta disso, vão diminuir-se custos na ordem dos 1400€/anuais, o que para um prédio tão pequeno irá representar uma diminuição nas quotas mensais e uma criação de fundo maneio.
O condomínio só está comigo oficialmente há 3 dias ( data em que foram passadas as pastas ) e já mudei a senhora da limpeza, o contrato do elevador, já lavrei as actas em atraso, criei um endereço de e-mail da administração e em seguida vai iniciar-se um processozinho em Julgado de Paz contra os construtores.
Depois virão os estatutos com penalizações monetárias para os " pagadores atrasados " e acções em julgado de paz ao fim de 6 meses sem pagamentos de quotas, com custas por conta do infractor. Ah pois que eu que me custa pagar o condomínio todos os meses a tempo e horas não estou para sustentar quem paga quando e como quer.
Eu e a minha mania de ser inconformista e refilona deu nisto: agora toma lá a pasta! Porque é que eu não sou rica e ou vivo numa vivenda sem condomínio ou tenho tanto dinheiro que não me importa se pagam ou não, se há dinheiro ou não no condomínio, hum, hum, porquêêêê??????

30 dezembro 2008

Burocracia <=> Serviços Públicos <=> Atendimento incompetente

Que me desculpem os funcionários públicos que como é óbvio, não se pode julgar pela mesma medida um conjunto tão grande de pessoas que fazem parte da função pública, mas sinceramente, sempre que preciso de uma informação concreta, tipicamente tenho o " passa a outro e não ao mesmo " que desemboca num infinito número de contactos, todos com a mesma informação: Isso não é connosco, experimente ligar para aqui....
Liguei para a escola onde pretendo inscrever a Beatriz no pré-escolar. Queria saber quando abrem as inscrições ( já que por lei deverão ocorrer entre Janeiro e Maio, salvo erro ) e qual a documentação necessária para a inscrição. Primeira passagem do " testemunho " e mandam-me ligar para o agrupamento escolar.
Ligo para o agrupamento escolar e atende-me uma senhora que sabia tanto do que falava, como eu de apicultura.
- Deve ser em Janeiro, não sei, mas olhe ligue depois de dia 5 que a minha colega do pré-escolar já cá está.- E até ela voltar ninguém sabe informar.
- Sim, mas ela sabe melhor.
- Então diga-me o que é preciso de documentação para formalizar a inscrição.
- É a cédula de um comprovativo de morada.
- E fotografia e boletim de vacinas, não?
- Não sei, mas a senhora vai lá a escola e sabem-lhe dizer. Se não tiver tudo, volta lá outra vez.

- Desculpe, já liguei para a escola e mandaram-me para vocês, agora vocês também não sabem. Acha que eu justifico dizendo à minha entidade patronal, faltar 2 meios dias porque não me sabem informar correctamente?
- Pois, ligue a partir de dia 5, é melhor então.
Ligo para o Ministério da Educação, lá encaminham-me para 2 gabinetes diferentes. Em nenhum dos 2 é mas também não sabem onde obtenho a informação.
Uma amiga diz-me que tratou na Câmara Municipal e ligo para a dita correspondente. Ali não é mas confirmam que essa informação e regulação do prazo de inscrições é feita pela escola ou agrupamento escolar. Volto à casa de partida e não recebo os 2 contos ( Monopolly ).
Portugal à boa maneira!

29 dezembro 2008

Lista de presentes dela

- uma bicicleta ( recebida antes do Natal, prenda de uma das empresas para onde trabalho )
- livros
- 5 puzzles
- uma máquina fotográfica digital 4 em 1 ( qe ainda não há em Portugal )
- um jogo de pesca magnético
- uma barra de bailarina, com tapete e dvd a ensinar as posições básicas dos pés
- um aspirador
- uma batedeira
- um conjunto com sapatos, tiara, varinha de condão, asas e bolsa de fada
- um computador educativo
- uns chinelos de quarto
- 2 sweat-shirts
- 1 chinelas de princesa
- 1 ténis
- 1 cama de viagem de bonecas
- 2 bonecas
- 1 assento elevatório ( para se sentar em restaurantes nas cadeiras normais )
- 1 luz de presença da Dora a exploradora
- 1 jogo " electrónico " com várias fichas de animais ( ver onde estão as figuras iguais, quantas são, etc )
- 1 jogo de fichas em linha
- 1 conjunto de spray desembaraçante e escova com bolsa
- 1 caixinha de transporte de animais com cão de peluche e objectos de médico ( veterinário )
- 1 casa dos 3 porquinhos que conta a história
- 1 conjunto de saia, casaco e sweat para vestir no dia de Natal.

Rescaldo do Natal

Uma miúda a portar-se terrivelmente mal que me fez por várias vezes chamá-la à razão, castigá-la e só abriu as prendas porque não quis agudizar ainda mais " a crise ". Brincou com os primos ( sim que agora tem mais um pequenino de 1 ano para disfrutar de brincadeiras ), mas também guerreou o que não é nada habitual. Nem o espírito natalício me fez dar um desconto no mau comportamento, tal foi o exagero. Por isso mesmo não se tiraram muitas fotos ou só se tirariam fotos de uma miúda amuada, a fazer birra, atirada no chão, mal humorada. Depois passou-lhe com muita brincadeira com o primo até que todas as prendas foram colocadas em cada sapatinho.
Percebeu que " milagrosamente " o Pai Natal deixou as prendas em cada sapatinho e foi uma alegria descobrir o que cada embrulho revelava.
No dia de Natal, viajamos até Torres Novas e abriu o resto das prendas dos familiares de lá. Há primeira prenda aberta a primeira birra, uma senhora birra que me fez ficar muito triste com ela, desiludida mesmo. Esperava mais brinquedos e quando percebeu que era roupa e uns ténis disse que não gostava e que não queria aquela prenda. Nõ abriu mais nenhuma, afastei-a do local e tive uma conversa muito séria com ela. As lágrimas vieram-me aos olhos com a atitude dela. É certo que só tem 3 anos, mas também é certo que nunca esperaria que " desdenhasse " de uma prenda, fosse ela o que fosse. Ficou de castigo e chorou baba e ranho, até que se apercebeu do que tinha feito. Pediu desculpa pela atitude e depois disso já adorava os ténis e queria calça-los. Vá se lá perceber.
Depois lá deixei que abrisse os restantes presentes, não sem antes a relembrar da má atitude que tinha tido. Só 2 brinquedos, uma boneca Emília e uma cama de viagem de bonecas.
As birras ficaram por ali.
Depois brincou com o sobrinho do namorado da tia, da mesma idade dela e o resto do fim de semana foi passado por lá, já calma, a disfrutar de alguns brinquedos novos que levamos.
Para mim, o Natal trouxe muitas prendas e uma gastroenterite, com febre, dores no corpo, diareia e muitas cólicas. Não abusei dos doces, comi apenas alguns doces típicos do Natal, filhoses, velhoses e azevias, mas com regrado. Antes tivesse abusado e pelo menos teria razões para a gastro.

24 dezembro 2008

Bailarina

Distraída, desatenta, conversadora, destabilizadora, com fraca postura mas muita elasticidade e sobretudo, muito divertida.
É assim a minha pequena bailarina.



Aula de Ballet aberta aos pais.
Dez 08.

23 dezembro 2008

Para não me esquecer

Ontem foi a aula de música aberta aos pais. Cantaram 2 músicas natalícias e tocaram maracas.
No final, todos os grupos se juntaram e cantaram uma música de Natal. Enquanto o grupo se formava e no meio da confusão a minha filha, sublinho, a minha filha, alapou-se no Gabriel ( o amurado dela ) e estavam os dois escondidos a fazer festas um ao outro e aos abraços. Ainda trocaram umas beijocas e eu já parecia mais o pai que a mãe ao comentar com o Nuno:
- Olha para aquilo, está para ali aos beijos ao miúdo.
Não reparei no meu tom de voz e a mãe que estava atrás de mim desata a rir da minha observação e do meu ar retrógado.
Faço ideia quando for adolescente e a vir casualmente de mão dada com algum rapaz, acho que caio para o lado!

Feliz Natal

Que Neste Natal, sintam no vosso coração a humildade, paz, amor e a felicidade que se celebra neste dia.
Natal é o dia do nascimento de Jesus, o dia em que se formou uma família, a Sagrada Família.
É um dos dias em que agradeço mais fervorosamente pela família que tenho.
Trocam-se presentes, muitos presentes, tiram-se fotos, dá-se um desconto nas traquinices, procura-se numa estrela mais brilhante mostrar aos miúdos que ali vai o Pai Natal e até eu acredito que se olhar o céu encontrarei uma estrela especial. Relembram-se os ausentes, regressamos a casa e adormeço, cansada mas feliz.
Neste Natal, pelas circunstâncias do passado Ano, fico ainda mais feliz por poder vivê-lo. Tentarei não guardar palavras ou gestos carinhosos, dizer a quem me faz falta da sua importância para mim e não deixar por dizer porque pode parecer " ridículo " ou levar a um turbilhão de sentimentos.
Que tenham todos um Feliz Natal !

22 dezembro 2008

Do Natal

Faltam-nos 3 presentes, um deles não é necessário ser comprado até ao Natal, pois não estaremos juntos antes disso.
Dos outros 2, um é para ser entregue dia 25 e o outro amanhã ou depois, depende se o meu gajo vai ou não trabalhar na véspera de Natal.
Eu estou de " molho " em casa e vou sair unicamente para ver a aula aberta de música da minha filha. Vendo o lado positivo, se estivesse a trabalhar, provavelmente não assistiria porque dificilmente chegaria a tempo.
Resta ao Nuno a tarefa de depois da aula, meter-se no centro comercial, em busca das prendas que faltam.

As férias

Fomos para a Bélgica. A viagem estava comprada e planeada desde Agosto e nos nossos planos incluiu-se uma ida de um dia à Eurodisney, apenas para que recordasse os dias que tinha vivido em Fevereiro passado, com a avó.
Fomos para casa da minha prima, em Antuérpia, mas acabamos por ter esta cidade apenas como " ponto de regresso e de partida ".
Os dias foram passados em passeios e de combóio, eléctrico, tgv e automóvel, visitamos em uma semana Sluiss, na Holanda, Lille em França, a Eurodisney nos arredores de Paris França, e na Bélgica, Antuérpia, claro, Bruxelas e Brugge. Ficou por visitar a zona montanhosa da Bélgica pela distância, pelo valor do combóio e pela falta de tempo, talvez numa próxima oportunidade.
Esteve frio, a temperatura média foram os 4ºC sendo que saimos de manhã com 1º e os valores mais altos atingidos foram os 7,5ºC. Nevou 2 vezes mas em nenhuma delas a neve pegou porque vinha misturada com chuva.
Na Eurodisney apanhamos um dos dias mais frios de sempre e a temperatura deve ter estado em valores negativos. No regresso, o TGV atrasou-se 1h e meia, tal como todos os outros combóios que partiam e regressavam à gare. Os soldados fortemente armados, os imensos polícias, a falta de explicações e os atrasos fizeram adivinhar uma eventual ameaça de atentado. No TGV só nos disseram que um combóio tinha avariado mas que não tinham pormenores. Incrivelmente nenhum de nós se constipou ou adoeceu.
Na Eurodisney lembrou-se de tudo o que tinha visto meses antes e quis voltar a andar no Dumbo, nas chávenas e visitar o jardim da Alice no País das Maravilhas. Claro que quis cumprimentar o Mickey e perdeu o medo que tinha ganho infundado do pateta. Adorou a parada. Eu que já lá tinha estado, achei a parada bem mais fraca, provavelmente efeitos da crise.
As férias foram de grandes passeios, de muito dinheiro gasto, de cansaço porque passavamos o dia a andar imenso, mas de muita diversão.

21 dezembro 2008

Experiência(s)

Fruto da minha experiência em situações anteriores, uso para ela ou para nós, em casos de garganta inflamada, amigdalites e faringites o spray tantum verde ( que dá quer para adultos quer para crianças ).
Não só desta vez como em anteriores, permite uma recuperação deste tipo de inflamção muito mais rápida e por isso, uma redução mais rápida da dor e da irritação.
Já não é a primeira vez que este spray em conjunto com o Brufen " a livra " de antibiótico.
Desta vez está a tomar actifed recomendado pela médica e estou a usar o spray. Não quero contrariar a opinião da médica, mas quer-me parecer que " isto não vai lá " sem um anti-inflamatório, tal é a dimensão das amígdalas, ainda assim, hoje estão menos inflamadas. Eu nem sei como consegue engolir e não se queixa de dor.
Ainda não se confirma que seja amigdalite ou escarlatina, mas como hoje não piorou, os estreptococus do grupo A, devem ficar pela infecção das amígdalas. Acho bem que sim, é que o Natal está à porta e se vem escarlatina, passamos o Natal os 3 em casa pois não poderemos sair, nem os nossos familiares poderão cá vir, porque há crianças pequenas.

Teoria da conspiração

O fim de semana previa-se de me tirar o fôlego em termos de trabalho. Fiquei sem fôlego sim, trabalhei muito sim e pelo meio ainda arrumei a casa pus umas quantas máquinas de roupa a lavar, estendi algumas, mas uma gripe e inflamação da garganta não me deixou fazer tanto quanto conseguiria numa situação de saúde normal.
Estou aqui em frente do computador, a contrariar o meu corpo dorido, o nariz vermelho e a pingar da gripe, a garganta inflamada, os olhos pesados, vermelhos e lacrimenjantes.
Já me doem as costas de tanto espirrar mas vou insistindo e vou trabalhando, a um ritmo muito mais lento, mas continuo.
Enquanto tentava continuar o meu trabalho, já de si boicotado pela gripe e sinusite, eis que um erro do site não me deixa entregar algum do trabalho realizado. Digo mentalmente algumas asneiras e penso que sempre que estou determinada a abdicar de estar com a família, de sair de casa para trabalhar com garra há sempre qualquer coisa que me boicota o trabalho.
Mas consegui avançar com qualquer coisa, não tanto quanto o desejado mas consegui.
Amanhã não me sinto com coragem para sair de casa, sinto-me como se tivesse sido atropelada por um cilindro.
Felizmente a miúda está a aguentar-se sem febre, apenas com as amígdalas aumentadas e inflamadas, mas mesmo assim diz que não lhe dói.

Ser estranho

Devo ser a única pessoa no mundo a quem uma gripe não tira o apetite, pelo contrário, aumenta-o e muito.

20 dezembro 2008

O comportamento dela já me alerta

Quando tem atitudes invulgares, como timidez com familiares e pessoas de contacto regular, quando se recusa a dar beijos e amua com mais frequência e sem grandes motivos, quando fica implicativa, quando dorme no carro a caminho de casa. Isto tudo junto, no mesmo dia, que isoladamente acontece com frequência e só as atitudes conjugadas me alertam, ou será mesmo só o meu 6º sentido de mãe, não sei.
Percebo quando vai adoecer.
Ontem tivemos uma festa de anos e os amuos, as disputas com o primo e o sono que dormiu de nossa casa até lá fizeram-me pensar que algo estaria para vir. Cheguei a comentar com a minha mãe " Não tem febre, não tem nada aparentemente, mas está a chocar ".
A noite revelou uma tosse com alguma expecturação, constante, o dia idem. Sem febre, sem dores, com a falta de apetite comum nela, nada a não ser a tosse e uma sesta enorme à tarde, nada comum ( aliás, a sesta é excepção ).
Verifiquei-lhe a garganta, as amígdalas estão aumentadas e vermelhas, sem pontos brancos, mas vermelha.
Ligamos à pediatra, vigiar a temperatura e a garganta. Se aparecerem pontos brancos nas amigdalas, se tiver febre, se se queixar com dores e dificuldade de engolir devemos levá-la a ser vista por um médico. Pode ser uma amigdalite viral ou o início de escarlatina.
Ora como a mim também me dói a garganta, quer-me parecer que os próximos dias " prometem ".

19 dezembro 2008

Aproveitando este bocadinho de tempo

Ela:

Tenta assobiar e às vezes lá sai um som que a custo se pode chamar de assobio. Ela diz que já assobia, eu digo que ela anda a tentar :)
Tenta estalar os dedos mas ainda não o faz com som.
Já gosta de ver alguns desenhos animados mas nada de longas metragens de filmes de animação. Gosta do Baby Tv e do novo Jim Jam mas só vê de manhã enquanto a visto. Exporadicamente fá-lo o final do dia mas regra geral prefere brincar a ver tv e nós também.
Começou a desenhar letras sem a ensinarmos, por iniciativa própria, sem perguntar como se faz. Faz a letra C, o I, o T e tenta o L, embora sem grandes resultados. Nós só observamos, não ensinamos nem corrigimos.
As brincadeiras do momento envolvem dinheiro e pagamentos ( comprar qualquer coisa ). Outro dia, em casa da sogra viamos o filme mama mia. No inicio do mesmo começou a distribuir cartas como sendo os bilhetes do cinema. O meu sogro deu-lhe uma nota de 5€ para pagar os bilhetes, analisou e disse: Não chega!
Nas compras, se antes já o fazia, agora é uma constante: Mãe, isto é caro? Mãe está barato? Mãe tens dinheiro para comprar?
O tema da festa da escola de Natal da sala dela foram os meninos pobres/sem abrigo. Desde há uns tempos que pergunta porque há meninos que não tem roupas, que não tem comer, que não tem brinquedos e porque as mães deles não lhes dão essas coisas. Expliquei que muitas vezes as mães também não tinham dinheiro e a pergunta imediata foi,
- Mas porquê? As mães deles não trabalham?.E tu mãe trabalhas e tens dinheiro, então podes dar aos meninos que não têm. Já trabalhaste hoje? Já recebeste dinheiro? Podemos comprar comida? Tens dinheiro?
Recebeu a bicicleta antecipadamente na festa de Natal de uma das empresas e ficou muito contente mas ainda não andou, não tivemos ainda tempo de montar as rodinhas. Ficou a pensar que o Pai Natal está meio taralhoco e entregou a prenda antes de tempo :)
Distingue o Francês do Inglês e eu nem sei como porque não falamos línguas estrangeiras em casa( e não tem na escola ), suponho que tenha sido fruto de 1 semana na Bélgica a ouvir Inglês, Português e às vezes Francês.
Anda " traumatizada " com o facto de ser baixinha, fruto de uma colega da escola que o menciona constantemente. Já lhe expliquei que o que interessa não é como somos, se altos, baixos, magros, gordos, interessa o que fazemos, se somos bons ou maus. Entendeu, concordou, mas continua a não saber o que responder à colega quando a " provoca ". Não quero que responda " à letra " se não já lhe teria dito qualquer coisa como: " Diz-lhe que tens o cabelo grande como as meninas e ela não, ou diz-lhe que já sabes contar até 20 e ela não ". Não quer cultivar este espírito nela, mas sim o da tolerância. Juízos de valor e críticas aos 3 anos parece-me demasiado duro. Tem " tempo de serem cruéis ".
Comprei um livro com a história de uma princesa baixinha que era muito valente. Não lho li ( lá está, o tempo ), mas expliquei-lhe resumidamente do que falava. Será para levar para a escola. Ando à procura de um outro mais específico que fala nas diferenças físicas dos meninos. Não pela minha, que felizmente, ainda não tem a capacidade de apontar o dedo às diferenças, mas para que a minha não seja alvo desse dedo apontado, porque é pequena.
Fiquei a pensar que se esta criança olha à diferença de alturas, o que fará às diferenças físicas mais marcantes, como deficiências ou diferenças raciais. Não deixei de pensar se isto não será um reflexo do ambiente familiar, é que não me parece " normal " que aos 3 anos não se seja tolerante, mais, que aos 3 anos " se vejam estas diferenças ".

Para não me perder nas contas

Mais 2 semanas, menos 2,5kgrs e menos 3 cms. O médico achou pouco eu fiquei contente tendo em conta que na semana das férias não só pequei como algumas refeições foram difíceis de fazer cosidos e grelhados. Estavamos em casa de família, chegavamos à noite já de jantar pronto e lá, a chover e com muito frio à noite, não se põem a grelhar, ainda menos dentro de casa em que as cozinhas são junto da sala ( pior, não se pode abrir uma janela com o frio ).
Em termos reais, o peso diminuido foi mesmo nesta última semana.
Preocupa-me o Natal aí à porta e falei-lhe disso mesmo. Disse que no meu caso não posso mesmo pecar pois o meu metabilismo foi prepositadamente alterado, assim, um doce comido, representam 3. Disse-lhe que achava que ia chorar em frente dos sonhos e das filhoses e ele riu de mim. Eu cá mantenho a minha convicção, vou pelo menos comer um sonho de abóbora, uma filhós e uma azevia. Os outros doces não me incomodam, só mesmo estes fritos tão típicos desta época ( olha que deprimente andar a contar o que como e planear antecipadamente o que vou pecar ).
No total já foram 13,6kgrs em 2 meses e pelo menos 22 cms num mês ( que desta e da última vez não mediu a cintura e antes de estar neste médico não fui medida ). Faltam cerca de 6,5 kgrs para chegar ao ponto de partida antes da cortisona e depois quase 20 para o peso saudável.

18 dezembro 2008

Na falta de tempo para as reflexões fica mais um comentário ( meu )

À primeira vista, se pedisse a outras pessoas que descrevessem o meu 2008 se calhar diriam de semblante carregado, que foi um ano terrível, eu digo-te que foi um ano de mudanças interiores ímpares. Foi duro sim, mas acredito que teve o seu propósito, o de dar mais valor à vida, aos pequenos momentos, aquilo que realmente importa. Quando formos velhinhas não serão as horas " gastas " no trabalho que quereremos recordar, nem lamentar as horas não usadas com o mais precioso, são os momentos em que realmente nos sentimos em paz, em harmonia connosco e os nossos, de bem com a vida.
Se não soubermos criar esses momentos e reconhecê-los, só teremos a lamentar, não a recordar :)
No meu caso, dou graças a Deus por me ter deixado viver o 2008, ainda que com doenças graves, com hospitalizações, com incertezas. Hoje consigo estar aqui para dizer como foi este ano e isso é realmente uma dádiva. Como sabes, tive grandes hipóteses de o não poder fazer.

17 dezembro 2008

Serviço público

Para quem interessar em manter a " magia do Pai Natal ", podem fazer uma carta resposta do Pai Natal para os vossos filhos ou até para colegas/amigos/cônjuge.
Amanhã é o último dia.

16 dezembro 2008

Festa de Natal da escola

Enquanto não há tempo para reflexões fica a descrição copiada de um comentário meu:

Contou-se brevemente que o Natal é a celebração do nascimento de Jesus mas que para muitas crianças o Natal são apenas receber presentes.
Falou-se de 3 realidades distintas: a dos " meninos ricos " que tem tudo o que anseiam mas pouca atenção dos pais; dos " meninos de rua " cujos brinquedos são a imaginação, os barquinhos de papel e as poças de água ( mencionando também o facto de não terem casa, não irem à escola, etc ) e ainda o natal dos " meninos tolerantes " que não olham às diferenças entre eles, mas apenas ao valor da amizade.
No final, juntaram todos os meninos e cantaram uma música aplaudida de pé em que a letra era qualquer coisa como: O maior dos presentes não é receber, mas dar.
Apesar de ser uma escola laica, falou-se no menino Jesus, falou-se em Deus e na sua criação ( nessa última música ) e não houve Pai Natal mas uma das educadoras distribuiu os presentes ( e aqui acho que foi mesmo por causa da crise ).
Independentemente das crenças ( ou falta delas ) acho importante transmitir o que se celebra nesse dia e porque se trocam presentes ( e não é por causa do Pai Natal, quanto muito, para os católicos, será pelo São Nicolau e pelos 3 Reis Magos )

Falta de tempo

As férias passaram, as malas ainda não foram desfeitas. Juntaram-se a estas a do fim de semana passado.
As prendas do Natal que ainda não estão todas compradas, a ida ao circo, a festa de Natal da escola, as prendas por embrulhar, o cesto da roupa suja a transbordar( mais uns dias e nós 2 não temos roupa para vestir, que ela ainda tem o roupeiro bem recheado ), a reunião de condomínio e a passagem da administração para nós com tarefas por executar " para ontem "( fantástico ).
O trabalho por fazer, o cansaço que se acumula ( e que as férias não serviram para atenuar )e a casa que espelha esta desordem toda.
Assim se (sobre)vive por cá.

Festa de Natal

- Mãe, a festa de Natau é segredoooo. Não te posso contar, mas... eu-vou-cantar-na-festa-de-natau-uma-música. ( Dito muito rápido )

Pela cantilena dos últimos tempos e conversas até já sei que o tema serão as crianças sem abrigo.

Rua, rua, eu moro na rua, rua,
O tecto é o céu, o chão é a cama,
Não te admires se te aparecer no teu colchão
Não vou à escola, mas quero aprender...etc

15 dezembro 2008

Fim de semana K.O

Almoço de Natal de uma das empresas a meio caminho entre Lisboa e Porto no Sábado, que durou quase até ao jantar.
Domingo almoço de Natal de outra empresa quase na mesma zona, que durou também quase até ao jantar.
Ir buscar a cadela a casa da sogra, jantar lá e os lençóis, bibe e afins que às 20.00 de Domingo ainda não estavam lavados. Peço à sogra que ponha a lavar num programa rápido, jantar em casa dela, rápido, vir para Lisboa com tudo molhado, chegar a casa já passavam das 22.00, os lençóis e afins por secar e passar.
Ficam no secador de roupa e de manhã acordava mais cedo para passar tudo. Acordava, se não adormecesse. Acordar mais tarde, com ãs coisas para passar a ferro, uma miúda pouco colaborante com sono e a chorar porque quer continuar a dormir. Deixá-la na escola quando devia estar a chegar ao trabalho. Ter a sorte de não apanhar muito trânsito e fazer os 18 kms em " apenas " meia hora.
Mas foi um fim de semana divertido!
Boa semana!

12 dezembro 2008

Ainda do espírito de comerciante

- Agora vens comprar 2 bonecos do presépio para o teu fiio( filho ). ( Dá para perceber que a menina gosta de comandar )
- Senhora, quero também 2 figuras do présepio, estas duas.
- 10€.
- Se ele não gostar posso trocar.
- Sim, pode.

(...)
- O meu filho não gostou deste, quero trocar por este.
- Esse é mais caro.
- E este?
- Esse também é mais caro.
- Então qual é que é o mesmo preço?
- Nenhum, se quer trocar tem de dar mais dinheiro.


Ainda estive para chamar a ASAE porque não tinha os preços afixados, mas desta vez passou, loolll.

11 dezembro 2008

Línguas

Não me deixa de espantar as percepções dela.
O marido da minha prima fala Inglês e Francês e vai dizendo umas palavritas em português.
Eles lá se entendiam mas quando ele começava a falar muito em Inglês ela dizia-me :
- Oh mãe, eu não percebo nada do que o Sam diz, eue só faua Inguês.

Em França, acabadinhos de chegar apercebe-se que a língua é diferente.
- Estão a falar em quê mãe?
- Em Francês.


Agora em casa começa a " cantar " em estrangeiro.
Pergunto-lhe:
- Estás a cantar em que língua?
- Em Francês/ Inglês.


NOTA: Ela não tem nenhuma língua estrangeira na escola.

Algumas imagens das férias

My creation

Espírito de comerciante

Beatriz- Vamos brincar às compras. Eu sou a senhora do supumecado.
Eu- Está bem.
B- Vem comprar comida, vá.
E- Bom dia senhora.
B-...
E- Bom dia, senhora.
B- Bom dia.
E- Queria umas bananas, se faz favor.
B- As bananas não pode ser. Ainda estão vermelhas.
E- Vermelhas? Vermelhas ou verdes?
B- Verdes, não pode comprar. Compre esta outra banana verde.
E- O pepino?
B- Sim.
E- Está bem. Quanto é?
B- São 7 Euros.


B- Agora és tu a senhora do supumecado mãe.
E- Está bem.Bom dia senhora. O que deseja?
B- Quero levar tomate, para o meu filho comer e pepino.
E- Muito bem, aqui está. São 4€.
B- É muito caro, não quero.
E- Ó senhora, o meu patrão não me deixa fazer desconto. Vá, 3€ é o mínimo.
B- Então eu levo. Tome o dinheiro. ( Dá me uma nota de 10€ e dou-lhe umas moedas )O troco não é isto, quero uma nota.

10 dezembro 2008

Este blogue não espelha a minha vida

Nem sequer os meus estados de espírito.
Espelha tranches da minha vida e alguns estados emocionais.
É mais fácil transcrever a cólera ou a alegria do que a tristeza. Não porque me queira esconder ou por querer fazer parecer que a nossa vida é um mar de rosas, simplesmente a tristeza não me merece ser lembrada e apesar de ser portuguesa, não sou dada a exaltar o nosso " triste fatum ".
Há sentimentos que não partilhamos com ninguém, momentos que não queremos expostos nem sequer perante os amigos, ou pelo menos, não com todos.
Nestas alturas não me apetece escrever, não me apetece falar, simplesmente, não me apetece.
Amanhã já não é nada comigo... tão certo como me chamar Lúcia.

09 dezembro 2008

Fui de férias

E tive uma potencialidade de trabalho na minha área numa empresa na indústria dos diamantes. Um empresário, grande amigo da minha prima, quer unicamente uma pessoa conhecida e de confiança, por razões óbvias. Iria ganhar uns bons 3000€ sem trabalhar muito, para um país em que os preços ( à excepção dos transportes públicos e das casas, ainda assim não muito mais caro ) estão equiparados aos nossos.
Não pus a hipótese de aceitar; a família, o ir para um país frio e quase sem sol... emigrar não é para mim, até porque no caso concreto não seria por 2 ou 3 anos, mas até à minha idade da reforma pela dificuldade em encontrarem alguém com o perfil que procuram e pelo sigilo que o negócio envolve ( bem como os milhões associados ). A pessoa que vai sair é por isso mesmo, porque se vai reformar.
Depois fui conhecendo a realidade social, o sistema de saúde fantástico, o ensino irrepreensível e gratuito para todos a partir dos 3 anos, a proximidade de quase tudo e ... estou aqui numa nostalgia desgraçada por este meio feitio.
Quando é que conseguirei largar as saias da minha mãe?

Síndroma pós férias

É como me sinto...





Se não fosse o vento, acharia que estava calor

Médias e registros diários da semana passada:

Lisboa, Portugal: 13ºC

Antuérpia, Bélgica : 4ºC

07 dezembro 2008

Chegamos

De pés bem assentes em terra.
Vale-nos o feriado de amanhã para entrar aos poucos no ritmo normal e para nos prepararmos para uma semana ( felizmente ) mais curta.
As férias sabem sempre muito bem, as viagens rejuvenescem-me o espírito, mas regressar a este cantinho da Europa é bom, quanto mais não seja, porque o tempo é sempre bem mais alegre e mais ameno ( apesar das queixas que já tive e ouvi de que esteve muito frio ).
Raio do patriotismo ou seja lá o que for, mas no regresso, apesar de trazer sempre a nostalgia do final das férias, trago também um sorriso nos lábios por chegar ao país que temos como o nosso lar ( e nesta altura não se pensa no nosso deficiente SNS, no nosso poder de compra paupérrimo, nem em nada disso ).


28 novembro 2008

Previsão meteorológica para a próxima semana

Chuva com queda de neve. Minima entre -1 e 0º , Máxima 4º.Humidade entre 85% a 95% o que faz com que a sensação seja sempre de menos 3 a 4º do que a temperatura real. Por do sol ( esta é a piada porque não vamos ver sol nenhum ) às 16.30 e o meu gajo quer levar 2 camisas para vestir e uns polos sem pelo por dentro de algodão, sem camisolas interiores, com calças de ganga e meias comuns e quando esteve na Serra da Estrela com 6º queixou-se com o frio.
Aiii, só a mim!

O que vale é que as perguntas vão variando

Os temas mudam, outras vezes regressam.
Agora tem sido as estações do ano.
- Hoje é Primavera?
- Não ainda estamos no Outono, depois vem o Inverno e depois...
- A Primavera. Porque é que é Outono?
- Ahh...fazes-me perguntas tão difíceis, lol. Então deixa ver como te explico. O sol é que aquece a terra. A terra é o planeta onde vivemos ( que já falaram dos planetas na escola por isso tem noção ). Sabes que a terra tem muitos países não sabes?
- Sim.
- E nós vivemos em que País?
- Ca... ( dizendo a localidade ).
- Não o país.
-...
- Po..
- Portugau.
- Isso. Então o sol aquece a terra, mas a terra às vezes fica mais longe do sol e o sol aquece menos. Nessas alturas é que é Outono e Inverno. No Outono começa a estar frio, como agora, caem as folhas das árvores; no Inverno está mesmo muito frio, chove muito e em alguns sítios até cai neve. Depois vem a Primavera, a terra fica mais perto do sol, começa a ficar mais quente e no Verão está mesmo muito calor e vamos para a praia.
- E depois eu faço anos no Verão não é?
- É sim.

Já lhe comprei um livro dos porquês para oferecer no Natal, dada a complexidade das perguntas e a minha dificuldade em explicar de forma simplificada e com linguagem que entenda. O meu problema não é explicar-lhe, é explicar-lhe com linguagem informal, não técnica e aplicada aos seus 3 anos, mas também há perguntas que não sei explicar.

João e o Pé de Feijão

Foi ontem ao teatro com a escola assistir a esta peça infantil. Gostou bastante e era de esperar pois gosta muito da história que já conhece de trás para a frente, além de gostar muito de teatro. Não quero pensar muito nisso mas caricato foi o preço do bilhete ser de 5€, a sala ser muito mais perto ( de carro ) da escola do que as salas onde costumam ir e termos pago 7€ do transporte e não 5€ como costuma ser.

27 novembro 2008

Do regresso

O bom do regresso ao trabalho são mesmos os elogios vindos de todos, até mesmo do patrão, parco em palavras.

- Estás com óptimo aspecto! Nem pareces a mesma! Estás muito mais magra! etc.

Conhecendo estas pessoas há tantos anos como conheço, para o dizerem é mesmo sentido, porque a algumas custa muito admitir que outrém está aparentemente bem :).

Mais uma semana

Menos 2 kgrs e menos 4 cms na anca e peito. A cintura não foi medida mas noto alterações.
No total, menos 11,100kgrs e 19 cms em 2 meses e 1 semana, isto com 1 ano a cortisona e com o desmame há cerca de 1 mês e sem medicação auxiliar.
Difícil vão ser os almoços durante a próxima semana, mas como em todo o mundo há Mac Donalds e onde há Mac há salada ( penso eu de que ) espero que a próxima semana, também traga bons resultados.

26 novembro 2008

O estaminé vai de férias

A partir de Sábado e até dia 7 não estaremos por cá e se bem que tenhamos computador para onde vamos, duvido que tenha disponibilidade e vontade de dar notícias.
Nós vamos gostar muito, mas também vamos passar frio e fazer contas para esticar o orçamento num país onde o nível de vida é pelo menos 4 vezes mais alto que o nosso mas vai valer a pena.
Se por um lado quero muito que Sábado chegue, por outro tenho tanto mas tanto por fazer que os dias e as noites são pequenos, mesmo retirando várias horas ao sono.

Tira borbotos

Alguém me recomenda alguma máquina que realmente faça aquilo que é suposto, isto é, que tire borbotos?

Fotografias de Natal

Não vai estar presente no dia em que farão as fotos de Natal. Não pelas fotos individuais, mas pela de grupo, fico com pena que não possa tirar a foto para que recorde os colegas mais tarde.
Perguntei se havia possibilidade de antecipar ou atrasar uma semana mas tal não foi possível de conciliar com o fotógrafo.
Falei com a educadora e pedi para deixar a minha máquina com ela e tirar uma foto do grupo. Acedeu e disse-me que também iria tirar com a máquina dela para mostrar na festa de Natal e que me enviaria o ficheiro. Podem sempre não estar todos presentes mas isso também pode ( e vai ) acontecer no dia das fotografias da escola.
Depois pedirei à mãe de uma colega da Beatriz para me emprestar e eu scanarizarei a do fotográfo.

Carta ao Pai Natal

Tem me pedido para escrever mas tenho me esquecido, mas ainda não tinha pedido prendas. Quando vimos os catálogos juntas queria muita coisa. Expliquei que não poderia ser e aceitou. Um destes dias, enquanto me pedia para escrever a carta ( e que não escrevi porque só pede quando naquele momento não é possível ), perguntei-lhe o que queria de prendas.
- Uma bicicuéta e um carrinho pequenino do Faisca Macqueen como o primo Dani tem.
- E uma máquina fotográfica para ti, não gostavas? ( a influenciar a escolha )
- Sim, uma bicicuéta, um carrinho do faísca Macqueen e uma mánica xutugráfica.
- Mais nada?
- Não, mãe, já são 3, não posso pedir mais ( ou já chega, não me lembro bem).
Nunca lhe falei na quantidade a pedir, apenas disse que não podia ter tudo o que desejava e que mesmo assim, dependeria do seu bom comportamento.
A bicicleta já foi comprada pela empresa, o carrinho não mas pondero comprar um baratinho e a máquina estamos à espera que chegue a do centroxogo :)

O dia em fotos








25 novembro 2008

Dia de festa

Hoje a minha cabecinha de ovo preferida faz 31 anos.
Parabéns, és o melhor gajo que existe para mim ( É verdade... o amor cega-nos ).
Beijos, amo-te muito!

24 novembro 2008

Decorações Natalícias

Este ano o espírito natalício chegou mais cedo e como nos dias em que costumamos montar a nossa árvore de Natal e decorar a casa não estaremos por cá ( 1/12 ou 8/12 ), antecipamos a decoração natalícia para ontem. A árvore foi decorada inteiramente pelo Nuno e pela Beatriz enquanto eu trabalhava mas depois levou os meus retoques. Falta-lhe mais uma fita e também falta colocar as luzes no exterior da janela da sal, bem como o Pai Natal " trepador ".
Decidimos mudar as cores da nossa árvore, que há 5 anos era em tons prateado e vermelho e mudamos para uns menos tradicionais, entre o roxo, o castanho e o dourado. Compramos as bolas maioritariamente no Lidl e redecorar a nossa árvore que até é grande não ficou caro. A estrela mantem-se a do ano passado ( prateada ), mas já tem umas purpurinas nos tons das bolas para não destoar.




Eu queixei-me dos custos do colégio

E fui procurar alternativas. A única viável e com uma boa relação qualidade/preço é um jardim de infância público, todos os outros eram muito inferiores e apenas um igual ao da Beatriz, este último ficaria mais 100€ do que pago na actualidade com os extras e não incluí os passeios por não saber os custos dos mesmos ali.
Triste, muito triste ver as condições em que tantas crianças ficam todo o dia, outras as condições até são medíocres mas comparando com o da Beatriz não conseguiria mudá-la pois a diferença era tão grande que me sentiria demasiado economicista ao mudá-la de colégio por uma questão económica, sabendo que ficaria pior do que está agora, sabendo que para ela seria uma mudança para muito pior, sabendo que iria passar de um lugar onde já não falando no facto de conviver com os amigos há mais de 2 anos, não iria ter as mesmas actividades/diversões.
Houve um que até seria uma alternativa semelhante ao que tem agora ( ainda que sem ter música nem ballet ou qualquer outra actividade que não ginástica feita pela educadora ), mas a diferença monetária ( e no caso de ter vaga para o ano ) não seria muito significativa, apesar de não ir pagar os sacos dos pertences iguais ou os guardanapos iguais, ou fatos de treino, por exemplo. Além disso, os próprios passeios seriam um pouco mais económicos. No entanto, não conheço ninguém que lá tenha filhos e está mesmo inserido num bairro social problemático. Não me incomoda de maneira alguma que conviva com diferentes realidades, acho que só a fortalece enquanto ser humano, mas temo pela nossa própria segurança sempre que a fosse buscar de inverno, ao final de dia e já de noite. É que é mesmo assim, não fazem mal dentro do bairro, mas eu sou de fora e seria quase o mesmo que entrar com o meu carro na Cova da Moura todos os dias para ir buscar a minha filha.
Em relação aos contrastes sociais, acho até proveitoso, ela irá para a escola pública e aí há de todas as realidades. Quanto mais cedo lidar com a diferença, maior a probabilidade de não ser marginalizante. Porque não me preocupa que o contacto com outros a torne menos educada ou com tendência a atitudes marginais, falamos de crianças de 3 anos e aos 3 anos não há meninos maus. Já no início da adolescência não penso tanto da mesma maneira e é mais dificil que não sejam influenciados ou que não adoptem posturas marginais para se integrarem num grupo, seja ele qual for.
Pesando os prós e contras, este ano mantem-se onde está ( como já era suposto ), para o ano tentaremos que entre no tal jardim de infância público mas quase de certeza que não conseguirá. Com sorte entrará aos 5 anos. Até lá fica na mesma escola, onde me sinto segura ao deixá-la e onde ela é feliz. É mesmo assim, nenhuma escola é perfeita, a da Beatriz não o é, mas é o melhor da zona e ainda que com ginástica orçamental, está dentro do nosso limite orçamental.
A melhor escola é onde eles estão bem e onde nós os sentimos bem!

Pedido

Mudamos de pc e perdi os favoritos todos onde tinha os links dos blogues privados. Alguns lá vou conseguindo visitar e adicionar clicando sobre o comentário mas precisava por favor que me colocassem os vossos links em comentário ou me enviem e mail.
Obrigada

Aniversário

O meu marido faz anos amanhã e eu não tenho nem prenda nem tempo para lha ir comprar.
É nestas alturas que me relembro como é bom estar a trabalhar e não de baixa, lol :)

Tosse faríngea

Aos 3 anos e 4 meses descubro que a tosse seca que tem, essencialmente nocturna, que teimaram em associar a asma ( mas que não passava com nenhum medicamento e que durava todo o Outono/Inverno ) é afinal, tosse faríngea, uma doença viral, comum nesta altura do ano e que passa naturalmente, apenas com a ajuda de um anti-tússico.
Começou a tomá-lo ontem e esta noite não tossiu, de manhã esteve bem e já não teve aqueles ataques de tosse que quase a levam a vomitar, tão comuns nela nesta fase do ano.
Finalmente acertamos com a Pediatra e eu estou muito, mas muito mais descansada.

Ainda não voltei aos meus 2 trabalhos

E ando a trabalhar mais que em muitos dias do pré-baixa.
Estou quase a voltar à minha rotina normal, com os anseios de saber se aguentarei a carga de 2 trabalhos exigentes numa cabeça que já não aguenta o ritmo de outrora.
Enfim, tudo vai correr bem e a verdade é que até anseio um pouco o regresso. Daqui a uns tempos já não digo o mesmo, eu sei, mas este regresso será faseado e de adaptação, para não " doer tanto ".
Depois em Dezembro, aí sim, será sem contemplações.
Em termos de saúde, tudo se começa a compor e a continuar assim, em breve poderemos dar a doença como controlada ( que não tem cura ) e fazer a minha vida quase normal. Seria uma vida normal para muita gente, para mim uma vida mais regrada que antes, a exigir mais pausas, mais consciência dos meus limites, sem a presunção de que aguento tudo ( que já não tenho há muito ).
Ainda assim, não é uma vida com um só emprego, nem será em princípio tão breve, mas já que não posso abrandar como trabalhadora independente, abrandarei como trabalhadora por conta de outrém :)
Agora é que o patrão vai sentir falta da trabalhadora Lúcia :).

21 novembro 2008

Para compensar

Hoje de manhã não fez birras. Fez uma mini-birra ao pentear, mas nada demais. Esqueci-me que à sexta, dia de ginástica que começa logo às 9h30, tem vezes que não faz birras.
Retiro o que disse e as birras não são de segunda à sexta sempre, são de segunda à quinta sempre ( ou quase sempre ) e às vezes também à sexta.
Depois de sair de casa não parece a mesma, aliás, o resto do dia não é a mesma menina do início da manhã. Claro que faz as suas birras, mas não me posso queixar.
Já de manhã, nem vale a pena comentar.

Prendas de Natal

Era suposto só lhe comprar uma prenda cara ou duas pelo preço dessa cara.
Pensamos em comprar uma máquina fotográfica digital para crianças da Fisher Price, mas o preço desencorajou-me pois poderia acontecer um entusiasmo inicial muito grande e depois ficaria pelos cantos e a dita máquina custa entre 70 e 80€. Pensamos na bicicleta mas essa será em princípio a prenda da empresa para a qual sou trabalhadora independente.
Vi no Catálogo da Centroxogo uma máquina digital que preenchia os " requisitos " por 30€ ( ou 39€ não sei bem ). Alteraram-se os planos e comprariamos então 2 ou 3 prendas, sendo que 2 seriam baratinhas e a outra, seria a máquina.
Fui na hora de almoço à loja e não há a máquina. Comprei-lhe o puzzle de 38 peças e o jogo de pesca. Veio ainda um livro dos porquês que tenho dificuldade em guardar até ao Natal :)
Gastei 28€. Vamos tentar comprar a máquina de lá mas se não conseguirmos aproveitaremos o cheque prenda da empresa do Nuno e pomos o resto do dinheiro numa outra prenda.

20 novembro 2008

E a conversa que não muda de tema

A ver os catálogos de brinquedos:

- Quero este.
- Mas este é para bébés.
- Então é para a mana, não é?
- É para bébés, filha. ( A fazer-me despercebida )
- Quando a mana nascer eu dou os meus brinquedos de bébé, não é?
- É. Mas ainda não vais ter mana filha já sabes. E não se escolhe, pode ser um menino ou menina.
- Mas eu quero primeiro uma mana, depois o mano.
- Olha, vamos ver estes brinquedos tão giros!

As minhas manhãs até à entrada na escola

De manhã tinha sono, não queria acordar, a minha mãe destapava-me eu tapava-me outra vez:
- Despacha-te Lúcia, acorda. É sempre a mesma coisa à noite não queres adormecer, de manhã tens sono.
Começava a birra e era arrancada da cama. Vestir também era acompanhado de choro. Azul não combinava com vermelho, vermelho e verde impensável, mesmo que fosse xadrez, amarela de forma alguma com combinação nenhuma( e ainda hoje não gosto muito de amarelo ). Fazenda pica, camisolas de malha picam. Tira, pica, pica, picaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Aqui já tinha levado pelo menos uma palmada e eu ficava cada vez mais furiosa com o facto.
Não me queria pentear e a ter mesmo de ser só com uma determinada escova que até era de enrrolar. Por isso antes de entrar para a primária levei um corte à rapazinho.
Para beber o leite ou comer o nestum ou os corn flakes não havia birra.
Lavar a cara também não era tarefa agradável e tinha de ser eu a lavar. E como o fazia. Apenas molhava os indicadores e passava nos olhos. Seguia-se a mão da minha mãe a pingar água e a molhar-me a cara toda. Chorava de seguida.
Entretanto já teria levado outra palmada que não deviam ser palmadas que doessem pois eu todos os dias insistia no mesmo e nem depois de 300 avisos de que ia " apanhar " deixava de o fazer. Eram pelo menos 3 palmadas pela manhã. Na altura a minha mãe desabafava com outras mães e até se falava abertamente de dar palmadas aos filhos, aliás, as pessoas achavam que ela não me batia suficientemente para este meu comportamento repetitivo. Muito eu e ela ouvimos o : Se fosses minha filha...
Depois vinha a puxar por mim ou comigo ao colo a correr de saltos altos pelas ruas de terra, no inverno enlameadas, até à paragem da camioneta que ficava a uns bons 300mts. Eu vinha de " burro amarrado " e não queria andar e enquanto ela me puxava para a frente eu fazia resistência e puxava para trás. Nos dias de chuva vinha feliz com as galochas e com a capa impermeável e o chapéu de chuva. Tinha de vir pelo meu pé, a pisar as poças todas ( que não eram poucas ) e a apreciar o chapéu de chuva que geralmente era trazido da África do Sul, onde já havia uma grande variedade de bonecada. A minha mãe vinha com o chapéu dela meio de lado, para me segurar no braço ou no chapéu. Despacha-te Lúcia, vamos perder a camioneta, vou chegar atrasada.
Às tantas pegava-me ao colo para ser mais depressa, sujava-se com a lama das minhas botas, ficava descoberta do chapéu dela porque não conseguia carregar-me ao colo, carregar a mala dela, mais o chapéu dela e o meu, que ia aberto e volta e meia a picar-lhe a cabeça. Não me lembro do que a minha mãe dizia, mas resmungava muito no caminho até à camioneta. Depois na camioneta eu vinha feliz, a ver o caminho e a minha mãe com um ar de final do dia, e não de princípio de manhã. Deixava-me na minha avó e eu nunca queria que se fosse embora e por vezes chorava a vê-la desaparecer na esquina do prédio, da janela da casa da minha avó.
As manhãs dela não seriam muito mais fáceis que as minhas mas é mais difícil ver os nossos defeitos espelhados nos nossos filhos.

Adenda - De notar que a minha mãe trabalhava num escritório, num sector que ainda hoje é essencialmente " masculino " , mas que na altura era 99% masculino. Os atrasos dela mesmo que de 10 minutos era chamados à atenção e só pela sua competência profissional não era olhada com desdém, do tipo, é mulher, deveria estar em casa.
Lembro-me que de inverno ela usava uma gabardina que provavelmente limparia antes de chegar ao emprego, assim como os saltos dos sapatos que iriam cheios de lama.

As nossas manhãs ( desde sempre )

Vou acordar-te... não queres, ou acordas por ti e choras porque não queres acordar.
Não queres sair da cama.
Converso, falo meiguinho. Fechas os olhos com força, tapas a cara com a fralda, finges que não me ouves, às vezes pedes para dormir mais um bocadinho.
Chega a hora em que não dá para te deixar mais na ronha. Toca a levantar, vamos fazer xixi, vá. Começa o choro e os berros, isto se já não começou antes quando te tentei acordar. Já fico indiferente a esta birra, levanto-te como se estivesses calminha, caladinha e bem comportada. Levo-te à casa de banho, xixi, lavar o pipi e ir vestir. O lavar a cara fica para o final porque lavar-te a cara nesta fase é deitar alcoól numa fogueira. Às vezes não queres fazer o xixi e passamos à parte de lavar. Depois o xixi vem antes de saires de casa e já não há tempo de lavar novamente.
Vestir e o choro e berro é em modo continuo desde que acordaste ou desde que saiste da cama. Vestir à força a roupa que escolhi de véspera, contigo a fugir de mim, a puxares uma perna quando te calço a collant, a não querer enfiar o braço na manga, a não querer que a camisola passe pela cabeça e ai: cuidado com os meus brincos, é verdade. Tu lá vais chorando e berrando e eu continuo geralmente calada que não vale a pena falar-te nesta altura, desgasto-me e não me ouves. Vestes o que eu escolhi e eu indiferente aos não gosto desta roupa, calças, camisola, sapatos, etc. Pelo meio há os bás ( que antes foram e até não gosto de ti ). Suponho que bá é a forma que tem de exteriorizar a irritabilidade sem palavras " ofensivas ".
Passamos para a sala para pentear e aí é o verdadeiro drama. Por isso esta é a parte em que geralmente o faço de televisão ligada nos desenhos animados, geralmente do baby tv que é os que ainda ligas alguma coisa. Spray desembaraçante, escova, ganchos à mão ( que ultimamente não te faço tótós nem nada do género que demoraria muito mais tempo a correr atrás de ti e a puxar-te por um braço à força, a prender-te entre as minhas pernas para não fugires novamente ) e aqui, já a reclamar contigo, a prender-te com as pernas e a ameaçar-te que o teu rabinho fica mais quente se não paras. Paras e berras desalmadamente mas quase sem lágrimas.
Estás penteada e com os ganchos colocados. Ficas sentada no sofá e aqui de um momento para o outro deixas de chorar, gritar e espernear. Supostamente " larguei-te ".
Vou buscar o pacote de leite que tem de ser com chocolate e da agros, caso contrário não bebes e o babete. Ponho-te o babete, dou-te o leite as há dias em que não queres leite ( e já foi todos os dias, já é só esporadicamente ). Queres iogurte? Vá despacha-te, já nos estamos a atrasar? Não queres nada e quando assim é enfio-te um iogurte boca adentro e nestes casos recomeça o choro.
Quando queres o leite bebes sozinha enquanto eu consigo ter uns minutos sem choros nem berros para beber o meu café com leite.
No final, lavar a cara a correr e os dentes e lá vem a birra outra vez porque não queres lavar a car nem os dentes. Com isto já estás novamente despenteada.
Acaba a lavagem e vestir o casaco contigo a dar os ultimos choramingos da birra. Passo a escova no cabelo a correr e abro a porta. Já te calaste mas espera mãe que quero levar um boneco para a escola ou um livro ou um CD. Fico à espera com a porta aberta e o vá despacha-te, já estamos atrasadas ( e já estamos mesmo ). Não te decides por o que queres trazer e lá vou à força obrigar-te a escolher um rápido ou a vir embora sem nenhum. Se vens sem nenhum, recomeça o choro e a birra, que acaba chegadas ao carro.
Depois vais no carro a falar como se nada fosse e como se te tivesses portado impecavelmente. Repreendo-te, pergunto-te porque o fazes e só dizes : Eu já não vou portar-me mal. Eu já estou a portar-me bem.
Depois começa o reportório de perguntas até à escola, de cantigas a duas e eu esqueço o quão mal te portaste... até à manhã do dia seguinte.

19 novembro 2008

Rasura ao post da dieta

Fui hoje ao naturopata. Na balança dele foram 4,700 kgr em 5 dias. Eu cá achei que ele me favoreceu numa de dar ânimo e por isso vou contar com os 4 kgrs. Pesei-me em casa e deve ser essa a perda real de peso. Seja como for, excelente. Em termos de medidas, menos 5 cms por baixo do peito, menos 5 na cintura e menos 5 na anca. 15 cms a menos desde a semana passada. Desde o início da dieta não sei porque só fui medida com este médico.
Voltar para a semana com menos 4 a 5 kgrs.
No total, uma perda de peso de 8.7kgr em 2 meses contando com a perda de 4kgr desta semana e não de 4.7kgr ( 2 + 1.9 + 0.8 + 4 ).
O objectivo já está definido e é perder mais 30 kgrs a fim de controlar a doença e fazer uma vida " normal " ainda que a vigiar a doença mas mais espaçadamente. O mesmo que o neuro-oftalmologista me disse.
Perguntei acerca da manutenção do peso pois o problema é que os kgrs não voltem ( e sei que tenho de fazer uma dieta de manutenção toda a vida é certo ) e disse que me faria a manutenção gratuita durante 3 meses e depois se " divorciava " de mim :).
Vou por uma barrinha que qualquer dia já me perdi nas contas, além disso, já existe um objectivo mensurável que acho que só não me foi dito de início para não desmoralizar ( não percebo porque a barrinha não assumiu as gramas e arredondou para cima ).
Vamos ver se a elasticidade da minha pele aguenta e se volta ao lugar ou se fico elegante mas cheia de " pendurezas " :).

Busca de jardim de infância

Saturados das exigências e imposições do jardim de infância da Beatriz, decidimos que nos iriamos informar sobre a oferta na zona. Na altura que a Beatriz entrou não pude procurar muito porque, por uma situação de doença, tive de procurar em Julho, creche para que entrasse em Setembro.
Soube de algumas mas poucas e o medo de a deixar em lugar desconhecido era grande, pois ainda era pequena ( 14 meses ), além disso, arranjar em 2 meses ( sendo que em Agosto quase todos fechavam ) creche deixava poucas alternativas em termos de vagas. Pedi a um amigo nosso, que já lá tinha os filhos e para onde o meu sobrinho iria em Setembro para nos dar informações e pedir o especial favor de reservarem a vaga dela para Setembro.
Entrou ali e não tenho nada a dizer sobre a forma de cuidar dela, nem dos afectos e em relação à aprendizagem, acho até que se excedem e ensinam e exigem demais em tão terna idade, mas entre o não exigir e o exigir muito, no caso dela que gosta de aprender, prefiro assim, embora não concorde muitas vezes com o " padronizado ".
No primeiro ano de creche, apesar dos extras, dos passeios em que quase são obrigados a ir porque se não vão ficam quase sozinhos com uma auxiliar, do pagamento da festa de Natal, do bibe, guardanapo de pano, bolsa de guardanapo, sacola para lençóis, chapés e etc igual entre todos, a ter de ser comprado lá, com um custo exorbitante e a mudar todos os anos, os valores não se assemelhavam aos de agora. Além disso ela gostava, eu não tinha tempo para procurar alternativas e finaceiramente estavamos mais desafogados que agora, depois de quase 1 ano e meio de gastos astronómicos de saúde.
Desde que está em Jardim de Infância que os passeios são muito mais frequentes, há mais extras, seja no fato de treino igual para todos e comprado lá, seja nas extra-curriculares em que quase todos vão e que de certa forma, os adultos fazem alguma persuasão sobre as crianças para que também queiram ir e para que peçam aos pais. A minha está no ballet ( e na mensalidade está incluída a ginástica e a música ) e já algumas vezes me disseram que iria gostar do inglês.
A mensalidade passou para 265€ e não é muito, é certo, mas não há mês que se pague menos que 320€, ora porque é o fato de treino, ora o bibe e afins, ora a festa de Natal, ora, ora, ora... O que me irrita são não só os extras como também só termos conhecimento dos valores dos mesmos com a factura, ou seja, a factura é entregue a 30, às vezes a 1, para pagar até dia 8, sendo que, pagamos sempre antes do limite.
Aumentará em Janeiro mas não sei para quanto, saberei em finais de Dezembro, muito provavelmente, e tendo em conta que os aumentos já foram de 15€, poderá bem passar para 280€/mês mais os extras.
Por tudo isto decidi procurar alternativas e no caso de decidirmos mudar, em princípio não será antes do próximo ano lectivo, em Setembro.
Já vi de tudo. Os infantários que existem a minha freguesia privados são 4.

J.I 1:
É ilegal, abriu em Setembro e diz que aguarda a autorização da segurança social. Eu vi o espaço, conheço as regras e sei que naqueles moldes não terá a licença de forma alguma. A educadora ( que nem sei se seria ) era muito simpática, muito pouco adepta do exagerar nas exigências até à escola e mais do brincarem livremente ou com actividades lúdicas. Aberto todo o ano.
Gostei da teoria, na prática, o espaço é estranho. O cheiro, bem vim de lá com o cheiro na roupa, a humidade, ou falta de limpeza, nem sei explicar. Tem 11 crianças da faixa etária da Beatriz e todos me pareceram muito abebezados comparando com ela. Tem uma pequena sala de brincadeiras, uma pequena sala que serve de refeitório e sala de actividades, uma pequena sala de dormir que nem cheguei a perceber se tinha janelas tal era a escuridão, uma única casa de banho de adulto, sem casa de banho para eles. Os que já não tinham fralda tinham os bacios perfilados no corredor e eram apenas 4 ou 5 bacios. A cozinha era uma cozinha comum, não de inox como é exigido, nada disso. Tinham um espaço exterior relativamente grande, mas com chão de cimento e com poucos brinquedos. Não gostei, principalmente pelo ambiente soturno e o cheiro. Mais parecia uma ama que um infantário como lhe chamou. Não há passeios a não ser ao parque infantil que fica muito próximo porque os pais não podem suportar os custos. A educação musical e expressão motora fica a cargo dessa educadora mas não vi instrumentos nenhuns para nenhuma das práticas.
O verdadeiro depósito de crianças, com a diferença de que apesar disso, as crianças pareciam felizes.
O bom, a mensalidade, 180€ com alimentação, mas excluído à priori pela falta de condições.
Aqui imaginei que em sequer quereria entrar. Excluído.

J.I 2:

Mais amplo, com muita luz natural, sem cheiros, aberto todo o ano. Com aspecto de limpo.
Poucas crianças no momento devido a um surto de escarlatina. Os miúdos brincavam com legos em cima da mesa. Com poucas exigências porque segundo me disse, na zona não podiam exigir muito mais porque os pais não poderiam pagar mais. Poucos passeios, sem actividades extra-curriculares. Música e expressão motora dadas pelas educadoras. Sem pagamento de prolongamento até às 20h.
A cozinha também não era de inox e os armários tinham aspecto de muito velhos e estragados mas aparentemente limpo. O espaço exterior também em cimento e restos de mármore e sem brinquedos porque o espaço exterior é comum ao prédio ( que está num prédio ). Mensalidade com alimentação 170€. Melhor que o outro mas muito inferior ao que está e não quero passá-la de um razoavelmente bom para um menos mal, ou medíocre. Imaginei-a a detestar esta escola ao fim de uma semana ou duas. Excluído.

JI 3:

Fechado. Provavelmente encerrado mesmo, Aparentemente as instalações vazias. Liguei para o número e não está atribuido. Não está atribuido qualquer número aquela morada. Excluído.

JI 4:

Num 2º andar sem elevador, sem espaço exterior. Boas instalações interiores, com luz, higiéne, mas com pouca disponibilidade para me darem grandes informações.
A mensalidade ficava mais cara do que onde a Beatriz está e acaba por ser inferior ao dela. Excluído.

JI 5:

Uma instituição de cariz religioso e solidário. Estão em instalações provisórias mas boas. O senão, o espaço exterior não tem brinquedos por ser provisório. Com limpeza e iluminação. Não estava a assistente social para informar sobre os valores e vagas. A regressare ponderar.

Passei aos das proximidades :

JI 6:

Privado, também um pouco mais caro do que o da Beatriz, sem actividades extra curriculares além da natação a 55€/mês. Quase sem extras, com descontos pelos dias em que não vão, mas confuso, os miúdos gritavam todos enquanto comiam. As instalações eram mais antigas e um pouco " descuidadas ". Excluído .

JI 7:

Uma IPSS. Não me quiseram mostrar as instalações porque a directora não estava. Não me informaram de valores e não sabiam se tinham vagas para o novo ano lectivo ou quando eram as inscrições. Espantou-me o cheiro a peixe frito e o cartaz que vi da entrada sobre o Dia da alimentação e em que a comida favorita de um dos meninos era peixe frito. Cá em casa não se comem fritos há muito, muito antes da dieta. Na escola também não o fazem e não quero introduzi-la numa alimentação pouco saudável.
Terei de voltar para tentar ver e saber pormenores, em especial sobre a alimentação.

JI 8:

Outra instituição social. Mensalidades em função do IRS mas o valor máximo são 220€ com alimentação. Instalações construídas de raiz, bons equipamentos, 2 espaços exteriores um deles com baloiços e escorrega ( e piso de tartain ).
Limpo, iluminado.
Gostei de que no mesmo edificio funcione também o centro de dia e que na hora de almoço a partilhem com os idosos. Tenho destas ideias estranhas, mas acho positivo o contacto com as gerações anteriores e com realidades económicas e sociais diferentes.
Fazem vários passeios, apoiados pela Junta de Freguesia mas não tem extra-curriculares. A única actividade que fazem é mesmo a expressão motora. Depois claro tem os trabalhos deles ( expressão plástica ), leitura de contos, etc.
Dos que vi foi o que gostei mais, ainda assim, em termos de " desenvolvimento cognitivo " fica áquem do da Beatriz, mas é uma hipótese mais ponderável.

J.I 9 - De raiz, numa zona nobre. Bonito, arejado, iluminado, com várias extra-curriculares e com as curriculares de ginástica incluída e penso que música. Com alimentação. 380€ e com todas as mariquices de onde está a Beatriz ( do bibe, fato de treino igual, saco dos pertences, etc, etc ). Excluidíssimo pelo preço, não pelas condições.


Dos públicos:

J.I 10 : Só existem 2 públicos para uma das maiores freguesias do país. Um deles é apenas até às 15h30 e na hora de almoço tem de os ir buscar. Excluído.

J.I 11 : Já não visitei mas sei que é a tempo inteiro, com o prolongamento de horário, mas duvido que tenha vagas. As inscrições são 1 vez no ano.

JI 12: Nas redondezas. Construído de raiz. Já conhecia porque tentei o ano passado inscrevê-la. Dificilmente entram antes dos 5 anos pela falta de vagas e mesmo assim há uma lista de espera. Muito bom, com muitas actividades, com uma área exterior muito boa. Melhor do que o da Beatriz, aliás, o melhor que vi na relação qualidade/preço.


Resumindo, concluindo e baralhando, os melhores foram o J.I 12, o J.I 9, o JI 8 ( instituição social e religiosa), o JI 7 ( instituição social ), o JI 12 e uma IPSS onde está pré-inscrita mas que disseram à partida não ter vagas nunca e que nem valia a pena inscrever ( enfim... ).
Dos viáveis e que financeiramente compensariam a mudança seriam a instituição social re ligiosa e a outra instituição social, mas que em termos de desenvolvimento cognitivo e de variedade de actividades, acho que seria passar de cavalo para burro, ou o JI 12, em que entraria na escola que pretendo que frequente, mas dificilmente conseguirei a vaga. Realmente bom, aliás, a meu ver, o melhor de todos, mesmo que o da Beatriz e é público. Esta seria a escola que iria caso continue no colégio onde está e onde também irão os amigos, aquando da entrada na escola. Seria a melhor hipótese, uma transição apenas, antes dos colegas é certo, mas depois reencontrá-los-ia e provavelmente seriam colegas de turma.
Falta-me o factor C.
Falta ver um cujas condições das instalações me parecem semelhantes ao da Beatriz, mas não sei preços e o que vi foi apenas na internet.
Ainda o Sr. Primeiro Ministro fala nos apoios às famílias e na abertura de mais creches e J.I's. Onde, para quando e em que condições???

18 novembro 2008

A morte

Tem sido tema recorrente dos últimos dias/semana(s). Já tinha abordado o tema há tempos mas voltou " à baila ".
Pergunta pelos familiares que nunca conheceu, já falecidos, pergunta para onde vão.
Contei a história de que se tornavam em estrelinhas no céu.
Volta e meia há são saídas do género:

- Ai filha, a mãe estava com a cabeça na Lua.
- Então morreste.

E lá tive de explicar que era uma expressão que se usa quando uma pessoa está a fazer algo distraída.

- Mãe, os animais vão ao médico, depois morrem e vão morar numa estrelinha, não é?
- Não, os animais morrem quando estão muito velhinhos ou quando estão doentes, mas às vezes muitos cães e gatos morrem atropelados pelos carros. Por isso temos de ter muito cuidado a atravessar as ruas . Onde é que atravessamos a rua?
- Na passadeira.
- E devemos fazer o quê? Olhar bem ...
- Para um uado e para o outro.

- Nós morremos e depois a nossa casa é na estrelinha, não é aqui , não é mãe?
- Sim é isso filha.

Da dieta

Fui a um médico naturista que uma tia paterna recomendou. Ela anda em emagrecimento desde Julho e perdeu 18kgr apenas com alimentação equilibrada e com a auriculoterapia. Não tinha nada a perder ( a não ser o preço da consulta ) e fui experimentar já que nas primeiras 4 semanas perdi 3,900gr mas nas 3 semanas seguintes apenas mais 800gr e algum volume. Também é verdade que nessas últimas 3 semanas a caminhada deixou de ser regular porque estiveram uns dias de chuvas e frio e sinceramente não consigo ir andar para a rua com o vento cortante na cara, não dá, ando friorenta. Tenho feito caminhada mas apenas ao fim de semana e no ginásio da minha mãe, dentro de 4 paredes.
Como os resultados estavam a abrandar, o que até é normal, mas dado o sacrifício que era e os fracos resultados e dados os bons resultados que a minha tia tinha com uma dieta mais equilibrada em termos de nutrientes, fui à consulta na quinta-feira passada.
Fez a estimulação de alguns pontos na orelha não sei bem quais, sei que um deles foi o da fome/saciedade. A dieta é uma dieta equilibrada, com restrições é certo, mas muito mais equilibrada que a outra da sopa e 2 iogurtes durante 3 dias por semana. Cozidos e grelhados e apenas legumes e saladas, sem restrições de quantidades ao almoço e jantar que a ideia é não passar fome ( mas não exagero, como regularmente ), com 5 refeições diárias, sendo que as outras 3 que não almoço e jantar são pequenos " snacks ". Sem suplementos alimentares, sem chás nem diuréticos nem nada. Disse-me que se seguisse à risca perderia entre 8 a 10 kgr em 15 dias. Ri com a ironia da " coisa " mas disse-me que era realidade. Relembrei-o da minha toma prolongada de cortisona e disse que ainda assim era possível. Mandou-me visitá-lo semanalmente a fim de me " policiar " e vigiar melhor, dada a exigência clínica de um emagrecimento " relâmpago ".
Disse-me que o que acontece com as dietas altamente hipocalóricas é uma perda de peso acentuada na primeira e/ou segunda semana, enquanto o metabolismo está a trabalhar à mesma velocidade. Depois o próprio metabolismo, baixa a " velocidade " e acaba por queimar as calorias ingeridas mais lentamente e portanto, há um grande sacrifício e poucos resultados.
Com esta dieta, o metabolismo mantem-se quase em constante funcionamento e queima mais facilmente as calorias.
Vim a duvidar dos resultados, até porque a dieta faz-me comer mais do que comia, apenas de forma diferente.
Não notei nenhum emagrecimento nestes dias e a consulta é amanhã, menos de uma semana depois de começar e com a " obrigação " de perder cerca de 4 ou 5 kgr por semana.
Fui pesar-me ontem porque ainda não notava diferenças na roupa ( apesar de me ter dito para só me pesar no consultório ). Espantei-me com os 3,6kgr que a balança indicava. Fui pesar-me numa outra em casa da minha mãe, duvidando dos resultados. Confirmou. Dou o desconto de serem balanças diferentes e de me ter pesado despida em casa. Vá 3 kgr a menos de sexta a segunda.
Fez por estes dias 2 meses desde o inicio da dieta e já foram cerca de 8 krgs. Faltam 2 para notar resultados práticos em termos da hipertensão intracraniana o que supostamente e confiando nos resultados do naturopata, serão alcançados em menos de 1 semana.
Há esperança!!!!!! :)

17 novembro 2008

Granda panca

Andava à procura de um ficheiro que há muito não usava. Encontrei um com os detalhes do baptizado da Beatriz e com o valor aproximado dos gastos que iriamos ter.
Na altura a festa custou-nos cerca de 3700€... grandes malucos... eu devia estar completamente dopada... 3700€ para um dia???? Este valor pagava-nos um ano de colégio... Quase 750 cts... Pior, saiu-nos todo do nosso bolso ou antes, da conta bancária... ai...
Acho melhor apagar o ficheiro...

Confraternizar

Quando chega o frio, acabamos por, inevitavelmente, passar mais tempo em casa, não necessariamente na nossa. Ou estamos em casa de alguém ou alguém nos vem visitar ( ainda assim não tanto como nos anos anteriores ).
A pergunta dos últimos tempos feita com entusiasmo, quando é fim de semana é:

- Vamos a casa de quem? ou Quem é que vem cá a casa?

Se não fosse(m) o(s) blogue(s)

Eu não conheceria 7 pessoas fantásticas que com os seus parceiros e filhos dá qualquer coisa como 25 boas pessoas. O " núcleo duro " já tem qualquer coisa como 25 elementos, enaaa!
Ontem estivemos quase todos juntos e a sensação é tão boa que me deixam de " alma lavada ".
Os miúdos brincaram, riram, pularam, comportaram-se bem e mal, mas não se desentenderam ou pior, entenderam-se bem demais, até nos disparates. A mim fez-me bem vê-los já tão crescidos e sentir que ainda que não estejamos muitas vezes juntos, se sintam à vontade entre eles e connosco adultos. Gosto que a minha filha diga no caminho, " vamos ver os meus amigos " e gosto de a sentir divertida sem precisar de mim ao seu lado para se sentir segura.
Há poucas coisas tão boas como a amizade e se não fosse este blogue ( e todos os dessas outras pessoas ) eu não sentiria como um bocadinho meus, cada um daqueles miúdos, eu não sentiria como verdadeiras, aquelas 7 amigas.
É por estas e por outras que este blogue vai seguindo :)
Ontem foi uma tarde muito boa!

Medo do escuro

Do nada deixou de ter medo do escuro. Na sexta-feira o Nuno pensava que ela já dormia e foi apagar-lhe a luz do candeeiro pequeno. Antes de me ir deitar fui vê-la e como estava com a cara tapada com a fralda, desviei-lha ( que está com uma tosse feiosa e tive medo da falta de ar ). Olhou para mim com os olhos muito vivos e disse:
- O que foi?
- Nada, filha, pensei que já estavas a dormir, como estás no escuro e não disseste nada... Dorme bem.
- Eu não tenho medo do escuro.
- Está bem, dorme, bons sonhos.

Repetimos a experiência e ontem já era ela que apagava a luz do candeeiro e dizia que gostava de estar no escuro.
A brincadeira de ontem à tarde em casa de uns amigos em que a pequenada acendia e apagava a luz, eu teatralizava e choramingava com medo e a dizer que queria a minha mãe, também ajudou a consolidar a " conquista " .:)

14 novembro 2008

Coisas que a deixam orgulhosa

- Mãe eu já sei dizer borbueta. Bor-bu-eta, vês.
- Muito bem :)

Adora receber os amigos em casa

Hoje vem jantar cá a casa uma amiga dela, a Sara, companheira da viagem à Eurodisney em Fevereiro.
Só lhe disse ontem à noite não fosse acontecer algum imprevisto, a Sara não puder vir e tinha de andar a ouvi-la lamentar-se com : - Ohhh porquê? Mas porquê que a Sara não vem....
Ficou delirante e disse-me:
- Eu só tenho uma cama mas ela pode dormir comigo.
- Não a Sara não quer dormir cá, só vem cá jantar e brincar contigo.
- Então o Gábi também vem, eu já lhe disse para ele vir muitas vezes e ele diz que quer vir. Amanhã digo ao Gábi para vir para a nossa casa, tá bem?

Vou ter mesmo de falar com a mãe do Gabriel e perguntar se deixa que lá vá um dia brincar um pouco, não se cala com isto há meses.

Sem óculos um boi parece-me um pássaro

Saí de casa à pressa, não encontrava os meus óculos e já atrasada para a aula de ginástica dela, fui sem óculos. A distância não é muita, 5 minutos de carro. ( E todos os dias agora há coisas de que não sei, andei sem telemóvel 5 dias, não saber das chaves do carro, de casa, etc )
No regresso tive de ir aos CTT e passo por uma escola. Percebi que a escola estava fechada, vi uma concentração de pessoas cá fora ( e passei a uns 10 metros deles se tanto ) tinham cartazes mas não conseguia sequer ver se tinham alguma coisa escrita, nem os vultos das letras, para mim tinham cartazes vazios.
Não stressei, lá fui aos CTT ( que a minha dificuldade de visão é essencialmente ao longe ) e regressei intrigada com a manifestação.
Agora vejo as notícias e vejo que foi um protesto nacional.
Felizmente que aquela hora e nesta zona, quase não há trânsito.

Ela cresce

Mas eu às vezes ainda " subestimo " a sua maturidade.
Nunca lhe disse que estava em casa, sempre disse, mesmo no ano passado durante cerca de 10 meses de baixa, que ia para o meu trabalho. Ela nunca contestou e sempre me pareceu acreditar nisso. Estou novamente de baixa e continuo de manhã a dizer-lhe para se despachar para não chegarmos atrasadas. Ultimamente perguntava onde eu ia depois de a levar à escola e eu dizia que ia trabalhar. Há dias pergunta-me onde era o meu trabalho e eu respondo que é em Lisboa.
Hoje no carro, vindo do nada:
- Mãe, hoje vais trabalhar em casa?
- Ãnh? ( os ãnhs dão sempre jeito para que reformulem a pergunta e tenhamos tempo para pensar )
- Hoje vais para o teu tarbalho em Uisboa ou vais tarbalhar em casa? ( Como só trabalho em casa depois dela estar deitada, quando não estou de baixa, a pergunta deixou-me encabulada )
- Aaaaaaaaaa...( pensa, pensa, pensa ), não sei ( que raio de resposta, não sei, não sei ? ).
Breve silêncio para ver se ela mudava de assunto e para eu pensar numa resposta melhor.
- Não sabes?
- Se tiver de trabalhar à noite em casa trabalho, agora não sei. ( ufa, safei-me )

Nunca pensei que ela já me tivesse topado a léguas que eu ficava em casa, a trabalhar é certo, mas em casa.

12 novembro 2008

Meninices

Participamos na campanha da Imaginarium e compramos uma caixa para colocar os presentes para uma menina entre os 2 e os 4 anos. ( Compramos que nenhuma sapataria da zona me deu uma caixa ).
Como a caixa já vinha forrada, limitamo-nos a enfeitá-la com uns moldes em esponja de borboletas e flores que tinha comprado há tempos no Lidl. Na altura comprei também um conjunto de purpurinas e cola branca para fazermos as duas os nossos postais de Natal e enfeitámo-la também com os brilhantezinhos.
Introduzia no maravilhoso mundo das purpurinas e o que é que eu fui fazer à minha vidinha. Adorou, quer decorar tudo com purpurinas a toda a hora, quer fazer desenhos e colocar a cola e a purpurina, quer levar desenhos para dar à educadora, ao cão, ao gato, ao piriquito da vizinha, etc.
Ora as purpurinas são muito engraçadas mas espalham-se pelo chão, colam-se à roupa, ao corpo e já várias vezes chegou à escola com restos de purpurina na cara e eu nas mãos.

Reflexões

Actualmente falam-se de alguns casos de tuberculose no Norte do país. São entrevistadas algumas das pessoas que fazem a profilaxia da tuberculose mesmo não tendo prova de tuberculose activa. Falam da discriminação de que são alvo por viveram em pequenas aldeias onde as pessoas desconhecem quer as formas de transmissão, quer a doença em si.
Já passei pelo caso e felizmente, como não estava a ser tratada num hospital público, não tive de fazer a medicação presencial, isto é, a dirigir-me diariamente ao hospital para tomar os medicamentos com uma enfermeira junto para se certificar que o fazia ( que nos hospitais públicos é obrigatório ). Fazia a minha medicação em casa sem ter de enfrentar o estigma de entrar num serviço de infecto-contagiosos qualquer.
Ainda assim, e vivendo numa grande cidade, quando me perguntavam a causa da minha doença, enfrentava não um mas dois estigmas, o de ter uma meningite e o de ser eventualmente derivada do bacilo da tuberculose. Aprendi a proteger-me perante quem não tinha conhecimentos para lidar com o meu diagnóstico e deixei de dizer o que tinha, ou dizia que ainda não tinham descoberto ( que não era mentira nenhuma ) e que desconfiavam de uma doença genética ( que também não era mentira para o diagnóstico de sarcoidose ). Deixei de chocar os outros e deixei de sofrer o estigma de ver que as pessoas não me olhavam nos olhos, ou falavam comigo afastadas não fosse eu tossir ou coisa do género ( ainda que eu não tivesse nenhuma inflamação no aparelho respiratório e portanto, mesmo que fosse tuberculose não seria transmissível ). Porque infelizmente, vi muitas pessoas curiosas em saber o que tinha, mas muito poucas efectivamente preocupadas comigo.
Esta foi uma das lições de vida que este último ano e meio me trouxe, tenho muitos conhecidos, muitos " curiosos " mas muito poucos amigos. Felizmente não me trouxe mossa, era a atitude que no fundo esperava de muitos, pelo contrário, percebi quem realmente se preocupava comigo e muitas vezes estas foram as surpresas positivas, perceber em quem não esperava amizades genuínas.

Cá por casa

A Beatriz e nossa cadela adoram bolas de sabão. O menos comum na frase anterior é mesmo o facto da Luna delirar sempre que as bolas voam cá por casa.
A brincadeira favorita entre as duas é a Beatriz a fazer bolas de sabão e a Luna a " apanhá-las " com a boca. E é um fartote com uma a rir à desgarrada e a outra a ladrar para que lhe mande mais bolas para " apanhar ".
Há pouco o screen saver do pc começou a funcionar e no monitor aparecem várias bolas de sabão. A Luna, que estava deitada ao lado do pc pousado no sofá, levantou a cabeça e em posição de caça olhava para as ditas. Tive de desviar rapidamente o pc porque não sei até que ponto se ia aguentar assim ou mandar contra o monitor.
Isto às vezes parece mesmo uma casa de loucos.

11 novembro 2008

Chucha... ou como tirar-lhe o vício

A primeira vez que tiramos a chucha correu relativamente bem, mas surgiu uma grande crise atópica e no meio do choro da comichão e desconforto, cedemos a voltar a dar-lhe a chucha. Foi a pior atitude que tive ao longo desta nossa experiência de maternidade. Na altura seria muito mais fácil consolá-la do que o reinstalar do vício que voltou muito pior.
Além disso, ela foi crescendo e com ela crescem os argumentos e não se torna fácil de lhe " dar a volta ".
Já tentamos a troca por um brinquedo, mas prefere a chucha a um brinquedo novo, já seguimos os métodos mais pedagógicos e os anti-pedagógicos. Seguimos um conselho de um amigo ( e os mais impressionáveis devem passar à frente ) e colocamos um pouco da substância que se usa para desencorajar quem roi as unhas. Sabe muito mal e o sabor prolonga-se por algum tempo, mas ela prefere chuchar até que saia o sabor, ou lavar a chucha vezes infinitas, até que o sabor desaparece. Já tentamos também molhar a chucha em vinagre e dizer que as chuchas estavam estragadas e a solução dela foi:
- Lava a chucha ou dá-me outra.
Já falamos em dar a chucha ao Pai Natal, porque já é crescida e se não der a chucha não leva brinquedos e como disse, ou prefere não receber brinquedos ou fica apavorada com a proximidade do Natal.
Até já lhe disse que como a chucha deixa os dentes tortos, os mesmos lhe iriam doer e eu não iria com ela à dentista.
Já não sei o que mais inventar, à noite não adormece sem chucha.

Já nada é como antigamente

- Óh mãe, o pai diz assim: Como é? Ficas com a chucha na boca ou queres que eu fique contigo? ( e é mesmo assim que ele diz, até a entoação estava correcta )
- E tu o que respondes?
- Vai para a tua cama, pai.

Ontem eu insistia em estar ao pé dela, para ver se adormecia sem chucha, porque enquanto lá estamos não a põe na boca.

- Estás aqui porquê, mãe?
- Porque eu gosto de estar ao pé de ti, és minha amiga. ( como ela me costuma dizer )
- Mas o teu marido também é teu amigo, vai pó pé deue.
- Eu quero ficar aqui.
- Vai uá, eue está sózinho.
- Ele não se importa.
- Mas eu quero ficar sózinha.
- Queres? Porquê?
- Quero por a chucha. ( dito muito baixinho)

E assim, um pai e uma mãe são destronados por uma chucha.

As ovelhas negras daquele colégio

Somos nós e os nossos amigos que tem lá os filhos.
A festa de Natal, como já referi costuma ser num auditório, alugado em que nós pagamos geralmente 40€ por criança independentemente de as mesmas irem ou não à festa, até podem estar doentes, de férias, etc, paga-se, está nos estatutos ah e tal. Não engulo a história mas enfim, pago, vou e tento não pensar muito no assunto.
A festa costuma ter uma duração alargada, há o pessoal das luzes, do som, o animador, lálálá e costuma ser a um Domingo por causa dos pais que trabalham ao Sábado.
Este ano a escola está desfalcada em termos de pessoal, a directora está grávida e a substituir uma educadora que está também grávida, mas com uma gravidez de risco. Uma auxiliar também está grávida e foi agora para casa pelos mesmo motivos. A educadora do ATL foi substituída e entrou uma nova auxiliar para o ATL mas ainda assim, tem 2 pessoas a menos.
Como se gosta de fazer tudo em grande, como se aquilo fosse um colégio de renome, não desistiram do auditório, até porque segundo me disseram já tinham pago, mas desistiram que a festa fosse a um Domingo por falta de pessoal para organizar, fazer cenários, fatos, carregar com o material, etc. Qual foi a " brilhante " ideia?? Poderia ser fazerem na escola a festa, como quase todas as escolas fazem, mas não, decidiram mudar o dia da festa para um dia de semana, a uma terça-feira, a começar às 17h, isto é, os pais tinham de ir buscar os miúdos até às 16h30 para os deixarem no auditório para que a festa começasse, lá para as 17h, 17h30 contando com os atrasos. Como o auditório só está alugado até às 20h, pagariamos o mesmo, por 2h, 2h30 de festa e muito provavelmente muitos não poderiam ir ver os filhos, ou não chegariam a tempo de os ver. Seria o meu caso, regressada de baixa ao trabalho ia dizer à entidade patronal:
- Olhe, tenho muita pena, mas hoje é a festa da escola da minha filha e por isso tenho de sair no máximo às 15h45, quase 2 h antes.
Até acho que já estou a ver o ar compreensivo, as palmadinhas nas costas e o:
- Vá, então é a festa da escola da sua filha, o que mais importante há que isso??? (leiam isto com muita ironia e muito sarcasmo ).
A alternativa era sair à hora normal, chegar ao auditório lá para as 18h15 com sorte e a miúda já ter " actuado ".
Depois, tão mau quanto isso é a festa acabar às 20h ou perto disso, ir a correr para casa, chegar não antes das 20h20, dar banho, fazer jantar e deitá-la a horas decentes para que no dia seguinte não acorde o prédio inteiro com os berros dela e os meus, conseguir chegar a horas ao emprego e começar a manhã com um stress muito pouco recomendável.
Fiquei pelos cabelos quando li no placard e uma outra mãe de gémeas que chegou ao mesmo tempo reclamava do mesmo e sugeria uma reunião de pais com o colégio. Como eu não sou de ficar à espera dos outros fui logo falar com a dona do colégio, ainda a espumar pela boca e tudo.
Quando me viu percebeu sem que eu dissesse porque queria falar com ela e desviou-me para o escritório, não fosse eu dar ideias aos outros pais.
A desculpa foi de que não tinham pessoal, de que já tinham pago e só eu e uma outra mãe tinhamos reclamado, mas a outra mãe tinha conseguido resolver o assunto. Faziam-me o " favor " de levar a Beatriz na carrinha da escola e nós pais saiamos um " bocadinho " mais cedo e iamos directos para o auditório. O bocadinho no meu caso é anedótico que trabalho para os lados de Xabregas e vir dali até ao local da festa não é propriamente rápido.
Cheguei a casa e contei ao Nuno que foi peremptório a dizer:
- Nem que nesse dia não vá à escola.
Para ele é tudo mais simples, ou não pensa tanto nas " consequências " de ter a filha a falar na festa da escola, a perguntar porque não vai se os outros vão ou a perguntar porque não fomos quando os outros pais foram. É que as explicações calham-me quase sempre a mim.
Além disso, na factura vão aparecer no final deste mês os 40€ ( ou mais ) da festa e o que poderiamos fazer?? Transferir o valor descontando a festa da escola?? Claro que o faria, se este fosse um serviço normal que nos prestassem, mas não é, é o local onde todos os dias deixo a minha filha e apesar de protestar, de reclamar, tenho de muitas vezes dar o braço a torcer, porque é nela que penso.
Falei com os nossos amigos, que tem as mesmas dificuldades que eu para assistir à festa, além de discordarem com a história do pagamento. É que sendo a um dia de semana e menos horas, não nos venham pedir o mesmo valor do ano passado. Também eles irão falar com a dona do colégio mas não me parece nada que vá haver alterações. Parece que somos sempre as únicas ovelhas negras, dali, para os outros, está sempre tudo bem.

Adenda - O que nos parece ser a real razão da festa a um dia de semana é que segundo ouvi dizer, não pagam ao pessoal para disponibilizarem meio dia de Domingo para a escola. Parece que já andavam todos descontentes e este ano devem ter recusado fazer a festa ao fim de semana sem pagamento extra. Para remendarem a situação sem mais custos, alteraram a festa para um dia de semana, no horário " normal " escolar e assim não tem de pagar horas extras aos funcionários.

10 novembro 2008

Inguês ( Inglês )

Não tem inglês na escola nem vê os DVD's da Dora e afins que ensinam algum vocabulário em Inglês.
Apesar disso não raras as vezes que diz:

- Vamos fauar em inguês.
- Está bem.
- Ai xuai, xuai, inuains... ( e tudo o que se lembrar que nada tem a ver com inglês ). Agora és tu, mãe.
- Hello, my name is Lúcia.
- Não é assim " heuo " é assim, ain, xuai...

Quando lhe pergunto quem lhe ensinou, diz que foi a educadora.