30 abril 2008

Eu e a saga desta doença - o final

Não gosto de falar antecipadamente no que refere a doenças. Superstição ou não, não gosto, talvez seja das poucas que tenho e cada maluco com a sua mania. Mas quero encerrar um capítulo na minha cabeça que apesar de ainda não estar terminado, felizmente para lá caminha, o da minha doença. Sem certezas, soube ontem que, por exclusão de partes e por probabilidades, o que me afectou nos últimos meses foi, em príncipio, uma meningite por sarcoidose ( uma inflamação nas meninges por sarcoidose ). A tal doença genética com uma probabilidade de reincidência de 50%.Fiz 7 meses de medicação para a tuberculose pela incerteza do diagnóstico e porque a meningite tuberculosa é mortal e mesmo quando assim não é, pode deixar lesões muito graves como paralesia cerebral entre outras coisas. Agiu-se por precaução e na incerteza de um diagnóstico e por muito que me custem os efeitos colaterais, são bem mais ligeiros que se tivesse a própria doença. Não assimilei que qualquer das doenças me poderiam conduzir à morte, nunca pensei nisso e sinceramente parece-me um cenário tão distante que parece que não fui eu que vivi toda esta situação, mas fui. É estranho, quando olho para trás, para o que podia ter acontecido, por tudo o que passei, quando relembro as dores sinto-me como uma espectadora, fora do meu corpo a ver um filme de um caso real, o meu, ou antes, o nosso pois foi algo que envolveu a família e alguns amigos mais próximos. Só assim justifico os meus sorrisos constantes, as minhas gargalhadas que nunca perdi e apenas um momento único de medo e desilusão. Só assim justifico a minha " coragem ", informei-me muito mas quase ficcionei que aquela realidade não era a minha.
Ao início tive muitos braços abertos, muitos ombros, muitas ofertas de ajuda. Com o tempo os braços foram-se fechando, os ombros desaparecendo e as ajudas nunca passaram de intenções, excepto da família e de alguns grandes amigos. Não é uma crítica nem uma mágoa, eu sabia que seria assim, afinal foram quase 10 meses doente e se ao príncipio eu ia falando, depois comecei a não querer falar sobre o facto, porque me cansava falar no mesmo, porque não queria desmoralizar e porque parecia que sempre que eu falava nisso, a doença avançava. Verdade ou não, aconteceu mais que uma vez e deixei de falar nisso, pura e simplesmente. Não falei quase nada do que vivi e senti, despejei uma ínfima parte do que passei para aqui e com os amigos apenas quando já não aguentava mais tudo aquilo guardado ou então para me servir como refêrência para falar aos médicos. Com a família mais próxima ( mãe, marido e tia ) fui falando mais um pouco sendo o Nuno o mais informado de todos, ainda assim não lhe contei tudo, porque não sentia necessidade, porque parecia os velhos que só falam de doenças, porque me cansava o assunto. Os outros foram sabendo ora por estas 3 pessoas ora por uma ou outra conversa apanhada no ar. Não querendo armar-me em heroína que não sou, não sei como resisti a tanto sem descarregar e sem uma depressão ou coisa parecida. Podia dizer-se que me isolei, mas não, continuei a estar com as pessoas e o que fazia era fugir do assunto, dando poucos pormenores, apenas para não me lembrar que aquela realidade era a minha. Tinha de conviver com ela mas não tinha de a relembrar. PONTO! Quis esquecer muito do que passei e acho que me aconteceu isso mesmo, ou pelo menos estão camuflados no meu cérebro, inacessíveis no imediato. Quero agora lembrar-me para deitar cá para fora e parece que nada me sai. Assim de imediato lembro-me do mais banal, a parte estética porque ainda me afecta. Daqui a meses se calhar nem isso. Fazendo um esforço: urticária, dores lombares, insónias, ataques de ansiedade ( pela medicação ), falhas de memória, desconcentração, perda de visão, visão dupla, edemas, aumento de peso, acne, borbulhas em todo o corpo, perda de cabelo, falta de quiritina nas unhas, diminuição ( ou quase perda ) de apetite sexual pela diminuição da auto-estima por causa da parte estética já para não falar das óbvias dores de cabeça, tonturas, vómitos, vomitar sem parar etc, etc dos primórdios e de outras tantas que já nem me lembro nem quero fazer um esforço para isso.
Ontem a médica ( que já não é a minha porque foi de licença de maternidade, mas uma outra que acompanhou todo o processo ) dizia-me que eu devia estar orgulhosa de mim mesma, que devia parabenizar-me, elogiar-me , sentir que resisti heroicamente. Chamou-me de leoa e eu, brincando com o facto disse-lhe para parar, porque já tenho uma elevada auto-estima e elogios a mais podiam tornar-me demasiado egocêntrica. Mudou o tom de voz para mais sério e relembrou-me do muito que me podia ter acontecido, do muito porque passei e de como resisti, reagi e ultrapassei. Não sei se o disse porque ficava bem de ouvir, mas disse que em tantos anos de medicina nunca tinha encontrado nenhum paciente com a minha coragem e boa disposição perante tanta adversidade. Não acreditei porque sei que há casos bem mais graves que o meu, de pessoas que sabem que a morte os espera e ainda assim tem uma força fantástica. Mas lá está, eu também podia ter morrido, lá estou eu a ver a coisa na terceira pessoa. Relembrou-me da minha possibilidade muito real de cegar. Aliás, disse que nunca tinha visto edemas no nervo óptimo tão marcantes, nem mesmo nos manuais. Casos assim só de pessoas que estavam realmente cegas. Comparando hoje as minhas retinografias com as iniciais, quase parece ser impossível serem da mesma pessoa. Disse-me que se eu quisesse poderia chamar-lhe milagre ou o que quer que fosse e que eu acreditasse, mas que à luz da ciência só podia dizer que todo o meu caso e recuperação são muito improváveis. Não lhe respondi e agradeci às minhas estrelinhas que me guiaram e me ajudaram. Acreditar foi sem dúvida o que me fez continuar forte, não há como negar. Relembrei-me e relembro agora enquanto escrevo do " meu José ", um misterioso senhor que um dia partilhou comigo um biombo da Oncologia e que me fez ver que a esperança só morre no dia em que nos morre o corpo e ainda assim, se calhar vai com a alma. O meu José, que me entrou no coração num rompante e me desapareceu da vista, do contacto da mesma forma. Se calhar porque tinha de ser, se calhar porque não é suposto encontrá-lo mais, mas queria tanto saber dele.
Aprendi que tenho uma missão e que todos temos o nosso momento de partir e o meu sem dúvida, ainda não tinha chegado. Aprendi que não devo, não posso, negar o que sinto, o que vejo, o que oiço, o que pressinto por mais anti-natura que seja, aliás, por mais anti-científico ou paranormal que me possa parecer. Aceitei e reaprendi a conviver, só ainda não sei muito bem o que fazer com tudo isso, mas a seu tempo.
Ainda com a cortisona por mais uns meses apenas porque o desmame da cortisona tem de ser gradual e com a possibilidade de ainda ter alguns " danos colaterais " por uns bons tempos por contar, como este da ciática, mas entrei finalmente na fase " livre de perigo " e isso faz-me querer esquecer que tudo aconteceu e seguir em frente, como se nada tivesse sido, mas sinto que não devo, que devo assumir esta fase da minha vida e dar-lhe valor.Mudei bastante, se eu já dava atenção às pequenas coisas da vida, passei a fazê-lo ainda mais intensamente. Estou mais " cool " como disse hoje a uma amiga, menos stressada, mais soft. A vida são 2 dias e se não os aproveitarmos bem, amanhã pode mesmo ser o dia de passar para o outro lado. Quando chegar a minha altura, daquia muuuuiiitos muiiitoooos anos, quero fazê-lo sem arrependimentos, sem " ses ", sem mágoas. Espero que esta lição de vida me fique para sempre, não apenas uns meses ou uns anos, enquanto a minha memória me for avivando estes tempos. Ainda que a possibilidade de reaparecimento da doença seja de 50% até cerca dos meus 40 anos, ainda que haja a possibilidade da minha filha, os meus sobrinhos ou qualquer outro membro da minha família o ter, sinto que tudo isto se encerra, com mais uma daquelas minhas certezas, ou se calhar, com uma vontade tão grande que isso não aconteça que estou de coração tranquilo.
Não escrevo este post em busca do " foste a maior ", " és muito corajosa " e outras que tais, escrevo para acabar na minha mente esta " novela de quase 10 meses que até ao final mesmo levará mais uns bons tempos mas se Deus quiser, com capítulos muito pouco " interessantes " :). Sou assim, tenho de " mentalmente " encerrar capítulos e este teve, como se quer, um final feliz.
Carpe Diem!

FIM!

Dentista

Depois de falar com esta amiga e da opinião desta outra ( acabei por não te chatear e segui o mesmo conselho que deste para o V. ), marquei consulta para uma odonto-pediatra para ver o dente lascado, mais por descargo de consciência. Consegui consulta para hoje e lá fomos as duas, aliás as três, eu, ela e a ciática :).
Preparei-a para o que ia fazer, disse-lhe que ia à dentista, mostrar os dentes. Perguntou-me se também ia mostrar a " gaganta " e os " ouvidos " e se ia receber o pauzinho para os bébés dela, tal é o hábito :).
A médica simpática soube como a conquistar. Assim que chegamos tinha uma televisão estratégicamente colocada no canal Panda. Depois mostrou-lhe o consultório e as suas ferramentas de trabalho e explicou tudo o que ia fazer, fazendo primeiro nos patinhos de borracha que ela levava. Sentou-se no meu colo e colaborou, abriu a boca deixou ver os dentes, tudo muito bem.
Não tem deformação na arcada dentária, os restantes dentes estão bons. O incisivo superior central direito está, segundo palavras da médica, " molinho "( é brasileira ). Pode vir a cair ou não e pode escurecer. Pode também criar infecção e nesse caso, se criar uma bola de pus voltar lá para drenar. Limou o dente, não fez rx, colocou um tipo de uma massa esverdeada ( não consegui ver onde porque ela estava no meu colo ) e por fim pôs fluor. Como engoliu o fluor todo disse para aguardarmos 10 minutos pois poderia dar-lhe uma volta à barriga. Não deu, mal sabe ela que a pasta de dentes é todos os dias engolida :)
Disse para voltarmos em Outubro para reavaliar e para voltar a fazer fluor para evitar as cáries e saiu de lá com um diploma de bom comportamento.
Eu que ia por descargo de consciência acabei por ficar com um ligeiro peso na consciência, porque não devia ter desvalorizado, só porque não sangrou, não se queixou e por eu ter descoberto quase por acaso, quando observava umas fotos mais de perto, mas de resto, aparentemente, tudo bem.

#%&"&#

Ao anti-inflamatório junta-se um relaxante muscular e analgésico e espera-se que as dores e o incómodo vão tão depressa como vieram.

29 abril 2008

Danos colaterais

Pode ser de 5 punções lombares ( e alguma ter tocado no nervo deixando-o sensível ), da cortisona em doses industriais e/ou um provável mau jeito.
Estou com uma inflamação no nervo ciático. Não consigo pegar na minha filha ao colo, continuo a conduzir e coxeio que é uma maravilha.
A médica diz que são os danos colaterais da minha maior amiga e inimiga, a cortisona ou então das 5 punções e 17 picadelas a que fui sujeita.
10 dias a um anti-inflamatório bombástico ( que tem mais efeitos secundários que indicações terapêuticas ) e espero ficar fina mas " cheira-me " que ganhei aqui mais uma merdice que de vez em quando me irá chatear.
( Auuutchhh! )

Fotos

Desde que fomos à Serra da Estrela que não sei do cabo da minha máquina fotográfica. Nada de muito grave que até aqui passei as fotos com a pen do pc. No fim de semana comprei um novo cartão para a máquina de 4GB e mal dos males, a pen não o reconhece. Assim tenho imensas fotos giras para passar e não tenho como. Ai a minha vidinha!

28 abril 2008

Preparativos

Depois de uma breve ronda pelos temas para a festa acho que reduzimos a escolha a dois, falta a opinião da aniversariante :

- Dora ou
- Princesas Disney

O 3º aniversário está quase aí

Por esta altura no ano passado eu já tinha começado os preparativos para o aniversário dado que entre Março e Maio são meses profissionalmente muito cheios e portanto resta pouco tempo para preparativos. Por isso, nesta altura, apesar de não estar a fazer nada para a festa estava já tudo delineado e planeado. Este ano não há sala marcada ( que será em princípio na mesma do ano passado ) não há tema, não há nada definido.
Há a ideia de fazer a festa durante o dia ( e não apenas de tarde ) isto para aproveitar a manhã na piscina, com um almoço improvisado de frangos assados, carne assada, umas batatas fritas de pacote e um ou outro doce. Quem quer e pode fica para a tarde e espero lá para as 17h, no máximo, estar a apagar o bolo de aniversário. Assim poupo os miúdos das tarde que são sempre mais massacrantes para os que dormem a sesta e são impedidos de tal por causa das festas.
Não vou fazer o exagero de comida do ano passado, não vou ter o trabalho que tive com as lembranças e decoração da sala do ano passado e ela irá divertir-se tanto ou mais ainda, que a idade é outra e já aprecia o convívio e a brincadeira com os amigos. Para que conste, não vou mesmo dar lembranças aos miúdos. Eles ainda ligam pouco e nós escusamos de ter o trabalho e sempre se poupam uns trocos, a bem da verdade.
Não vai haver hélio para os balões, vão haver balões sim, mas cheínhos de CO2 :) .
Também não vão estar animadoras para as pinturas faciais.
Os convites vão ser virtuais, por e mail, sms ou chamada telefónica e o tema será um dos 4 que ela gosta bastante:

- Dora a exploradora,
- Hello Kitty
- Mickey ou Minnie
- Princesas Disney.

Sinceramente decidirei aquando da encomenda, de acordo com o preço, ou seja, será o mais barato de todos. Apenas comprarei a toalha de plástico e os pratos e copos suficientes para os miúdos, os adultos vão de pratinhos brancos que são mais baratos e faz o mesmo efeito :).
Relativamente à prenda dela vai ser um dilema, não sabemos mesmo o que lhe oferecer, o Nuno falou numa bicicleta mas acho completamente desnecessário dado que tem o triciclo e pouco ou nenhum uso lhe dá, aliás ainda nem sabe pedalar porque raramente andamos com o dito atrás.
Para o dia na escola, apenas levarei um bolinho, desta vez, comprado na pastelaria, que não terei o trabalho de fazer o bolo de véspera e enfeitar por causa da alergia alimentar do Francisco ( que não sei se ainda se mantém ou não ). Também não comprarei lembranças que o ano passad0 fui a única que me preocupei com isso. Este ano já houve aniversários e ela não trouxe nada para casa portanto, darei as lembranças na escola se e quando ela mas pedir ( e espero que seja daqui a muitos anos ).
Relativamente à nossa presença na hora de cantar os parabéns não sei como será, se estaremos ou não, dado que o ano passado, por estarmos lá acabou por estar mais preocupada em que os outros soubessem que eramos os seus pais e a afastá-los de nós que a gozar a festa em si. Acho que este ano a festa vai ser só mesmo com os amigos da escola, que connosco presentes acaba por não gozar tanto.

Por tópicos

Sol + calor + piquenique à beira rio + campo + ar puro + tranquilidade + descanso + ronha + brincadeira + mimo + avós + primos + compras = Fim de semana em cheio

24 abril 2008

Retiro o que disse...

Sobre o tempo ameno, está um calor que não se pode!
Bom fim de semana prolongado e viva a liberdade de o poder gozar!

É deste tempo que eu preciso

De sol, de luz, de um clima ameno, nem demasiado quente nem demasiado frio.
A minha filha anda a pedir-me há muito tempo para ir à piscina da avó, acontece que a de Lisboa é descoberta e por isso só pode ser usada no Verão. A do Algarve coberta e aquecida até finais de Maio está " ao abandono " que raramente lá vamos. Um desperdício mas acabamos por preferir conhecer locais novos quando fazemos as nossas escapadinhas.
Hoje vesti-lhe uma roupa mais fresca e disse-lhe que não era preciso vestir o casaco que não estava frio. Lembrou-se logo que se não estava frio então podia ir à piscina ( já que lhe digo que só vai à piscina quando estiver calor ) da casa da avó ( a de Lisboa claro ) e lá a tive de convencer que ainda tinha de ficar mais quente para o poder fazer.
Se não tivesse outros planos agarrava em nós e marchavamos para o Algarve, óh sim... Talvez no próximo fim de semana.

23 abril 2008

Dia da Mãe II

Já tenho a minha fala, aliás contando com o bom dia à educadora e o adeus tenho 3 falas. :)
O texto foi ontem alinhavado por nós e hoje a directora passou para o papel e distribuiu as falas. Está engraçado, um texto simples, ao estilo de sala de aula do menino Tonecas, acerca de Zoologia.
( ... )
Mena- Mau, mau, chega de patarequice. Falemos agora do cão. O cão tem o corpo coberto de.....
Lúcia- ( braço no ar ) Púgas, a minha cadéua tem muitas, até já me moderam. Queres ver Mena, queres? Óia! ( arregaçar as mangas e mostrar )

Mena- Mau mau maria. Não senhora tem o corpo coberto de pêlo. Bom falemos agora de animais selvagens.
(... )

22 abril 2008

Um ponto para a nova pediatra

Fixou a data que eu disse que tinha a consulta do otorrino e hoje ligou-nos para saber o que tinha achado. Voltou a dizer que este otorrino era muito bom mas que só intervinha em casos muito graves ao contrário de outros que se calhar no caso da Beatriz não hesitariam em operar. Não sei se fique contente ou não com o facto, resta-nos confiar nele e desejar que as otites não voltem em breve.
Gostei de se ter lembrado e de ter tido o cuidado de nos ligar, mais ainda porque a consulta só será em Julho, aquando dos 3 anos e até lá, efectivamente a Beatriz ainda não é sua paciente. É claro que esta atitude deve ter sido impulsionada pelo facto de o marido dela, como disse, ser um colega de trabalho e amigo do Nuno, mas ela só nos conhece a nós enquanto profissional e portanto, poderia perfeitamente não ter este tipo de cuidados. Gostei muito!

As coisas " más " de estarem em grupo

Uma delas é a imitação. Um faz um disparate o outro faz igual ou pior.
No caso da Beatriz a última é a de chuchar no dedo. Não é propriamente chuchar mas meter o dedo na boca. Quando a interrogo do porquê de o fazer diz contente que está a fazer como o " Guiéme ( Guilherme ) que põe o dedo da boca " :).

Dia da Mãe

Este ano as mães vão fazer uma mini representação teatral para os seus filhos na comemoração do Dia da Mãe. Cada mãe vai representar o seu filho e as mães que tem 2 ou mais filhos naquela instituição farão de educadoras ( são só 2 nesta situação ).
Cada mãe apenas terá uma fala ( à excepção das que fazem de educadoras )e será feita a representação de 2 salas, a dos 3/4 anos e a dos 4/5. No meu caso, em que a Beatriz é da sala dos 2/3 ficarei integrada na sala dos 3/4 anos, pois da sala da Beatriz, só mais uma outra mãe participa.
Como desde Janeiro têm feito uma adaptação do Método da Escola Moderna e pelo menos 1 vez por semana,os meninos da sala dos 2/3 anos são integrados na sala dos 3/4 anos, passando todo o dia com eles, fazendo as mesmas actividades e tendo as mesmas rotinas, não será desadequado.
( Também pelo menos 1 vez por semana, os meninos da sala dos 4/5 anos e os do ATL fazem visitas ao Berçário e creche, brincam com eles e ajudam os mais pequenos na hora do comer, por exemplo ).
Assim sendo, lá vou eu de tótós, bochechas rosadas e a ver se ponho rimel para ficar com umas pestanas quase tão compridas como as dela, para a escola no dia da representação, imitar a minha filha :)

Música

O agrupamento que dá a formação musical no colégio todos os anos faz uma gravação de um cd com várias faixas. Geralmente 2/3 faixas por escolas/colégios em que dão formação. Os alunos do colégio da Beatriz que entram na gravação do cd, com músicas que aprendem lá, são geralmente os mais velhos, ou seja, da sala dos 4/5 anos e os do ATL. Este ano decidiram gravar um cd por colégio e assim todos os meninos de todas as salas vão poder participar. Dado que os mais novos da sala 1/2 anos e da sala dos 2/3 provavelmente não iriam cantar na hora H, intimidados com os microfones decidiram juntar os pais ao barulho e cantam pais e filhos ( os que quiserem participar,claro ).
Quinta-feira a minha voz de cana rachada vai ficar perpetuada num qualquer formato digital. Vale o facto de que todos os outros pais estão em situação semelhante e " com o barulho das luzes " a coisa deve ficar disfarçada.

Mais calma

Mais uma merdice esclarecida. Só me chateia ter tantos esclarecimentos para fazer e ter de tantas vezes expressar o meu desagrado.

O pior é quando eu entro na embirração

E ando um bocado assim com a educadora ( e o colégio ) da Beatriz.
Ai que eu passo-me! Calma, respira fundo, conta até 100, a tua filha gosta de lá andar, ela ia sentir a mudança, calma, fuuuuuuuuu!

Consulta com o Otorrino

A pediatra achava otites reincidentes a mais e disse para marcarmos a consulta 2 meses após o tratamento que esteve a fazer com biopental e aerius. Também disse que o médico que a seguia era muito bom mas que tinha um defeito, por ter sido médico no IPO para ele muito grave eram realmentes os casos dramáticos e por isso,muito provavelmente não iria considerar relevante. Assim foi, na sua opinião, apesar de reincidirem com um período de tempo muito curto após a toma do antibiótico, não são ainda em número suficiente. Fará o Paspat no Verão e continuará com o Aerius até lá. Se voltar a ter otites então falar com ele que e por palavras dele: " Pomos um tubinho no ouvido para respirar melhor e fica boa ". Simples para um médico, dificil de imaginar para uma mãe. De qualquer das formas, por enquanto livramo-nos da sala de operações.
Ambos os ouvidos estão bem, o esquerdo limpo, o direito cicatrizado, sem sinal de infecção.

21 abril 2008

Dente lascado

Nas últimas fotos que lhe tinha tirado de perto pareceu-me que tinha um dente lascado. Fui investigar e confirmei o facto hoje quando passei o dedo no dente ( incisivo superior central direito ). Como não aconteceu nenhuma queda aparatosa cá por casa, presumo que tenha sido quando há 2 semanas caiu na creche do escorrega a baixo e fez um grande galo e um hematoma na testa. Felizmente não passou mesmo de um susto mas parece que dessa queda fica a recordação de um dente ligeiramente lascado. Como não sangrou e não se queixa de dor vou apenas mencioná-lo à pediatra na consulta dos 3 anos e se achar necessário ( ou se o dente começar a escurecer ) vou com ela ao dentista.

12,1 kgr.

Aos 33 meses a balança marca 12,1 kgr. Os 2 últimos dias foram mais pacíficos no que refere à hora da refeição. Não sei se por sexta à noite ter planeado um jantar mais rápido ( pescada á braz ) e a ter incluído na preparação do mesmo. Ela gostou de participar e como também é um comer de que gosta ( e gostar não é devorar que isso não acontece com nenhum prato ) o jantar foi relaxado.
O almoço de Sábado foi o resto do jantar de Sexta e ainda na excitação de ter ajudado a fazer também comeu bem.
Hoje o almoço foi empadão e apesar de não ter participado comeu relativamente bem e ainda comeu um danoninho.
Verdade ou mentira, os resultados da minha insitência na hora da refeição reflectiram-se na balança. Não que a queira anafada, apenas quero que continue a crescer equilibrada e saudávelmente e para isso, há que comer razoavelmente e não petiscar como estavam a ser os últimos tempos.
É verdade que nunca foi " boa boca " mas esta realidade estava a tomar proporções desmedidas e se é certo que enquanto ela foi comendo numas refeições melhor, noutras pior, não me preocupei muito, quando passou a ser a todas as refeições ( de prato ) o mesmo drama, aí sim, preocupei-me ( e preocupo-me ) seriamente.
Também é verdade que nestes últimos dias mudei a minha postura e não comecei com o " come Beatriz ".
Vamos ver quanto tempo dura esta fase da Bonança.

O meu lado doméstico

111 foi o número de peças que hoje passei a ferro.
Ficaria satisfeita se o cesto da roupa por passar, o da roupa suja e as cordas do estendal estivessem vazias.
A ver se me relembro desta minha estafa na próxima incursão às lojas de roupa, especialmente na secção infantil.

20 abril 2008

Do 8 ao 80

Inédito, para registar:

13h57 e ainda dorme depois de ter dormido toda a noite sem acordar com uma pequena pausa às 8h e pouco para beber leite .
Vamos acordá-la para almoçar :)

18 abril 2008

Refeições - parte 5020

Ontem a história da comida repetiu-se e eu voltei a insistir para que comesse. Comeu no meio do choro dela, por entre a minha irrelutância, no meio das garfadas de comer empurradas boca a baixo. Não fico mais tranquila porque come, nem menos stressada que quando não o faz. Não sei se não estaremos a transformar a refeição num cavalo de batalha, mas dado que já tentei com métodos mais " pedagógicos " e não resultou, restam estes.
Mais um ou dois dias assim e desisto deste método que me dá cabo dos nervos e me parte o coração, só não sei qual adoptar a seguir para que coma minimamente.

Falta de ar

Esta madrugada uma crise de falta de ar ligeira acompanhada com a tosse seca, que passou minutos depois do broncodilatador é certo, mas que veio, sem motivo, sem o tempo estar seco, sem que as poeiras andem no ar, sem que esteja entupida, sem ter expecturação, sem estar constipada, sem motivo aparente.
Não me assustei mas fiquei desiludida, se se pode dizer isso, porque sinceramente pensava que este tormento eram águas passadas. Parece que não.

Brincar sózinha

Já se entretem a brincar sózinha. Faz diálogos com os bonecos, despe-os, tapa-os, faz puzzles, pinta e escreve. Já não exige tanto a minha presença na hora de brincar.

17 abril 2008

Deduções lógicas dela

De manhã enquanto a penteava via os desenhos animados.
- O que é aquiuo mãe?
- Não sei, filha, não vi.
- Era o xapato do cavaúo.
- Ãh?
- Óia aui. Aquiuo.
- Ahh, sim, é uma ferradura :)

De notar que a ferradura aparecia nos desenhos como um símbolo de sorte, sem o cavalo, daí o meu espanto relativamente a ter associado a ferradura ao cavalo.

Desculpas na hora da refeição

" Quero xixi " ou " cócó " já tinham sido tentados mas como voltava sempre à mesa depois disso desistiu de usar.
" Tenho sono "ainda vai usando assim como chorar até mais não, tossir, puxar o vómito e deitar a comida fora. Ontem veio a história do " dói-me a barriga, ai a minha barriguinha ". Não queria a carne e o arroz porque para isso estava cheia e doia-lhe a barriga mas queria um chupa com o qual a " engodamos " para que comesse. Percebeu que se não há fome para a comida também não há para doces.
Como eu ando menos paciente não liguei nenhuma aos lamentos e fui enfiando garfada atrás de garfada o que achei que deveria comer. E comeu bem, com lamentos do tipo : " ai eu sou uma desgraçadinha e esta minha mãe não me entende e eu ainda vou deitar arroz pelos olhinhos em vez de lágrimas ", mas comeu. E ainda comeu fruta e acabou por não comer o chupa que não quis. Decididamente, muitas vezes com ela a pedagogia vale um par de botas rotas. Tenho de aceitar isso e render-me ao facto, é preciso é saber dosear e saber quando usar da pedagogia e quando usar do meu feitio " brutinha que nem casas ". Valha-me o bom senso!

Yaaacc/ Blhacc

É a nova. Quando algo não lhe agrada, quando algo a repugna, quando cheira mal.

Queixinhas

Hoje de manhã, enquanto esperava que abrissem o portão da escola dou-lhe um beijinho na nódoa negra de ontem e pergunto se lhe dói.
Relembra-se do sucedido e informa-me que vai contar à Ana ( educadora ). Assim que entra dentro da escola vai a correr a chamar pela educadora e conta de imediato que eu a tinha aleijado com o computador.
Fico a ouvir para ver se conta a versão certa da história e conta. Ouço a educadora dizer-lhe que tinha sido um acidente e como não lhe deram grande importância entra sala adentro danada.
Acho que com o ar que entrou, deve virgar-se em algum.

16 abril 2008

Check-up dos 3 anos

Chegados aos 3 anos, para além da consulta de pediatria há quem aconselhe uma visita a um oftalmologista e a um otorrinolaringologista. No caso do otorrino vai antes disso, aliás, é seguida por um desde o ano passado à conta das otites de repetição que faz no ouvido direito. Relativamente ao oftalmologista, aproveitei uma consulta minha para perguntar se deveria levá-la à consulta aos 3 anos. Disse que aconselhava mais por volta dos 4 anos porque colaboravam melhor, a não ser que lhe detectássemos alguma dificuldade. A optometrista explicou-me que bastava que reconhecessem a letra E maiúscula e que soubessem indicar para onde estavam " as pernas " da letra ( cima, baixo, esquerda, direita ). Já o faz mas como não vejo nenhuma dificuldade vou seguir o conselho do médico e aguardar.
Hoje, no caminho para casa já marquei a consulta com a pediatra dos 3 anos ( glupp ).
Ahh e por falar em pediatra, vamos mudar não por estarmos descontentes com a que tem, mas porque esta é mulher de um amigo do Nuno o que faz com que tenhamos muito mais à vontade para as perguntas e telefonemas, mesmo que tardios :). A verdade é que nunca liguei para a pediatra da Beatriz e para esta estamos fartinhos de o fazer. Além disso tem sido ela e uma colega que tem seguido os últimos casos da Beatriz nas urgências estando mais actualizadas que a própria pediatra que a viu, uma única vez, na consulta dos 2 anos. Monetariamente, deixamos de pagar 65€ para pagarmos 3€ porque tem acordo com o nosso sub-sistema de saúde ( sem sub-sistema de saúde pagariamos 85€ ). A clínica fica em Oeiras, um bocado fora de mão para nós, mas como as consultas passam a ser mais espaçadas e como faz as urgências no Hospital da Luz, fica até mais fácil de a encontrar que a antiga pediatra da Beatriz que já não trabalhava em nenhum hospital, dando apenas consultas num única clínica.
Desta esperamos que seja de vez!

:(

Há pouco ia mostrar-lhe as fotos da Inês no computador. Conforme viro o monitor para ela dou-lhe uma valente pancada com o dito no olho e maçã do rosto. Ficou de imediato um vergão negro e eu fiquei de imediato com um peso na consciência. Não era suposto, afinal foi um acidente.

Inês

Grande, perfeitinha, sem vernix e de unhas compridas. Uma cópia da irmã mas maior e mais gorducha.
Dormia descansada depois de uma noite atribulada e eu apesar da vontade de lhe pegar deixei-a estar sossegadinha. Achei-a um bocadito amarela mas nada demais.
Um aparte, à excepção da minha sobrinha que nasceu no D. Estefânia há quase 15 anos, nunca mais visitei nenhum hospital/maternidade público desde então. Venho mais satisfeita pelos quase 600€ anuais que pago pelo meu sub-sistema de saúde que me permite, entre outras coisas, ter as mordomias de um hospital privado por cerca de 200€ para um parto normal. Meu rico Cuf Descobertas!

15 abril 2008

Nasceu a Maria Inês

Sem saber grandes pormenores, nasceu hoje de manhã, de cesariana, " pequenina ", com 3980 gr.

14 abril 2008

À espera da notícia

Aguardo com alguma expectativa a notícia do nascimento da Maria Inês, a 2ª filha de uma amiga de infância. De amanhã não passa que se não nascer até lá, será de cesariana.
A irmã nasceu no meu dia de aniversário e eu ainda tive esperança que a história se voltasse a repetir.
Que corra tudo bem e que venha com saúde é o que desejamos.

Fim de semana nas Beiras

Sexta-feira tivemos um jantar de amigos e colegas do Nuno e a Beatriz estreou-se a dormir em casa de outros que não os avós. Ficou com os tios e primos maternos e volta e meia lembrava-se e chorava porque queria ir para casa estar connosco. Estranhamos porque geralmente quer sempre é " moina ", mais ainda porque estava com os primos.
Sábado rumamos até Manteigas que não chegamos a conhecer da última vez que estivemos na Serra da Estrela, em Novembro. Gostamos da localidade mas mais ainda das Caldas de Manteigas e do meio envolvente de paz. O som da água a correr apressada, o canto dos pássaros e o sossego. O cheiro da água misturado com o do campo. O ar puro! A breve passagem no Covão da Ametade, junto da nascente do Rio Zézere foi suficiente para nos deslumbrarmos pelo local e também para nos desgostarmos do lixo espalhado junto dos caixotes para o efeito. Aqui o frio começava a fazer-se sentir com os seus 3ºC, equipamo-nos e subimos rumo ao nevoeiro que se via no topo da Serra.
A subida ia a meio e começa o nevoeiro, o granizo em forma de bolinhas de esferovite e muito vento. O termómetro ia descendo e chegou a estar nos -1,5ºC o que seria suportável não fora o vento forte gélido e o granizo a picar-nos o rosto. Ainda deslizamos no trenó, caimos, rimos e quando o tempo ameaçava não dar tréguas começamos a descida da torre. A Beatriz ficou desagradada com a neve porque a imagem com que ficou foi a do vento frio e a do gelo que nos aleijava. Diz que não gosta da neve e não quer ir à neve mas para o ano queremos ver se conseguimos ir um outro fim de semana em que haja a conjugação de neve e sol.
A descida começou com um pequeno susto quando o carro da frente amedrontado com o gelo na estrada trava. Apesar da distância de segurança travei também e o carro lá se usou dos ABS para fazer o que devia. Ainda assim deu para pedir aos santinhos que o carro travasse antes de embater.
O resto da descida foi tranquilo, a 30km/h e uma grande fila atrás de nós. Azar!
Paragem na Covilhã para refastelar o estômago e rumamos a Castelo Branco para ficar em casa de uns amigos de longa data. Era suposto termos ficado num hotel mas não resistimos ao convite dos nossos amigos.
A noite de Sábado foi atribulada porque a Beatriz queixava-se de cólicas. Recusava fazer cócó na sanita ( fruto de uma má experiência há uns tempos ) e nós não levamos o bacio. Muito choro, muitas massagens, muito mimo, um bébégel e lá fez uma amostra que não conseguiu mesmo reter. Reteve o " resto " até chegar a casa para fazer no seu bacio. Espero que não ganhe esta mania.
Passou o fim de semana mal disposta, irritada e irritante ( e nem com a chucha melhorou ) e sempre que assim é antevejo sempre uma qualquer doença.
Certo é que no final de Domingo teve uma pontita de febre e estava muito chocha. Hoje estava bem de manhã.
Domingo a chuva não colaborou e só deu umas tréguas para um pequeno passeio com os nossos amigos por Castelo Branco. Ainda assim, a escadaria do miradouro deu cabo de nós :) Gostei da cidade e com tempo, esperamos voltar para conhecer melhor.
Deu para matar saudades dos amigos e da neve.

11 abril 2008

Adormecer parte II

Posso dizer que já adormece sozinha e já por 3 noites seguidas nos espantou ao dormir toda a noite. Em falha está o deitar-se cedo e o dormir toda a noite mas mesmo assim está muito melhor.
Isto para nós e para ela é um record e devo dizer que nenhum dos dois sabia o que isso era quase desde que nasceu.
Eu e o Nuno dizemos que se tivermos um segundo vem a dormir toda a noite e a comer muito e bem porque já tivemos a nossa dose com ela :)
Às vezes ainda choraminga que não quer adormecer sózinha mas tenho-a sempre convencido e devo dizer que outro dia acordei com ela ao meu lado e até estranhei pois já há muito que não acontecia ( e nem dei por o Nuno a colocar lá ).

Acordares

Desde que mudou a hora que adormece mais tarde, consequentemente de manhã não quer acordar. Ontem à noite não queria ir dormir ( oh que novidade ) e eu fartinha de lhe dizer o mesmo saio do quarto e digo que vou dormir e ela quando quisesse que fizesse o mesmo. Deitou-se de imediato, pediu um livro ( que nem história contei por era realmente tarde ) e ficou-se na cama. Pouco depois disse que queria pintar com as tintas e disse-lhe que não, que o faria hoje ( mas eu disse hoje como podia ter dito sábado, lol ). Hoje de manhã, ainda o meu relógio/rádio só tinha tocado umas 3 vezes, eu ainda na cama a debater-me com o sono e do quarto dela ouço isto tudo dito seguidinho, muito depressa e como se tivesse acordada há eternidades:

- Bom dia mãe, já acodei, tás acodada? Posso bincár com as tintas? É hoje não é? Posso? Veste-me o bibe pa não sujar!

Confesso que nem sabia muito bem do que falava, só depois percebi que eu tinha dito que brincava hoje com as tintas.
Como acordou mais cedo que o costume, enquanto eu me despachava ela lá pintou um bocadito com as aguarelas.

10 abril 2008

Quando as coisas lhe correm mal

Quando a vamos deitar e não quer dormir, quando se aleija, quando o pai lhe ralha, etc:

- Mamããããã, a minha mamãããã...

Se for eu a ralhar/castigar apenas chora e não chama pelo pai. Nas outras vezes chama-me sempre Mãe :)

09 abril 2008

Gauóxas ( Galochas )

Adora-as mas não consegue andar com elas. Sempre que vê que está a chover bem mas pede e geralmente dá direito a birra por não lhe fazer a vontade ( que a bem da verdade também passa relativamente depressa ). Hoje não foi excepção e acabei por lhas calçar e pedir para que andasse com elas para que confirmasse que bambeia muito com elas calçadas.
Tenho pena já que as botas muito engraçadas mas prefiro não lhas calçar porque não é pratico para andar todo o dia com elas na creche.

Nomes

Já diz o nome completo do pai ( Nuno Quicádo U... M... B... ) embora tenha de levar uma ajuda no primeiro dos 3 apelidos dele. O meu continua igual Ana Úxia Caváio.

08 abril 2008

Do que vai aprendendo na creche e nos apercebemos

- Tu és baixinha e o pai é auto.

- Está cheio, está vajio.


- E depois... ( versão dela ), vieram os bois e morreram as vacas.

Isto não se faz pá!

No dia do meu aniversário a minha ginecologista/obstetra e amiga informa-me que está a pensar reformar-se ainda que não tenha a idade para a reforma integral. " Proibo-a " determinantemente a fazê-lo antes de eu planear e concretizar o segundo ( e quase certo ), último filho. Ri-se e diz-em que é melhor apressar-me. Digo que não posso por causa da cortisona que ainda correm no meu sangue 50 mgr/dia, para que conste, uma dose terapêutica recomendada para alguém com 100/105 kgr e eu felizmente, não tenho esse peso ( já tomei 80mgr/dia ). Digo-lhe que só me posso apressar se parar de tomar a cortisona de um dia para o outro. Chama-me louca ( porque posso entrar em coma )e diz que não posso fazê-lo mas não me parece que lhe tenha apelado à consciência para que aguarde que eu possa largar a medicação e ainda fazer a espera até que a mesma deixe de " constar no meu organismo ". Fiquei tão triste pela possibilidade de não ser ela a acompanhar um eventual próximo parto,pá! ( já que a gravidez, mesmo que reformada, acompanhará sempre).

Aos 30 anos, o meu bolo de aniversário...



Conseguem adivinhar quem o escolheu, certo?

07 abril 2008

Adormeci com 29 anos e acordei com 30

Mas não noto diferenças. De manhã custou-me a sair da cama na mesma, o pequeno almoço foi tomado a correr, a minha filha não se queria levantar, a cadela tinha-me presenteado com um xixi na cozinha e para variar, chegamos tarde ao colégio. A diferença maior, essa sim, foi que tive direito a que a minha filha me cantasse os parabéns, me desse 2 beijinhos e me dissesse que gosta muito de mim. Posto isto, vale a pena fazer anos, mesmo que sejam 30 :)

05 abril 2008

Disney On Ice

Fomos hoje ao espectáculo no Pavilhão Atlântico. Mais uma vez gostei, aliás, gostamos nós dois que a Beatriz adorou. Relembrou alguns personagens que viu na Disneyland e alguns dos divertimentos em que esteve ( já que a história rondava em torno de uma visita dos Incriveis à Disneyland ) :
- Eu andei aúi ( nas chávenas da Alice no Pais das maravilhas ) ou,
- Eu vi isto.
- Eu vi os piratas e tive medo, etc, etc.
A repetir!




04 abril 2008

Boas maneiras II

Esquecia-me que já pergunta muitas vezes " Poxo ? ", para mexer, brincar ou comer algo.

E aos 33 meses ainda ouvimos isto

- Tão pequenina e já anda tão bem.

Diga 33

33 meses, 2 anos e 9 meses, quase 3 anos.
És feliz e fazes-nos tremendamente feliz e é só isso que importa, o resto são " detalhes ".
Amo-te tanto minha princesa!

03 abril 2008

Xuguia

Apesar da fraca aderência vou revelar a solução. Xuguia é nada mais nada menos que... Fotografia :)

Baralhada

Ontem dizia o nome dela todo trocado. Ou não dizia o Beatriz e só dizia os apelidos, ou dizia os apelidos de tráz para a frente ou dizia o último apelido a seguir ao nome e depois os outros apelidos de seguida. Estava toda trocada e nós ainda nos rimos a bom rir. Às tantas ela já só dizia o nome dela com ajuda porque ficou baralhadinha de todo.

Contar até 15

Meia atabalhoada mas já conta.
Parece que ela é mais letras que números. Não sai à mãe, não.

02 abril 2008

Já a pulga tem catarro

No carro enquanto eu conduzo:

- Cudado, cudado com a parede, mãe.
- Cudado senhor, xai da fente. Eu disse ao senhor cudado pa xair da fente do carro da mãe.
- Cudado. Óia o xinaú.
- Tá bemeio ( vermelho )mãe.

- O que é o xinau cô de uaranja?

Aniversário

- Oh mãe eu quero fajer anos.
- Ainda falta filha.
- É quando?
- Dia 4 de Julho.
- Não, eu não faxo quato é téz.
- Sim tu fazes 3 anos, mas no dia 4 de Julho.
- Eu faxo têz anos dia 4 di Tijôuo.
( a rir )- Não é tijolo é Julho.
- Juio. ( também a rir )

Quando lhe perguntamos diz a rir que faz 3 anos no dia 4 de Tijolo :)

Boas maneiras

Obiáda e xe faz favor ou por favor já estão mais ou menos enraizados. Descupa já vai saindo sem ser preciso relembrá-la de quando o deve fazer, já o Cô ixenxa, nem por isso.
Sabe que não se fala de boca cheia e quando é relembrada mastiga apressadamente para dizer o que tem a dizer o mais depressa possível.

01 abril 2008

Fui à Ópera

Com a minha mãe e a minha sogra. " Madame Butterfly " no Coliseu. Continuo a achar o Coliseu uma má sala de espectáculos ( e que venham os defensores do Coliseu ). Começamos nos Camarotes e acabamos quase no Balcão Central.
O cenário era pobre, o Baritono principal não tinha grande voz e muitas vezes era abafado ( e mesmo insonorizado ) pela orquestra. Já a soprano principal ( Madame Butterfly ) tinha um vozeirão, bem como a secundária ( criada ).
Ainda assim foi agradável, mas não me levou ás lágrimas ( nem de perto nem de longe ), quanto muito às lágrimas de bocejar já no final do espectáculo. Eu já não sou o que era, 1h da manhã agora parecem 5 da manhã de há uns tempos atrás.
Não se podia fotografar mas eu consegui discretamente fotografar sem flash e com a sala completamente às escuras no início do II Acto.

Tempos verbais

Sabo, fazi e dizi fazem parte dos tempos verbais incorrectos. De resto aplica correctamente os tempos verbais sejam eles na primeira, segunda ou terceira(s) pessoa(s).

Xúguia

Ainda tem algumas palavras atabalhoadas, esta é uma delas, xúguia.
Alvíssaras a quem souber o que seja ( eu sei ) :)

Éfe ( f )

Já diz o som do éfe ( f ) em vez de o substituir pelo pê ( p ) apesar de ainda dizer Panxisco.
Que me lembre falta o som dos éles ( l )que soam a ús, os lhes que soam a is e os ésses ( s ) que soam a xis ( x ).

Boca de favas

Era o que chamavam a uma prima minha que contava tudo o que se passava por casa muitas vezes sem lhe perguntarem nada.
Parece que tenho um " espécimen " destes cá por casa.
Hoje a caminho da escola:

- Tenho de contar à Ana que a avó Mabíuia está doente, no hospitáu.
- Mas tens de contar porquê, Beatriz?
- Entãoooo, porque xim, óia ( Olha )
- Não tens de contar tudo à Ana filha, ela não tem de saber tudo o que se passa connosco.
- Então conto à Xofia.

- Oh mãe, eu tenho de cotar o cabéuo.
- Foste cortar no Sábado, não vais cortar outra vez.
- Mas o meu cabéuo tá gande.
- Não podes cortar mais se não não consigo fazer tótós nem rabo de cavalo.
- Mas a Ana disse que eu tenho o cabelo gande. O Panxisco não tem o cabelo gande, o Gabiél também não, a Maria tem, a ( xpto ) tem...
- Os meninos não tem o cabelo grande mas as meninas têm.
- E os meninos uavam o cabelo também não é?
- ( ?? ) É e as meninas também se não o cabelo fica sujo e cheira mal.
- A Ana tem o cabéuo gande.
- Não a Ana tem o cabelo curto, como o da mãe.
- Não, não, o cabeuo da Ana é gande mãe, queres ber?
- Não é preciso, o cabelo da Ana não é grande, eu sei.
- Quando chigar à escóua vou dijer à Ana que tu dixeste que ela tem o cabelo canino.

Nomes

Um destes dias fui à minha médica com ela. Nunca me apercebi que sabia o meu apelido até porque o que ela tem meu não é o meu último mas sim o meu apelido materno. A auxiliar chama:
- Lúcia Carvalho
- Úxia Cabáio és tu. Anda, mãe.
Fiquei com carinha de parva.
Depois disso ( há uns 2 meses já ), perguntou como me chamo e como se chama o pai. Do pai fixou apenas o primeiro e último nome ( já que o pai tem 2 nomes e 3 apelidos ) e do meu sabe que sou Ana Úxia Caváio. Curioso é que não diz o meu apelido que nos é comum. Mais curioso é que me pergunta porque não tenho o apelido do pai. Como é que esta cabecinha tem estes pensamentos é que me deixam boquiaberta.