30 abril 2007

Mistério solucionado

Afinal, Xóxi é mesmo Jorge, o nome da personagem principal de um livro magnético da creche que andam a " ler ".

Indecifrável

Diz-me Xóxi várias vezes. Em contextos diferentes e por isso ainda não consegui perceber o que quer dizer.
Ela responde-me com aquela cara de " mas tu não estás a perceber? ":
- Mãe, Xóxi!
- O quê, filha, a mãe não está a perceber?
- Xóxi, mãe.
- O quê?
- Xó-xi!
- Ahh está bem ( e mudo de assunto para não desatar a rir )

Jorge não é porque não conhece nenhum.

Flôr

Ou Bôj em Beatrizês.
Devo dizer que dada a semelhança sonora com arroz ( abôz ) só entendo o que quer inserido num contexto, caso contrário penso sempre que quer arroz e não uma flôr.
Agora sempre que vê flores quer arrancar e o entretem seguinte é desfolhá-las e encher o carro de pétalas.

Pois tá cuaúo!

Sexta-feira, rumamos como quase sempre ao parque infantil.
Conhece o caminho e na viagem vai repetindo incansávelmente:
- Mãe, Bauôixo!
- Sim vamos aos baloiços.
- Bauôixo, bauôixo...
Carro estacionado, retiro-a da cadeira e chegadas à porta do parque infantil pergunto-lhe:
- Vamos aos baloiços, filha?
- Pois tá cuáuo ( Pois está claro )!
Foi a gargalhada pela expressão, que não usamos mas que concerteza deve ouvir no colégio.

26 abril 2007

Jantar a dois

A minha prima veio cá para casa ficar com a Bia e nós saimos quando ela terminava de jantar.
Pela primeira vez quase não falamos nela, não sentimos necessidade de ligar a perguntar como estava e a única preocupação foi a de ter os telemóveis " à mão" para ouvirmos caso tocasse.
Experimentamos comida Egípcia, fomos comprar roupa para NÓS DOIS ( apesar de terem voado para a caixa umas calças de ganga para a pimpolha ), andamos de mãos dadas, conversamos e regressamos tranquilos, 2 horas depois, cheios de vontade de repetir. Pela primeira vez senti que precisava, pela primeira vez não fiquei angustiada, pela primeira vez, desde que nasceu, apreciei o nosso tempo a dois, para nós, como nos tempos de namoro, como se mais nada existisse. E soube-me bem!

Ela e eu

Reconheço-me nela em pequenas coisas. Tantas vezes que ouço " És mesmo como a tua mãe " e de facto, em muita coisa é. Coisas banais, que não faz por imitação, porque muitas dessas coisas tive-as na minha infância e com a idade foram sendo limadas e algumas mesmo desapareceram.
Ela não é beijoqueira, quanto muito, com sorte, recebemos a face para que sejamos nós a beijá-la. Eu fui assim até aos meus 6 anos. Amua e " põe os olhos " no chão. Faz beicinho e cruza os braços quando o desagrado é muito grande mas geralmente contém o choro. Lembro-me tão bem de conter o choro para depois correr para o meu quarto e chorar na almofada.
Não gosta que a apertem, principalmente se forem pessoas mais afastadas. Não vai facilmente ao colo. Primeiro estuda as pessoas, só depois se dá. Eu ainda sou assim, é mais um mecanismo de auto-defesa.
Consegue ser tão anti-pática quanto um amor de miúda, depende do humor.
Não gosta de se pentear mas deixa-me fazê-lo, por enquanto, tenho é de a distrair. Aí já me ganha aos pontos, eu corria pela casa fora a fugir da minha mãe e embirrava porque sim que só me podia pentear com uma determinada escova. Um dia levei um corte de cabelo à rapazinho e a partir daí acabaram-se as birras para pentear.
Não gosta de ervilhas, mesmo que estejam disfarçadas no arroz, se calha a encontrar na boca devolve-as ao prato.
Adora dormir entre nós dois, e tem um mau dormir ainda pior que o meu. Até há bem pouco tempo acordava sempre a chorar. Agora acorda a falar. Eu ainda conservo o meu mau-humor matinal.
Noutras tantas é diferente, eu na idade dela quase não brincava sózinha, queria sempre companhia. Puzzles nunca foram o meu forte e os livros só me captaram a atenção bem mais tarde. É sossegada, calma e inventiva. Não liga aos desenhos animados a não ser de manhã. Eu lembro-me de acordar aos Sábados e Domingos e deitar-me no sofá a ver televisão, ainda não se falava nos malefícios da televisão.
Apesar de ter muito de mim e do Nuno é única, linda, inteligente, mas acima de tudo, Feliz.

25 abril 2007

Viva a Liberdade

Não fora a revolução de há 33 anos atrás e não poderia sequer ter este espaço aberto, onde escrevo o que quero. Não fora a revolução e eu como mulher não poderia votar, não poderia ter férias, uma reforma ( bom mas essa só acredito quando a vir, dado o estado das nossas contas públicas ), teria a obrigação de obedecer ao marido, haveria guerra colonial, haveria polícia política, haveria uma liberdade relativa, uma liberdade condicionada pela religião, sexo e política de cada um.
Felizmente que tudo isso é passado, felizmente não vivi nessa época. Nasci e ofereceram-me a liberdade, no entanto consigo agradecer e perceber o esforço de tantas pessoas para que hoje se possa livremente ter opinião. Vivi e cresci na Pontinha, o berço do comando das operações desse dia.
33 anos depois, o conceito foi-se perdendo, hoje rastreiam-se e-mails, páginas de internet visitadas, bloqueiam-se acessos, com uma naturalidade consentida.
Tento não me esquecer que a minha liberdade acaba quando começa a liberdade do outro, tento lembrar-me que essa mesma liberdade custou sangue suor e lágrimas a tanta gente.
Tentarei que a minha filha saiba o significado do dia 25 de Abril de 1974 não tanto no domínio de uma qualquer disciplina de história, mas sim na sua verdadeira amplitude, porque não fora essa revolução e tanto do que hoje temos como garantido seria apenas utopia.
Façamos valer o 25 de Abril todos os dias. Viva a Liberdade!

24 abril 2007

Eu até não o faço...

Mas hoje apetecia-me ir jantar com o meu gajo sem a miúda.
Foi dificíl que alguém ( com quem esteja à vontade ) me ficasse com ela por 1h30.
Ficou a madrinha requisitada que por enquanto está por cá, quando ela voltar para o Algarve será quase impossível.

O meu anel de " noivado "

É simples, em Ouro branco e um brilhante. Discreto, que não sou de grandes bugigangas.
Domingo dei com ele na caixinha e voltei a colocá-lo, já não me lembrava porque estava guardado ( ele e outros que tal ). Hoje relembrei-me porque o deixei de usar, faço alergia.
Cá para mim, o tipo enganou-me e o anel não é de ouro branco mas de pexisbeque.

Carente

Ontem cheguei mais tarde a casa. Não a fui buscar ao colégio e quando chego estava ela já a jantar. Ficou doida, escondia-se de mim, fazia gracinhas, chamava-me, ria-se só de olhar para mim. Percebeu que eu cheguei mais tarde, percebeu que tinha menos tempo para estar comigo.
Riu-se tanto mas tanto que acabou por me vomitar para cima... 2 vezes.

23 abril 2007

Fim de semana cansativo


Sábado fomos ao Coliseu ver o Ruca com um grupo de amigos. Um espectáculo engraçado mas pensei que a reacção dela fosse mais entusiasta.
Saímos do Coliseu direitinhos a uma festa de aniversário até às 23.00. Andou de escorrega, de baloiço, jogou à bola e rebolou na relva e mesmo assim, não dormiu a noite toda sem ( nos ) acordar.
Domingo fomos à aula de Gymborre na companhia destes amigos. Gostou do trampolim mas a dada altura ela queria mesmo era o pai que estava do lado de fora. Não a cativou muito e confesso que a mim também não. O que foi feito lá não é nada que não seja estimulado na creche e connosco. Um estilo de parque infantil dentro de quatro paredes e sinceramente, só me agradaria para o Inverno e o preço, mesmo aproveitando a promoção é pouco convidativo. Trouxemos de lá, uma data de brinquedos engraçados, isso sim.
Depois " abancámos " na piscina da casa da avó e foi maravilhoso. Parecia que estavamos em pleno Verão, algures no nosso Algarve. Um cheirinho a férias dentro da cidade, até deu para ganhar uma " corzita ", muito agradável. A reter, a minha filha é uma grande maluca que mesmo de colete conseguiu dar uns mergulhos e submergir a cabeça debaixo de água. Ficava aflita mas volta e meia lá estava ela a preparar-se para mergulhar. Para quem não anda na natação é uma destemida. Preve-se que este ano, na época balnear, eu não consiga sequer sentar o rabo.
Quarta-feira, se o tempo ajudar,há mais.

20 abril 2007

Estou em choque...

Descobri ( aquele que penso ser ) o meu primeiro cabelo branco. Ainda não entrei nos " intas " e já o vejo, bem grande, bem branco na zona da franja.
Amanhã faço coloração, ainda não estou preparada para o assumir.

18 abril 2007

Final de tarde no parque

Tem sido assim quase todos os dias, meia hora é o suficiente para descomprimir e aproveitar os dias mais longos. E nos dias que não podemos ir é ela que quando começamos a chegar perto de casa começa a chamar pelos " bauôixos ".


Reunião no colégio

Motivo: Preparação da festa do dia da mãe.
Neste colégio funciona um pouco ao contrário não são os filhos que surpreendem as mães, mas as mães que surpreendem os filhos. No dia do pai foi/é igual.
18 mães, apenas eu da sala da Beatriz, do berçário nenhuma mãe e da sala dos 2/3 anos apenas 2 mães ( uma delas a minha cunhada ). As outras eram do Jardim de Infância e ATL. Faz-me confusão a falta de participação das mães ( e pais que no dia do pai foi igual ) das idades próximas à da minha filha com a desculpa do " eles ainda não entendem ".

Objectivo: Escolher uma ou duas músicas e coreografias para fazermos para a criançada. Por sermos um grupo relativamente grande optou-se por 2 coreografias. 2 Temas, um para os maiorzitos, outro para os mais pequeninos. Hip-hop e " Ragae des Pinguins " do Pigloo. Ora, onde é que eu ia ficar... se bem que pessoalmente achasse mais piada ao Hip hop pela falta de disponibilidade para ir aos treinos com a professora de lá e por achar que os pinguins teriam muito mais significado para a Bia fiquei no grupo do Pigloo. Riu-me ao imaginar-me vestidinha de pinguim a dançar a música dos passarinhos. As figurinhas rídiculas que uma mãe faz para ver um sorriso de espanto na cara do seu rebento. Pior, temos de fazer nós a fatiota com a ajuda preciosa de uma mãe veterana que apesar de estar no outro grupo se disponibilizou para ajudar. Quinta-feira execução do fato, sexta começam os ensaios. EU NÃO TENHO TEMPO, não tenho mesmo, mas vou, implicando que no fim de semana tenha de trabalhar que nem uma " camela " em casa à noite ( que de dia há outros planos ).

Adenda: As ideias foram das mães em consenso. O colégio sugere que os pais participem, as mães decidiram o que fazer por maioria.
" Condeno " os pais que nem sequer vão à reunião para saber o que se irá passar, não os que por timidez ou impossibilidade o não queiram fazer.

Conversas ao telefone

Falava ontem com a avó paterna ao telemóvel ( coisa rara porque geralmente cala-se ).

- Óóóóuuuááá.
- Olá amor, estás boa?
- Xim.
- Sabes quem é?
- Abó.
Avó quê?
- Udex.
- ( risos ) pois sou.
Eu: Pergunta à avó o que está a fazer.
- Estou a papar ( têm a mania de dizer chicha, papa, pópó, etc ) e tu já papas-te?
- Xim. Abôx e xauáta ( arroz e salada ).

Não comeu arroz nem salada ( porque nunca quis sequer experimentar salada em casa ), mas valeu pela imaginação ( ou se calhar até comeu arroz e salada na creche ).

Números

Reconhece o oito e o zero. Já acertou uma vez no número 3 mas como não voltou a repetir a proeza, não vou considerar como facto consumado.

17 abril 2007

Consulta de Alergologia

Acabei de desmarcar a consulta da Beatriz. Perguntam-me se não quero marcar outra. Respondo que não e desculpo-me que ligarei mais tarde. Não o farei, mas assola-me o medo de não estar a agir da melhor forma.
É melhor não pensar nisso.

16 abril 2007

Vaidosa

Chega ao colégio com uns sapatos novos.
Tratou de os mostrar à auxiliar enquanto levanta o pé:
- Nena, óia, xapato!
Está pouco vaidosa, está!

Palavras

Úxia ( Lúcia), chapéu, mão, cabexa, abeuo ( cabelo ), jueio ( joelho ), coeiú ( coelho ), óis ( olhos ), baxo ( braço ), chucha, cába ( cabra ) Pêdo ( Pedro ), é meu, é da Tiz, aiii xái daí e tantas, tantas outras que já lhes perdi a conta.
Gosto quando pede algo e se vê que lhe vamos conceder começa com uma lenga-lenga cantada do tipo " Chucha da Tiz, chucha da Tiz " acompanhado de palminha e risinhos de contentamento( só ouvindo mesmo ).
Chama Bia a uma bébé que saiu agora do berçário e passou para a sala dela, mas auto intitula-se como Tiz.
Oferece-me comida e diz-me : Mãe, quéis? É abóz, é máxa, é peixe (etc ).

De volta à rotina

E a regredir na hora de deitar, com mais birras e a comer mal.
Mas com o tempo " vai lá "

13 abril 2007

Ainda do meu aniversário

A melhor prenda: Os parabéns cantados pela minha filha,

O melhor telefonema: " Se estiveres com a tua mãe dá-lhe um palmadão nas costas por ter sido capaz de gerar uma miúda espectacular como tu e que eu tenho o prazer de ter como amiga ".

Souberam-me tão bem estes e outros mimos!

12 abril 2007

Nuuunooo

Estava sentada ao lado do pai e em vez de o chamar por Paaaaaiiii, chama-o por Nuuuunooo.
Pergunto-lhe como se chama o pai e diz Nuno, pergunto como se chama a mãe e diz: Mãe!
Mãe é mãe. " Mai nada! "

Nós por cá...

Durante o dia todo não fez diarreia. Está bem melhor. O apetite vai voltando aos poucos mas ainda come em quantidades muito reduzidas, mas come e já pede comer.
Ficou com mãezite aguda. Passo o dia a ouvi-la chamar-me em tom de mimo e choraminguice. Quando lhe pergunto o que quer, responde-me : cóuo ( colo ), esteja eu a lavar a loiça, a estender a roupa ( e hoje a parva da máquina decidiu que não faz centrifugação ), a cozinhar e até, a mudar-lhe a fralda. Não estivesse ela bem mais leve e já estaria com uma valente dor de costas. Está a minha sombra, mas uma sombra rabujenta, mimadinha e chorona.
Está bem mais magra, quase não tem barriga, os braços estão bem fininhos, estranho a falta do refego do pulso. Perdeu massa muscular, sinto-o perfeitamente nos braços e pernas.
As bochechas diminuiram ligeiramente, ainda está bem bochechudinha.
Eu voltei a almoçar e a jantar, já não o fazia as 2 refeições desde Domingo, ou porque não me lembrava, ou porque não me apetecia, ou porque não tinha tempo. Não tenho parado a não ser quando dorme e ainda assim vou arrumando as coisas e trabalhando. " Maldita " internet que permite que mesmo de baixa tenha de trabalhar.
O Nuno anda mesmo em baixo. Não come praticamente nada e continua " em estado líquido ". Desde ontem perdeu 8 kilos.Tem cólicas enormes, febre, o que fez com que a noite passada fosse assustadora. Nunca o vi tão aflito e nem eu nunca me senti tão nervosa. Relembrei-me que ele me faz sentir muito segura e vê-lo tão debilitado assustou-me por isso mesmo. Aconteceu-me algo até constrangedor ( não fosse ele um gajo compreensivo e me conhecesse muito bem e teria ficado zangado ), num das suas mais fortes crises, em que se contorcia com dores e vómitos eu tenho um ataque de riso incontrolável. Eu estava tão nervosa que não conseguia parar de rir. Depois ria e chorava ao mesmo tempo. Isto era relativamente comum na minha adolescência em vésperas de exames, por exemplo, mas nunca me tinha acontecido numa situação de doença.
Eu tenho me safado ao virús e volta e meia ando de Detol em punho a pulvorizar tudo e mais alguma coisa.
Estou perita em lavar roupa cagada ( desculpem a expressão ). Acho mesmo que se tivesse de voltar às fraldas de pano, não iria ser constrangedor, apenas menos prático. Para além da roupa da filha, tenho agora algumas peças do pai. Conversa de merda, pois é, mas os meus dias tem sido passados no meio disso mesmo. Valha-me o bom humor.
Eu e a Bia já estamos desparatizadas, o Nuno esqueceu-se de fazer as tomas e agora vamos esperar que recupere. Não encontrei nenhum parasita no cócó dela, para o meu não olhei, lol ( mais conversa de m€rd@ ).
Em princípio, segunda-feira voltamos à rotina, ela para a creche, eu para o escritório. Prevejo que a reentré na creche não vá ser pacífica pela forma como anda agarrada a mim, mesmo com o pai em casa.

11 abril 2007

Só para o registo

21 meses:

Peso: 9220gr ( P5 )
Altura: 77cms ( P5 )

Depois de...

Fazer da administrativa do Centro de Saúde o meu saco de boxe ( porque a dita achava que eu devia ir à minha médica de família no dia seguinte e ficar à espera umas 4h para que a médica me passar baixa já que não tinha consulta ), saí do centro com a dita baixa de assistência à família e muito mais aliviada. ( atenção que eu não bati na senhora ). Chego a casa e tenho um marido já contagiado e uma filha cagada até ao cabelo ( com braços e tudo incluído ). O cheiro pestilento fez-me rir, já diz a canção, riu para não chorar. Só penso que o médico poderia chegar a qualquer momento e no que iria pensar quando passasse a porta para observar o Nuno. Qualquer semelhança entre o cheiro de à pouco e o de uma ETAR não era pura coincidência.
Ela está relativamente melhor, não vomita desde a tarde de ontem e já vamos conseguindo que vá comendo qualquer coisa. A diarreia é que continua.
Está mais chatinha que nunca, só quer colo, de preferência o meu. Quer tudo e não quer nada, choraminga porque sim e porque não e eu vou respirando fundo e em cada inspiração profunda vem uma dosesita de paciência e de força para aguentar.

10 abril 2007

Gastroentrite e Otite

E não parasitose ou virose.
Estou cansada, farta de médicos, de coração partido por vê-la vomitar, por estar cheia de diarreia, por lhe doer a barriga e eu pouco ou nada conseguir fazer para lhe aliviar o sofrimento.
Não quero falar nisso, quero esquecer, mas é impossível com a minha filha sempre a chorar, sempre a vomitar, a sujar-se de cócó até ao cabelo e a não comer praticamente nada desde o jantar de Sábado. Perdeu cerca de 800 gramas desde Domingo.
Acho que faço aqui uma pausa, ou um stop, ou se calhar volto já amanhã. Não faço ideia, sei que agora não me apetece falar sobre como tem sido estes dias terríveis.

...

Ontem senti-me a pior mãe do mundo

...

Hoje temos consulta com a Pediatra.
Ainda não é desta que sai o post. Estou ainda demasiado raivosa e sem tempo.

09 abril 2007

Parasitose

Um médico esteve à pouco a observar a Bity novamente. Não é virose nenhuma mas uma infecção por parasitas. Apetece-me gritar, explodir, bater em alguém, mas como não gosto de reagir a quente, amanhã isto dará um longo post.

Fim de semana

Tirando a parte de estar doente, passou a dizer cama ( porque coitadinha queria era dormir ), surpreendeu-nos a fazer puzzles de madeira para mais de 2 anos sem precisar de ajuda e sem exitar e também uns puzzles de esponja que compramos no fim de semana com números e letras. Não se engana, faz com uma rapidez como se sempre o tivesse feito.
Surpreendeu-me com a expressão " Tenje exa " quando lhe pedia a colher dela emprestada. De facto eu tinha uma colher mesmo à minha frente e não a via.
Fomos no Sábado de manhã à praia e atrapalhou-se a andar na areia sem sapatos. Desiquilibrava-se, encolhia os dedos dos pés mas lá andava, mais devagar mas andava. Esteve à beira da água mas não quis molhar os pés.
Depois fomos ao parque infantil.
Não fomos à piscina coberta, nem ao jacuzzi, não houve oportunidade. Sábado almoçamos com a minha mãe, avó, tios e prima como comemoração do meu aniversário. Não fui grande conviva porque estava cheia de cólicas. Domingo a Beatriz esteve de molho e no final do dia regressamos com a vontade de não voltar a passar a Páscoa fora já que a viagem foi cansativa e demorada, mais a mais, com a ela doente e a vomitar.

Ela

Acorda pouco antes das 17h com febre. 38.7º axilar ( o que dá cerca 39.3º rectal ). Coloco um Benuron supositório partimos pouco depois para Lisboa. Vomita ainda em casa, vomita pelo caminho. Depois de uma viagem cansativa de 4h30, de muito pára-arranca, de me ter conduzido pala berma de 4 piscas ligados, chegamos. Vimos a casa mudar de roupa que a muda que levava extra no carro estava encharcada. Nova muda de roupa, tentamos dar-lhe chá com açucar às colheres e vomita. Nova muda de roupa, nova tentativa e vomita outra vez. Meço a temperatura e não tem febre mas está bastante quente ( 37.3º axilar ).Mudamo-la de roupa, colocamos outra muda na mala e fomos ao novo Hospital da Luz por indicação de uma médica pediatra conhecida do Nuno, ao novo hospital privado de Lisboa.
Quase sem espera, apenas para preencher a ficha de inscrição. Ainda assim vomitou na recepção e já na sala de espera, em menos de 5 minutos.
Na triagem o enfermeiro proibe-nos de lhe dar água, mesmo com os pedidos desesperados dela, caso contrário era impossível parar os vómitos e teria de ficar internada.
Mais um pequeno compasso de espera e somos atendidos pela pediatra. Jovem, simpática, faz-me uma pergunta à qual fico quase sem resposta: " Tem sido saudável? " Simplificou e perguntou-me se alguma vez ficou internada.
Depois as perguntas da praxe e é observada. O ouvido direito tem muita cera e não consegue ver se tem ou não otite. O outro ouvido está bem, a barriga estável e as amigdalas ligeiramente inflamadas e com expecturação na garganta mas nada de mais. Virose!
Se continuar a vomitar, se a notarmos a desidratar, se fizer diarreia, voltar a ser observada e aí provavelmente teria de ficar internada. Disse que estava muito bem , dado que estava há praticamente 24 horas a vomitar e continuava com lágrimas, bastante saliva e com ranho. Deu uma solução de soro hidratante para darmos de 5 em 5 minutos 3 mls. Estivemos quase 2 horas a dar-lhe soro e não vomitou mais. De vez em quando vinha o enfermeiro ou a médica vê-la à sala de espera. Disse que podia ir para casa pois o descanso era um dos melhores remédios.
Recomendou dar-mos chá preto muito diluído açucarado, ou " ice tea " e não água, pois a água e o leite não são retidos pelo estômago nestes casos. Indicou que poderia ainda vomitar mais 2 ou 3 vezes, para não nos alertarmos.
Receitou também o Miltina para darmos caso recuse a comida. Disse que comer não era o mais importante, o essencial é que esteja hidratada. Ir dando mais ou menos de 5 em 5 minutos o ice tea ou o miltina.
Não come desde as 21h de Sábado. Só pede água. A água com açúcar não quer nem o chá preto, já não é fácil de enganar. O ice tea tem bebido e não vomita desde as 2h da manhã, já em casa.
Não fez diarreia e já não tem febre também desde as 23h. Está melhor, mas hoje estamos em casa, provavelmente amanhã também, caso continue a não comer.

08 abril 2007

Doente

Passou a noite toda a vomitar, primeiro o jantar, depois expecturação e mais expecturação.
De manhã vomitou o leite. Não tem febre, não tem diarreia, mas parece que está a limpar toda a porcaria que tem lá por dentro.
Agora dorme. Não sei se arranque e vá às urgências em Lisboa, se vá ao hospital aqui mesmo em Portimão. Quando acordar logo vejo como está e o que fazemos. As malas estão prontas para arrancar de seguida se for preciso.
Está um tempo excelente e nós andamos a lavar as dezenas de peças de roupa sujas durante a noite.
Não que se comemore algo por aqui, muito menos estando ela assim, mas Feliz Páscoa!

05 abril 2007

Teste às vacinas de alergologia

Fomos hoje testar as vacinas. Olhou para os componentes da mesma e disse que um deles estava também num dos 2 medicamentos homeopáticos que toma. Ficou renitente em relação a um dos steptococcus. Explicou-nos grosso modo como se medem os valores no aparelhómetro. Os valores de uma função respiratória normal são superiores a 40 e de uma insuficiência respiratória rondavam os 25/30,valores inferiores ou iguais a 20 podiam ser casos de asma. Quanto menores os valores, maiores os problemas respiratórias, portanto.
Primeiro, os valores sem qualquer medicação sobre duas veias da mão esquerda, uma medida no dedo polegar, outra na palma da mão. Valores normais.
Coloca a primeira vacina, cujos componentes são mais fracos pois servem para gradualmente ir introduzindo os " virús " no organismo. A que está a tomar actualmente mas que está a acabar.
Valores a rondar os 30. Conjugou a vacina com a medicação homeopátca, faz novamente o teste eos valores vão para os 40. Disse-me que o que impedia de ter crises era a medicação homeopática que faz. Como é óbvio está a defender a sua dama ( também não sou ingénua ) mas o que eu vejo são resultados e de facto, está bem melhor desde que faz a medicaçação homeopática, de facto, quando deixei de lhe dar um dos medicamentos homeopáticos porque esgotou, ela piorou, de facto, ela teve várias crises de insuficiência respiratória quando começou com a vacina e de facto, um dos efeitos secundários da mesma é, como já referi, asma.
Mais um teste, desta vez só aos medicamentos homeopáticos. Valores bem acima dos 40. Valores esses que baixavam quando conjugados com a vacina A de alergologia.
Novo teste, desta vez com o segundo frasco do alergologista, o B, este com componentes mais fortes. Também este frasco seria o único que iria tomar na continuação do tratamento do alergologista, pelo menos, até aos 4 anos. Valores abaixo dos 20. Repete o teste, igual. Significa que com aquele frasco iria ter crises muito frequentes de asma. Conjugou a vacina B com os medicamentos homeopáticos e o ponteiro batia timidamente no 20. Os medicamentos homeopáticos não conseguiriam impedir a crise. Depois de crises frequentes e pelo esforço dos orgãos , aí sim, ela iria gerar um cenário de asma. Disse-me que na opinião dele, não daria mais nenhuma vacina de alergologia. Não tem asma, tem adenóides aumentados ( agora menos ) que faz com que dificulte a respiração pelo nariz, não ao nível dos brônquios e pulmões. Vai fazer a medicação homeopática até final de Maio, reavaliada na altura e em princípio deixará de a fazer no Verão.
Ouvi o que esperava, não sei se aquilo que queria. Estúpido dizer isso, mas aquela opinião fez-me tomar uma decisão e tratando-se de uma decisão de saúde dela, tratando-se de uma opção, nos deixou num quadro de incerteza. É dificil optar pela homeopatia em detrimento da medicina comum, quer queiramos quer não, é a medicina tradicional que existe nos nossos hospitais, é a medicina tradicional que está enraizada nos nossos costumes. Custa-me decidir mas já o fiz. Não sei se mal ou bem, tinhamos de o fazer, decidimos baseado na experiência da Beatriz, baseado no que vimos, nos resultados obtidos nela. A homeopatia " venceu ". Não imaginam o meu conflito interior, mas é mesmo assim, se piorar ( ou se não melhorar significativamente ) consultaremos um Otorrinolaringologista porque o seu problema ( adenóides ) é de facto tratado por este ramo da medicina convencional. A alergologia por enquanto está colocada na gaveta, não tem asma e não lhe foram detectadas alergias, portanto, a imuno-alergologia nada tem a fazer por ela. Continuo a ter o medicamento para as crises asmáticas por prevenção e é só. Não faz o anti-asmático há mais de um mês, idem para o Zirtec, a Primavera está aí e ela tem estado bem.
São 100€ que " vão para o lixo " das vacinas, mas vendo por outro prisma, são 1200€ que não gastamos por ano só nas vacinas, mais 600€ do anti-asmático, mais não sei quanto do Zirtec, mais não sei quanto das consultas com o imuno-alergologista em cada mês e meio. Mas não que isso pesasse na decisão. Estavamos dispostos a continuar a dar-lhe a medicação, no caso de ela ser necessária. Sinceramente, concluo que não.
Que pensar do Imuno-alergologista? Continuo a achar que os vários anos de carreia dele, os vários prémios de mérito e de investigação são merecidos. Mas é humano e como tal, erra, mesmo que seja um génio da medicina. Pode ter sido o caso, pode ter errado no diagnóstico, pode não se ter socorrido de todos os meios ao seu dispôr pra diagnosticar, já que, não foi feita a prova de função respiratória. Agiu na prevenção, baseado no historial clínico da Beatriz, em testes cutâneos que nada revelaram, em análises também elas sem indicar alergias, num RX aos pulmões que nada revelou de problemático e num RX aos seios peri-nasais que indicaram adenóides aumentados e inflamados. Mas a asma propriamente dita e as alergias, não conseguiu comprovar, até porque, antes dos 2 anos, isso é quase impossível. Se me pedissem para aconselhar um Imuno-alergologista continuaria a recomendá-lo , pelo seu " Curriculum ", não pelos resultados no nosso caso concreto.
Cada caso é um caso, hoje mais que nunca percebi isso mesmo. É aí que reside a principal diferença entre a homeopatia e a medicina convencional.
A partir de hoje, a Beatriz será seguida pela pediatra e pelo homeopata.
Desejo mesmo muito que esta tenha sido a opção correcta. Neste momento, preferia imiscuir-me da decisão, deixar andar, mas não posso, sinto de uma forma inexplicável que tenho mesmo de decidir e já o fiz, bem ou mal, ainda não sei.

Post escatológico

A capacidade de produção de macacos no nariz da minha filha impressiona-me.
Nunca pensei vir a tirar macacos do nariz de outrém em plena idade adulta.

No colégio

A educadora e a auxiliar desmanchavam o quadro dos trabalhos expostos. Estava no quadro uma árvore alusiva à Primavera e flores feitas por eles.
Depois de retirararem as folhas das árvores e as flores ficou só o tronco da árvore.
A auxiliar diz para os meninos, vou tirar a árvore do quadro. A Beatriz emenda-a e diz-lhe:
- Nina, o ton-cu ( tronco ).
A auxiliar estava estupefacta porque mesmo perguntando aos meninos da sala seguinte ( 2/3 anos ) diziam todos que era a árvore e não o tronco.
É muito inteligente a minha miúda. ( Baba, baba ).

04 abril 2007

21 Meses

Já esteve mais papagaia repetindo tudo o que dizemos. Já não acha muita graça quando lhe dizemos diz isto, diz aquilo. Antes repetia tudo o que lhe pediamos, agora diz o que quer quando quer. Ontem enquanto eu ia no carro a assobiar uma música ela diz-me: Não xubia!
Já gosta mais de parque infantis, finalmente sobe as escadas para o escorrega ( ainda que o faço de gatas ) e desce sem medo. Aliás, anda até muito destravadinha porque ontem, tal era o entusiasmo e quase se baldava do escorrega.
Já não chama bébé aos meninos e meninas. Agora são mesmo mnino e mnina ( se bem que muitas vezes sai mnino independentemente do sexo da criança em causa ).
Brinca bastante sózinha mas com o que delira mesmo é com o jogo da apanhada. É vê-la dar gritos de contentamento quando um de nós anda a correr atrás dela.
Já anda segura, raramente cai. Gosta de pintar mas raramente oferece os desenhos. Adora o banho e quando começa a ver a banheira a encher tenta trepar mesmo vestida.
Perguntamos-lhe se gosta do pai e diz: Góta.
- Gostas da mãe?
- Não... Góta, góóótaaaa! ( acompanhado do sorriso mais malandro que consegue ).
Responde às nossas perguntas de acordo com a forma como a pergunta lhe é formulada. Por exemplo, se lhe pergunto: Foste ao parque? Foi, Gostas da Luna: Góta, Queres ir à rua: Quéi. Maioritariamente refere-se a ela mesma na terceira pessoa mas de vez em quando já diz é meu e eu.
Descobriu o cholate ( chocolate ) há pouco tempo e tornou-se fã incondicional. Adora música, às vezes até com as músicas de elevadores dança.
Decora caminhos facilmente. Muito antes da casa da minha mãe, mesmo sem saber que lá vai, começa a chamar por ela. Faz o mesmo no caminho do colégio, mesmo quando fazemos o trajecto em dias e horas que não são as que vai para a escola. Também reconhece quando estamos a chegar a casa dos avós paternos, em Torres Novas, quando vai lá de mês a mês, às vezes com distâncias temporais ainda maiores. Sabe que o cão da avó materna é o Nikki e o dos avós paternos é o Benji e não os confunde. Está muito mais sociável desde que foi para o colégio, aliás, raramente se faz de estranha. Já nos vai dando beijinhos, se bem que os guarda religiosamente. Quando lhe pedem um beijinho, geralmente dá a bochecha para nós darmos. Em contrapartida esbanja abraços.
Continua a dormir ( e a deixar dormir ) mal.
Cresceu tanto que já me parece mentira que algum dia teve apenas 44,5 cms. O tempo passou a correr e não tarda tem DOIS ANOS!
Faz-me sorrir todos os dias, faz-me ser criança todos os dias, faz-me sentir o coração maior que o peito todos os dias. É uma criança feliz, normal, igual a tantas outras, mas para nós é a nossa menina, aquela que nos trouxe um sentimento tão maior que qualquer outro.
Amamo-la mais que tudo.
Parabéns filha!

02 abril 2007

O efeito da música do João Pestana nela

Do DVD dos patinhos que desde Sábado está sempre a reproduzir.

Xiiiiuuuu...


Que ele ainda não a viu na sua cabeceira da cama.

Adenda: Tive de lhe pedir para ir buscar os meus óculos ao quarto e dizer-lhe que estavam em cima da sua mesa de cabeceira para ver a rosa.

01 abril 2007

Domingo

Não conseguimos ir à aula porque aqui a esperta saiu à última hora, esqueceu-se de levar a morada, imprimir o mapa, ou pelo menos, levar o telefone do local e no118 não havia nenhum registo de número de telefone com aquela denonimação. Ainda andamos à procura guiando-nos pela memória visual de uma breve olhadela para o mapa na sexta-feira. Não encontramos e por isso acabamos por aproveitar para dar uma voltinha pela Expo, seguindo depois para o Aquário Vasco da Gama. Um bom passeio.
Depois ainda fomos à Praia da Torre onde a Bia aproveitou para comer areia e destruir castelos de areia. O próximo fim de semana é maior, por isso, aproveitamos e vamos até Portimão gozar o tempo ameno, a praia e a piscina aquecida e já agora, comemorar o meu aniversário :o).



Sábado

Com as amigas grandes e amiguinhos pequeninos. A criançada a mostrar-se inicialmente tímida mas pouco depois já disputavam brinquedos.
Sabem bem estes momentos mas conseguir ter uma conversa coerente entre adultos parece utopia com as crianças por perto.
Vou-me repetir, mas temos de combinar uma saída só de mães, sem filhos para podermos conversar ;)