31 outubro 2008

Notícias

Sem internet em casa por falha do portátil fica mais dificil de dar notícias a não ser quando, como agora, " roubo " o pc de alguém por minutos.
Continuo de baixa ( há 1 mês e meio e por mais 26 dias ) mesmo depois de uma junta de verificação médica, depois de ver uma senhora de alguma idade, de muletas, a ter de regressar ao trabalho, 9 horas em pé. Parece que isto é mesmo sério.
Eu tenho andado quase sempre com dores de cabeça, às vezes mais suportáveis que outras, mas incomparáveis com as de há mais de um ano atrás, ou seja, meras cefaleias mais ou menos fortes, mas que tem passado com paracetamol. Falei ao médico que não disse nem sim nem sopas.
Em princípio dentro de 3 semanas deve haver uma tomada de decisão por parte do neurologista e que o mais certo é que seja mesmo a colocação do shuntz ( válvula ). Já acho que até anseio pela resposta, estou mesmo farta disto, da indecisão, das dores de cabeça, da incapacidade inerente.
Claro que continuo a trabalhar, mas apenas umas 6h por dia, porque lá está, trabalhadora independente tem responsabilidades, antes de ter direitos. Tenho vindo para o escritório ( onde sou trab. independente ) por estar farta de estar em casa, que mesmo estando a trabalhar, faz-me falta ver pessoas, ir almoçar com companhia, a confusão normal do dia-a-dia laboral.
Quanto à miúda está gira, refilona, birrenta, ternurenta, o costume.
Hoje foi comemorar pela primeira vez o dia das bruxas. Levou a máscara de bruxa para vestir após a ginástica e assim que chegamos estavam nas brincadeiras, com as educadoras mascaradas de bruxas e a assustarem-se mutuamente. A risota era tanta que só de os ouvir ri com eles. Levou também um saquinho com sugos e dentro do saco umas aranhas, baratas e formigas de plástico para " assustar " os amigos.
Ia tão contente que nem interessa nada que a tradição seja irlandesa ou mais um momento apelativo ao consumismo criado pelos americanos :).
Em relação às roupas tive mesmo de refornecer o guarda roupa porque as roupas do ano passado, há excepção de alguns vestidos, estão pequenas. Levou outro dia umas calças que ora se via o rabo, ora se puxavam para cima e se viam as meias. Não gastei muito que ando fã do Fabbio Lucci.
Tudo normal, dentro da anormalidade que são os nossos dias :)
Darei notícias quando for possível.

29 outubro 2008

Update

Consulta de neuro-oftalmologia:

Carta amarela ( e não verde ) para continuar a experiência. Ainda com edemas mas estáveis. Sem alterações ( nem para melhor nem para pior ) na acuidade visual.
Volto dentro de 15 dias com mais um exame feito para depois levar a informação para o neurologista e endocrinologista. Por ele a experiência pode manter-se por enquanto, sempre muito vigiada, sempre atenta às dores de cabeça, à tensão arterial e especialmente, às alterações de visão, mas como disse esta não é uma situação para manter a longo prazo. Ou há alterações razoáveis em poucos meses, ou não posso continuar a andar na corda bamba ( apesar de me ter mostrado uma boa equilibrista ) e passa-se à operação. Por enquanto, mantenho-me assim, sem prazos porque hoje estou bem e amanhã não se sabe.
Como o neuro-cirugião tinha dito que o nervo óptico permitia a experiência, tal como o neuro-oftalmologista, em princípio o neurologista ( o mais céptico ) deve também ele aguardar. Quanto tempo não sei, mas interiormente já aceitei a operação, ainda sem saber os perigos e sequelas adjacentes. Estou tranquila, quero é resolver isto de uma vez.

26 outubro 2008

Fim de semana

Sábado fomos conhecer a Júlia e rever a Joana, a Sara e o Nuno e estar com a Rita, a Beatriz e o Martim.
A Júlia, tão pequenina, fez-me rebuscar nas memórias como era a minha filha, com menos 1 kgr e uns quantos cms. Já não consigo imaginar o quão pequena foi. Foi uma delícia voltar a ter um recém nascido nos braços já meio enferrujados de pegar em bébés. Parece que afinal estas coisas também se esquecem.
Dos amigos Sara e Nuno, a registar o que sempre achei, acolhedores, verdadeiros e muito simpáticos ( Ahh Sara não te disse mas tu estás impecável, sem " marcas " de recém mãe de 2ª viagem ).
Quanto às crianças mais crescidas, brincaram e entenderam-se. Gostei de assistir à cumplicidade da Joana e da minha Beatriz que já pareciam amigas que se vêm com regularidade.
De notar que nesta visita foi a primeira vez que a Beatriz pegou num recém nascido, até aqui recusava sempre, penso que com medo.
Também de registar que já ( o já é engraçado ) pedala e bem, o mal era mesmo do triciclo que tem e não da falta de agilidade da rapariga.
Domingo uma ida ao teatro ver a peça "O pequeno polegar " com a Liliana e o Bernardo, no Centro Cultural Olga Cadaval. A peça foi engraçada, com algum humor a que os nossos petizes reagiram com sorrisos e gargalhadas. Notei-lhe a maturidade de já entender o humor e de perceber o conteúdo da peça.
No final um lanche a 5 ( nós 3 e eles 2 ), com grande parte do leite com chocolate sobre a camisola e 2 meninos que foram o tempo todo de mãos dadas. Entrosaram tão bem que nem parece que já não se viam há vários meses.

Foi um bom fim de semana :)

23 outubro 2008

Pergunta pertinente

De manhã a caminho da escola:

- Depois os meninos vão portar-se maue e a Ana vai lhes bater.
- Não, a Ana não bate nem ninguém bate nos meninos na escola, a Ana põe de castigo não é?
- É, depois ficam um bocadinho na sala e não vai uogo ao recreio. Porquê que a Ana não bate nos meninos?
- Porque não tem de bater, tem de castigar para os meninos perceberem que fizeram mal.
- As ecadoras ( educadoras ) não batem é?
- É!
- Porque é que os pais batem?

Momentos de pausa mudando de assunto para pensar na resposta:

- Porque às vezes os filhos portam-se tão mal, tão mal, que mesmo depois de ficarem de castigo continuam a portar-se mal e os pais ficam muito tristes e às vezes batem. Os meninos deviam portar-se bem não era filha?
- Era... e os pais não deviam bater.

Embrulha e leva para casa !

Mimosa

Há 2 dias que não quer adormecer sózinha ( que isto do adormecer sózinha está consolidado mas não é linear ), ontem fiquei com ela um bocado no quarto cedendo ao pedido e aproveitando os seus mimos. Esta é a fase boa dos 3 anos, carregadinhos de birras rebuscadas, de raciocinio mais dificeis de contornar, de explicações mais detalhadas e de muitos porquês, mas também de muita ternura e de muitos momentos de mimo.
Deitei-me ao lado dela e ela aninhou-se nos lençóis e fechou os olhos. Abriu de seguida para me agarrar no rosto e dizer a sussurar:
- Gosto muito de ti, nós somos amigas.
Fiquei comovida.
Passado um bocado sai do quarto que lhe disse que só ficaria um pouco e ela lá foi dizendo que queria ir só um bocadinho para a minha cama e eu, está claro, com o coração derretido acedi.

O bom de ter uma mãe advogada

Que o mau é que tem 2 empregos principais e nunca tem tempo, mas o bom é que sou muito mais consciente dos meus direitos e também dos meus deveres. Por várias vezes esses conhecimentos foram-me úteis, mais recentemente numa reunião de condomínio e quando pedia os meus honorários a um cliente faltoso. A reunião de condomínio extraordinária, foi convocada após o assalto a uma arrecadação em consequência do portão da garagem estar avariado e a não fechar na totalidade, avaria devidamente comunicada à administração por mim por carta registada com A.R. Os lesados estavam preparadíssimos para apresentar as despesas da reparação da sua porta ( e penso que também dos objectos furtados ) ao condomínio e todos os outros estavam apáticos a aceitar tal imposição. Teve de ser aqui a ovelha ranhosa a relembrar os vizinhos de que se tem seguro deverão apresentar o sinistro à companhia que caso conclua que o furto se deveu a negligência responsabilizará os administradores pessoalmente e não todos os condóminos. Mais caricato ainda é que os faltosos não pagam condomínio há 1 ano e meio porque, segundo eles, tem uma lâmpada para substituir desde essa altura no seu patamar. A mim parece-me que estão com dificuldade económicas e se preparavam para dizer o que faltava e não e ainda iam arranjar dinheiro ao condomínio. É que soa muito estranho só terem assaltado aquela arrecadação, que se encontra escondida, enquanto que tinham 4 ( sendo a minha uma delas ) visiveis e até com objectos fora das mesmas como motas eléctricas, bicicletas, grelhadores, etc. Mais estranho é que estive e casa até às 15h30 e não ouvi um único barulho de arrombamento e para partir uma porta e arrombar tem de fazer barulho. Uma outra vizinha do rés do chão esteve todo o dia e não ouviu nada. O assalto supostamente terá sido entre as 15h30 e as 18h. Mais estranho é que a PJ veio tirar impressões digitais e nestes casos de furtos de pouca monta asseguro que a PJ não vem . Começo a ser olhada de lado por aqui :). Em relação à cliente má pagadora irá gastar não só o valor dos meus honorários mas também os do advogado mais as custas do julgado de paz. Em 15 dias temos julgamento e sentença. E claro que para além dos conhecimentos, não gasto dinheiro com a minha defesa e o valor das custas serão devolvidos e pagos pelo incumpridor, ou seja, por uma dívida de 125€, pagará certamente não menos de 500€.

Voltou à carga

Tratou de dizer a todos na escola que vai ter um mano e uma mana. Já tinha voltado a falar no assunto, a perguntar se ia ter um mano e uma mana, se eu já tinha o bébé na barriga, etc mas tem se esmerado em contar a quem encontra que vai ter um mano e uma mana, logo dois, rematando sempre que prefere uma mana.
Ontem a dona do colégio perguntou-me se estava grávida, hoje de manhã a auxiliar e eu tive de contar-lhes que não terá irmã(o) tão breve porque pelo menos durante um ano não poderei engravidar.
Já lho expliquei mas como ainda não tem grande noção temporal continua com a mesma conversa.

22 outubro 2008

Momentos kodak

A avó a puxar por ela para mostrar as saídas da neta aos primos:

- O que é que o Gabi tem na cabeça? ( À espera que dissesse caracóis como é costume )
- Piôios ( piolhos )

Ainda a avó:

E já não me lembro o que lhe perguntava mas não era nada de mal. A avó ajudava com as primeiras letras soletradas:

- Pi...
- Caráio ( ela ia completar o pingarelho que diz pincaraio outras vezes pingaraio )

Kitty

- Oia aui uma kity naqueua roupa. É gira!
- Entãoooo. Não disseste que não gostavas da kitty? Não te percebo?
- Nãooooo. Eu disse que não gostava daqueua kitty das botas, desta gosto. ( dito num tom muito calmo e pausado que é como quem diz, dahhhh mãe )

Menina XS

Aos 3 anos e quase 4 meses, ainda não deixou de vestir os tamanhos da maioria das secções de roupa de bébé, apesar de ainda vestir maioritariamente tamanho de 2 anos ou 92 cms e este é muitas vezes o limite máximo destas secções.
Pequenina mas refinadinha que naquele corpinho compacto cabe muita doçura mas também muito mau feitio.

Reciclar

Já se usavam lâmpadas economizadoras, já se faziam meias descargas de autocolismo quando não era necessário mais, a torneira é fechada entre as escovagens dos dentes, o esfregar da loiça e o ensaboar do corpo e cabeça durante o duche ( apesar do Nuno ainda se descuidar ). O banho dela ainda é um desperdiçar de água mas ainda não conseguimos que tome duche por medo.
Os electrodomésticos são todos classe A e as pilhas são colocadas no pilhão, mas ainda não se fazia a reciclagem do lixo doméstico porque nunca encontramos um balde com dimensões razoáveis e um preço equivalente e ter as coisas em sacos de plástico junto do lixo doméstico não era prático. Outro senão era o facto de não existirem eco pontos na minha zona mas nas minhas caminhadas descobri uns não muito longe e a caminho do colégio ( mas que me faz levar o lixo no carro, mas enfim ).
Na outra casa não tinhamos o balde mas tinhamos o ecoponto junto do lixo comum e pelo menos o papel e algum vidro era levado para reciclar.
Hoje encontrei um balde de dimensões razoáveis ( que não podia ser muito grande mas também não muito pequeno para conseguir acumular algum lixo ) por 14,95€, o mesmo balde que já vi à venda por cerca de 30€.
Falta um folheto informativo do que colocar em cada ecoponto e do que pode ou não ser reciclado, mas já me informei e sairá amanhã numa revista.
A partir de amanhã já não há desculpa para não se reciclar cá em casa.

PS - O balde foi comprado numa loja de utilidades para o lar.

Frio

O frio chegou a sério e as saias e vestidos já só podem ser usados com collants ( ainda de lycra ). Ontem enquanto escolhia a roupa para o dia seguinte as saias e vestidos foram excluídos da escolha porque só tinhamos collants de lã ( compradas no outlet em saldos no Verão passado ) e por enquanto ainda acho demasiado quentes. Tinhamos que já tratei de comprar na calzedonia várias collants de lycra e ainda trouxe algumas meias até ao joelho pois afinal temos algumas peúgas mas nenhumas até ao joelho e não vou esperar até ao Natal para que eventualmente lhas dêm. É impressionante o montante que se consegue deixar numa loja de meias, nem vou revelar.
Ontem enquanto a vestia depois do banho queixava-se com o frio, hoje de manhã enquanto a despia o mesmo e a nossa casa não é nada fria até. No entanto, esta queixa até é positiva que enquanto está despida não faz fitas para se vestir, quer é vestir-se depressa :)

21 outubro 2008

Calçado

Neste momento tem:

- 2 pares de botas de borracha ( do ano passado a 2,5€ cada par )
- 1 botas de cano alto ( 13,80€ )
- 1 botas castanhas de camurça ( 8€ )
- 1 sapatos tipo mocassin azuis escuros oferecidos ( mas que não vão durar muito mais que já começam a ficar gastos na biqueira )
- 1 sapatos tipo carneirinho bege mas com fitas de velcro oferecidos
- 1 par de tenis rosa oferecidos no Natal passado
- 1 sapatos azuis de camurça comprados nos saldos ( a 4€ salvo erro )

Quase a deixar de servir:

- 1 ténis roxos
- 2 pares de sapatos, uns rosa outros verdes comprados no Verão no Feira Nova ( a 3€ cada )
- 1 sapatos castanhos de camurça oferecidos o ano passado.

Contas feitas, 12 pares de sapatos e apenas 36,80€ gastos por nós. Destes, " apenas " 8 irão em princípio durar todo o outono/inverno :)

Adenda - afinal os sapatos castanhos de camurça já não servem mesmo.

Taras e manias

Agora diz que não gosta da Kitty. No fim de semana mostrámos-lhe umas botas de borracha da dita, a pensar que ia gostar e ela trata de nos dizer quase ofendida:
- Não gosto disso, não gosto da wewo kitty.

Já não sei que número calça

Este fim de semana fomos trocar umas botas que a minha cunhada lhe ofereceu mas que não conseguia que as calçasse. Não havia o número acima e trocamos por uns sapatos tipo carneirinho tamanho 22. Na mesma loja estivemos em dúvida por uns botins mas só tinham 22, que não servia e 25 que estava grande
No Domingo fomos até ao hiper e vimos umas botas de cano alto para ela a 13,80€ e o 22 não conseguiamos que o pé entrasse, compramos o 23.
Temos também umas botas tamanho 25, compradas por 8€ numa feira de stocks no Verão que estão boas.
Acho que calça 22/23, mas comparamos com alguns sapatos que ainda calça 21 e são exactamente do mesmo tamanho.

Adenda - Faltou dizer que as sapatilhas de ginástica para a escola e as sapatilhas de ballet são tamanho 24 e não estão grandes. Fico toda baralhada pois ora calça 21 ora calça 25.

Cá por casa

Há uns tempos cá por casa, no meio de uma birra a nossa Luna veio com uma bola dar à Beatriz para que brincassem as duas ( a Bia atira a bola, a Luna corre doida para apanhá-la e volta a devolvê-la à Bia para que mande de novo ). Ela no meio do choro de raiva, pára de chorar e diz-lhe:
- Luna, agora não, não vês que estou a chorar?
Tive que me desviar e rir.

Recado aos familiares

Alguns familiares começam as compras de Natal muito cedo e por isso não queremos que digam que não avisamos a tempo.
Já alguns foram avisados para que não lhe comprem brinquedos este ano, por dois motivos, um, porque já tem imensos e o quarto não estica ( principalmente se forem brinquedos grandes ) e o principal, porque já não liga por ter tantos, brinca sim, mas não se incomoda se os brinquedos " forem para o lixo " quando não os quer arrumar ( que é em 99% das vezes ).
Já demos alguns como uma forma de partilha.
Os que ela pensa que vão para o lixo irão também ser dados mas sem que saiba para que não pense que dar os brinquedos dela é uma forma de castigo ou punição, mas que intua o acto de dar como algo de positivo.
Pedimos roupas para o próximo ano, que para este já tem muita e para este ano fazem falta camisolas interiores, peúgas e meias até ao joelho, apesar de já ter algumas para as primeiras impressões.
Também sugeri um conjunto de lençóis de flanela que dão sempre jeito, apesar de ter 3, um edredão de aquecimento e um toalhão de banho com capuz grande ( que também tem 2 ). Poderão também dar CD's ou DVD's de músicas infantis que ocupam pouco espaço.
Vamos tentar que receba apenas 1 ou 2 brinquedos dados por nós, de preferência de pequenas dimensões.
Sei que não vão cumprir ( principalmente os meus familiares ) mas também sei que se vão comedir um pouco.

Fim de semana em Torres Novas

Levei a máquina mas nem uma foto tirei, a dita esteve todo o fim de semana ( que até foi prolongado ) dentro do estojo, penduradinha atrás da porta do quarto. Nem parece meu, mais a mais com uma festa de aniversário pelo meio.
Ela andou nas sete quintas atrás dos primos mais velhos ( entenda-se maiores de idade ) e cá para mim vou ter muitas dores de cabeça com a piolha que não desgruda dos homens, especialmente se forem bonitinhos e bem mais velhos que ela.
Também se entreve atrás dos gatos e suas crias, a pegar-lhes ao colo, atrás de gafanhotos, a querer apanhar as galinhas e a mexer em todos os animais possíveis. Engraçado é que se dissermos que determinado animal é um bicho tem algum receio, se dissermos o nome, aproxima-se e quer mexer. Parece uma miúda do campo apesar de viver na cidade.

17 outubro 2008

O meu feitiozinho

Tenho um " feitiozinho da merda " , a descrição que a Marina Mota fazia numa rábula há uns anos atrás mas que descreve este meu feitio na perfeição.
Tenho sem falsas modéstias, muito de bom e muito de mau.
Por mais que tente, por mais que os 30 anos me dêm alguma maturidade para lidar com muitos assuntos da minha vida pessoal ( nomeadamente em termos de saúde ), não consigo ficar com " coisas por dizer ". Tento e tento muito, mas remói-me, altera-me, faz-me ter sentimentos para com as pessoas em questão que não gosto e que sei que se dissesse o que tinha a dizer, me passaria e não iria sentir mais aqueles sentimentos que chegam a roçar a raiva por pessoas de quem gosto. Porque se me são pessoas indiferentes, o facto de não dizer o que me apetece não me faz pensar no assunto muito tempo, pode irritar-me, mas passa, agora quando envolve pessoas de quem gosto, aí sim, a coisa toma dimensões desproporcionais e de cada vez que tenho de me confrontar com as pessoas em causa, não consigo ser natural, fingir que nada me passa na minha cabeça, porque revivo tudo mentalmente mas fecho a boca para que não me saia porque não posso ou não devo fazê-lo.
Este meu feitio sim, dá-me realmente cabo da cabeça.

Já decidi(mos)

E não vai ter danças modernas. Nem sequer vai experimentar para não ficar tentada ( ela e eu ) a inscrevê-la.
Já tem bastantes actividades na escola ( música, ginática, ballet ) e não quero a sobrecarga que iriam ser tanto os finais de dia de 2ª e 6ª feira, como as manhãs de 3ª.
As manhãs já são muito complicadas por si só e o aumento do cansaço só iria torná-las piores. Tenho de a despachar de manhã sózinha, lidar com as birras, os choros e ainda olhar para o relógio para não chegarmos atrasadas.
Não quero mais um motivo para me ( nos ) enervar.

Menos um bocadinho assim

9 dias depois da ultima pesagem, menos 400 gramas. O ritmo de emagrecimento reduz como eu qualquer dieta, o esforço nem por isso.
É normal e não me faz desmoralizar, aliás, ao ganhar massa muscular, ganho peso e por isso mesmo a balança não espelha o resultado real em termos de benefícios físicos.
Estupidamente não me medi nem fizeram medição da massa gorda,mas já noto qualquer coisa no volume.
No total menos 3,9kgr em cerca de um mês.

Manhã das dificeis

Hoje não queria nada, porque sim, ou antes, porque não. Não queria acordar, não queria vestir-se, não queria o fato de treino, não queria os ténis, não queria pentear-se, não queria fazer xixi, não queria lavar-se, não quis comer, não queria ir à escola, não queria sair de casa. Disse pela primeira vez : Não gosto de ti, vai-te embora e nem me magoou, primeiro porque sei que não é verdade mas fruto da frustração de estar a ser contrariada que claro que vestiu o que eu tinha escolhido de véspera, se penteou e lavou. Ainda comecei com a conversa pedagógica mas nestas alturas nem vale a pena falar-lhe que não ouve. Acabei por me calar, ignorar as reclamações e nem sei como não me saltou a mão para o rabo dela. Quando disse que não gostava de mim e para eu me ir embora disse-me:
- Pois vou Beatriz porque eu tenho de ir trabalhar e tu tens de ir para a escola. Se não vens vou eu.
Ponho a chave na fechadura e quase a fecho. Os choro gritado passam a berros. Abro a porta e só lhe digo,
- Anda.
Saiu e calou-se como se nada fosse. Nas escadas pede-me desculpa e a criança que minutos antes estava insuportável, não parecia a mesma. Viemos sem grandes conversas, comigo em estado de ansiedade. Chego à escola e dou-lhe o mesmo iogurte que em casa não quis comer. Comeu sem reclamar. Limpo-lhe a boca e mais uma vez sem reclamar entra na escola feliz e contente, a dar beijos a quem encontrava e a correr para a sala.
Eu vim a respirar fundo e a " dar graças " por hoje não ter de ficar com ela em casa.
Também tenho o meu lado anti-maternal, anti-pedagógico e sinceramente no caso dela funciona, sem ser preciso o recurso à violência ( mas às vezes salta uma palmada ou duas pois salta ) mas com o recurso a muuuuuita paciência mas se a palmada fosse a solução no caso dela, usaria sim.

14 outubro 2008

Danças modernas ( e dúvida de mãe )

Aquando da busca de alternativas para uma actividade desportiva e enquanto procurava o ballet fora da escola informei-me onde faço Pilates ( que por acaso é no salão desportivo da Igreja da freguesia o que tem a sua piada ) das actividades para a idade dela. Tinham danças modernas mas num horário impossível, das 17h às 17h50 salvo erro, a hora da aula dos meninos que andam no jardim de infância do próprio centro paroquial.
Ainda assim pediram para fazer uma pré-inscrição com o horário pretendido que se houvesse número suficiente de crianças criarião uma outra turma. Fiz a pré-inscrição mas para não estar à espera e se possível fosse acabar por não haver classe, acabei por inscrevê-la no ballet, pela escola por não ter mais opções na zona.
Ligaram-me há pouco a dizer que as aulas iriam começar dia 20, assim sendo pagaria meio mês e as mesmas seriam 2* por semana, por 18€/mês, sendo que nos 1ºs 4 meses se pagam os meses de Junho e Julho e no primeiro mês a inscrição e um tipo de quota para ser " associado ".
As aulas começariam às 18h30 e acabariam às 19h20.
As dúvidas maiores são mesmo a sobre-carga, se bem que seja uma actividade física e não intelectual, um dos dias coincidiria com o dia de ginástica na escola que não é mais que 30 minutos com algumas brincadeiras com exercício físico, mas coincide. Como é à 6ª feira, mesmo que ficasse mais cansada poderia recuperar na manhã seguinte mas mesmo assim temo que sejam actividades a mais.
Neste momento tem música e ginástica como actividades curriculares e como extra curricular o ballet, todas elas 1 vez por semana cada, durante 30 minutos.
Perguntei-lhe se queria ir para o ginásio aprender a dançar e claro que a resposta foi afirmativa, o peso no orçamento não seria significativo e era possível de conciliar ( ainda que os 1ºs 4 meses sejam mais dispendiosos ) mas a dúvida da sobrecarga subsiste.
Seriam 2 finais de dia que em vez de o passarmos a brincar as duas ela passaria a dançar e eu a ver, seriam 2 dias em que depois disso viriamos a correr para casa para dar banho de seguida, jantar ( e aqui vale ser o pai o cozinheiro da casa ) e só haveria tempo para a historinha e não mais que uma meia hora de brincadeira juntas.
Se a isto juntar o facto de que o Nuno faz ginástica às 3ª e 5ª, eu às 4ª e ela às 2º e 6ª, apenas no fim de semana conseguimos estar os 3 um bom bocado a brincar que nos outros dias, são apenas passados a 3 nos momentos da refeição e pouco mais.
Depois penso que há muito boa gente com filhos com este tipo de vida, felizes por eles e felizes os filhos porque cada um tem um bocadinho de tempo para " tratar de si ". Outros até porque por obrigações profissionais o fazem anos a fio.
As vantagens são para além de propiciar o crescimento físico, desenvolver a motricidade e a coordenação proporcionar a criação de laços de amizade com crianças externas à escola e ao nosso círculo de amigos. Criaria amizades pela existência de afinidades e não amizades " impostas ".
Acho que irei com ela fazer uma primeira aula experimental e depois decidimos.

Sons que lhe " faltam "

Ainda não diz os " lhes " nem os " éles ". Nunca a forcei a aprender os sons mas corrigia quando as palavras eram muito diferentes do habitual, a não ser aquelas a que achava piada.
Ontem no banho ela reclamava por causa do chuveiro, o habitual:

- Aiiii, estás a moiar-me.
- Aii estás a moiar-me. Não é moiar é Mo-lhhhar
- Molhhhhar ( enquanto deita a lingua de fora pela voltinha que teve de dar com a língua )
Ri-me e 2 segundos depois estava ela:
- Agora sou eu que te vou moiar.

Ela aprende, sem pressas.

Oh my dog

Ontem eu e ela adormecemos e acabei por a deixar na escola já deviam ser umas 10h20. A entrada é até às 9h30 e esta educadora não gosta de atrasos, acontece que estando eu de baixa, não faço grande esforço para cumprir o horário e por vezes chegamos às 10h.
Já algumas vezes me tinha dito para tentar não chegar depois da hora porque destabiliza, além de que começam as actividades e ela quando chega já estão a acabar uma ou até já acabaram e ela não participa. Digo sempre que sim mas continuo a fazer o que me dá na real gana e o único dia em que cumpro os horários estando de baixa é à sexta feira, que começa a ginástica às 9h30 ou em dias de passeio. De resto não fico com peso na consciência se fez menos um desenho, menos uma pintura, ou menos um jogo e ela também não fica triste por isso, caso contrário apressar-se-ia de manhã para se levantar e não faria a fita que faz sempre à excepção dos dias em que tem música e ginástica.
Ontem porque deixei um recado acerca do bibe dela ( que está enorme mesmo ) para a directora, esta ligou-me de volta para me esclarecer. Aproveitou a chamada e disse que a educadora tinha chamado a atenção para a hora de chegada da Beatriz e eu voltei a fazer ouvidos moucos. Como viu a minha " fraca reacção " disse-me como se fosse uma situação grave:
- É que a Ana disse-me que ela não fez a ficha do manual, depois chega ao fim do ano e não só não tem os manuais preenchidos como a educadora não sabe tão bem como ela está em alguns aspectos de desenvolvimento. E é mau para a Bia que não faz a ficha, claro.

Eu meia em tom de gozo:

- Mas isso é assim tão mau?
Sinceramente acho um exagero o rigor a que levam as coisas com miúdos de 3 anos, ela não ficará menos inteligente por não fazer uma ou várias fichas e nem me parece que fique triste por não as fazer. Para ela é divertido fazer mas também é jogar à bola, correr no recreio ou brincar às casinhas. Ela tem tempo para ter obrigações escolares, S.
Por enquanto pode desenvolver todas essas capacidades cognitivas com brincadeiras que não necessariamente as de preencher os 3 livros escolares, aliás, sabes que não sou destas coisas, mas a minha filha é das mais desenvolvidas da sala, não me parece nada que o não preenchimento de uma ou outra ficha a vá prejudicar. Podes me dizer que a Ana não goste que cheguem atrasados, ou de começar as actividades sem que estejam todos e posso concordar, de resto, não me parece que tenhas razão.
- Pois, mas sabes a Ana é um bocado exigente.
- Eu sei, eu também sou mas se ela exige tanto dos pais pode ter o retorno da medalha e os pais exigirem mais dela. É melhor encontrar um meio termo e alguma flexibilidade. Estamos a falar de crianças que entraram agora no pré-escolar, não de crianças que estão no ensino básico.
E como sou carneira e tenho mau feitio, hoje levei-a para a escola eram 9h55 :)

13 outubro 2008

Eu devia ter um bocadinho mais de juízo

Isso ou uma memória e consciência maior.
Sábado fomos até Vila Franca de Xira jantar entre amigos e família e até à feira anual. Na feira, carrocéis para crianças nos quais a Beatriz e o meu sobrinho Daniel andaram umas 5 vezes, e divertimentos com mais adrenalina para adultos. A minha sobrinha desafiou-me e eu feita adolescente fui toda entusiasmada. O entusiasmo passou no preciso momento em que me apercebo da altura a que aquela geringonça iria, bem como a velocidade e relembrei-me naquele preciso momento que tenho vertigens as quais andavam camufladas porque nunca mais fiz nada que as pudesse desencadear. Já com as carruagens a andar nada a fazer a não ser fechar os olhos e desejar que passasse depressa. Começo a sentir-me mal, muito mal e prevejo que a sopa do jantar vai sair em jacto para as cabeças da frente. Vou controlando a ansiedade e o mau estar com a respiração. A minha sobrinha ia falando para mim mas não conseguia perceber o que dizia e nem sequer conseguia abrir a boca para lhe perguntar: o quê?
A cada vai vem eu sentia-me no limite do meu estado de consciência.
A geringonça foi abrandando e eu retomando ao estado mais normal.
Saio e todos me dizem que eu estava muito muito branca. A minha mãe esteve mesmo para ir pedir para pararem. Aguentei-me mas não me meto noutra que para além das minhas vertingens, também a minha hipertensão intracraniana não gosta de solavancos violentos ou de emoções fortes. Podia ter arranjado um "31 " e tudo pela minha inconsciência estúpida.

Dona de casa desesperada

Vivo o " drama " da minha amiga de perto, mãe a tempo inteiro, com 2 filhas, uma com 30 meses, outra com 6, ambas em casa a tempo integral, ou seja, sem escola para deixar nenhuma delas pelo menos umas horas por dia. Está estafada e queixa-se da falta de tempo para quase tudo pois entre resolver uma birra, dar de mamar a outra, preparar o almoço e mudar fraldas das duas fica ela por " tratar " e a casa que, apesar de estar em casa, quase não consegue fazer nada para se desdobrar na atenção pelas duas filhas e nos seus cuidados básicos de alimentação e higiene. É certo que esta minha amiga nunca foi uma pessoa muito activa mas consigo perceber que para se estar a tempo inteiro com as duas filhas, sendo que uma delas ainda é amamentada, não deixa muito espaço para as roupas por lavar estender e passar, a casa por arrumar e limpar e a loiça por lavar, principalmente porque até aqui nunca quis criar grandes regras e rotinas e foi a falta delas que gerou o caos. Tenho-lhe dito que pode ser muito cansativo mas é essencial criar rotinas, o deitar a horas decentes, o banho mais ou menos na mesma altura do dia e a sesta. Em vez disso as únicas regras mais ou menos fixas são a das horas de refeições que tudo o resto vai-se fazendo conforme há tempo.
A falta de rotinas e de regras nota-se bastante na filha mais velha, que pela excessiva permissividade até hoje, não consegue que ela esteja sem desarrumar tudo, chorar, fazer birra ou gritar meia hora por dia. Chega a ir buscar roupa às gavetas para atirar para o chão ou para brincar que vai passá-las a ferro e ela não o impede. Repreende e retira-lhe das mãos mas começa o choro e as roupas voltam às mãos da pequena. É de loucos!
Não sou grande apologista do bater para educar, mas o caso dela chegou aos extremos e nem bate nem castiga, repreende com o mesmo tom de voz com que premeia e ao mínimo contrario ela chora, berra, bate com os pés faz birra. Essa minha amiga diz que a já a pôs de castigo no quarto mas que sai do mesmo sítio e um dia fechou-a até no quarto para que não saisse e mandou pontapés na porta e objectos contra a mesma. Quando lhe perguntei o que fez perante esta atitude da filha diz que abriu a porta porque já não aguentava ouvi-la chorar. Diz que chega a estar quase 2 horas a chorar até que a mãe cede. Já lhe disse que tem de fazer valer um não ou um castigo e eliminá-lo a meio não produz efeitos, pelo contrário, faz alimentar ainda mais as birras porque a criança percebe que se chorar, berrar, etc consegue o que quer. Ela está esgotada e por ter a mais pequena, não consegue impor os castigos ( que só agora lhos começou a infringir ) até ao fim porque implica choros e berros que podem acordar a mais nova e passam a ser 2 a chorar e não 1.
Não ajuda o facto do marido ter 2 empregos para manterem esta opção de vida de ela estar em casa, restando muito pouco tempo para que pelo menos à noite dividam tarefas e ela consiga, quanto mais não seja, cuidar da casa.
Gosto muito dela e custa-me não só vê-la estafada como ver a " pequena ditadora " de quem também gosto muito, sem regras e a adoptar um caminho em que tudo lhe é permitido, sem perceber os limites que encontra não só na infância mas por toda a sua vida.
Este é o espelho de uma boa parte das crianças dos nossos dias e esta imagem preocupa-me pelos adolescentes e adultos que se irão tornar.

Agenda de espectáculos infantis

Quando o tempo começa a ficar instável, impróprio para os passeios ao ar livre, começam as minhas buscas por espectáculos infantis.
Iremos ver a Rua Sésamo ao Vivo ao Coliseu. Era suposto irmos antes ao espectáculo do Zig Zag ao Vivo, mas como não estaremos cá nas datas de exibição ficamos pela Rua Sésamo que penso que também irá gostar.
Não iremos ver o Bob, o Construtor porque não me parece que goste tanto, para além dos espectáculos serem em dias da semana e no mesmo mês do Rua Sésamo e não dá para tudo.
Na escola já lá consta o cartaz do Bob e o mais provável é organizarem a visita por lá. Se assim for ponderamos pois não serão 3 bilhetes mas apenas o dela ( ainda que com 5€ a mais do que o preço de bilheteira por causa do transporte ).
Entretanto irá pela escola ver a peça Eli, a elefanta bébé, no Teatro Tivoli.
Em Dezembro em princípio iremos ao circo ( espero que o Nuno arranje bilhetes gratuitos ) e ver o espectáculo Eu amo reciclar e as fadas também, no Centro Cultural Franciscano, caso a escola não organize a ida ou então ao da Leopoldina que deverá acontecer por essa altura.
Para nós pais, quero ver se convenço o meu querido a irmos ao Fame.

10 outubro 2008

A família cá de casa


Pyzam Family Sticker Toy

Get your own Family Sticker Maker & MySpace Layouts.

Com algumas nuances, o Nuno não usa cavas, eu raramente uso vestidos mas eram os únicos gordinhos que haviam :)

Mini crise respiratória

Começou há dias a tomar o Paspat ( a vacina para a gripe, prevenção de otites, etc ) e sempre que o faz fica ranhosita e às vezes com alguma farfalheira. Desta vez não foi excepção e a ranhoca era bastante, alguma farfalheira mas quase sem tosse.Tenho feito vapores, tenho colocado soro no nariz para ver se evita as otites e já tinha elevado a cabeceira da cama. Esta noite teve alguma tosse, nada demais mas notava-se a expecturação. De manhã a expecturação já não estava só na zona do nariz e garganta e a farfalheira já se nota ao contacto.
Acorda bem disposta mas chamem-lhe sexto sentido ou o que for, percebi que algo não estava bem, apesar de a tosse ter sido mínima e de a farfalheira ser ainda superior ( isto é, não me parece que esteja nos brônquios ou pulmões ). Despi-a e logo que observei as costelas percebi que estava a começar uma crise respiratória. Verifico a zona do pescoço e a covinha ao inspirar confirmar a crise. Soro no nariz e ventoliber e foi para a escola que já há 2 dias que estava em casa e queria muito ir. Fui deixá-la de coração nas mãos apesar de quando a deixei já não estar em crise. Levou o medicamento a anotação na caderneta, recado à auxiliar, relembrar os sinais para detectar a crise e o " por favor estejam atentas e se for preciso chamem-me que venho logo buscá-la ". O meu coração veio pequenino principalmente porque hoje é dia de ginástica. Disse isso mesmo à auxiliar, para estarem atentas e para que se notassem demasiado esforço que a proibissem de fazer. Recado à auxiliar, recado à educadora e recado ao mestre ( ou professor de ginástica mas que chamam de mestre por ser do karaté ).
Passou a meia hora da ginástica e ninguém me ligou, pelo que tudo correu bem, mas mesmo assim parece que tenho uma mão a apertar-me o peito, não pela crise que foi mínima, mas porque eu não estou lá para a perceber. Não digo porque não confie no colégio mas porque por vezes as crises começam de uma forma tão dissimulada, passa despercebida no meio de tantos miúdos e claro que, se não for travada inicialmente passa de mini-crise a insuficiência respiratória séria.

09 outubro 2008

Tira-me do sério

Não vem nos manuais ou pelo menos nunca li sobre nada disto e tem-se tornado realmente num problema que nos desgasta a todos: a hora de arrumar os brinquedos.
É uma tormenta sempre que lhe dizemos que tem de arrumar as coisas, aliás, basta dizer: Vai arrumar os brinquedos com que já não estás a brincar, e ela começa com o choro, a birra, os gritos, o " não consigo ", o " m' ajuda mãe " ou o " ajuda-me ", o " não quero" , etc, sempre em tom de desespero como se estivessemos a infrigir-lhe o maior e mais injusto dos castigos.
Já tentamos resolver a situação com conversa, já tentamos com palmadas ( e não palmadinhas ), com castigos, mandando fora os brinquedos desarrumados e nada, não desarma. Acaba por apanhar, muito à força, com muita baba e ranho, muito choro, muita birra, muitos berros e com muita falta de paciência nossa. Nem as conversas do pós birra tem resultado que sabe a teoria toda mas na prática não quer apanhar os brinquedos e o filme é todos os dias o mesmo.
Prefere ficar de castigo e uma vez quando lhe dissemos:
- Vai apanhar os brinquedos senão vou deitar fora ( depois de já termos efectivamente deitado fora alguns antes ); ela respondeu:
- Então deita fora.
A " fartura " ajuda mas pode até ser o brinquedo de que mais goste ou a chucha que chora, berra etc e tal mas não arruma nada de forma pacífica e isto irrita-me solenemente.
Outra táctica dela é a de pedir ajuda e efectivamente ajudei mas cada vez mais era eu que arrumava tudo enquanto ela ia brincando com outra coisa qualquer.
Em tantas outras coisas é uma criança compreensiva e com mais ou menos voltas, com mais ou menos " pedagogia ", lá se consegue " levar " sem grandes fitas, birras e maus comportamentos, mas tudo isto muda quando chega a hora de arrumar as coisas dela.
Dicas?

Adenda - A minha amiga X. relembrou-me da técnica " violenta " que o Nuno usa, ameaça que vai aspirar os brinquedos com o aspirador robot do qual ela tem algum medo. Aí sim arruma num instante, mas com choro de pavor e apesar de resolver a questão na altura, não é uma solução que me agrade.

Da chucha

Há cerca de uma semana que dorme a sesta ( na escola que em casa não dorme a sesta ) sem chucha. Como ainda não consegui nem me lembrei de falar com a educadora não sei se dorme a sesta sem chucha ou se chora na hora da sesta por causa da chucha. A Beatriz tem me dito quando dorme sem chucha e quando chora e parece-me que o saldo tem sido positivo com mais vezes a dormir que a chorar.
A " dependência " da chucha diminuiu largamente em Setembro e Outubro, depois de já não estar durante o dia em casa da minha amiga e também porque começamos com uma " chantagenzinha " de que o Pai Natal já andava a ver como os meninos se portavam e que se ela continuasse a usar chucha muito provavelmente o Pai Natal não iria gostar. Não é pedagógico mas tem resultado e agora nem sequer tem sido necessário relembrá-la disso e tem usado só mesmo na hora de dormir à noite.

Um dia isto passa

O meu corpo vai-me dando sinais de vez em quando para que eu não me esqueça que de facto não posso descurar nem o objectivo nem os cuidados. Há 3 semanas atrás, o internamento, esta noite ponderei que se a situação se mantivesse durante o dia de hoje, muito provavelmente iria passar outra noite no hospital, tudo porque falhei a toma de um medicamento anteontem.
Felizmente a situação compôs-se e as dores de cabeça passaram com alguns comprimidos de paracetamol, ao fim de 18 horas. A moínha mantem-se mas é só.
Eu só queria avisar o meu corpo que de facto e neste momento não preciso de lembranças com dores físicas para continuar a perseguir o meu objectivo que a mente tem tratado disso e a motivação está cá, ok?
Hoje era suposto passar o dia no Porto, era pois, mas não quis arriscar o poder ficar internada a 300kms de casa.
Estou bem agora.

08 outubro 2008

Histórias em castelhanês

Tem um livro da branca de neve que vinha com a boneca. Tem a mesma história contada em português e em castelhano. Pediu para lhe contar a história e eu na brincadeira comecei a contar em castelhano. Ela ria e não percebia nada e eu já estava entre o perdida a rir e o tentar ler a história. Perguntou-me o que estava a falar e expliquei que era em espanhol.
Depois disso quis que mais umas quantas histórias fossem contadas em espanhol. Eu até sei falar mas há palavras que não sei ou não me lembro como por exemplo, parede, emoldurado, lagostins, etc e foi a risada total eu a ler histórias que estão escritas em português mas com a minha tradução automática para catelhanês, isto é, o que sei é dito em espanhol, o que não sei em português.
Numa das histórias (Um bébé na família da Miffy ) diz e passo a citar: Lá estava ele na cama, junto à mãe muito quentinho... Isto em castelhano sai assim ( e atenção que eu não sei escrever ):

- Aí estuvera ele en la cuna, junto à su madre muy calientito...

Risada dos 3 até às lágrimas, nós dois pela promiscuidade ( porque cama diz-se cuna ), ela pelo nosso riso e se calhar, pelo meu sotaque.

Resultados da balança

6 dias depois de ter começado a dieta do endocrinologista, menos 1,3kg. Como 2 semanas antes tinha começado com restrições alimentares, são 3,3kgr a menos em menos de 3 semanas e ainda a cortisona, que felizmente acaba no Sábado, mas que ainda manterá efeitos por este corpinho ( corpão ) por uns bons 6 meses.
Não vou dizer que não custa que não seria verdade mas criei um " mecanismo psicológico " quase automático em que quando sinto desconforto ou vontade de comer algo que não deva a imagem que me surge na cabeça é mesmo a da válvula na cabeça e eu deitada na mesa de operações, de cabeça rapada e de berbequim espetado. Não é das melhores imagens a ter mas é uma imagem não muito longe da realidade e isso, acho, tiraria a fome a qualquer um.
Face às consequências que a minha doença pode trazer( a operação em si e até mesmo cegueira ) que são agravadas pelo excesso de peso não vejo outra forma de encarar a dieta que não esta, tem de ser, assim será.

Não que me tenha de justificar

Mas para que não ouça constantemente que preciso de ter cuidado, ou que a dieta não é saudável e outras que tais:

- A dieta não é uma dessas dietas loucas de revista, é sim a dieta que para a emergência do meu caso clínico de perder peso rapidamente e ainda com cortisona, melhor se adequa à minha situação. É indicada pelo meu médico endocrinologista e portanto, sem margens para juízos de valor de leigos em medicina e nutrição. Tal como me disse, uma dieta é como um dogma ou se aceita, acredita e não questiona ou nem vale nem a pena começar. Assim sendo, vou seguir o que me disse.

- Entendo e agradeço que se preocupem comigo mas é realmente saturante estar a ouvir constantemente que não é um plano alimentar equilibrado ou que fizeram uma dieta qualquer não tão rigorosa e conseguiram perder muito peso em relativamente pouco tempo e não passavam fome. Ouço a toda a hora conselhos sobre a dieta xpto que não sei quem fez e que emagreceu não sei quanto, só que essa pessoa não tem Hipertensão Intracraniana nem um quadro clínico de mais de 1 ano a cortisona e isso faz toda a diferença.

- Cada caso é um caso e cada organismo reage de formas diferentes em situações normais de saúde. A mesma dieta em pessoas diferentes poderá ter diferentes resultados numéricos. No meu caso concreto será muito complicado perder muito peso dada a toma prolongada de cortisona ( que ainda tomo ) e por isso, tem de ser de forma mais radical.

- A dieta não garante que me livre da mesa de operações, nada disso me foi dito, pelo contrário, mas pelo menos alivia a pressão intracraniana e dilata o prazo da quase certa operação. Mas por enquanto a operação é quase certa e não certa e portanto enquanto assim for, não desistirei de tentar mas mesmo que a operação seja a solução, terei de tirar os pelo menos 20 kgrs que a cortisona me trouxe a mais ( e que agora até são 16,700gr mas não interessa ).

- Sinto-me bem e com energia. PONTO.

PS - o facto de hoje ser 4ª feira, dia de 2 sopas e 2 iogurtes não ajuda no humor e nem na paciência.

Conjuntivite

Conjuntivite no olho esquerdo mas pela falta de cuidado que tem, deve também passar para o direito. Dia em casa e a mensagem da directora de que é melhor que no regresso tenha declaração médica, ou seja, vai à médica não para dizer o que colocar, que sei, mas para dizer que pode frequentar a escola. O meu Nuno é que diz que eu não deveria ter dito que tinha conjuntivite mas que estava mal disposta e amanhã ia deixá-la na escola sem mais explicações mas sinceramente não gosto destas atitutes, mas concordo que de facto, neste caso seria o melhor, seria se eu fosse capaz.

06 outubro 2008

Do exercício físico

Em 6 dias apenas em 4 fiz exercício. Não tanto pelas dores nos músculos das pernas que são suportáveis e aguentam caminhar todos os dias mas pelas dores nos coitadinhos dos meus pés que tem de aguentar com tanto peso.
Hoje já fiz a minha caminhada de 1 hora e como o físico já se começa a adaptar, começarei a andar todos os dias, mesmo que alternando uma caminhada de meia hora num dia e de uma hora noutro, até conseguir todos os dias 1h.
Em termos de resultados em números ( e a passadeira é boa por isto ), tenho andado cerca 4 kms e queimado cerca de 400 calorias, o que nos dias em que como hoje se comem 2 sopas e 2 iogurtes no dia todo é muito bom.
Até amanhã estou por casa da minha mãe e por isso não irei caminhar na rua ( que esta zona é só subidas e descidas ). Depois disso os passeios serão mesmo pela rua enquanto o tempo assim o permitir.
Eu devia por lá uma barrinha em cima com o objectivo a perder, mas como o objectivo é mesmo perder o máximo possível, logo não é quantificável, fico-me assim, sem barrinhas.

Do fim de semana

Neste bocadinho de mundo àparte que é a casa da minha mãe. Sábado para além de uma fugida ao shopping para comprar pijamas e cuecas para a pequenota ( e para a mãe da pequenota também )e ida ao hipermercado, fomos ao parque, fiz a minha hora de caminhada na passadeira do ginásio e descansamos.
Domingo recebemos a X., o L e o V. mais de 3 anos depois de nos conhecermos virtualmente, não na nossa casa ( que estamos abancados na minha mãe até amanhã ), mas com a mesma disposição do que se fosse, a casa da mãe é sempre a casa da mãe e não há sítio para além da nossa casa em que esteja tão à vontade. O meu Nuno fez o arroz, foi buscar os frangos assados e trouxe ainda as diabólicas batatas fritas de pacote e uns refrigerantes. Não lhes toquei, fui uma menina de côro e resisti à tentação da bela batatinha frita e da seven up. Fiquei-me pela saladinha ( que estava muito boa ) e por um bocadinho de arroz, e ... pronto, comi 2 pernas de frango. Não ouve docinho e ninguém se mandou à fruta.
Só depois de se irem embora me lembrei que deveria ter oferecido um digestivo; dahhh para mim, não bebo, não me lembro de que há quem aprecie.
Antes e depois do almoço, passeio pelo jardim, brincadeira no parque e com a água da piscina e alguma converseta em dia. As crianças entenderam-se e desentenderam-se, o normal nesta idade, mas cá para mim a Beatriz gostou muito pois queria ir com a X. para casa dela :)
Muito bom mas o tempo parece ser sempre pouco quando se tem tanta conversa em comum.
A repetir, seja onde for.

03 outubro 2008

Extra-curricular( es )

Como disse não assistiu à aula zero do ballet mas veio entusiasmada com a de Karaté. Aquele entusiasmo pareceu-me estranho porque sabendo como ela é, não me pareceu nada que fosse gostar dos " confrontos " ainda que " defensivos ". Estava a imaginá-la que à primeira vez que a fizessem cair amuasse, fizesse birra e não quisesse mais karaté e tive receio, ainda que ela dissesse que queria.
Falei com a educadora sobre isso mesmo e ela confirmou que também ela acharia que a Beatriz não iria gostar pela " agressividade " do karaté. Sendo uma arte marcial de defesa, não deixam de muitas vezes se aleijarem e ela sendo " muito feminina " ( como disse a educadora ) não lhe parecia que de futuro ela fosse continuar a gostar. Segundo a educadora o ballet seria mais adequado.
Na minha opinião o karaté seria muito bom para " aprender a perder " e para aprimorar o sentido de " disciplina " , para além dos benefícios de que qualquer actividade física tem na motricidade e postura mas isso viria apenas com o tempo e a mim parece-me que ao fim de meia dúzia de aulas iria querer desistir. É que sendo a mais pequena, nem sequer iria ter um " parceiro " com uma estatura similar, se bem que a diferença em altura já não se note assim tanto, mas mais no peso.
Assim sendo tentamos procurar uma colectividade com ballet aqui na zona. Não há, encontraria karaté mas ainda assim a horários incompatíveis mas não ballet. Fora da zona não queria pelo tempo e cansaço que iria implicar.
Tinhamos até terça-feira para decidir se iria ou não ter actividades extra-curriculares. Tivemos primeiro uma conversa os dois e depois explicamos que só poderia fazer uma actividade ou karaté ou ballet ( o inglês e a natação foram excluídos à partida ). Escolheu o ballet e eu suspirei de alívio porque já imaginava a desistência eminente do karaté e depois se quisesse entrar no ballet, já ia a meio e teria à mesma de pagar outra inscrição ou então pura e simplesmente não ia.
Ficou entusiasmada e depois disso perguntou-me se também ia ter fato de bailarina.
Hoje comprei o fato, a saia e as sapatilhas, aparentemente 2 números acima do dela mas não há mais pequenas e como se ajustam ao pé com o elástico não será muito mau.
Ficam a faltar as collants que não há mesmo se não tamanho de 4 anos e o casaquinho de traçar que também não há mas mesmo que houvesse compraria um normal de traçar mais barato que os que vi.
Não sei se fará alguma diferença se as collants forem das opacas normais que essas arranjo sem dificuldade e muito mais baratas.
Começa na terça-feira.

Érres

Ontem deve ter engolido uma cassete ( ou um DVD/CD que cassete já não se usa ) com os érres e vinha da escola a dizê-los todos nos sítios certos e com as entoações correctas. Já dizia muitos deles mas muitas vezes, com a pressa de falar ficavam " mudos " em palavras como por exemplo grande, em que o érre está no meio da palavra.
Ontem dizia grande, perto, corpo, parque, depressa e tantas outras que não fixei. Fui-lhe pedindo para dizer outras palavras com o érre no meio e lá dizia tudo direitinho.

02 outubro 2008

Da dieta

Ou outro post para a minha filha ler quando tiver mais de 18 anos.
Um destes dias estava eu na cozinha e o Nuno aproxima-se, mexe-me naquela zona mais desenvolvida que as mulheres tem e os homens não ( que o gajo tem este hábito parvito, é... ).
Digo-lhe, sabendo que o iria deixar " preocupado ":

- Aproveita agora que é a primeira coisa a desaparecer nas dietas .
- Hã? Não? Epá, isso é que não, nem que eu faça horas extra para te pagar uma plástica pá, mas não vais ficar com maminhas pequenininhas, pois não?
- Não sei, só te estou a dizer que é onde se perde logo.
- Porra, pá!

Deixei o homem em pânico. :)

Fim de semana " fora "

Este fim de semana a minha mãe vai numa viagem em trabalho e como sempre a ama do Nikki sou eu ( o cão da minha mãe ). Ora como o Nuno se relembrou e bem, lá vamos nós dormir na casa da minha mãe, que chatisse a empregada da minha mãe vai na sexta e não vou perder tempo com limpezas ( tenho depois de limpar a minha casa na segunda mas como estou de baixa a coisa vai estando apresentável ), que chatisse que vai estar sol, que chatisse que a temperatura até nem está má, lol, chato chato é este vento, xô!

Ahh e para a semana vou eu e a filhota passar um dia ao Porto, meninas desses lados se quiserem podemos combinar qualquer coisa.

2 semanas depois

Comecei a fazer dieta " à séria " há 2 semanas. Em 2 semanas menos 2 kgr, pouco para o sacrifício que há 2 semanas que não almoço , razoável para quem esta a cortisona e esteve durante mais de um ano.
Agora os meus dias tem sido assim ( excepto como hoje em que vou almoçar que não aguento a fome ):

Peq almoço:

9 h- 1 caneca de café com leite

12h - 1 iogurte magro líquido ou fruta

16h - 1 iogurte magro ( às vezes 2 conforme a fome )

20h - jantar, às vezes só sopa e fruta, às vezes comida de prato mas cozidos grelhados, legumes ou guisados sem molhos.

24h - um copo de leite simples ou 1 iogurte magro.

Pelo meio muita o chá de seiva e água para disfarçar a fome, hoje ainda n bebi quase água e vou ter de almoçar, um hamburguer de vegetais com poucas calorias e uma colher de arroz e bróculos.
Hoje não é dia das 4 refeições por isso hoje almoço.

Consultas

De neuro-cirugia e de endocrinologia. O que me custa em mudar de médicos é o ter de contar toda a história desde o início repetidas vezes mas tem de ser e agora não terei de o voltar a fazer felizmente.
Ora bem, da neuro-cirugia, não costumo mencionar nomes mas gostei tanto do senhor que abro uma excepção para os 30 leitores deste blogue. Foi com o Prof. Dr. Lobo Antunes, uma simpatia, amável, ouviu atento, leu relatórios, viu exames perguntou quem tinha sido a médica que me tinha acompanhado ( que ele conhece ) e ia-me dizendo :
- Oh filha, está farta de sofrer neste último ano.
Viu o nervo óptico que achou estar resistente e capaz para aguentar a experiência de tentar emagrecer e diminuir a pressão intracraniana sem colocar já a válvula. Não está posta de parte mas pelo menos por enquanto vamos experimentar.
Até lá é segundo palavras dele : " vigiarem os meus olhos que nem cães " ( o neurologista e o neuro-oftalmologista ) e ao mínimo sinal de alterações visuais ou lesão no nervo óptico serei operada.
Da consulta de endocrinologia, também ele simpático ( mas eu também me desfazeria em sorrisos se cada doente lá deixasse 120€ ), não acha necessário fazer consultas que segundo ele já fiz exames a tudo e mais alguma coisa. O emagrecimento não vai ser fácil como ele disse pela cortisona mesmo depois de a deixar de tomar e segundo ele não coaduna a dieta com medicação pois só existem 2 medicamentos com alguma eficácia mas que provocam alterações comportamentais, irritabilidade, diarreias, etc, para além de serem muito caros.
Não pôs de parte a hipótese da banda gástrica mas também essa segundo ele é o último recurso pois passaria de uma pessoa saudável ( para além da H.I, claro ) obesa, para uma pessoa magra doente. A banda gástrica provoca a má absorção dos alimentos por isso não se engorda, mas também por isso se tem défices de vitaminais e minerais.
Por enquanto é mesmo a dieta pura e dura com 3 dias por semana a comer apenas 4 alimentos que só podem ser fruta, queijo fresco, iogurte ou sopa, isto é, posso comer 4 peças de fruta ( 1 de cada vez e não 4 de cada vez ), ou 4 queijos frescos, ou 4 iogurtes ou 4 tigelas de sopa ( não de entulho ). Poderei combinar e fazer por exemplo 1 " refeição " em que como 1 peça de fruta, depois na outra como 2 conchas de sopa, na outra 1 iogurte e na outra o queijo fresco ou repetir uma das anteriores ( por exemplo a sopa ). Depois andar 1h por dia, todos os dias e beber 2lts de água.
Nos outros dias é uma dieta normal sem me ter dado nenhum plano alimentar mas com o comum das dietas, cozidos, grelhados, estufados e assados sem molhos, nada de fritos ( que já há anos que não comemos excepto de longe a longe batatas fritas ), pouco arroz, pouca batata, muitos legumes, sopa, o normal.
Não há frutas proibidas.
E no meio disto tudo o pior vai ser andar 1 hora por dia todos os dias. Em princípio optarei por fazê-lo na minha hora de almoço mas não vai ser nada agradável chegar suada ao escritório, mas enfim, o anti-transpirante vai " rodar ".

Pila(i)tes

Comecei ontem e gostei.
Apesar de não conhecer ninguém algumas caras são-me familiares, quanto mais não seja, por as ver aqui pela zona. Essencialmente gente da minha faixa etária, simpáticas e despreocupadas, sem aquela imagem de meninas da aeróbica ( Eu também já fiz aeróbica mas nunca me revi naquele espírito de competitividade do corpo e até na execução dos exercícios ). Conhecem-se quase todas entre si mas nem por isso me senti " deslocada ".
Música calma, velas aromáticas e a bola gigante.
Segundo a professora, hoje foi a ambientação, na próxima semana, começa a sério e todas nos rimos quando disse isto depois de todas nós já termos feito alguns grunhidos de dor enquanto nos mantinhamos numa mesma posição por mais de 1 minuto .
Pensei que ia ser muito fácil e relaxante e que quase não iria sentir o esforço do exercício físico. Não é o mesmo que correr é certo que não nos tira o fôlego, mas sente-se o esforço, ou pelo menos eu senti depois de 4 anos sem fazer exercício físico e com 20kgr a mais. Ainda assim surpreendi-me com a minha elasticidade. Ainda cá mora ainda que disfarçada num corpo grande e disforme e claro, com mais dificuldades de se mostrar mas ainda consigo tocar com as palmas das mãos no chão com as pernas esticadas, por exemplo :).
E o melhor da aula, o final, deitadas no chão de barriga para baixo, braços e pernas esticadas, luzes apagadas na penumbra da luz do exterior e das velas, ao som de uma música calma e de olhos fechados. Muito relaxante!

01 outubro 2008

Observações

Olha para mim e com ar intrigado pergunta-me:


- Oh mãe, tu mentiste?
- Eu, não, porquê?
- Porque tens o nariz gande.
- Não tenho nada.
- Tens, tens, oia ( enquanto se observa ao espelho ), o meu nariz é pequenino, o teu é gande, vês?

Efeitos da história do pinóquio concerteza.

New way of living

Hoje começo a fazer exercício físico, Pilates, por ser adequado para a a minha coluna e não ser demasiado esforçado que depois de 4 anos sem fazer desporto, com mais 20 kgr em cima e a tensão de vez em quando alta, não se pode começar a treinar para as olimpíadas.
Apenas uma vez por semana, ouro sobre azul que assim não gasto do tempo que posso estar com ela em ginástica e consigo conciliar com a minha vida laboral.
Sim, temos de ter tempo só para nós mas se eu puder ter esse tempo durante a estada dela na escola melhor que aprecio muito os nossos momentos de fim do dia, mesmo com as birras, é importante este tempo que passamos a brincar, a jantar em família, a dar-lhe banho e a ler-lhe uma história.
E o melhor de tudo, é pertíssimo de casa e baratíssimo :)