28 setembro 2006

Dançar

Já não consiste apenas em abanar os braços e flectir as pernas, agora já roda sobre si mesma.

Sólidos



Comeu arroz com frango ao jantar, com a maior das naturalidades.
Não só comeu sem reclamar e sem fitas, como também se estreou a comer sózinha ora com a colher ora com a mão.
Não parece que ainda há 2 dias recusava com choraminguices e birras até gema de ovo e peixe desfiado.
Tenho confirmado que realmente cada criança tem o seu ritmo e que muitas vezes não vale a pena insistir, quando estão preparados eles mesmos dão o salto, só é preciso estarmos atentos.
Estou abismada.

14 meses 3 semanas e 3 dias

A educadora M.

Ficou pela primeira vez no colégio sem chorar. Graças à experiência da Educadora M., a da sala do meu sobrinho Daniel. Chegou sorriu-lhe muito chamou-a para o colo dela e foi logo. Depois dizia-lhe que iam fazer um desenho para mim enquanto lhe gabava a vaca ( brinquedo ) que levou.
Só depois veio ter comigo para levar a mochila e perguntar como estava e se precisava de ser medicada lá.
Já o meu sobrinho sempre que é com esta educadora nunca fica a chorar.
Conhecimento de causa e muita experiência é o que é.

Mega Birra

Ontem para tomar banho começou a chorar ( e agora até tem gostado do banho ). Coloco-a em pé no chão para a despir e começa a bater com os pés. Sento-a para continuar a minha tarefa e tenta mandar-se para trás. Deito-a no chão e digo-lhe que quando ela parar com a birra eu volto.
Saio da casa de banho e fico à espreita sem que me veja. Cala-se mas continua deitada no chão espantada por eu ter saído. Volto a aparecer e volta a birra.
Saio de novo e fica com aquele choro fingido que não passa mesmo do ãããããnnn! Sempre deitada no chão o pai surge em cena e volta a birra. Levanta-a do chão porque começou a meter-se para baixo do armário do lavatório.
A minha paciência começa a ficar mais pequena e falo mais alto. Dispo-a um bocado à força e meto-a na banheira. Ficou o tempo todo a chorar no banho. Pego-lhe ao colo ainda embrulhada na toalha e sem fralda e deixa de chorar. Deito-a no vestidor e volta a birra para vestir e por a fralda.
Deixo de lhe dizer o que quer que seja, e dou-lhe o jantar intervalando as colheradas com a chucha. Não quer fruta e vai direitinha para a cama. Adormece em menos de nada.
Às 21.00 tinha acabado de adormecer e nós sentamo-nos calmamente à mesa a jantar.
Se bem que temos tido mais tempo para nós, o dia a dia desde que está no colégio tem de ser feito a correr e pouco sobra para as brincadeiras diárias porque fica insuportávelmente birrenta com sono.

Dizia-lhe eu, é o pé. Onde está o pé?. Fazia-lhe cócegas e dizia está aqui!.
Agarra no pé, olha para mim e diz : Pé.
Está na fase da repetição dos sons.
Temos de ter muito cuidado com o que dizemos, eu principalmente que há uma asneirita pequenita que digo frequentemente ( e que começa por M ... ) :)

O Índio

Tenho me esquecido de registar. Começou por fazer o som do índio a semana passada.

27 setembro 2006

1ª reunião de pais

Vamos lá ver se não me esqueço de nada.
Foi apresentado o projecto pedagógico para o ano lectivo : A Arte e a Criança.
Os meninos da sala da Beatriz irão organizar um caderninho onde irão descrever as actividades deles ao longo do dia e do ano. Caso os pais autorizem com fotos.
Irão existir as comemorações do dia do pai, da mãe, Natal e outros dias festivos com trabalhos feitos por eles ( ou com a intenção disso ).
Foi apresentado o plano das actividades semanal e pedida autorização para que os petizes deem pequenos passeios pela região.
Foi ainda apresentado o projecto para as aulas de educação musical ( pagas à parte )do qual gostei e inscrevi a Beatriz.
Foi-nos informado que nas festas do colégio é pedida ( quase exigida ) a colaboração dos pais. Falou-nos na festa do desporto onde pais e filhos participam em actividades como aeróbica, futebol etc e tal ( cof cof cof ).
Na festa de Natal é pedido aos pais que participem em teatro, fantoches ou danças.
Tudo muito engraçado mas tudo pago à parte ( até as lembranças das ocasiões especiais e de aniversário das crianças ).
Gostei do plano, gostei de conhecer outros pais, gostei de saber que fecha apenas 15 dias em Agosto mas em contrapartida uma semana no Natal ( mas ainda assim ganhamos uma semanita ).
Falou-se nos bibes e nos panamás ( que ainda não tenham porque são feitos e bordados no Rei das fardas - mas que chique ).
Em princípio irá para o novo edifício a meados de Outubro que irá ter um jardim e uma pequena horta para os pequeninos se habituarem a conviver e respeitar a terra.
Em conversas paralelas falavam de como tirar nódoas de babetes, de como o filho já não faz chichi na fralda nem à noite, de que come 4 danoninhos depois de jantar ( também fiquei parva ), enfim, conversas sobre o sexo dos anjos que a meu ver não são indicadas para uma reunião de pais.
Foi falado que irão existir em princípio 2 workshops para os pais ( ena, ena ) e foi pedido por um casal uma formação em socorrismo. Será pedido um orçamento a uma entidade competente e a existir número suficiente de pais a formação será dada nas próprias instalações.
Soube que a directora e uma educadora tem o curso de socorrismo. As outras 2 apenas tiveram a disciplina ministrada na universidade, mas tem as noções.
A reter, gostei da doçura ( confirmada ) que é a educadora da Beatriz.
Falei com ela no final que me disse ao contrário da auxiliar, que não tem comido bem o almoço, que os sólidos tem sido muito mal aceites e a sopa tem comido a contragosto. Em contrapartida, a fruta e o lanche come maravilhosamente bem.
Pela primeira vez ontem comeu arroz e mais, comeu com satisfação.
Tem lutado contra o sono mas dorme pelo menos 1 hora à tarde sempre. Apenas chora quando a deixo mas cala-se antes mesmo de entrar na sala, que é ali ao lado.
Apesar de ter saído quase às 22h de lá, deu para entender qe há muitos pais que se esquecem de mandar babetes, lençóis, mudas extra de roupa e até fraldas ( mas nenhum da sala da Beatriz )e que se fala de tudo numa reunião de pais, mas valeu a pena.

E ao fim de 14 meses e 3 semanas

O Actifed faz parte da nossa farmácia de casa.
Febre na sexta-feira, ranho, espirros e tosse forte desde ontem com direito a vomitar o que come.
Hoje não foi ao colégio, ficou em casa com o pai.
Começou!

Pepe rápida

Carro estacionado na garagem às 18h30. Reunião das creche às 19h e o pai por chegar.
Chegada a casa, lavo o chão da cozinha ( porque é o local onde a Luna fica enquanto não estamos em casa ). Sopa por fazer. Beatriz na cadeira da papa com o canal panda e um brinquedo para a entreter ( porque caso contrário anda agarrada à minhas pernas ou a querer passear comigo pela casa ).
Descascar e cortar finamente os legumes para cozerem mais depressa e panela ao lume com a água saída do esquentador bem quente.
Dar comer à cadela e trocar a água.
Dar banho à Beatriz, passar cremes, pequena massagem , colocar fralda, soro no nariz e vestir. Secar o cabelo ( com o secador entenda-se ), pentear e fazer o tótó. Entretanto chega o pai quer tem apenas de passar a sopa e dar-lha. Saio de casa às 19h10, chego ao colégio às 19h15.
Eu gostaria de ver o que a maioria dos papás conseguiriam fazer em tão pouco tempo ( aposto que nem metade das tarefas ).

26 setembro 2006

A balança







Está tudo explicado, o aumentar pouco de peso, o recusar o leite, os sólidos que teima em não querer experimentar. A criança já olha para a sombra e como tal preocupa-se com a linha para não seguir o mau exemplo dos pais ( fazes bem filha ).
Tem uma autêntica paranóia pela balança e sempre que a porta da casa de banho o permita lá está ela no sobe e desce, ora sentada, ora em pé. A balança marca 8,7 kg vestida, calçada, de fralda " usada " e com uns restos de bolacha na mão.

25 setembro 2006

Hoje

Assim que paro o carro e desprendo o cinto da cadeira começa a choramingar, quando lhe falo no colégio abre o berreiro que é tranquilizado por mim até chegar a educadora. É passada para o colo da educadora a chamar por mim e a choramingar. Acalma o choro quando lhe digo sem exitar:não chora filha, a mãe vai trabalhar e tu vais brincar. Por dentro estava a remoer-me com o nó na garganta que se forma sempre que desesperada chama por mim.
Anda muito mais mimada e carente, é a mamã para tudo. Sabe-me bem os mimos dela mas ao mesmo tempo custa-nos mais a adaptação.
O fim de semana foi passado sempre atrás de mim, a pedir-me colo ou agarrada à minha calças, literalmente. Até para adormecer ontem se deitou em cima de mim enquanto me abraçava.
Não sei se é uma fase porque sei de outras crianças que não estando a adaptar-se ao colégio também estão mais dependentes das mães, custando-lhes a separação diária. Tenho de investigar.

22 setembro 2006

Balanço

Ontem vinha com a testa negra, um arranhão e uma nodoa negra na perna. Vinha suja, pela primeira vez. Perguntei como tinha estado e disseram que muito bem, que ela era espectacular e que nunca tinham tido uma criança com uma adaptação tão fácil. Senti no olhar da auxiliar ( que foi quem me disse ) um carinho notório por ela. Quem os meus filhos beija, a minha boca adoça.
Quando a fui buscar a educadora estava a ler-lhes uma história. Estavam os meninos todos juntos, mais novos e mais velhos. O Daniel não estava porque a minha cunhada chega mais cedo que eu.
Hoje acordou mal disposta, a choramingar. Pego-lhe ao colo, aninha-se em mim e choraminga. Sinto-a quente mas pensei ser de ter acabado de acordar. Assim que me sento para lhe dar o leite pede-me : Eitinho. Dou-lho mas bebe apenas 60 mls. Depois recusa e chora. Mudo a fralda e sinto a barriga quente. Temperatura 37.3º. Dou-lhe benuron para ver se a aguento na cheche mas aviso a educadora de que está febril. Diz-me: Vamos ver como corre.
Chora de mimo quando a passo para o colo da educadora que a enche de beijinhos ( gostei tanto ) e lhe diz, não chora amor. A educadora diz-lhe para me dizer adeus mas chora ainda mais. Digo-lhe até logo e venho embora. Hoje ( apesar de estar febril ) não vim tanto com o coração nas mãos. Começo a habituar-me a deixá-la, talvez por estar bem quando a trago de volta. O choro começa a não me fazer doer tanto o coração mas custa-me muito mais a passar o dia com ela no infantário do que me custava na minha tia.
Na minha cabeça passa a ideia de que pense que a abandono ali, com totais desconhecidos e isso constrange-me.
O que lhe passará pela cabeça quando a deixo?

Se não vier registar, esqueço-me

Eitinho - Leitinho
Tíxia - Patrícia

21 setembro 2006

Madeixas naturais




Eu, se as quiser tenho de pagar um balúrdio e perder horas no cabeleireiro.

Compras

Depois do stress matinal de 2 horas para chegar ao trabalho nada melhor do que descomprimir indo às compras, claro está, tudo para a pimpolha.
Como tinhamos de comprar fraldas e a Modalfa até tem bons preços e fica ali ao lado do Modelo, toca de aproveitar o resto dos saldos. Conseguimos comprar 3 pares de calças ( a 2.99€ cada )que dão para o Outono, 1 camisola ( a 4.99€ ), 4 Babygrows de algodão ( todos por 10.94€ ), 3 pares de meias e um par de sapatos Beppi anatómicos de inverno por 9.95€. No final trouxemos 10 artigos por 39.82€. Valeu a pena.

Há pouco

Depois do banho enquanto a seco:

- Xáái... xáái dí ( traduzindo, " sai, sai daí ", que é o que digo à luna quando sobe para o sofá ou para a cama ).

Começo a dizer-lhe o mesmo e repetiu a expressão vezes sem conta.
Agora todos os dias há novidades, é impressionante.

Diálogos

Quando quer já os estabelece.
Ontem pergunto-lhe:

- Queres água Beatriz?
- Quéio ... ( seguido de uma pausa ) ágú.

20 setembro 2006

Mais expressões

- Dá cá!
e,
-Uuuuuuunaaaaaaa ( num tom arrastado, a chamar a Luna ).

A propósito da chucha...

Até aos 6 meses não ligava muito à chucha, apenas para dormir e apenas as fisiológicas da chicco em forma de gota, todas em latex. Não pegava em mais nenhuma.
Em casa da minha tia começou aos poucos a usar as da Chicco em forma de gota mas com a armação em plástico. Adaptou-se em menos de nada ( coisa que eu em casa não tinha conseguido )e começou a usar para dormir as de borracha e durante o dia as outras.
Na minha tia pouco usava a chucha, em casa um pouco mais mas ainda assim não estava sempre de chucha na boca.
Mais ou menos aos 10 meses começou a querer mais a chucha e como coincidiu com o nascimento dos dentes pensei ser por isso. Dei-lha sempre que pedia a ” Bú ”.
Na consulta com a nova pediatra foi-me dito para começar a desabituá-la da chucha. Não tomei muito em conta por não achar problemático o uso da mesma.
Mas a dependência em vez de diminuir foi aumentando e começou a querer comer a sopa intercalando uma colher de sopa com a chucha.
Comentei com a minha tia que me disse que em casa dela não pedia a chucha a não ser para dormir ou quando estava mais birrenta ou adoentada.
Continuei a dar-lhe a chucha sempre que pedia até que vi pelos meus olhos que na minha tia assim que acordava dava a chucha sem choros nem birras. Comecei por pedir-lha passado pouco tempo de acordar. Ao príncipio não ma dava mas também não reclamava por lha tirar.
Desde o final dos 13 meses que usa apenas para dormir ou quando está adoentada ou mais birrenta, sem choros nem dramas. Quando acorda peço-lhe a chucha e ou é ela que ma dá ou abre a boca para que eu a retire.
No infantário reparei que um dos meninos ( o mais velho que já deve ter perto dos 2 anos ) andava de chucha atrás e disse que não queria que a Beatriz o fizesse não porque considere prejudicial para a dentição ( ainda ), apenas o considero pouco higiénico ( porque se arrastam e com eles vai a chucha que de seguida segue para a boca ) e não vejo necessidade nela. No entanto dei a indicação para que se a sentissem carente ou chorosa que podiam dar-lhe a chucha, pelo menos nesta fase de adaptação.
Mas se conseguimos que dependa menos da chucha, para quê regredir?

19 setembro 2006

2º dia na creche

So far so good!
De manhã chegamos ao mesmo tempo que a A. ( uma bébé que ainda não conheciamos ). Somos recebidas por uma auxiliar simpática e logo a Beatriz salta do meu colo para o dela. Presumo que já a conhecia, eu não :). Vou até à porta da sala, fico à entrada enquanto me despeço e lhe digo para brincar muito. Não me diz adeus mas não chora, fica no colo da auxiliar que ao mesmo tempo trata de dar brinquedos à A. Não a ouço chorar mas fico de coração nas mãos, nem sei bem porquê.
O dia custa-me imenso a passar e a vontade de ligar a perguntar por ela é mais que muita. Ligo à directora para que me diga o valor a pagar e combinar quando e a quem entregar o cheque. Diz-me para lhe deixar a ela quando eu pudesse. Fez as contas ( por não ser o mês completo ) e diz-me o valor. Pergunta-me se concordo. Gostei da atitude. Aproveito e peço-lhe para que se ela não comer para passarem a sopa. Tranquiliza-me dizendo que a sopa é triturada.
À tarde a minha mãe foi buscá-la e ainda estava a lanchar. Ficou à espera para que lhe dessem o lanche ( papa milfarin ) e mudassem a fralda.
Veio de sorriso nos lábios com os elogios que a educadora lhe teceu: que era muito sociável, mas ao mesmo tempo independente que já falava muito para o tempo que tinha, que se tinham entendido muito bem porque ela se expressa bem , quando não por palavras por gestos e de dedo apontado. Disse que era muito decidida que sabia bem o que queria e quando queria e que tinha já uma personalidade vincada ( vulgo mau feitio ). Disse que estava muito desenvolvida, é a que fala mais e disse estar encantada com ela. Disse achar que ela já estava adaptada e portanto amanhã, conforme o previsto ficará já todo o dia.
Antes de sair a educadora ia guardar a sua vaca ( que usava para dormir na minha tia e agora no colégio ), mas pediu-lha e lá a trouxe de volta a casa. Veio ao colo da educadora sempre a conversar em bébéguês. Chegada junto da minha mãe riu-se e a educadora pede-lhe: Diz olá à avó Beatriz, e ela: Ouá!
Fiquei completamente babada e muito mais tranquila. Existirão dias de choro, em que não quererá ficar, mas também acontecia na minha tia. Fico tranquila porque comeu bem, não chorou o dia todo, dormiu de tarde, brincou e foi sem grande ansiedade que passou para o colo da minha mãe.
Imaginei que não iria ser dificil a adaptação, mas sinceramente, nunca pensei que fosse assim tão rápida. E com isto os pontos negativos ficam muito mais diluidos.

18 setembro 2006

Primeiras impressões

Gostei:

- de só ter mais 4 crianças na sala;
- de serem 2 adultas para 5 crianças;
- da sala espaçosa e luminosa;
- do cantinho com as mesas e cadeiras pequenas;
- da piscina de bolas;
- do cuidado em não entrar na sala com o mesmo calçado usado na rua;
- da forma de falar da S., a educadora;
- do respeito a uma ordem que os meninos mostraram sem que ela tivesse sequer alterado a voz ( ok e este ponto poderia colocar no não gosto porque me levanta a questão de como o conseguiu, mas não quero ser negativa );
- das batas das educadoras ( são duas na sala dela para apenas 5 meninos );
- da porta da rua estar sempre trancada e mesmo que não esteja, não há possibilidade de a abrirem;
- de chegar, ver uma menina ir até à cozinha e a cozinheira lhe dizer : O que queres amor, tens fome? ( não me tendo visto chegar );
- das revistas da especialidade na entrada do colégio;
- da simpatia da directora, de se lembrar dos nossos nomes e de ter reconhecido a minha mãe pelas parecenças comigo;
- de ainda só ter pago a inscrição e seguro ( mas amanhã já posso retirar este ponto );
- da possibilidade de pagar mensalidade com e sem comida incluída;
- de ter música e ginástica para bébés ( apesar de ainda não saber do que constam os programas ).

Não gostei:

- Do tecto altíssimo da sala;
- dos 2 colchões no chão;
- de ver o F. de fralda na mão a arrastar pela sala;
- de ver o F. com a chucha na boca quando não iam dormir ( e disse logo à educadora que não queria que a Beatriz andasse sempre de chucha pendurada );
- das paredes despidas ( bem sei que é provisória a sala );
- da decoração ( ou da falta dela - completamente irrelevante este ponto );
- de dormirem com a mesma roupa que andam durante o dia ( apenas lhes retiram as calças );
- de saber pelo quadro da escola que as cadernetas estão à venda;
- de ter de pagar a festa de Natal;
- de na semana entre o dia 22/12 e 2/01, estar apenas aberto 2 dias ( e surge o problema de onde a colocar nessa altura );
- de pagar o mês de Agosto em 3 mensalidades divididas entre Janeiro e Março;
- de fechar em Agosto ( mas ainda há a possibilidade de ser apenas por 15 dias ).

O 1º dia na creche - a continuação

Depois de eu sair chorou. Acalmou até à hora do almoço em que choramingou, fez birra e mal comeu. Provavelmente por darem canja com pedaços de galinha e arroz ( e que já lhe tinha tentado dar uma vez e não comeu ) que penso que não goste ou então por não estar passada e como se sabe, a introdução aos sólidos não tem tido grande adesão. Depois de almoçar a minha mãe foi buscá-la e recebeu-a com um sorriso nos lábios mas sem grande euforia, o que é bom sinal.
Amanhã é um novo dia, espero que melhor.

1º dia de creche

Cheguei às 9.15 para que quando chegasse, a educadora já lá estivesse e para que os meninos estivessem calmos.
Conheci a sala provisória ( que a definitiva só para Outubro ).
Abrem a porta e dois dos meninos começam a dizer " Mamã , Papá ". A Beatriz no meu colo não mostrou qualquer interesse em conhecê-los, ao contrário do que é costume. Coloquei-a no chão mas não me largava a camisa. A educadora sempre ao nosso lado apresentou-a aos outros meninos. São apenas quatro com ela, a M. ( que me fez lembrar a Leonor ), a A. e o F. , o mais velho e único menino. Mostrou-lhe a piscina de bolas e levou-a pela mão. Foi, mas sempre a dizer " mamã, mamã ". Tentou distraí-la com outros brinquedos mas ela continuava a não se mostrar interessada. Disse para lhe pegar um pouco. Foi buscar uma bébé à cama, a A. e veio ter com a Beatriz.
" Olha Beatriz, esta é a A., ela está cheia de sono porque está muito doentinha ". A palavra " doentinha " deixou-me em alerta.
Volto a colocá-la no chão e digo-lhe que tenho de ir trabalhar. Incentivo-a a ir brincar com os meninos. A educadora mostra-lhe um tapete com sons e fica distraída. Digo-lhe até logo e saio. Não a ouço chorar mas mesmo assim venho com o som " mamã " na cabeça e com um nó na garganta.
Amanhã já não posso entrar na sala, terei de ficar à porta.
Às 12.30 a minha mãe vai buscá-la, amanhã ficará até às 15.30 e a partir de quarta-feira o dia todo.
Sei que é o melhor para ela e para mim, mas mesmo assim, como da primeira vez que a deixei com a minha tia, o desejo de poder ficar com ela em casa invadiu a minha cabeça.
Mãe sofre!

16 setembro 2006

Mais um ( ou dois ) ?

Ranhoca, baba a escorrer, espirros e uma noite muuuuuuuito mal dormida. Deve andar algum dente a espreitar, só ainda não percebi qual ou quais.
O que vale é que hoje é Sábado porque se fosse dia de semana estaria movida a cafés.

15 setembro 2006

Último dia em casa da tia

Com alguma nostalgia e lágrimas, ou não fossemos ambas choronas.
Obrigada aos três pela dedicação.

ÁAAAAtchiiimmmm

Para além de imitar que tem tosse ( e lembro-me de o fazer desde muito cedo mesmo ), aprendeu a imitar os espirros.
Coloca a cabeça para trás, abre muito a boca e diz: ÁÁÁÁÁÁ...... e " manda" a cabeça para a frente ( o tchim tenho de ser eu a completar seguido do santinha, ehehehe ).

Animais

Beatriz, como é que faz o cão?
- Ao, ao!
E o pato?
- Cá cá cá cá
E o galo?
- Có
E o gato?
- ÁÁÁHHHHHHHHHHHH.

Acho que a minha tia não tem um gato em casa, deve ser um urso.

Conversa entre colegas cinquentonas

Colegas: Os jovens hoje em dia não querem trabalhar, é mais fácil ficarem em casa.

Eu: - Hum, hum, eu trabalho em 3 empresas diferentes.

Colegas: Ah, mas tu já não és assim tão jovem e já tens uma filha.

Eu: O quê??? Não só jovem??? Suas dinossauras!

14 setembro 2006

...

Agora deu em gritar, quando está excitada, quando foge de nós, quando estamos com ela na brincadeira.
Ora para alguém que como eu lhe faz uma solene confusão os gritos estridentes, juntando a tudo isto uma mãe que anda muitíssimo cansada, o cenário compõe-se.
Precisava de férias e de dormir muito mas férias, só em 2007.

Conversas da treta

Depois de espernear porque não queria que pegasse nela ao colo ( sim porque já não quer colo, sniif ) diz-me :
- Ma!
- Beatriz, quem é má?
- Tiz
- Pois a Beatriz foi má, muito má.
- Um dinho! ( suponho que seja um bocadinho )

say what?

Se encontrarem o relógio do tempo dêem-lhe uma martelada por mim ok?

13 setembro 2006

Ufa

Parece-me que já posso respirar de alívio.
Por momentos pensei o pior.
Obrigada pelo apoio.

Precisava

de uma corrente de energia positiva.
Seria pedir-vos muito?

A verdadeira essência da blogsfera ( para mim )

Há os anónimos, os que por razões de privacidade ou outras quaisquer usam nomes fictícios ou apenas as iniciais, há os que não publicam fotos ou os que o fazem com protecção. Há os que publicam sem qualquer problema e sem qualquer protecção. Há babyblogs, motherblogs,ou simplesmente blogs, que são apenas lugares de desabafo, onde por escrita gritamos o que a alma e a voz não querem ou conseguem soltar.
Através deste meu espaço conheci outros bébés, outras mães, sorri, chorei, criei verdadeiras amizades. Essas pessoas que passaram do virtual para o real é quase como se as conhecesse desde sempre. Vivo as suas conquistas com uma alegria inexplicável.
Hoje estou feliz por ti amiga. Parabéns!

Há 3 anos

Trocavamos votos de fidelidade e prometiamos sermos fiel, amar-nos e respeitar-nos, todos os dias da nossa vida. Não vou dizer até que a morte nos separe, porque a eternidade é tanto tempo e seria muita presunção minha. Sei o que sinto desde há 6 anos, sei o que sinto hoje e sei que é um amor tão grande que concerteza durará muitos e bons anos ( quem sabe para sempre ).
Sou feliz contigo, por mim e por ti, pela nossa filha.
E venham mais anos e mais filhos!
Parece que sempre fizeste parte da minha vida e gosto muito de o sentir assim.
Esta não é a mais bela declaração de amor, é certo, mas é sincera, sentida, de mim para ti.
Amo-te muito muito muito Nuno!


10 setembro 2006

Jantar com os amigos

Ontem jantamos entre amigos de longa data. Foi bom saber que o tempo não nos roubou assunto de conversa, foi bom o abraço do reencontro e foi de lágrima no olho que te vi embalar a minha filha.
A repetir, muitas e muitas vezes.
Beijos Susu!

A andar muito!

Preparados para sair de casa, o Nuno falava ao telemóvel com a minha mãe dizendo que estavamos a sair de casa. Eu a pegar nas malas, a Beatriz sentada no chão. Gatinha até à porta do quarto e depois aparece junto de nós em pé a andar pelo hall fora de mãos no ar e com uma tranquilidade de quem já o fazia há muito tempo. Fiquei boquiaberta e por entre gestos disse para o Nuno olhar ( porque nem conseguia dizer nada de espanto e emoção ). A notícia foi dada em directo à avó materna. Desde a manhã que não fez outra coisa. Levanta-se e lá vai ela. Baixa-se apanha objectos e continua a andar, muito.
Hoje que a minha sobrinha fez 13 anos, a prenda da Beatriz foi começar a andar sozinha, por ela, quando quer e para onde quer. Até já contornou obstáculos e desviou-se da " rota ".
Ora dizia eu há dias...

14 meses e 6 dias

08 setembro 2006

Não é permitido?

Perguntava à directora onde colocar os objectos pessoais da Beatriz que eram para ficar no colégio. Quando perguntei sobre a escova de dentes disse-me : " Escova de dentes não é permitido trazer. "
Não me lembrei de questionar o porquê, mas que estranhei, lá isso estranhei.
Nos colégios das vossas crianças também acontece o mesmo?

" Enganadora "

Talvez pelas grandes bochechas ( que até já foram maiores ), muitas pessoas me dizem que a Beatriz é gordinha. Na verdade pesa pouco mais que 8 kilos distribuidos por 71 cms ( pelo menos estava assim na última consulta ) pelo que não a acho gorda. Nem sequer tem aquela barriguinha própria de bébé. É elegante e baixinha, com umas grandes bochechas é certo.
Ouço muitas vezes a pergunta : " Ela come bem não come? ... Pois nota-se! "
Hoje a directora do colégio quando me falava na compra da bata aconselhou a comprar o número 1 para dar para 2 anos pois segundo ela : " O número um vai ficar a nadar. O zero serve-lhe mas como me parece que vai ser gordinha daqui a pouco tempo estava a comprar outro bibe. " E com esta me calei!

O andar.

Praticamente sem evoluções desde que há 2 semanas atrás começou com os primeiros passinhos. Medo ou perguiça não está empenhada em desenvolver a motricidade, parece que neste momento o desenvolvimento da fala é a sua prioridade ( quando quer obviamente ).
Não a noto mais segura, não dá passos se não a incitarmos para tal e mesmo assim, muitas das vezes quando a colocamos de pé, senta-se logo a seguir para ir onde quer, gatinhando, pois claro.

Dá ixo!

Tentava mexer no portátil da madrinha. Como não conseguia virou-se para ela e disse: " Dá ixo !"
Estamos bonitos, estamos, para além de tagarelas, já é determinada.

Chhhhá-ta

Agora todos os dias se sái com uma nova. Ontem aprendeu a dizer chata. Sai-lhe qualquer coisa do tipo : Chhhhá-ta.
Também ontem estava à janela com a minha tia a dizer adeus ao meu tio que estava na rua.
Quando ele lhe disse : " Adeus, Bia, Xau", ela sai-se com esta :" Eu bou ".

07 setembro 2006

Vacina

Hoje foi vacinada contra a varicela. Depois das minhas dúvidas sobre deveria ou não fazê-lo a conselho da pediatra decidimos vacina-la mais a mais porque vai para a creche e porque aqui a " je " nunca teve nenhuma doença em criança ( a não ser asma, renite e umas constipações ).
Mal chorou e não fez febre até agora. Está a ficar uma menina crescida, pois então.

30.000

Passamos das 30.000 visitas e nem dei por isso, shame on me.
Obrigada por acharem este cantinho interessante :)

06 setembro 2006

Mais " saídas " da tagarela

- Beatriz, não, não.
Ela : - Xim, xim.

- Beatriz, vais fazer ó-ó.
Ela : Um bou. ( que é como quem diz, não vou )

Nós : Até amanhã.
Ela : Anhã

Nós : Até Logo
Ela : Uóu.

Eu : PA-TETA
Ela : Á-TETA ( Com muitos risos à mistura )

Repete muitas vezes o que dizemos ainda que com variantes sonoras ( perceptíveis ). Está tão engraçada.

05 setembro 2006

Creche

Ontem fomos comprar o “ material escolar “ para a ida para a creche da Beatriz. Começa já este mês que segundo a educadora é a melhor idade para começar.
Fomos conhecer todas as educadoras e a directora e gostei das pessoas, das caras carinhosas, de serem todas jovens.
Depois de muitas perguntas sobre o comportamento da Beatriz e de ter informado sobre o fraco sucesso com os sólidos e com o alimentar-se sózinha, disse que iria começar a fazê-lo e que ao ver os outros iria concerteza querer imitá-los.
As rotinas vão ser alteradas, passará a almoçar mais cedo, a não fazer cesta pela manhã e a partir da próxima Primavera começará no treino das idas ao bacio.
Aconselhou a não fazer mais de 2 dias para a adaptação sendo que no primeiro dia almoça e depois vamos buscá-la e no segundo dia almoça, faz a cesta e depois antes do lanche vem embora.
Ao terceiro dia e seguintes ficará o dia todo, até mais ou menos às 18.15, hora da nossa chegada.
Depois de uma lista razoável do que é necessário trazer e deixar lá, depois das minhas 550 perguntas esqueci-me de perguntar se no primeiro dia deveriamos ficar algum tempo com ela antes de a deixar.
Vai ser bom para ela, que adora crianças, embora espere que esta nova fase não implique novas doenças.

04 setembro 2006

A 50%

Não me apetece falar sobre a razão do meu afastamento, até porque ao fazê-lo iria perpetuá-lo aqui quando o que me apetece mesmo é esquecer o que me levou a este estado de espírito. Não é grave, não é nenhum problema sem solução é apenas uma mudança nas nossas vidas ( que daqui a uns tempos estarei a dizer para melhor, espero ). Foi o elemento surpresa que me deixou sem forças e com as ideias atropeladas. Parece que se aproxima a solução para o problema mas sem que tenha a certeza não quero " deitar foguetes antes da festa ".
Precisava desabafar mas não queria nem conseguia fazê-lo.
Ontem estive com uma grande amiga e apesar de não ter falado no assunto, o seu ombro amigo fez-se sentir aconchegada. Hoje com uma outra amiga deitei cá para fora e já consigo pensar no assunto sem que as lágrimas me atraiçoem.
Já me sinto quase renovada e quase pronta a tomar as rédeas deste blog que passou a ser " paragem " de tantos amigos ( mas como disse, sem falar no assunto ).
Eu volto quando houver novidades, ou simplesmente, quando me apetecer escrever sobre os meus desabafos e os meus disparates, quando estiver a 100%.
Obrigada pelo carinho.

Uma pausa na pausa

Para assinalar os teus 14 meses.
Parabéns filhota.

01 setembro 2006

Uma pausa

Para refazer ideias, para pensar, para acalmar e não dizer coisas que mais tarde me arrependa, para não ter de apagar posts posteriormente.
Apesar de ser o meu cantinho para os desabafos, o que me vai na alma não sai por palavras.
Eu volto, pela Beatriz, por nós e por vocês que nos acompanham.
Até Breve.