31 julho 2007

Crocs/Ox

A confusão que me fazia a " crocs-mania ". Para onde quer que se olhe vê-se pés calçados com as " tairocas plásticas " multicolores. De bonitas não têm nada e por isso a confusão era ainda maior. Em pés de criança " a coisa vai " mas em pés já de si grandes, parecem no mínimo barbatanas :)
Pensei em comprar umas para a fase que começa amanhã, o desfralde mas achei o preço tão exorbitante que tentei arranjar alternativas, comprando sandálias todas em plástico. Experimentei-as e magoam e marcam-lhe os pés. Até hoje, que fui comprar um impermeável para a cadeira do carro ( lá está, por causa do desfralde ) e vi umas Ox, a 14.99€. Comprei para ela e no meio da euforia do expositor vi umas rosa choque para adulto. Decidi experimentar para ver se havia razão para tanto sucesso. Não devia ter experimentado... as ditas são do mais confortável que há e portanto no saco vieram umas rosa choque para mim e umas laranja para ela. Feias, mas confortáveis, vão andar nos meus pézinhos estas férias e só não vão andar nos pés do marido porque não havia o número. Quando a minha mãe for à China vem na mala com crocs para a família, ai vem vem.

Desfralde

Amanhã é o nosso primeiro dia de férias, por outras palavras, inicia-se oficialmente o desfralde que até aqui se resumiu praticamente a levá-la ao bacio quando ela pedia. Por mim era assim que continuava. Mais lento, mas a meu ver mais eficaz. Quando pede faz logo, não está vários minutos à espera da vontade. Na escola iniciará o processo em Setembro, até aqui resumiu-se a levá-los 2 vezes por dia, a horas certas.
Ontem dei-me conta deste brilhante facto e da complicação que irá ser andar a passear no início do processo de bacio atrás. Parecia que ainda faltava muito tempo, mas Agosto está já ali e eu não estou preparada para umas férias a perguntar de 5 em 5 minutos se quer fazer xixi ou cócó. Ando demasiado cansada e com pouca paciência para a chatear e chatear-me Por mim adiava o processo, mas isso implica o desfralde para o próximo ano, terá ela 3 anos. Não que me chateie ela andar mais um ano de fralda, mas sei que me irá chatear um ano a ouvir : " Tão grande e ainda usa fralda??? ". A pressão social é do caraças!

30 julho 2007

Da creche

A propósito dos últimos dias, antes das férias...

Sabem que adoeci, perguntam ao Nuno por mim, estranham que eu não a vá deixar. Mandam-me beijinhos, as melhoras e voluntarizam-se para ajudar no que for preciso.
Quando regresso educadora, auxiliares, directora e dona do colégio fazem-me uma rodinha para saber o que tinha e oferecerem novamente ajuda. Olham aterrorizadas para os meus braços e mãos negras, marcadas pelas picadas das agulhas. Todos os dias me perguntam se estou melhor. Recebo abraços e festinhas, sinto a preocupação delas no seu olhar. Até alguns miúdos me vêm beijar. Sinto-me acarinhada por gente que mal me conhece, sinto-me estranha por tudo aquilo. Sinto carinho e fico emocionada por quem cuidar da minha filha, também olhar por mim. Dizem-me que tenho de abrandar porque eu não paro. Surpreende-me esta observação... como deduzem isso se passo lá meros minutos por dia?
Amanhã é o último dia antes do final do ano lectivo. Não muda de colégio mas muda de educadora e ainda não se sabe se também mudará de auxiliares. Amanhã eu vou chorar, ou vou disfarçar as lágrimas com uma graçola ( como é meu costume ). Muda de pessoas, mas a génese está lá. Mesmo mudando de educadora a quem tanto me afeiçoei, quem lá está gosta dos miúdos, cuida-os bem, num ambiente muito familiar.
No final do primeiro ano lectivo, eu não podia estar mais feliz!

Palavras com " érre" que diz

Carinha
Paxarinho
Páxaro
Carne ( às vezes ainda sái cane )
Xenhôre/Xinhôri
Xinhôra/Xenhôra

Não me lembro de mais. :)

Noto-lhe um esforço em dizer os " érres ". Se for o som forte e carregado ainda não consegue mas os " res " saem muito bem.
Corrigi-se a si mesma, nunca insistimos no som.
Fala muito bem, pessoas externas entendem-na e tem conversas de uma criança mais velha. Se só se ouvir parece bem mais velha. O facto de parecer mais nova por ser pequena e falar muito para a idade, baralha quem a vê. Espantam-se se ela começa a falar, a fazer perguntas e a ter conversas. Dizem-me que é sobredotada. Digo que não, as pessoas é que tendem a considerá-la num corpo de 1 ano e um desenvolvimento linguístico mais de 2.
Vai crescendo e nós vamos assistindo... babadíssimos!

Emancipada

Início de Sábado ( de madrugada ): A minha mãe chega de viagem depois de uma semana. Chega cheia de saudades... dos netos. Sábado de manhã quer ver a neta ( entenda-se, a neta, a filha nem mencionou, lol ). Vamos visitá-la e aproveitamos a ir a banhos ( estava-se maravilhosamente ). Ela diverte-se e não quer sair de lá. A tarde é passada a ajudar nas mudanças do meu irmão e eu a dar um olho na miudagem. Vamos para casa, depois dos banhos e jantares a minha mãe aparece lá em casa. Desafia a miúda a dormir em casa dela e ela nem vacila, vai. A mim já não me custa dormir longe dela e ela delira em sair da rotina. Dorme maravilhosamente, eu idem e no dia seguinte mais uma manhã de piscina.
Domingo, chego junto dela, fica muito feliz por me ver mas quer é água. Tirá-la também não foi fácil. Almoçamos e dormimos uma grande cesta e eu acordo com uma energia que me andava ausente. Estou melhor, não boa. Preciso de descanso e tenho aproveitado para isso mesmo. Não me interessa a casa, as pilhas de roupa por passar, os cestos de roupa suja, as malas por fazer, vou de férias, fique a casa como ficar. A minha saúde vale muito mais!

27 julho 2007

Consulta de rotina dos 24 meses

Altura - 80.5 cms
Peso - 10780gr
P.C - 47 cms

Mantêm-se pequena mas saudável. Segundo a médica muito desenvolvida na fala. Impressionou-a com as perguntas, com as respostas, com as músicas que lhe cantou, o contar até 10 sem saltar números e pela simpatia.
Apenas atenção para os ouvidos, muita praia, soro no nariz e cuidado com as otites que o ouvido ainda tem cera.
De resto, impecável.
Se nada em contrário, voltar aos 3 anos.

23 julho 2007

Férias

Nunca trabalhei tão pouco ( e atenção isso significa dedicar-me a 2/3 empresas diferentes ) e nunca senti tanta necessidade de férias.
O facto de estar sózinha na secção e quase não falar todo o dia também ajuda. Deito papéis pelos olhos!

Raio de tempo

Óhh Verão decide-te lá a chegar. Estamos a mais de metade de Julho e o dia de hoje é cinzento, fresco e com chuva.
Este tempo dá-me moleza e sono.
Quero o Verão!

20 julho 2007

Baratriz

É como meu sobrinho chama a Beatriz. Eu continuo a achar mais bonito o Bititiz com que ele carinhosamente a chamava e que originou o título do Blogue, há vários meses.

Coisas dela

De vez em quando já se saí com alguns " érres ". A única palavra de que me lembro é o " xinhôri " ( senhor ).
Anda uma descarada, mete-se com as pessoas na fila do supermercado, ri-se das pessoas com penteados exuberantes e comenta gracejando : " Óia o cubêuo da xinôia mãe ". Não vale a pena fingir que não a percebo que ela repete até eu dizer : " sim filha", ou " está bem ". Por enquanto vão-lhe achando graça. Eu tenho andado " anti-social " e parece que nas fases em que eu estou mais na minha concha ela se mete mais com os outros. Inevitavelmente perguntam-me a idade dela, elogiam-na e eu tenho de agradecer os elogios quando me apetece ser invisível. Mete-se com o caixa, quer pagar algumas vezes e quer ficar com o troco quase sempre, especialmente se vier com notas.
Outro dia, enquanto eu vomitava ela aflita, queria abraçar-me. Chorou tanto tanto que teve de ser afastada de mim enquanto o pai a tentava abstrair.
Quando melhorei, já não queria " saber de mim ".
Há dias fomos as duas ao final do dia à praia. Eu renovei o espírito, ela comeu areia.
A educadora voltou à escola e ela voltou a não chorar. Hoje ia reclamar quando lhe vestia o bibe, mas depois de me perguntar se estava na escola a educadora e saber que estaria, vestiu sem birras e ficou de boa vontade.
Ultimamente leva sempre um livro para a escola, que serve como conto do dia. Fica orgulhosa que o seu livro seja o escolhido.
A fase pirosa ainda não chegou mas já faz ameaças quando quer escolher determinados sapatos. Por enquanto não escolhe e vai com o que eu arranjei na noite anterior. Onteontem dizia-me orgulhosa que " o pé da Tiz é uindo " ( lindo ). Muito modesta.
Está maravilhosa!

19 julho 2007

Sugestões

( Antes de mais obrigada pelo cuidado comigo. Estou bem melhor ).
Preciso de sugestões de praias fluviais e marítimas maravilhosas pelo Algarve fora, recantos da natureza esplendorosos ( rios, ribeiros, jardins, reservas naturais, etc ), águas cálidas, zonas tranquilas para as nossas próximas férias. Tenho uma amiga " encarregue " e também eu ando nas minhas pesquisas que me deram sugestões como a praia fluvial de Alcoutim, as ilhas do Farol, Culatra, Barreta e Fuzeta, ilha de Tavira Querença e Ilha da Armona, ( desta nada encontrei e nem sei se é assim que se escreve ). Já agora opiniões sobre os locais citados.
Obrigada.

16 julho 2007

"Descanso" forçado

Assumi o meu cansaço e o corpo tratou de mo demonstrar. A meio da semana passada desmarquei um almoço para Domingo e uma visita de uns amigos lá em casa. Precisava de descansar. Desde segunda-feira passada que tenho fortes dores de cabeça cíclicas. Entre as 4.20 e as 4.30 acordava com as ditas que se mantinham durante toda a manhã piorando de tarde. Domingo foi a gota de água. Na madrugada de Domingo não conseguia dormir com as dores, de manhã comecei a vomitar e não mais parei. As dores de cabeça eram insuportáveis, não conseguia andar com tonturas, não consegui comer nem beber absolutamente nada. Mesmo assim vomitava. Os meus lábios denotam a desidratação. À noite fui observada pelo médico: cefaleia ( ou enxaqueca ). Deu-me uma bomba medicamentosa e aconselhou-me a ser observada em Neurologia. Parece que nos últimos tempos nos livramos de uma maleita e aparece outra de seguida.
Hoje não fui trabalhar, apesar de estar francamente melhor, mas ainda tive 2 enxaquecas se bem que mais ligeiras. Já consigo andar e estar ao computador graças aos 2,5mgr de " droga" que estou a tomar.
Amanhã vou trabalhar que estar em casa sendo a única na minha secção, pode fazer bem ao corpo mas não à minha mente.
E as férias que nunca mais chegam!

12 julho 2007

Xixi no bacio a pedido

Chegamos as duas tarde a casa. Chegou ao pé de mim e disse que queria fazer xixi no bacio. Tiro-lhe a fralda e vou para a cozinha tratar do meu jantar que ela já tinha comido. Não é novidade dizer que quer xixi sentar-se e não fazer nada. Vem ter comigo à cozinha pouquíssimo tempo depois e diz que fez xixi no bacio.
- Fizeste? Que linda ( na convicção de que não tinha feito nada porque diz sempre que fez ).
O Nuno vai à casa de banho e vê o bacio presenteado. Chama-me. Fez um xixi grande, em muito pouco tempo e guardou o bacio no sítio certo, ainda com xixi e sem entornar uma pinga.
Fizemos uma festinha e andou mais um bom bocado sem fralda que não a queria colocar. Não houve acidentes. Fui jantar e coloquei a fralda que não podia andar a perguntar-lhe e atrás dela.
Parece que começamos no bom caminho do bacio :)

Aos 24 meses

Anda mais meiga, já nos dá beijos, a pedido é certo, mas vai dando. Ainda não se aventura a beijar outras pessoas que não nós dois, o primo e às vezes, outras crianças. Dá-nos abraços, faz-nos festas, " cóxigas " e continua a perguntar-me se amo o pai. Já vai dizendo que também ama o pai, mas a resposta mais imediata é o " goxta ".
Brinca muito, já vai passando alguns minutos sózinha no quarto a brincar ( que antes brincava sózinha mas sempre onde estivessemos ), mas volta e meia chama-me : " Óooohhh mããeeeeee, ana cá pó quato ".
Está mais dependente de mim. Por vezes perguntam-me se é mais menina da mamã ou do papá. Não posso dizer que claramente " prefere " um ao outro. Tem fases. Uns dias é tudo o pai, outros, tudo a mãe. Agora anda na mãezite.
A fase do bater abrandou, mesmo na escola, mas continua com o seu feitiozinho. Volta e meia " prende o burro " mas com isso posso eu bem e não ligo. Quando está num meio em que se sente confiante fala muito alto. Se está introvertida fala na mesma ( que estar calada é muito dífícil para ela ) mas muito baixinho. Em casa, até adormecer está sempre a falar, sempre mesmo. Perdi a conta às palavras novas.
Conta até dez, a maioria das vezes sem saltar o xete. Faz puzzles para mais de dois anos, puzzles esses que o meu sobrinho de 3 anos ainda não consegue fazer. Na motricidade fina está excelente. Já na outra é mais trapalhona. Quando começa a correr desconjunta-se toda mas equilibra-se e raramente cai.
Esta fase mais calma deve estar a anteceder a fase dos díficeis 2 anos, já que aos 23 meses andava terrível.
Está mais sociável mas se não lhe apetece falar com alguém ou se não lhe apetece que falem para ela diz claramente: " Não quéi. Vai ximbóia" . No entanto, basta dizerem que têm um cão, gato, pássaro ou qualquer animal que vai de mão dada ou ao colo de quem a aliciar. Quando não conheço bem as pessoas não vai e tanto me dá que fiquem a pensar o que quer que seja.
O cabelo está outra vez muito grande. Fez um mês que levou um corte enorme e esta outra vez grande. Noto pelo tamanho ds tótós. No próximo mês leva outro corte. A ser assim tenho de começar a por 2€ por semana de parte para a cabeleireira.
Quando não lhe agrada alguma atitude ralha muito e também já vai dizendo o tradicional : Mau maia, o ato xámia ".
Chama " póca " à cadela como se fosse um termo carinhoso. Isto advém dos disparates que a cadela faz, como ir ao lixo comer quando tem a tigela cheia de ração e de nós dizermos que é porca.
Das prendas que recebeu adorou o quadro magnético da Dora e a mini cozinha.
Volta e meia vem ter comigo com o " póco " ( copo ) para eu beber o " xumo ".
Só quer " ua " ( rua ) e quando vê que vamos para casa, diz-me : " é pá uí, mãe, não é pá qui " Nã quéi i pa cája ". Continua a querer dormi na " cama dú pai " e eu já ando a fazer contas ao orçamento para lhe comprar uma cama na esperança de que a novidade da cama maior a faça lá dormir. Continua a acordar de noite e eu já acho que um dia ela dormirá uma noite inteira sem acordar... lá para os 4 anos.
Já dá papa aos bonecos, passeia com eles no carrinho e só os quer ver despidos. Não é cuidadosa. Se os bonecos caem voltam para o carro de pernas para o ar, de barriga para baixo e se por acaso não os consegue colocar no carrinho ou pede " axúda " ou são mesmo atirados para o chão.
Continua com medo dos escorregas. Sobe mas não desce. Não sei quando ganhou esta aversão.
Noto que cresceu ligeiramente em altura, mas o peso ainda não chega aos 10 kgs. O pé também cresceu ligeiramente nos últimos dias e as sandálias 19 que estavam bem agora já tem o dedo quase a bater no limite. Já vai calçando alguns nº20 e vestindo algumas peças de 18 meses.
Tenta colocar os " ganchos " no " cauêuo " ( cabelo ) mas as fitas além de escorregarem pelo cabelo não gosta de as por.
Continua a não ligar a filmes de animação, a não ser que sejam curtos. Desenhos animados só vê de manhã para se vestir que com o sono lá se vai aguentando sossegada, mas tem dias que nem os desenhos a mantêm. Gosta da Ilha das " côís " e do " Abre-te Sésamo ". Gosta da Dora e de resto só mesmo os dvd's musicais. Gosta da música dos da weasel e canta : " úú, éé, az az, bébé ". Dança muito e quando a música é mais radical faz " yô, yô " acompanhado do indicador espetado e braço a abanar.
Adora praia e piscina e começa com ameaços de grandes birras quando sai da piscina da avó. Ainda são apenas ameaços.
Não se importa nada de sair com outras pessoas, quer mesmo é " paxiái " ( passear ).
Adora " ibos " ( livro ) e adora " pintái " ( pintar ). Ainda não descobriu a fase pirosa e eu agradeço.
Já vai falando ao telefone, mas se quiserem uma conversa muito longa desliga, diz " atá manã " ou larga o telefone e desaparece.
O Francisco continua a ser o seu inimigo nº1, nº 2 e nº 3.
Gosta da escola mas descobriu que é muito mais divertido estar na piscina da avó e quer porque quer todos os dias de manhã ir para lá.
Está linda, uma bonequinha cheia de vontades, o meu amor maior.

10 julho 2007

Respiro um bocadinho mais fundo de alívio...

Hoje finalmente dissiparam-se alguns medos relativamente a este episódio que aconteceu com o Nuno. Hoje teve consulta com a neurologista. Soube que os exames que fez não revelaram nenhuma lesão e a médica descansou-o dizendo que tinha feito os mesmos com os melhores imagiologistas nacionais. Aparentemente teve uma crise de ansiedade e o cérebro não processou bem a informação e teve um episódio esporádico e aparentemente irrepetível de desconecção. Tudo por uma questão de stress e ansiedade. Ora como ele não é de se expressar acumula a tensão e deu nisso. Era o que eu suspeitava mas até ter certezas ia uma distância razoável que não me permitia relaxar. Eu corro um risco muito pequeno já que eu estravazo até mais que devia. Digo o que devo, o que não devo, às vezes arrependo-me e peço desculpa, outras vezes descarrego com uma enxurrilhada de asneiras e alivio ( é o que dá trabalhar com pessoas do Norte há 5 anos , eu antes não era assim ).
Quanto ao meu problema no peito ainda não sei de nada porque ainda não fiz os exames mas já estou mais descansada porque praticamente não me dói e quase não tem pús.

09 julho 2007

A festa

Correu bem, com muita comida e bebida, muita família e amigos, muita brincadeira, muito trabalho e muitas crianças felizes.
Como sempre, nestas alturas tento desdobrar-me para conseguir dar um pouco de atenção a cada pessoa, conviver com cada uma mas fico sempre aquém do pretendido. Sendo uma festa dois em um, ou seja, com a comemoração do aniversário da minha filha e do meu sobrinho, mais dificil foi, envolvendo ainda mais convidados.
O essencial era que ela se sentisse feliz e se divertisse e isso foi conseguido.
Para o ano há mais, se possível no mesmo local pois permitiu que a festa fosse dentro e fora de portas.

Festa

Há uma semana que andamos nisto

Há uma semana que todos os dias reclama para ficar na creche. Há 2 dias que chora. Diz que " nã quéi í escóua ", " é pá ui, nã é pá qui ", " qué í à abó " " qué í à ua " "qué í aos bauôixos ".
Começa em casa por não querer o " bibi "( bibe ) e pelo caminho vai-me dizendo que os bauôixos é pá uí ( os baloiços são para ali - apontando correctamente o caminho ).
Coincidiu com o início da época balnear no colégio dos meninos da sala dos 2/3 anos, curiosamente, da sala para onde foge e da educadora que a recebia de manhã. No fim de semana da festa da escola disse-me que ia para a praia e desiludiu-se por não ir. Coincidiu que no fim de semana anterior esteve menos tempo connosco por causa da festa da escola e consequentemente dormiu pela primeira vez na avó ( logo 2 noites seguidas ). Muita brincadeira, muita piscina, horas de deitar adiadas na brincadeira com os primos e segunda só me dizia que queria ir para a avó. No final da semana passada a educadora dela foi operada e desde aí que tem sido ainda pior deixá-la. Como gosta muito da educadora ia ficando com o " vais à S., vais brincar, pintar, etc ". Agora a S. não está lá e por nada a convenço a ficar sem chorar.
Pode ser uma fase ( que eles também têm destas fases que alternam entre querer ir para a escola e não querer ) ou pode ser pelo acumular de situações anómalas que lhe quebram a rotina.
A partir de quarta-feira vai andar a passear com a avó e os primos, que tirou férias para fazer programas com os 3. Acho que a partir da próxima semana, o cenário será ainda pior, mas já falta pouco para as férias.

Cansada

Da festa, das limpezas da sala, dos 15 minutos de ginásio que ontem decidi fazer depois das limpezas, da manhã na piscina. Preciso de um fim de semana só mesmo para o descanso, mas não se avizinham fins de semana tranquilos até às férias. Todos os dias dos próximos fins de semana estão com festas e/ou almoços com amigos. Já estou a " aceitar " reservas para Setembro.

05 julho 2007

Bolos

O bolo para a creche foi feito por mim na noite anterior. Uma invenção de bolo de iogurte sem claras de ovos ( o que implicou 11 gemas ) e sem derivados de leite de vaca ( os iogurtes e a margarina para untar a forma foram patrocínio desta amiga ).

A cobertura era suposto ser de massa de amêndoa mas como novata que sou a estender massa, fiquei com uma tremenda dor no ombro e na hora de descolar a massa da mesa, pura e simplesmente não descolava inteira porque a expert esqueceu-se de colocar farinha por baixo ( daaaahhh ). Improvisou-se uma cobertura de açúcar em pó com corante verde e ficou o que se vê na foto. A medo ( pela falta de claras ) lá levei o bolo e fez sucesso porque estava realmente bom.
À noite esqueci-me de encomendar bolo e comprei um já feito, escolhido pela aniversariante.

Sábado será um bolo conjunto para o meu sobrinho ( pois comemoramos os anos dos 2 em simultâneo ), com a ajuda desta talentosa.
Hoje tenho de fazer 21 embrulhos de marshmellows, imprimir 21 etiquetas, cortar e enjoar preparativos de aniversários até ao próximo ano.

2º filho

Ontem a par dos parabéns vinham as opiniões de que agora já podia avançar para um segundo. Está dada a " margem de segurança " e está na altura de um mano/a, e agora vão ao menino, etc etc. À primeira fui simpática : Não dá, não pode ser ainda..., à segunda: Pois, pois, é fácil falar..., à terceira: epá que chatos, se me derem uma pensão que chegue para pagar o infantário, vacinas não comparticipadas e seguro de saúde eu até posso começar a pensar nisso.
Agora que algumas amigas já vão na " ronda dos segundos filhos " a pergunta " para quando? " é uma constante.
Parece que nos dias de hoje é muito mau ter filhos únicos. Eu não pretendia que a Bity fosse filha única, mas por enquanto acho demasiado cedo para deixar de o ser, além de que a questão financeira, pesa e muito numa decisão tão séria. Já não me atrevo a pensar sequer num 3º filho ( que outrora já foi um desejo ) .
Agora, por favor, para quem lê isto: NÃO ME VENHAM COM A HISTÓRIA DE UM SEGUNDO FILHO, OK?????

04 julho 2007

2 anos

E nós cada vez mais apaixonados por ti, mais rendidos ao teu encanto e tão mas tão felizes por seres nossa filha.
Parabéns meu amor!


( a foto vai desaparecer em breve )

Estupidamente hoje não me sai mais que isto. Estou tão feliz!

03 julho 2007

Conversas

A minha mãe é Úxia. O pai é Nuno, a tia é Beua, Ixabéu. A avó é iínha, o pimo é Niéu, a pima é paxixa, a tiz é b. ( apelido ), tudo seguidinho como se estivesse a fazer um ditado.

Narrativas

Pega na caderneta escolar e começa a fingir que lê o que lá está escrito ( a propósito, já há muito que não tem páginas livres com as trocas de recados entre nós e a educadora ):

- A B. ( apelido dela ) ez cócó no baxio. Ú Chico tatau na Tiz. Chico pastibú.
Fecha a caderneta e guarda-a e eu fico a pensar como percebeu que lá tinha os recados de e para a educadora já que nunca lho dissemos.

Geralmente as narrativas são em " estrangeiro ".

Hoje estou como estava há 2 anos atrás...

Com aquele friozinho no estômago e o aperto no peito. Às vezes a saudade também dói!
Amo-te tanto princesa!

02 julho 2007

Festa de final de ano

Foi muito gira, mas muito trabalhosa para os pais que como nós, ajudaram a proporcionar a festa. Fez-me uma mini fil, com ateliers dedicados às artes : pintura, fotografia, televisão, dança, artes marciais ( estes dois últimos com aulas abertas aos pais ), cinema, teatro de fantoches, cabeleireiro e para descomprimir, a discoteca.
A mim, para além do trabalho de casa de arranjar posters, fazer 100 caderninhos para os miúdos levarem para casa ( o que implicou tirar 500 fotocópias e colocar 300 agrafos ), disponibilizar e montar o meu DVD e home cinema e arranjar o filme a exibir, também implicou que fosse sexta feira à noite decorar a sala com uma educadora e outra mãe, implicou que ontem de manhã estivesse de plantão no nosso atelier de cinema, implicou controlar entradas de miúdos e dispô-los na sala porque todos queriam a primeira fila, dar pipocas, ver não sei quantas vezes o mesmo filme, fazer puzzles no chão com os miúdos e deitar criancinhas pelos olhos. Adoro miúdos mas não me falem neles ( para além da minha ) nos próximos tempos.
À tarde ainda estive em mais uma sessão de cinema, mas depois aproveitei para explorar os restantes ateliers com a piolha. Mesmo assim não consegui ir nem ao cabeleireiro, nem às pinturas faciais e à televisão porque assim que chegou ao atelier de pintura ninguém a tirava de lá. Gostou tanto que ainda tem tinta amarela nas pontas do cabelo.
O atelier de fotografia também lhe fez as delícias com o cenário da praia e a piscina das bolas.
Na discoteca, onde a esperava o pai mascarado de pirata teve medo, mas não chorou, só fez questão de se agarrar a nós tipo perguiça. Tirá-la do colo foi missão impossível.
No ínicio da tarde houve uma demonstração com a professora de música e todos os meninos e bébés do colégio de uma história, contada, cantada, tocada e teatralizada e no final do dia, uma aula aberta aos pais de música para bébés. Muito giro, cansativo para os pais que participaram e contribuiram para que a festa pudesse ser assim, mas valeu a pena.
Depois da festa, tempo para ajudar a que o colégio voltasse a parecer isso mesmo e toca de montar salas enquanto as auxiliares andavam de vassoras, esfregonas e panos em punho.

Adenda: Para mim também seria mais cómodo ir apenas observar o trabalho já feito e destilar baba com a minha filha a " actuar " mas sinceramente, a empatia, a cumplicidade e a confiança que se ganha com educadoras, directora do colégio e outros pais não se conseguiria com uma mera festa da escola para os pais.
A filosofia do colégio é contrária à da maioria, as festas são da escola e dos pais para as crianças e para mim, são as crianças que merecem as festas. Essas divertiram-se em grande e para mim esse é o principal objectivo das festas.