31 outubro 2007

Fim de semana prolongado

Daqui a pouco vamos sair para gozar de 4 dias ( que esperemos ) de descanso, lazer e ócio lá para a Beira Interior.
No arsenal levamos a máquina de aerosóis, de vapores e os medicamentos, o normal :)
Bom fim de semana e até já!

Tosse e expectoração

Voltamos aos aerosóis com 1/2 pipeta de Atrovent ( que aparentemente já não lhe fazem conjuntivites ), aos vapores com eucalipto durante o banho e no quarto com a Vapone, ao soro no nariz e à neo-sinefrina, à transpulmina no peito e costas e ao Bissolvon ( Atacamos em todas as vertentes porque o Outono e Inverno passados deixaram-nos calejados ).
Voltei a fazer-lhe as massagens respiratórias ( em casa a dar-lhe as pancadinhas que aprendi enquanto deixa ) e de cada vez que o faço diz-me sempre que são maxagens como o Matim/Patim pois da última vez que estivemos com estes amigos eu fiz-lhe massagens e ela não se esqueceu.

30 outubro 2007

Dela aos quase 28 meses

Isto anda muito mais um diário meu que dela ( acerca dela, para ela, whatever ). Tenho a sensação que daqui a uns anos vai passar à frente das páginas dos últimos meses e dizer-me:
- Que seca, mãe! ( ou outra qualquer expressão do género que se use na altura )
Pois filha, é o melhor que se pode arranjar, pois a mãe não é escritora nem tem pretensões a tal e dá-te por satisfeita de teres tantos detalhes da tua infância registados que de outra forma perder-se-iam nas memórias ( e fica tanto por registar ).
Adiante, tenho me esquecido de registar tanta coisa que tem aprendido que qualquer dia isto não pode ser chamado de diário dela mas sim mensário.
Domina as cores básicas, azul ( ajúlí ), verde ( bêde ), amarelo ( abaréuo ), vermelho ( vemêiu ) e também o preto ( pêto ), cor-de-rosa( cô de goja ), cor-de-laranja( cô de laanja , castanho ( castanho ) e nem sempre, o rôxo ( gôxo ).
Conta até 10 e reconhece os números também até ao 10, se bem que confunda o 6 com o 9. Se colocarmos as peças com os números espalhados reconhece um a um, se lhe pergunto que número é este, responde o primeiro que lhe vem á cabeça sem pensar. Não percebi bem o porquê já que os reconhece.
Sabe qual e a mão esquerda e a mão direita mas nos pés ainda se confunde.
Quando conta objectos começa pelo 2 e não pelo 1, pelo que conta sempre 1 a mais :)
Fala bastante e relativamente bem mas quando está nas brincadeiras dela fala numa linguagem exótica e lá no meio dessa linguagem aparecem umas palavras decifráveis. Eu digo-lhe que não percebo nada do que ela está a dizer e ela não me liga nenhuma, ri-se e continua a falar dessa forma. Acho que é mesmo para eu não perceber.
Canta, encanta-nos e inventa as letras. As invenções também são geralmente na tal lingua estrangeira ( Tenho de gravar ).
Brinca muito sózinha mas está sempre a chamar por mim para ir brincar com ela. Eu vou sempre que posso e no Domingo teve uma barrigada de brincar com a mãe que nos soube muitíssimo bem. Ontem ouvi a notícia de que apenas 6 em cada 100 pais brincam com os filhos. Fiquei surpreendida com os números. De facto ( e não o digo para ficar bem na " fotografia" ) faço parte desses 6 pais que dedicam todos os dias, pelo menos um bocadinho só para brincar.
As brincadeiras favoritas são com os bonecos carecas, a pintar/desenhar, a fazer os puzzles de madeira, a ver e a contar as histórias dos livros e no escorrega.
No Domingo quis que me sentasse na cama dela enquanto ela dançava e cantava para mim ( Xenta na cama, eu bou cantái e danxái). Atirou-se várias vezes ao chão de propósito no meio das danças e ria-se. Se fosse rapaz, diria que tinhas jeito para futebolista, mas como rapariga, não vais longe, filha.
Está vaidosa; quando estreia algo gosta de se ir ver ao espelho e até dá uma meia volta para ver bem como lhe assenta a roupa atrás.
Continua simpática e muito dada, mas também tem dias em que não me larga as saias.
Não liga nenhuma a televisão e desenhos animados a não ser de manhã quando está cheia de sono ( e eu agradeço que assim seja, se bem que de vez em quando me dava jeito que gostasse um pouco ).
Anda numa fase de mãezite e eu numa fase de filhite :)
Anda a comer mal mas isso já não é defeito é feitio. Agora quer que seja sempre eu a dar-lhe e eu como quero é que coma qualquer coisa dou se não é que não come mesmo. Voltamos a ter de picar a carne e o peixe que sua excelência voltou a não querer aceitar os sólidos. Regrediu na alimentação e não sei muito bem porquê.
Não chega aos 11 kilos de gente e deve andar pelos 84 cms, bem pequenina. Calça o 20 :).
É meiga e tão depressa nos dá uns beijos de derreter como arma uma birra de nos fazer tirar do sério. Com ela a palmada não resulta mesmo. Só mesmo o castigo e não digo que não leve palmadas, leva ( poucas mas leva ), mas mais pelo descontrolo nosso do que pela eficácia das mesmas. É que se lhe damos palmada ela retribui e não desiste. E nem eu nem o pai queremos ir batendo até que desista. Quando assim é vai de castigo, não para a cadeira porque essa já está na arrecadação, fica no tapete a pensar no que fez de mal e até que peça desculpa e nos dê um beijinho.
É muito ligada à familia e dá pela falta das pessoas quando passa mais tempo do que é costume sem as ver. Gosta de falar ao telefone mas depois pouco fala. Nunca está parada a falar e ouvir o que dizem, ou está a brincar com qualquer coisa, ou a andar de escorrega ou a desarrumar a prateleira dos livros, tem de estar a mexer. Mesmo " à gaja ".
Adaptou-se bem à nova educadora e nós ( eu e educadora ) também já nos adaptamos.
Gosta da escola mas continua a não gostar do Francisco( Xico ). Por sua vez o Francisco só fala dela em casa e anda sempre atrás dela na creche. Melga ( ehehehe)! Se tem uma borbulha, um arranhão ou uma nódoa negra diz sempre que: Foi o Xico bateu, ou então foi a méuga ( melga - porque faz grandes babas ).
Adora os primos e anda na fase de imitar tudo o que o Daniel ( mais velho 1 ano e 1 semana ) faz, para o bem e para o mal. Dão-se muito bem e acho que nunca se bateram, pelo contrário, andam sempre aos beijos e abraços.
A heroína dela é a Patrícia, a prima, talvez por ser bem mais velha ( tem 14 anos ). Em casa, quando lhe ralhamos ou pomos de castigo chama pelas avós e pela Patrícia.
Agora tem medo do escuro e não entra em divisão nenhuma se a luz estiver apagada. Diz que tem medo. Outro dia disse-me que tinha monstros no quarto.
Está muito mais menina mas ainda consigo ver a minha bébé à noite quando acaba de adormecer e faz aquele barulhinho de chuchar sofregamente na chucha e de manhã, quando ensonada se aninha no meu abraço. Tento gravar na minha memória esses momentos e só me apetece apertar-te e colar-te ao meu peito.
Quando lhe pergunto quem é a minha bébé diz num sorriso malandro: " Xou eu ", mas se lhe pergunto se é bébé diz-me " Não, é mina ( menina )".
E é uma menina tão linda, tão linda, tão linda, pá! ( E eu sou tão babada, tão babada, mas tão babada ).


( E fica sempre sempre tanto por registar )

Desfralde ( Ou post de mero interesse para uma mãe )

De Quarta até Sábado andou de diarreia ( muito líquida ) mas nem por isso ouve qualquer descuido. Uma crescida.
Acho que posso dar o desfralde diurno como conseguido.
Desde há algum tempo que acorda sempre com a fralda da noite seca e logo que acorda faz um grande xixi. Por perguiça minha ( que não quero andar a mudar camas a meio da noite ) e porque ela ainda deixa colocar a fralda, não estou a tentar o desfralde nocturno mas acho que se o tentasse seria bem sucedido. Vamos deixando andar assim.

29 outubro 2007

Há coisas que só entendemos quando somos mães...

Debaixo da minha cama havia um gavetão, feito pelos meus pais onde guardava as tralhas pequeninas.
Lembro-me que de vez em quando a minha mãe de joelhos no meu quarto, puxar o gavetão e começar a fazer a" escolha ". Eu ia sempre a " medo " para junto dela porque sabia que quando ela se lembrava de mexer ali, grande parte dos brinquedos iam fora ( que nem sequer estavam em condições de ser dados ). Bonecas sem braços, com cortes de cabelo radicais, puzzles com falta de peças, mobilias pequeninas partidas, havia de tudo, mas eu achava sempre que os brinquedos estavam bons e custava-me desfazer deles. Havia sempre um ou outro em mau estado que a minha mãe deixava ficar mas o resto ia para o caixote.
Actualmente não sou nada ligada às coisas e não me custa desfazer do que esteja em mau estado ou até daquilo que estando em bom estado não uso e portanto não passa de tralha.
Ontem, como faço com alguma regularidade, comecei a dar volta ao cesto da sala que tem alguns brinquedos dela enquanto dormia. Lembrei-me da minha mãe a escolher os meus brinquedos e desejei que ela não acordasse entretanto. Ela acordou e se bem que a maioria das coisas já tinham sido ensacadas( uns para guardar para um eventual segundo filho, outros para dar e outros para o lixo ), ela começou a brincar com tudo aquilo que estava no chão para ir para o caixote como se fosse o brinquedo mais precioso que tinha. Deixei-a brincar e depois, quando se distraiu com outra coisa qualquer, os brinquedos ( ou restos deles ) tiveram o seu destino.
O cesto ficou bem mais liberto e até acho que assim, com as coisas mais visiveis, irá brincar mais( apesar de ela brincar bastante ) . É que muitas vezes acaba por não brincar com muitos deles porque não os vê.

Para vossa informação

Na ( longa ) consulta de quinta-feira, pedi à neurologista que me receitasse algo para a memória que desde a maternidade não ficou grande coisa, mas que com a doença agudizou. Diz-me que os medicamentos que têm são para a doença de Alzheimer e Parkinson e que não sendo nenhum dos casos não ma iria receitar. Disse também que todos os medicamentos à venda nas farmácias e dietéticas não tem efeitos científicos comprovados e que a comunidade médica neurologista está convencida que não são mais que medicamentos placebos. Quanto muito, poderia dar-me um multivitamínico ( tipo Centrum ). Não costumo ( acho que nunca tomei mesmo ) tomar este tipo de medicamento mas conheço quem faça disto hábito,por isso é bom saber que não tem efeitos comprovados, valem o que valem.
Quanto ao meu caso específico, disse que o cérebro era como um computador, quando abrimos demasiadas janelas ao mesmo tempo bloqueia e que era isso que acontecia comigo neste momento mas que a memória ficava gravada, só não acedia era com a mesma rapidez aos ficheiros.
Receitou-me 1 ou 2 Xanax em caso de SOS que eu disse prontamente que só iria tomar 1 e não 2, em caso de muito muito muito SOS, pois viciada em medicamentos, já eu ando, não preciso de ansiolíticos. Disse-lhe que não tomava os da ansiedade e que também não iria tomar estes.
Riu-se, concordou e disse que eu tenho mau feitio, mas isso não é nenhuma novidade :).

Xarope fortificante

Não gosto de comprar medicamentos sem conselho médico mas já há algum tempo que andava tentada a comprar um produto substituto das vitaminas pois essas, apesar de a médica ter aconselhado que continuassemos a dar-lhas dado o baixo peso e percentil, não conseguimos ou porque nos esquecemos ou porque ela não as toma que sabem e cheiram mal como tudo ( não a critico ).
Andei em busca das ditas vitaminas em gomas mas estão esgotadas há muito tempo e parece-me que o Outono fez-se esperar mas agora vem em força pelo que mais vale prevenir, por isso procurei um substituto.
Não é propriamente um substituto porque não é um complexo vitaminico mas sim um fortificante das defesas naturais e segundo consta, com sabor a morango ( Royal Kid fortifik ) .
Como estou com o meu sistema imunitário diminuido ( estando inserida num grupo de risco da gripe ), este ano tenho de me proteger mais, pelo que, para além da vacina da gripe que irei fazer, terei de evitar ser contaminada. Assim, protejo-me a mim e a ela.
Havia também um da mesma gama para o apetite ( que comer agora é uma tragédia grega, ok estou a exagerar um bocadinho ) mas não comprei, vamos ver no que este dá.
Segundo a farmacêutica, apesar de dizer que é a partir dos 4 anos é o único que se pode dar a crianças com menos idade pois é absolutamente natural ( à base de geleia real, própolis e vitamina C ), bastando para tal reduzir a toma para metade.
Vamos experimentar.

28 outubro 2007

Há espera que abra...

Uma mini Caldea à Portuguesa.
Temos de experimentar.

http://www.imb-hotels.com/noticia.asp?idEdicao=63&id=69&idSeccao=11&Action=noticia

http://www.imb-hotels.com/grupo/hoteltermal.asp

Ninicos - Danças para bébés II

Fomos hoje e gostamos. Ela, sempre muito atenta mas envergonhada lá viu as bonecas a dançar e agarrada às minhas mãos, lá abanou os bracitos imitando as actrizes.
Valeu a pena.

Ninicos - Danças para bébés
Um espectáculo, no qual se combina a dança com música, luz, cor e elementos cenográficos. Criado pela DançArte, permite a interacção entre intérpretes, crianças e pais, num cenário confortável, adaptado às idades do público em causa. Crianças até aos 3 anos. Duração: 40m.

27 outubro 2007

Das consultas...

Andaram a iludir-me ao longo destes 2 meses. Sempre me foi dito que recuperaria a visão logo que os edemas estivessem curados.
Segunda fui à oftalmologista e recebo um :
- Os edemas estão praticamente curados, parabéns!
Por incrível que pareça não fiquei feliz e porquê? Porque vejo mal e se os edemas estão praticamente curados e eu vejo mal, quer dizer que tenho de lidar com esta incapacidade. Fiz a questão directamente à oftalmologista e à técnica que me fez os testes e responderam-me com cara de pena que não me podem dar certezas de nada. Ainda posso recuperar ligeiramente, se vou ou não ficar com visão dupla e se irei ou não ver melhor do que agora é uma incógnita a que só o tempo poderá dar resposta. Não quis desmoralizar logo na altura e tentei não pensar nisso, até quinta-feira, dia da consulta com a neurologista.
Quinta-feira mostrei a retinografia e diz-me o mesmo, que está praticamente curado, ainda tenho edema bilateral que ainda irá recuperar mas saber se irei recuperar ou não a visão é uma incerteza. Acontece que a pressão intra-craniana na altura em que estive com o excesso de líquido cefalorraquidiano fez com que os neurónios que " revestem " o nervo óptico ficassem pressionados e tivessem sido " empurrados " para o espaço ocular. Com essa pressão ocorreram os edemas e os derrames e pode ter ocorrido a morte dos neurónios ou apenas o seu traumatismo. Os neurónios não se regeneram tal como as células da pele, resta saber se ocorreu a " morte " ou apenas o " traumatismo " dos mesmos. Se morreram não há hipótese a não ser conformar-me, uma palavra que detesto, se estão traumatizados, então ainda há uma esperança que recuperem. Não há operação possível, a não ser talvez, daqui a uns anos, com as células estaminais. Desmorenei ali mesmo no consultório, por me terem mentido ( e disse-o claramente ), por poder ficar assim, por o meu trabalho exigir tanto da minha visão e da hipótese de fazer o quê o resto da minha vida, do que estudei para ter a profissão que tenho e desempenhá-la da melhor forma e poder ter de passar a vida a fazer algo que não gosto só porque o que gosto não consigo fazer .
Apeteceu-me crucificar o meu destino, destilei raiva e senti-me traída. Pior que uma verdade dolorosa para mim é uma mentira piedosa para supostamente me protegerem. Não protegeram nada e eu preferia à partida lidar com a verdade de poder ficar com uma visão deficiente do que pensar que iria recuperar a visão e agora ter de lidar com esta minha incapacidade.
Uns diziam-me para não perder a esperança, outros para me conformar, mas eu não consigo aceitar e nem que tenha de correr o mundo mas eu vou continuar a fazer o que gosto profissionalmente e não vai ser isto que me vai limitar.
Sou teimosa, muito teimosa e recuso-me a desistir. Entre o conformar-me e o ter esperança, escolhi continuar a ter esperança e fé, apesar de me ter zangado um bocadinho com o Senhor de lá de cima.

25 outubro 2007

À minha volta

Sou um pilar de quem me rodeia. Não sei desde quando nem porquê, mas sinto-o. Basta eu tremelicar um pouco e quem me quer bem receia, desnorteia-se, temem por mim e por eles. Quando eu estou desgastada, eles também estão, ficam inseguros. Esta é uma tremenda responsabilidade que nunca chamei para mim mas que quando dei conta, já a tinha em cima.
Não me deixam chorar por desespero ou cansaço, excepto o meu grande amigo e marido, que entende esta minha necessidade, ainda que pouco frequente, de o fazer.
Por vezes eu preciso de chorar, de deitar cá para fora o que me polui a alma e me aperta a glote. Choro e depois das lágrimas secas reencontro o meu sorriso, às vezes, ainda misturado no soluço do choro.

Pegadas na areia

" Uma noite eu tive um sonho.
Sonhei que estava a andar na praia com o Senhor e à minha frente, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia;Um era meu e o outro do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso entristeceu-me muito, e perguntei então ao Senhor." Senhor, Tu disseste me que, uma vez que eu resolvi seguir Te, Tu andarias sempre comigo, durante a minha caminhada , notei que nos momentos mais difíceis da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas que mais necessitava de Ti, Tu me deixastes. O Senhor respondeu me:
"- Meu Irmão. Eu Amo-te e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia, apenas um par de pegadas, foi exactamente aí que Eu,Te carreguei nos braços..." ".

Hoje procurei por Ti, pensei que me tinhas abandonado, que tinhas traçado o meu caminho pelo percurso mais sinuoso sem eu perceber porquê. Acho que já chega, que já suportei mais que a minha conta, resigno-me com o meu destino, com a minha pouca sorte, perco as forças, baixo os braços, sinto um cansaço e uma tristeza como ainda não tinha sentido ao longo deste percurso. Não aguento as lágrimas que escorrem à frente de quem as queira ver. Não Te sinto ao meu lado e pergunto-Te onde estás quando mais preciso de Ti. Mais tarde, já calma, percebo que estiveste ali hoje, no embargo da voz da médica, naquela avó do parque, na senhora da sapataria. Voltei a encontrar as forças e lembro-me desta sitação: Pegadas na Areia. Desejo que realmente hoje, quando mais precisei de Ti, Tu estivesses não ao meu lado, mas comigo no Teu colo.
Hoje baixei os braços não para desistir, mas para descansar, porque eu também preciso.
Amanhã será um dia melhor, tem de ser... vai ser!

24 outubro 2007

Só para registo futuro

Apesar do Verão " ranhoso ", Outubro esteve de bradar aos céus com dias mais bonitos que em pleno Agosto. Dia 22/10/07 ainda vesti manga cava, esta noite começou a chuva a sério.
Bem-vindo Outono ( mas vê lá se não trazes as ites, as oses e outras que tais contigo, ok? )

Concerteza madame

- Não poxo. Abora não poxo.
- Não podes porquê?
- Aaaaa... ( a pensar na resposta ) Tou canxada.

- Já bou. Cauma, cauma, tá bem? ( de mão em sinal de stop ).
( Como lêem foi sol de pouca dura e voltamos a ter de pedir, insistir e ela voltou às desculpas dela. Também estava a achar " fruta a mais " )

- Anda Beatriz, vamos tomar banho.
- Não é pexijo. ( Ela adora a hora do banho mas de vez em quando não quer ir e depois delira enquanto lá está, enfim... )
- É preciso sim, estiveste a correr, a brincar, estás transpirada e ainda por cima hoje fizeste xixi nas calças.
- E nas cuecas tamãe.
- Pois, eu vez de fazeres no bacio fizeste nas cuecas.
- Não é no baxio mãe, é na xa-ni-ta. ( Como se eu a estivesse a ofender porque ela já é muito crescida ).
Parece-me que aproveitaram a deixa e começaram a pô-la na sanita pequenina porque já mo disse váias vezes. Amanhã confirmo.
Cá em casa tem pedido a sanita ( sem redutor que não temos sequer) mas acaba por não fazer lá mas sim no bacio.
Amanhã confirmo .

23 outubro 2007

Midimi - Outras músicas para bébés

No Domingo fomos, ainda que atrasadas que eu esqueci-me que tinhamos o espectáculo ( esta cabecinha está uma lástima ) ao Midimi - Outras Músicas para bébés. Sinceramente achei muito incipiente, um pouco desorganizado e pouco interessante, pelo menos para a idade da Beatriz.
Não tem comparação possível com o Música e Dança para bébés do Olga Cadaval, que esse sim, gostamos bastante.
Midimi - Outras Músicas para bébés
O «MidiMi – outras músicas para bebés» é um momento/espectáculo inovador para a 1ª infância, propondo aos bebés música não clássica, mas sim música electrónica. Uma viagem através das estações do ano e dos seus sons, em que os instrumentos acústicos dão lugar aos instrumentos electrónicos, alguns bastante inovadores. O momento é sempre diferente, uma vez que os músicos com base na composição definida improvisam mediante as reacções dos principais personagens, os bebés e pais presentes, que também são convidados a participar na composição com vários instrumentos à disposição.

Estive 4 dias calada...

Agora ninguém me cala, olha o exagero de posts, credo!

Lanço-vos um desafio

Eu não sou destas coisas mas seria engraçada e proveitosa a partilha de experiências.
Escrevam no vosso blogue as vossas sugestões de fins de semana ( com ou sem links ).

Quem me sabe dizer?

Onde fica e o nome do restaurante algures na Serra da Estrela em que é o dono do restaurante que escolhe a ementa dos clientes?
Sei que há em Alvoco da Serra mas esse fica ainda longe do que quero e sei que naquela zona há vários assim.

Baralhada

Ontem deitada ao meu lado lá falava e falava e falava.
Ralho com ela e ela tenta beliscar-me. ( Em contrapartida antes tinha se levantado, tirado a chucha, desviado os meus cabelos e deu-me um beijo repenicado na boca sem pedir ).
Volto a ralhar e pergunto-lhe:
- O que é que se diz à mãe?
- Óbiada ( obrigada ).
- Não, o que é que se pede?
- Xáxabor ( se faz favor ).
- Não... desculpa.
- Excupa.
Não aguentei e tive de sair do quarto para me rir ( e lembrei-me logo da Leonor ).

Sugestões de escapadelas

Como há várias interessadas cá vão algumas dicas ( espero que úteis ) para planearem fins de semanas fora.
Geralmente uso o site do netviagens e escolho dentro das sugestões apresentadas de acordo com o valor, distância e claro, local. Faço uma pesquisa no site da michelin para ver distâncias, tempo de viagem e simular os gastos de portagens e gasolina.
Antes de reservar costumo ir ao site booking.com para comparar valores ( este site tem sempre promoções agradáveis )
Também usamos este site mas geralmente para ocasiões mais especiais dado que os alojamentos são mais caros.
Depois se tenho várias sugestões plausíveis, procuro no google por imagens dessas zonas e tento dentro dos meus contactos saber mais sobre esses locais . Recentemente como sou membro de 2 grupos de fotografias de Portugal do flickr, quando vejo fotos de locais que me agradam anoto para futuras pesquisas.
Não costumamos escolher pelo alojamento( que aí procuramos o básico dado serem poucos dias ) mas pela região em si. Depois escolho pelo que nos preencha mais as medidas :). Usamos também o site maisturismo para pesquisar alojamento por região. O site lifecooler também dá jeito para pesquisar alojamento e as foto-reportagens dos locais.
Quando procuramos termalismo primeiro escolhemos as termas que queremos e só depois pesquisamos o alojamento. Geralmente nestes casos escolhemos alojamentos mais baratos para nos desforrarmos em tratamentos termais.
Vamos mais para norte que para sul dado que o sul conhecemos melhor, apesar do Alentejo nunca ter estado nos nosso planos ( a rever ).
Algumas sugestões minhas de locais que fomos e que gostamos muito ( quase tudo para o descanso e não para grandes passeatas ):

- Ofir ( Hotel Ofir: quartos modestos mas o hotel muito agradável )
- Curia ( aqui fomos para os Apartamentos Curia, baratíssimos e com o que interessa, limpeza, cama, banheira e kitchenet ) - Imperdivel fazer termalismo.
- Viana do Castelo ( ficamos numa estalagem em frente ao Rio que já não me lembro do nome mas também não foi nada demais ).
- Luso - Não pelas termas mas pela mata do Bussaco. Se puderem ficar no Palace Hotel do Bussaco é magnífico. Já fiquei na Hotel do Inatel e não gostei ( com a desvantagem de terem de ser associados, apesar de eu não ser e de terem aceite a reserva na mesma ) e já fiquei no Hotel Eden que é razoável e tem piscina interior aquecida.
- Alvor - Por esta altura é que o Algarve é bom. Aqui como tenho a casa da minha mãe só ainda fiquei uma vez no Hotel Pestana Delfim. Também tem piscina interior aquecida e acho que também tem jacuzzi.
- Figueira da Foz - Não é um destino que me agrade muito mas vamos de vez em quando porque temos alojamento gratuito :). Dá para dar um salto à praia e passear pela serra. Já lá ficamos num hotel junto ao farol mas não me lembro do nome. Os quartos eram apresentáveis e os valores acessíveis.
- Praia de Mira - Aqui já fiquei na Hotelaria Quinta da Lagoa e gostei. O hotel é normal mas há a opção de alugar uma vivenda ( estilo rústico ) que podem dividir com mais pessoas ou usar " a solo ". A vantagem para além de ter cozinha e de não dividirem o quarto com os rebentos é que as vivendas estão mesmo numa ilhota no meio da lagoa. Saem da vivenda para a areia ( tipo praia ) da lagoa.
Há também um hotel novo chamado Miravillas mas não conheço.
As outras ideias que estão na calha são Ponte de Lima ( ou Arcos de Valdevez ), Sever do Vouga, Pinhão ( ou linha do Douro ), Caramulo, Vidago, Monte Real, Piódão etc, etc ( que ideias não faltam ).
Planear um fim de semana assim exige algum tempo nas pesquisas, mas vale a pena.
Se me for lembrando de mais escapadelas que valham a pena já feitas por nós vou actualizando.

O motivo do meu silêncio

Fui ontem à oftalmologista e não venho muito animada mas não me apetece falar sobre isso.

19 outubro 2007

Gosto tanto!

Ando aqui na pesquisa de roteiros para um fim de semana prolongado a 3.
A vantagem que os blog's nos trazem é a de " conhecer " diferentes pessoas em diferentes zonas do pais e poder pedir sugestões de passeios e ainda podermo-nos encontrar com essas pessoas.
O hotel já está reservado e foi sugestão de uma amiga destas bandas há muito tempo e o roteiro mais ou menos definido com a ajuda de uma outra amiga " bloguista".
Vai nos saber que nem ginjas.
Obrigada às nossas Cicerones:)

18 outubro 2007

Fim de tarde no parque

É tão bom para ela quanto para mim.

Teatro


Foste hoje, pela primeira vez pela escolinha, com os teus amigos e educadora ao teatro.
Apesar de a peça ser para maiores de 4 anos a educadora achou que seria adequada e lá vos levou.
Gostaste mas não me contaste a história. Eu bem te pergunto mas tu não dizes, deve ter sido algum pacto que fizeram.
Só espero que venhas motivada e que passes a comer melhor, já que andas com muito pouco apetite.

1 2 3 Uma Colher de Cada Vez

Ana e Fernando são duas crianças com 8 anos de idade, muito diferentes um do outro, e de mundos bem distintos. Ana é de um meio social mais modesto, vive sozinha com a mãe, e a abundância de comida na mesa não é definitivamente “o prato de todos os dias”.Pelo contrário, Fernando é filho de uma família bem abastada, mas apesar da fartura na mesa, Fernando é esquisito, come sempre as mesmas coisas, de uma forma pouco equilibrada e saudável, e às vezes é até insolente e mal criado.A “festa” começa quando os alimentos ganham vida e aproveitam para dar uma bela lição às crianças. Apesar de tudo, fortes relações de amizade vão nascer e momentos bem alegres e divertidos os nossos heróis vão viver!Classificação: M/04 anos.

DVD's

A Beatriz não liga a desenhos animados que durem mais que 5 minutos ( e, e... ). Como tal, cá em casa há poucos DVD's infantis e mesmo esses, raramente rodam no leitor.
Ontem quis ver o DVD da Ilha das Cores que o nosso primo fez e eu, tendo o PC ocupado a trabalhar disse para colocar no leitor.
Pois o facto é que o leitor está desligado desde a festa da escola de final de ano, ou seja, desde final de Junho.
Há quase 4 meses que não se vêm DVD's cá por casa, nem ela, nem nós ( e o tempo continua a contar porque ainda não foi ontem que se ligaram os cabos e fios do dito cujo ).

Linda menina!

Todas as noites a conversa do costume:
- Vai arrumar os brinquedos para ires dormir.
Todas as noites ela dizia que não ou pedia-me ajuda. Acabava por arrumar sempre mas quase sempre sob insistência de um de nós e com a nossa ajuda também.
Ultimamente tem arrumado os brinquedos todos ao final do dia, sózinha, sem a minha ajuda e no final diz :
- Já está agumado. Beijinho mãe/pai ( conforme o que se vai deitar com ela ), bou fajê ó-ó.
A cama nova fez milagres.
Linda menina!

17 outubro 2007

Coitadinha v/s Valentona

Fico a pensar se eu não ganharia mais se enfrentasse a doença e as consequências com choro, queixinhas, cara fechada e algum teatrinho. Chego a pensar que há quem julgue que nunca estive muito mal e que não entendem o porquê de ainda estar de baixa. A cara alegre e o bom humor parece que não são compatíveis com uma doença de foro neurológico. Tive de explicar por A+B que a visão distorcida, desfocada e às vezes dupla, não ajuda para quem trabalha com números, para quem tem de analisar e comparar folhas e folhas cheias de números pequeninos e alternar a vista entre o monitor do pc e as folhas de papel, fazer contas, rácios e claro, não errar, porque basta um número mal digitado para encrencar tudo. Tive de explicar que estar mais de 2 horas seguidas em frente ao computador ainda é uma miragem, quanto mais 8, nem falei nas dores nas costas.Tive de explicar que apesar de estar há quase 2 meses em casa, não deixei de trabalhar como trabalhadora independente, ainda que a um ritmo muito inferior, imposto por estas mesmas consequências. Tive de o explicar a quem o deveria saber à partida.
Eu devia aprender a ser mais queixinhas, ou não me serve de nada esta minha maniazinha de me " meter à valente ", mas não consigo ser de outra forma, eu só me queixo quando as dores ou o incómodo é insuportável e o meu conceito de insuportável é indubitavelmente alargado.
Não quero com isto que digam que sou ou fui muito corajosa, que passei por muito e tal porque eu sei melhor que ninguém pelo que passei, mas também não quero que ponham em causa se isto me fez ou não mossa. Eu sou assim, eu não gosto de me queixar, não ganho nada com isso mas sou assim e pronto.
A cada punção me perguntavam se doía muito. Sempre disse que doía, nunca disse que doía muito, porque para mim, o conceito de doer muito é o mesmo que dizer que as dores foram tantas que me fizeram chorar de desespero, sentir que já não aguentava mais, entrar em colapso nervoso, perder o controlo e isso nunca me aconteceu e portanto, não sou capaz de dizer que dói muito. Digo sempre, custa, mas aguenta-se,mas também disse que preferia passar por outro parto como o da minha filha, depois de 10 horas de dores contínuas sem anestésicos do que fazer outra punção ou voltar a ter as horríveis dores de cabeça que já tive. Pelo menos o motivo das dores era um bom motivo.
Quando a questão é posta por alguém que uma constipação leva à cama, irrita-me ainda mais, entristece-me.
Conseguiram enfurecer-me, afastar-me da calma e tranquilidade com que andava. Tiraram-me do sério.

Está decidido!

Já tinha pensado nisso e comentado com o meu mais que tudo.
Se tiver de fazer uma próxima punção lombar ( e dado que nessa altura não havendo infecção estou em condições de o fazer ) irei aproveitar o facto de me estar a submeter a tal e faço uma doação de medula óssea.
Pelo menos sofro por um bom motivo.

Palavras engraçadas dela

Paché - café
Gabo - Rabo
Machada - Almofada
Giapa - Girafa

Para compensar consegue dizer bem máquina.

Dos tempos da universidade

Estavamos no 4º ano da licenciatura. Os tempos das loucuras académicas tinham abrandado, mas ainda assim, muitas das nossas madrugadas de Sábado eram passadas no extinto Indochina.
Às 5ªs, dia do estudante, eram os ensaios das Tunas. Às 5ªs, na hora dos ensaios da tuna masculina nós tinhamos uma aula prática de 3 horas de Gestão Financeira com uma professora um pouco ortodoxa mas que nem assim conseguia muitas vezes captar a atenção das hostes ( mas também final de semana, dia do estudante e depois de almoço não era fácil ). A nossa sala era junto da sala de ensaios da tuna e nós analisavamos balanços e demonstrações de resultados ao som dos acordes e das afinações de vozes. As mesas e bancos corridos permitiam estarmos 4 e 5 ( isto é que era calor humano ) juntos.
Nesse dia estavamos apenas 3 e da sala das tunas ouvia-se o famoso " I will survive " da Gloria Gaynor, uma música que tocava várias vezes no dito Indochina.
O meu querido amigo Manéli, parco em palavras em inglês trauteava a música com uns " na na nas ". Eu e a Denise tentavamos estar atentas à explicação da professora de um qualquer rácio financeiro e estavamos constantemente:
- Cála-te Manel!
Ele calou-se e passado um bocado estava eu e ela instintivamente a cantar e a resolver um exercício :
- Now go, walk out the door...
Enquanto vagueava pelos blogues, vou ter a um que tinha esta música e claro está, veio à memória esta cena.
Esta música entra no ouvido e tenha eu 90 anos e vou-me sempre mas sempre lembrar deste episódio. Eu e eles que sempre que ouvimos a música e estamos juntos nos lembramos do mesmo.
Bons tempos! ( pareço uma velhota a falar mas foram mesmo óptimos tempos )
Divirtam-se e abanem o pézinho se quiserem:

http://www.youtube.com/watch?v=Xv6lHwWwO3w

Visão dupla

Não eu não ando nos copos não senhora, simplesmente os edemas bilaterais fazem com que por vezes veja os objectos em duplicado. Só tenho mesmo pena é que não duplique realmente os objectos, tipo as notas, por exemplo.
Ontem sai de casa à noite e sem óculos. Como não ia conduzir não voltei atrás. No caminho a Bia relembra-me que a lua está no céu. Eu olho e vejo não uma, mas duas luas, bem coladinhas.
Rio e comento com o Nuno:
- O que é mais romântico do que ver um luar? Ver dois luares.
- Deve ser do vidro.

Baixo o vidro:
- Não continuo a ver 2 luas.
- Não mãe, é uma ua.
- Pois é, mas a mãe vê duas.
- Ãnnnhhh?? ( do tipo, esta mulher está louca ).
- A mãe não trouxe os óculos e vê duas luas, mas é só uma, tens razão.
- Ããããnnnnhh?
- Esquece, a mãe está doida.
- Ahhhhhhhh! (do género, ahh bom )
- Como????

16 outubro 2007

A reacção à boa notícia

Não houve lágrimas, não houve choro, não houve nenhuma explosão de sentimentos contidos, nada, a boa notícia foi tão serenamente recebida quanto a que lhe deu origem, a má. [ Só a minha mãe continua neurótica com a quantidade de medicamentos que continuo a tomar, mas enfim, é mãe :) ]
Continuamos todos um bocadinho apáticos, incrédulos ou se calhar,a não querer dar pulos de alegria, porque de facto, isto não acaba aqui e agora. Vou ter de continuar a ser vigiada e pelo menos um dos medicamentos é para continuar durante 1 ano.
Não era a reacção que eu achava que iamos ter, nem a minha, nem dos que me rodeiam, mas de facto era a notícia que saberiamos que mais tarde ou mais cedo chegaria e por ser esperada, não houve surpresa. Porque de facto, todos sempre soubemos que este seria o desfecho, sempre soubemos com uma certeza que não se sabe de onde veio que este era o final, como se já nos tivessem contado o fim da novela quando ela ainda ia a meio.
Acho que esta boa " onda " gerada à minha volta muito contribuiu para este " apressar " da cura. Porque eu acredito realmente que pensamentos positivos trazem consequências positivas.

Eu acreditei em Ti e Tu acreditas-te em mim!
Obrigada!

15 outubro 2007

A boa notícia chegou agora

E eu estou tão embasbacada que o post vai sair sem narração:
- Lúcia, já tenho os resultados da punção. O líquido está bom.
- Bom como? Bom sem infecção?
- Sim, já não tem infecção, parabéns, está curada.
- Mas curada, curada? Mesmo?
- ( risos )Sim curada, mesmo. Reduzimos a medicação quando fizer 2 meses, que está quase. Venha cá pouco antes. Entretanto temos de vigiar os edemas.
- Ok. Obrigada. Parabéns também para si.
- Eu não, Lúcia, a Lúcia é que se curou, eu só supervisionei. Beijinhos
- Beijinhos.

Estou curada da infecção no líquido cefalorraquidiano, ou seja estou curada da meningite sub-aguda. Não lhe descobrimos a origem e por isso, por prevenção a medicação para ambas as doenças vai continuar e a retirada da mesma será gradual. Falta curar os edemas, mas já é muitíssimo bom.
Conseguimos curar uma meningite num tempo record ( com menos de 2 meses de medicação ).
Boa!

14 outubro 2007

3ª Punção Lombar

Há hora marcada eu estava lá, a médica é que não pois também ela tem " direito " a ter enxaquecas que levam a vomitar.
Passada a sua má disposição lá veio ter comigo.
Conversamos um pouco e lá fiz o que tinha a fazer. Posição fetal, o mais enrroladinha possível ( e mais um elogio desta vez da enfermeira pela minha flexibilidade ).
- Vamos lá Lúcita. Onde é que dói.
- Aiiii. Na coluna.
- Estou lá perto. E agora?
- Aiii. Na coluna, na coluna.
Aii, agora na perna.
- Na perna? Qual?
- Esquerda.
- Então tem de ser para cima, mas não pode, é aqui. Vou tirar a agulha.
- Relaxe um bocadinho. Vou dar com anestesia local ( que não é mais do que a mesma anestesia para retirar sinais )
Tempo para secar o suor do rosto e volta ao mesmo. Nova picadela.
- Dói?
- Agora não.
- Que ideia. Estou lá, vamos medir a tensão. 26. Ainda está em excesso mas pouco.Quanto estava da outra vez?
- 39.
- Corre tão pouco. Prefere estar assim uma hora ou que a pique de novo?
- ( fico no silêncio a pensar na resposta ). Continue.
- Tussa, tussa. Ai, saiu do sítio. Ai que vou ter de picar outra vez, ai.
Ajeita a agulha e lá consegue evitar uma 3ª picadela.
- Tussa, tussa.
- Vem com sangue mas está a correr. .. 1º frasco, 2º frasco já vem limpo, 3º... ( vários minutos depois ) 4º. Já está. Desta vez é menos um.
Muito bem Lúcia pode esticar as pernas. Já passou.

Cada vez a minha resistência e conceito de dor é mais alargado, cada vez eu acho que suportaria mais, cada vez mais eu sei que a dor depende e muito do estado de espírito com que a enfrentamos.
Doeu claro, mas nada, comparado com a anterior. Correu bem.



48h passaram

E eu sou uma péssima paciente, eu sei. A não ser que tenha dores realmente fortes e eu não cumpro com o que me foi prescrito.
A punção correu bem ( dentro do que se considera correr bem uma punção lombar ) eu não tive dores de cabeça e por isso abusei, não fiz repouso absoluto nem nada que se parecesse com isso e se não fossem as dores nas costas, eu nem me tinha lembrado que a tinha feito.
Desde uma festa de aniversário a estender a roupa não tenho parado e lá de vez em quando ( como agora ) lembro-me do mal que posso estar a fazer e sento-me ou, mais raramente , deito-me.
Acho que para a próxima Deus me castiga e me volta a dar de " presente " as dores de cabeça, tonturas e os vómitos, só assim eu consigo parar.

Xixi na sanita

Tinha de vir registar.
Ela que tinha medo de se sentar na sanita pela altura a que ficava do chão, ontem, em casa dos tios, fez sempre xixi na sanita, sem redutor.
Muito pelo facto de ter visto o primo, um ano mais velho fazer o mesmo, mas que perdeu o medo, perdeu.

12 outubro 2007

So far...

( Até tenho medo de dizer) ... so good.

Descobri a cura para as minhas insónias

Estou a trabalhar e já desde as 22.30 que estou com uma pedrada de sono desgraçada.
Da próxima vez que me der uma das minhas insónias, já sei o que faça, é tiro e queda :)

11 outubro 2007

Miscelânea

Acordou e veio ter comigo estava eu no duche. Dou-lhe o meu colinho e um abraço de bom dia. Pergunto-lhe se dormiu bem e responde-me que sim. Vai fazer um xixi no bacio. Preparo-lhe o leite ( que não bebe ) e só quer colo.
Vamos tomar as duas o pequeno almoço na cozinha, ela come um iogurte enganada.
Volto a colocá-la no bacio porque o xixi foi muito pequeno e temo que haja descuidos na cadeira do carro. Não faz mais nada e visto-a. Continua a querer muito colo. Dou e entre o malabarismo de um abraço apertado, lá a vou vestindo.
Pergunta-me se estou doente. Já não me fazia a pergunta há tanto tempo, parece que pressente. Digo-lhe que estou quase boa, como sempre. Pergunta-me se vou trabalhar e digo-lhe que sim e que ela vai para a escola.
Chegadas ao colégio, o forro da cadeira tem brinde e na escola lá a tem de mudar. A minha intuição não falhou mas acho que não devo voltar a colocar a fralda para o trajecto.
Temo que para a semana ao ver-me novamente de cama, novamente com péssimo aspecto e saber que sai de casa mas que eu lá fico hajam retrocessos no desfralde, mas logo se vê.
Não estou preparada para vê-la chorar para sair de casa, nem de a ter novamente carente e de voltar a não poder cuidar dela. No fundo, o que me custa mais no meio disto tudo é que ela sente que não estou bem, mas não percebe o porquê. No fundo, o que me custa mais é ser menos mãe, ainda que durante um " curto " periodo de tempo.

10 outubro 2007

Hoje o meu pai faz anos

Mas pela primeira vez não lhe dei os parabéns, não porque não me tenha lembrado, mas porque já não falamos há vários meses e não seria capaz de responder à óbvia pergunta do : Está tudo bem?, com um: Sim, está.
A nossa relação não é má, simplesmente não é. Se é verdade que já me magoou muito, já não faz mossa nenhuma. Habituei-me, aprendi a gerir as emoções e as frustrações constantes que ele me dava, porque tinha sempre esperança que ele melhorasse ou mesmo, que mudasse.
Já lá vão 18 anos e ele não melhorou, muito menos mudou e sinceramente, não me faz falta o relacionamento com ele. Faria falta um relacionamento normal de pai para filha, não o tipo de relacionamento que temos.
Espero nunca me arrepender da atitute que tomei, mas hoje, fechou-se mais uma porta no nosso " pseudo-relacionamento ". Digo-o sem a voz embargada, nem lágrimas nos olhos, nada.
Digo-o sem mágoa, porque de facto já não me magoa, o meu coração petrificou para não sair magoado.
Às vezes pergunto-me como consigo esta bipolaridade, tão emotiva e sentimentalista para uns ( felizmente a maioria ) e tão fria para outros.

Em contagem decrescente.

Estou em contagem decrescente para a 3ª punção lombar, é já na sexta-feira.
A probabilidade de descobrir a origem da doença e ter um diagnóstico é mínima mas é a única forma de avaliar o evoluir da infecção, daí, não há volta a dar.
Na realidade não quero muito pensar nisso mas a experiência das 2 anteriores já me fez preparar para estar no mínimo dos mínimos 3 dias sem levantar a cabeça da almofada. O cesto da roupa deverá ficar vazio ( ou o que mais se assemelhe com isso ) e hoje a máquina decidiu voltar a deitar água por fora, a roupa mais urgente passada ( que o meu gajinho passa mas as roupinhas dela de tamanhos muito pequenos não ficam em condições ) e o frigorífico e congelador cheios.
Logo agora surgiu imenso trabalho na empresa onde sou trabalhadora independente e aí, meus amigos, não há baixas, só obrigações.
Nas outras 2 punções não programei nada disso e de facto não deixamos de comer, nem de nos vestir, se calhar sou só eu a tentar abstrair-me do que vou voltar a passar.
As nódoas negras das 2 anteriores ainda não passaram, já lá vão quase 2 meses e lá vem mais uma picadela.
Tenho de me habituar porque esta provavelmente não será a última punção a que me sujeito, mas agora, se calhar por já me sentir melhor, está a custar-me saber que vou voltar a ficar mal.
Como sou optimista e como só em 30% dos casos é que dá as dores de cabeça, pode ser que desta vez, para variar, eu faça parte da maioria.

09 outubro 2007

O quarto dela

Como ainda deve demorar a estar completo, vai uma pequena amostra de como ficou.
As fotos não dão grande visibilidade mas foi o que se conseguiu.

Banalidades

Ao longo destes quase 3 meses aceitei bem com as dores, aceitei os desconfortos, as noites mal dormidas, as insónias, as picadelas para análises, as tonturas, aceitei bem o estar em casa e todos os exames e tratamentos a que me sujeito, mas ao contrário do que eu pensava, não aceitei de bom grado as mudanças físicas. Eu até nem sou muito vaidosa, eu até sou prática mas todas as consequências resultantes em mudanças físicas incomodam-me. O cabelo a fraquejar ( que felizmente já estabilizou ), as unhas quebradiças e amareladas, as nódoas negras que parecem uma praga, as borbulhas no rosto, pescoço e braços, as alterações na minha tez de pele e principalmente o inchaço no rosto, pés e pernas. Por causa da cortisona ( e não sei se só ) eu que já tinha o rosto redondo tenho uma cara de bolinha e um queixo duplo que enfim, nem vale a pena comentar. Não gosto do que vejo ao espelho e eu para estar bem comigo mesma tenho de gostar minimamente " de mim ".
O orçamento actual está muitíssimo limitado por todos os gastos inerentes à doença mas hoje não quis saber do orçamento e fui cuidar de mim. Fui ao cabeleireiro e pintei ( sim porque os cabelos brancos não cediam à coloração ) e cortei o cabelo por forma a favorecer o meu rosto.
Não está bem, mas está melhor do que estava.

Antes no cabeleireiro que no psicólogo :).

A pergunta do momento

- Quem é esta caja?
- Quem é este cago ( carro ) ?
- Quem é este xinhôr/ xinhora?
- Quem é...

08 outubro 2007

Porque me sinto discriminada, assinei

Tuga que é tuga arranja sempre forma de contornar a lei. Por diversas vezes assisti a situações da chamada " esperteza saloia " em que se fazem malabarismos para se contornar a lei e beneficiar com o facto. Mas, há sempre um mas, para uns sairem beneficiados, há outros tantos que " pagam " por isso. Eu não gosto das " espertezas saloias ", não gosto de saber que para eu sair beneficiada prejudico outros tantos, não me sinto bem com a minha consciência, mas conheço casos de perto de pessoas que optam por não casar por exemplo para obter benefícios fiscais ou simplesmente mais abono, mães que se dizem solteiras para obterem subsídios ou outras benesses e que sempre viveram com os pais das crianças e até, casais que se divorciaram no papel, mas não nos lares. Condeno, opino mas não posso fazer mais que isso porque depende da consciência de cada um e do seu sentido cívico. ( Atenção que não condeno quem opta por não estar casado, condeno quem faz essa opção apenas e só para obter benefícios ).
Várias associações se lembraram desta discriminação e criaram uma petição para apresentar ao Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, para acabarem com esta discriminação.
Eu, está claro, assinei.
http://www.forumdafamilia.com/peticao/obrigado.htm

07 outubro 2007

O quarto dela

Ontem fomos buscar a cama nova. 70 kms depois ( ida e volta ) chegamos a casa cheios de energia para montar a cama e... a cabeceira da cama tem defeito. Bufo, grunho, reclamo e tentamos durante mais de meia hora telefonar para lá. Atendem-nos e dizem que temos de lá ir trocar a cama ou esperar até dia 24 para que venham cá a casa buscar a cama e trazer outra. E até lá, colocavamos o colchão no chão ou coisa do género para que a cama não se danificasse ou não se lembrassem de dizer que o estrago fomos nós que o fizemos. Vai dái não arrisco e fazemos mais 70 kms e devolvemos a cama. Reclamo mais um bocadinho na esperança vã que nos fizessem um desconto mas qual quê.
Montamos a cama, passo os lençóis novos a ferro, faço a cama, arrumamos o quarto e eu fico de sorisso estúpido a olhar da porta para o quarto. Gosto, gosto muito. Está espaçoso, alegre, é um quarto de criança. Faltam uns pormenores, como mudar os autocolantes por uns mais simples que já enjoei destes, comprar a barra de protecção e colocar uma prateleira mais e fica como queremos, com espaço para brincar.
Ela adorou e enquanto montavamos a cama, depois de ter dormido a sesta só dizia que queria ir dormir.
À noite com a excitação custou a adormecer, ela, que eu adormeci vestida até às 5.30 da manhã. Garanto que o colchão do Ikea de molas é confortável e ainda nos deu direito a um desconto de 10%.
Depois mostro fotos.

04 outubro 2007

O " bom feitio " da mãe

Hoje não queria ir para a escola. Lá foi aliciada pela aula de música mas ainda assim não muito satisfeita.
Chega à escola e vai direita à sala. Pelo caminho cruza-se com o Gabriel, um amiguinho das brincadeiras.
Gabriel: - Olhaaaaa! A Beatiz! ( feliz por vê-la )
Ela: - O que éééé!
E entra sala adentro.

Que bom feitio!

27 meses

És linda, inteligente, afectuosa, " desenrrascada ", sociável, desinibida e meiga. Mesmo que assim não fosses o nosso amor e orgulho em ti não seria mais pequeno. O mais importante de tudo, és feliz.
Amamos-te incondicionalmente.
Parabéns princesa.

03 outubro 2007

Oficialmente de cuecas

Foi hoje para a escola de cuecas depois de ontem ter vindo da creche para casa da minha avó de cuecas e sem acidentes ( mas ontem não foi intencional, apenas se esqueceram de colocar a fralda antes e nada me disseram ).
O caminho é curto ( 5 minutos de carro ) e depois do grande xixi no bacio e de uma fralda da noite encharcada também não esperava acidentes.
A partir de hoje irá de cuecas para a escola mas para os longos trajectos ainda não me aventuro que o tempo não está para secar cadeiras auto.
Mais um passinho no desfralde.

Encontro

E ontem, depois de vários desencontros, de várias " desmarcações" ", de estarmos na mesma hora e no mesmo local e não nos cruzarmos, finalmente " conhecemos " fisicamente estes amigos. Era a única coisa que faltava já que falamos há muito tempo.
Adorei, foi como se nos conhecessemos há muito ( e de facto assim é ) e até as crianças reagiram assim. Ficámos surpreendidas com o Tiago e a Beatriz que brincaram juntos, correram um atrás do outro, riram, partilharam, deram as mãos, deitaram-se no chão juntos e no final ainda chamavam um pelo outro. Pareciam amigos de há muito.
O Tiago ainda me desafiou para me deitar no chão com ele, mas resisti :).
Despediu-se da Ana com um abraço ( nada normal dela para quem não conhece ) e escostou a bochecha dela na bochecha dele ( não se pode chamar aquilo de beijo ) e quando vinhamos embora à minha pergunta:
- Gostaste do Tiago?
Respondeu ( depois do famoso Ãããn ) :
- Xim... muito.
E eu hoje até sonhei com o Tiago.
Muito bom, a repetir aqui ou mais perto das " terrinhas ".

Tiago e Bia
Na foto, dentro de um " come-moedas ".

A culpa foi minha

Mas eu não sabia.
Ontem fui à minha médica para uma consulta da minha avó.
Perguntou-me como me sentia e disse-lhe como estava. Disse que não era normal e acabou por me observar a mim antes da minha avó ( a velhota está melhor que eu, eheheh ). Viu os meus olhos e disse que estavam ligeiramente melhores que na semana anterior pelo que não havia motivo. Perguntou-me se tinha falhado alguma vez a medicação:
- Ahh era isso que eu queria pedir-lhe, a cortisona acabou e eu não encontro a receita. Como vinha cá hoje não tomei.
- Não toma desde quando?
- Falhei 3 tomas.
Leva as mãos à cabeça e diz-me:
- Não pode fazer isso, sabe que mais uma ou duas falhas e pode entrar em coma? Vá já à farmácia e tome já.
- Está a exagerar?
- Não, não estou, mas a Lúcia não gosta de pesquisar, vá ver se estou a brincar.
- Não, eu acredito ( ehehehe ).
- Agora faz uma toma e não tome à noite se não dá-lhe uma espertina desgraçada e amanhã toma mais tarde que o habitual. Gradualmente vai voltando à hora da toma habitual. Até na hora da toma deve ser coerente.
-Ok, eu não sabia.
-Os outros não deve, mas pode falhar, a cortisona não. Está com uma dose muito grande de cortisona, uma só toma faz diferença.

À noite já estava melhor e hoje apesar de ainda não estar bem, estou quase fina.

02 outubro 2007

:/

Hoje estou um bocadinho para o K.O. Dói-me a cabeça, estou nauseada e sinto tensão na nuca e costas.
Devia descansar mas está claro que não posso, o dia está preenchido com situações inadiáveis.

01 outubro 2007

Mudou o tempo

E eu sinto uma moínha na zona das punções. Não posso dizer que é dor, mas é quase a mesma sensação de quando tinha a agulha espetada nas costas enquanto me tiravam o líquido.
Já me disseram que é comum e que durante um tempo sou capaz de sentir em cada mudança de tempo.
Ganhei um " avisador meteorológico ".

Os fins de semana em Torres são assim...

Com muita brincadeira, com ar mais puro, com liberdade para correr, pular, mexer nos gatos dos tios e padrinho, pegar na cadela dos avós ao colo e fazer dela boneco e quando o tempo deixa ( que não foi o caso ) ir até aos baloiços. A brincadeira foi tanta que deu direito ao seu primeiro galo.
Estivemos a um bocadinho assim de conhecer estes amigos, mas como somos ambas teimosinhas, não desistimos de nos encontrar.

Ela e os bichos

Atrás dos gatos

Cá em casa gostamos tanto desta música

E do vídeo também. Quantas e quantas vezes que um abraço é a melhor coisa do mundo, o melhor presente que nos faz sentir aquele tremelicar no peito e a alma cheia.
A todos quantos queremos bem, Jorge Palma, Encosta-te a mim.