Há tanto tempo que isto não acontecia

Só para contrariar o post em que dizia que não estranhou a mudança no colégio hoje ficou a espernear porque não queria ficar na “ escouinha amarela “ ( Jardim de Infância ) e queria ir para a escola dela.

E por falar no mês de Agosto

Falei com a directora mas não me disse o que depois li em casa no " comunicado ", não teve coragem, pois, claro!
Para além da mensalidade sem alimentação, já paga em Jan/Fev/Março, pedem um extra de 10€/dia por criança para ficarem uma quinzena com eles em Agosto. Significam mais 100€ por 10 dias úteis quando a diferença entre a mensalidade com alimentação e sem alimentação para um mês inteiro é de 50€ e inclui a ginástica e a música que em princípio não terá por os professores estarem de férias.
Se isto não é um roubo, não sei o que lhe chamar!
Já leva um daqueles meus recadinhos na caderneta e quero ver se a apanho ao final do dia para lho dizer, cara a cara.

Jardim de Infância II

Falei com a directora. A mudança afinal foi não só porque a educadora do ATL saiu ( ou vai sair não sei bem ) mas também porque como este ano estarão abertos metade do mês de Agosto, implica que a partir de Junho algumas educadoras comecem a gozar férias. Para que as crianças não estranhem estarem com outras educadoras que não a sua, decidiram reorganizar as " turmas " para que cada criança conviva um pouco mais com a educadora que ficará a substituir a sua nas férias. Esta adaptação já estava pensada mas não tinha sido comunicada aos pais e foi antecipada com a notícia da saída da educadora.
Assim, metade dos meninos da sala da Beatriz, os maiores ficaram com a educadora dos 3/4 anos e a outra metade ficou com a sua educadora. A Beatriz, sendo " minorca " ficou na metade dos pequenitos. Na sala da Beatriz está a outra metade dos meninos dos 3/4 anos mais " pequeninos ". Assim, os miúdos adaptam-se a estar com ambas as educadoras e não haverá grandes problemas com rivalidades dos miúdos entre salas porque já começaram a conviver entre si, apesar de, desde Janeiro, haver o tal intercâmbio regular entre a creche e o jardim de infância. Isto porque a educadora dos 3/4 fará as férias da educadora da Beatriz e vice-versa.
Na quinzena da praia, os meninos que tal como a Beatriz não vão, ficarão de manhã com a educadora Sofia, da sala do 1/2 anos, a sua ex-educadora. À tarde em princípio juntar-se-ão aos colegas regressados da praia e à educadora.
A Beatriz não estranhou mas continua a dizer que a sua escola é a outra e pede os brinquedos que lá ficaram e que estava habituada a ter.
Afinal, a alegria da educadora deveria ser pela colega ( e amiga ) e não por si, já que se manterá, pelo menos este ano, no colégio.

Eu estou mesmo diferente!

A doença mudou-me, acalmou-me, fez-me ver a vida com outros olhos e o que é um facto é que deixei de me irritar com as pequenas coisas. Noutra altura do " campeonato " eu já estaria a espumar pela boca, prestes a ter um colapso ou a deitar o " moçoilo engenhêro " da janela fora. Por enquanto " só " lhe dei uma corridinha em osso e parece-me que nos próximos tempos não me vai chatear mais, também não terá grandes hipóteses pois para a semana estou de FÉRIAS ( a levar trabalho atrás, mas de férias )!

Sabe sempre bem ouvir

Mas sabe ainda melhor quando é dito por uma profissional com cerca de 10 anos de experiência como educadora de infância.
Ontem fui buscar a Beatriz ao J.I.
Chegada lá a educadora da Beatriz já tinha saído ( às 18.00 ) e ela estava há cerca de 15 minutos com a educadora da sala dos 4/5 anos. A educadora veio dizer-me que estava espantada com a Beatriz, que não tinha noção do quão desenvolvida ela estava, que lhe tinha dito todas as letras que estão afixadas na sala, os números, que falava muítissimo bem e com vocábulos incomuns, que era muito cooperante e que a tinha ajudado a tratar dos " bébés " ou seja, dos meninos da sala dela ( 2/3 anos ). Disse que em tantos anos nunca tinha conhecido nenhuma criança com um desenvolvimento tão grande da idade dela. Eu limitei-me a sorrir e a babar mas há mais desenvolvidas que ela sim, mas também é um facto que ela é especial e eu tenho direito a sentir orgulho nela :)

Isto é amor...

Um destes dias descubro dentro do meu portátil uma moedinha de chocolate, trazida da Eurodisney e estrategicamente lá colocada pela minha pequenina.
Não pude deixar de sorrir.
Devo dizer que apesar do aspecto de ter derretido e voltado a solidificar, foi dos melhores chocolates que comi em toda a minha vida :)

Preparativos do aniversário

A sala está reservada, será no mesmo local do ano passado, a decoração comprada, os bolos " pensados ", os convites virtuais feitos a lista de convidados " alinhavada ".
Eu realmente sou mesmo metódica ( ou devia mudar para organizadora de festas ) :)

Filhos

Noto nele saudades de ter um bébé nosso. Fala nisso com alguma " ansiedade ". Alerto-o para a diminuição drástica da fertilidade feminina ( e masculina também ) depois dos 30 numa de o preparar para o que possa ser uma eventualidade depois desta doença estar realmente controlada ( que não tem cura ).
Eu não as tenho, ou sou tão " manipuladora " que até os meus sentimentos consigo contornar, talvez porque de facto é um plano de médio e longo prazo com muitas condicionantes por resolver antes, quer físicas/saúde, quer financeiras. Por enquanto, chegam-me os " bébés dos outros ".
A Beatriz pede constantemente um mano sem ter ainda a real noção que um mano implica partilhar os pais, o colo, os brinquedos, a atenção, quase tudo. Pensei que me fosse custar ouvi-la pedir um mano/a nas minhas condicionantes físicas mas não custa, de facto não. Não posso e não posso, pronto. Se um dia puder, óptimo, se não tudo bem na mesma, sinto-me " abençoada " por já ter passado pela experiência da maternidade. Mas não digo que não penso em ter mais filhos, digo sim que aceitarei se não os tiver. Tanto é que sou tão metódica que os planos estão delineados, com quem ficará no primeiro ano/ ano e meio, diferença de idades que facilitam monetariamente as mensalidades do colégio, etc.
Aceitar aquilo que a vida nos oferece de sorriso nos lábios e não estar à espera angustiada do que há-de vir/pode vir é um lema.
Viver um dia de cada vez, satisfeita com aquilo que tenho e eu tenho uma família tão bonita e tão feliz!

Ainda do valor monetário das coisas

Diz que “ vamoje à máquina ( ATM ) comprar dinheiro “ e não que a máquina “ dá “ dinheiro. Nunca lho explicamos.
Lembro-me que a minha sobrinha ( e acho que a maioria das crianças ) quando diziamos que não tinhamos dinheiro “ resolvia “ a situação dizendo para irmos até ao Multibanco que “ ele dava dinheiro “.

O valor monetário das coisas

Quando lhe nego alguma compra sem lhe explicar o porquê, pergunta:

- É munto caro?

Não há c* que aguente

- J. queres um chocolatinho? ( o tal engº )
- Não, mas olha, já agora, podes me ajudar? Quero saber qual foi o crescimento deste valor para este
- Em termos percentuais?
- Sim!
( Oh God )!

- Diz-me uma coisa, 2 vezes e meia são 150% não são.
Arregalo muito os olhos incrédula.
- Não! 2 vezes e meia são 250%
- Como assim?
- 1 vez são 100%, 2 vezes são 200%, mais meia/metade , 50% dá 250%, certo?
- Estou baralhado.
- Olha não te sei explicar melhor!
- Podes me fazer uma fórmula no Excell? ( ou seja, fazer o trabalho que lhe pediram a ele para fazer )

Compras

Aproveitei os saldos e comprei-lhe imensa roupa. Muitas sweats que davam um jeitão para este tempo, calças de ganga, casacos de malha, etc. O roupeiro ficou cheio, na altura à espera da época certa para as vestir. A época está aí mas a roupa não lhe serve, está tudo muito grande. Comprei tudo ou quase tudo tamanho 2 anos, a pensar que aos quase 3 anos as vestiria. Não veste e para o ano se calhar não servem. Gastei dinheiro e não usufrui de nada. A ideia era boa, pouparia ao comprar em saldos, mas saiu-me o tiro pela culatra porque a minha pequenina é mesmo minorca e portanto tudo lhe fica a nadar ( mesmo as calças com cintura ajustável ficam muito largas no rabo e pernas, para não falar nas bainhas ).
Assim sendo, tenho um roupeiro a abarrotar, literalmente, mas todos os dias à noite é uma dor de cabeça para escolher o que vestir no dia seguinte. É esperar pelo fim do mês que está aí e tenho mesmo de ir às compras, desta vez para comprar o tamanho certo que já não caio na tentação de comprar " para o ano que vem ".

Jardim de Infância

Deixou a partir de hoje de ir para a creche, passou a ir diariamente para o Jardim de Infância junto com os seus amiguinhos e com a educadora.
Irá haver reestruturação no quadro docente e pelo ar satisfeito hoje da educadora da Beatriz, deve ter sido integrada num organismo público, ou seja, irá ganhar mais. Não critico porque é o trabalho dela, mas, apesar de termos algumas divergências, não me agrada nova mudança de educadora. Tudo suspeições, que a confirmação terei amanhã, quando falar com ela ou com a directora.
Um dos inconveninetes dos colégios privados, as educadoras ganham menos, logo, sempre que conseguem colocações no estado, partem, contudo, também no estado, há mudanças regulares de educadoras ora porque pedem destacamento, ora porque, salvo erro, de 3 em 3 anos, são mudadas pelo próprio estado.

Diz uá!

Das expressões que lhe acho graça, esta é uma delas. Quando a chamamos e não percebe vem " disparada " ter connosco, com ar muito autoritário perguntar:
- Diz! Diz uá ( diz lá )!

Os erres no meio das palavras

Já dizia algumas vezes, agora passou a dizer quase sempre os erres correctos, aliás, até faz uma pequena pausa e frisa o " re ".
Alguns exemplos que me lembro:

Bar(e)co ( Barco )
Parexe ( parece )
Por(e)quê ( porquê )
Por(e)ca ( Porca )
História
Ávore/Árvre - Árvore

Fala tão bem que parece uma criança de 4 anos ou coisa do género.
Estás a crescer tão depressa miúda!

Da festa de anos...

Aquando da escolha do tema pedimos-lhe a opinião. Escolheu e agora conta a toda a gente que vai fazer 3 anos e que eu ( o pai não, não sei porquê ) lhe vou comprar um bolo das princesas. Tudo o resto é secundário, o bolo das princesas é que não pode faltar.
Chato, chato é que ainda falta quase 1 mês e meio e todos os dias me pergunta quando vai ter o bolo...

Fim de semana prolongado

Para que a adaptação ao trabalho a tempo integral ( em 2 lados por sinal ) e novamente com horários não fosse muito má.
Rumamos a sul mas nem por lá o tempo esteve para grandes passeios. Ainda assim demos um saltinho à praia.
Domingo foi a primeira comunhão da minha afilhada e eu recebi um piropo do meu marido que pela primeira vez ao longo destes últimos meses o senti real, não que ele me mentisse mas porque realmente me voltei a sentir " engraçadinha ". O novo corte de cabelo também ajudou à festa.
Comecei a desinchar lentamente e Domingo dos sapatos novos que comprei para a cerimónia, o do pé direito caia-me. Chato porque dava uma andar pouco cómodo, mas bom porque começo finalmente a ver resultados.

Trapalhona

Tropeçou à pouco dentro de casa. Mal bateu e o dente que da outra vez magoou deu de si e começou a sangrar da gengiva. Mais um bocadinho de dente lascado, mais uma ida ao dentista para a próxima semana e vamos lá ver se o dente se aguenta ou se vai ficar desdentada até aos 5/6 anos. Fiquei mesmo chateada, pá, eu sei que isto acontece, eu sei que não lhe posso aparar todas as quedas, mas...

Preparando a festa

Já tinhamos decidido entre um dos 3 temas : princesas, dora ou mickey/minnie. A decisão final seria em função do preço, ou seja, ficaria o mais económico.
Já tinha visto os preços na loja de uma colega minha, onde comprei o ano passado com 20% de desconto. Numa das minhas idas ao hiper vi os preços e anotei no telemóvel para comparar. Ontem desfolhava um panfleto do Lidl e vi que os preços eram bem mais económicos e também com o tema das princesas.

A promoção era de ontem mas eu fui lá hoje para ver se ainda teria sorte. Consegui comprar tudo ( pratos, guardanapos, copos e 2 toalhas ) para 32 crianças ( que os adultos vão de pratos, copos e guardanapos brancos ) por 27€ e não pelos 42€ que compraria noutra qualquer loja de artigos de decoração.Assim sendo, já temos parte das compras para a festa de aniversário feitas.

Da imaginação dela

Continua a atribuir parecenças a quase tudo, incluíndo aos cócós :).
Na quarta-feira pelo caminho no carro:

- Óia mãe, aqueua árvre ( árvore ) parexe um ananás.

Não vi a árvore em causa mas percebi que seria uma palmeira. De facto nunca tinha pensado nisso mas até que se parecem sim.

Oh my dog

É a 2ª vez em 2 dias seguidos que aqui a “ Dra. “ explica ao “ Engº “ cá do sítio como se calcula uma percentagem. Ohh my dog!

Desmame da chucha

Depois da história(s) já adormece sózinha e sem chucha. Tem adormecido mais tarde que o costume também porque enquanto eu andar na fisioterapia chego a casa às 21h.
De noite se acorda é mais dificil que volte a adormecer sem chucha e nessas vezes, o sono tem falado mais alto que nós e temo-la dado. Hoje foi uma dessas noites.
Contudo, no geral, foi relativamente pacífico o desmame da chucha, ainda que de vez em quando, como disse, tenhamos de nos socorrer da anatómica para acalmar nas noites mais irrequietas.
Em uma semana largou a chucha e voltou a adormecer sózinha.
Está mesmo crescida!

Estou feita, estou!

- O Gabiéu pode vir à noxa caja?
- Pode, mas ele quer vir?
- Xim eu já dixe a eue.
- Então mas quem te disse para o convidares para vir cá a casa?
- Foi a Ana ( aqui cheira-me a mentira ) que dixe que eue vinha pá minha caja bincar.
- E já perguntaste se ele pode vir cá a casa?
- Não, mas aminhã vou pedir à mãe deue para deixar, tá bem?
- Está bem!

Eu espero que a mãe dele chegue depois de nós, esta miúda é uma descarada, pá!

Do nosso fim de semana

Sexta trabalhar das 11h até às 4.10 da manhã, já Sábado, ena!
Sábado tivemos festa de aniversário do meu tio, em família, com os primos mais pequenos reunidos. À noite jantar com a minha mãe e uns amigos e a Bia deliciada com a sua companheira de viagem à Eurodisney, a Sara. Era para dormir em nossa casa mas arrependeu-se e decidiu ir com a mãe :).
Domingo de manhã foi para dormir um bocadinho e restabelecer dos serões que isto ainda não dá para estas maluqueiras. À tarde, no jardim zoológico, em boa companhia, a correr atrás de 2 miúdas que por sua vez corriam atrás dos pombos.
Pouco ligaram aos animais, giros giros eram os cartazes, os pombos ahh e claro, fugir de nós.
Apesar disso, valeu pela tarde diferente, pela companhia e maravilha das maravilhas, até conseguimos conversar :)
Gostei muito da interacção das nossas pequenas.
Para registar:

Bititiz: - Queje ir ao teato comigo?
Bia: Sim.
Bititiz. Então vamos quando a tua mãe e a minha forem tabaiar.

Qualquer dia combinam saídas à noite.

Regresso ao trabalho a tempo integral

Como conta de outrém, já que por conta própria quase não parei.
A minha falta de saudades disto tinha um motivo bem real, isto não deixa saudades a ninguém. O ambiente está pior que o de um velório, as pessoas de tão inibidas, não riem, falam contida e controladamente ao telefone, internet controlada, messenger com regras restritas e outras que tais.
Enfim, é o mundo laboral que este país tem!

Não sei se deva :)

- Mãe poxo i a caja do Gabieú?
- Fazer o quê?
- Bincar com o bébé deue.
- O Gabriel tem um mano é?
- Não. Tem um bébé.
- Um boneco?
- Sim. Vamos dar papa, por a domir, raiar ( ralhar ), dar beijinhos...

Eu bem me parecia que esta miúda ia começar cedo nas andanças de querer ir para casa dos amigos.

Ps - O Gabriel é o que ela diz que é namorado dela, daí o título ( e também porque não conheço os pais dele para que estas " trocas " aconteçam ) :).

Aaaaaaaaa.... pois... aaaaa....

Eu que tenho a mania da pedagogia e de falar abertamente nos assuntos sem tabús e tal e quê, " borrei a pintura toda " esta manhã.
Acordou mais cedo que o costume e enquanto eu me arranjava mexericava na gaveta do armário do wc. Encontra uma bolsinha cheia de tampões que até é da minha mãe mas que eu uso em SOS. Abre a bolsa e pergunta:

- O que é isto mãe? É para pintar? A Ana tem uma bouxa iguau mas tem canetas.

Fico a olhar à espera que me venha uma " inspiração divina " para a resposta e como nada me ocorre digo-lhe:

- Não sei, isso é da avó, vais ter de lhe perguntar.

Vá lá que ela se contentou com a resposta eu é que não, mas continuo sem saber o que lhe haveria de dizer. Os pensos ela já percebeu a ideia mas explicar-lhe aos 34 meses que os tampões tem a mesma função dos pensos mas que se não se colam nas cuecas mas colocam-se por onde se sabe não me pareceu correcto, não fosse ela começar a querer enfiar coisas e dizer que estava a pôr tampões. :)

Da ida ao teatro pela escola

- Então filha, gostaste de ir ao teatro?
- Simmm, só chorei um " bcadinho " ( acompanhado do gesto com os dedos indicador e polegar )
- Choraste, porquê, tiveste medo do escuro?
- Não, tive medo dos maus que vieram uevar o Pêdo.

Sem chucha

E há 3ª noite sem chucha adormeceu sem dramas, sem pedidos e quase sem se lembrar da falta que a chucha lhe faz. Ainda mencionou o facto de não ter chucha mas com muito mais tranquilidade adormeceu sem ela. Avançamos um passo no desmame e recuamos outro que temos de ficar com ela para que adormeça mas a seu tempo, também voltará a adormecer sózinha no quarto, depois da história.
Hoje quando a vi adormecer tranquila e sem chucha percebi que não mais vou ouvir o chuchar desenfreado na chucha que nos indicava quando tinha acabado de adormecer.
Hoje cresceste mais um bocadinho.
És um espectáculo, filha!

Cozinhar a 4 mãos

Desde que a passamos a inclui-la de vez em quando na preparação das refeições que come muito melhor. Ouso até dizer que tem comido bem. Sei que também na alimentação existem fases mas nela as fases variavam basicamente entre comer pouco ou muito pouco.
O primeiro prato foi bacalhau à braz e foi vê-la querer comer directamente da frigideira como se não houvesse amanhã. Claro que teve de esperar e comer do prato. Nunca a tinha visto comer com tanta vontade como naquele dia. Não quis dar logo créditos ao facto e fui tentando com outros pratos e com ela perto de forma a que possa ver e às vezes mexer mas resguardando uma distância de segurança. De todas as vezes quer sempre comer directamente do tacho/panela. Não deixamos mas fica impaciente até que a sirvamos e come satisfeita.
Para além dos pratos de conduto já fizemos um bolo as duas, as bolachas com a minha tia e ontem , o pão com o pai.
Mesmo nas refeições em que não participa ( que apenas participa em 2 ou 3 por semana ) come razoavelmente bem.
Ainda que dê mais trabalho e que tenha de ter muito cuidado com ela até que é mais divertido cozinhar com a pequena ajudante :)

Pão

Ontem quando cheguei a casa da fisioterapia ( que a minha ciátia, ou dor asiática como diz a nossa empregada, ainda não me deixou de vez ) o Nuno diz-me que tinham feito pão os dois. Pensei que tinham comprado a massa congelada e colocado no forno ou coisa do género ( que ainda não temos a máquina do pão ). Surpreendeu-me quando me disse que tinha retirado a receita da net, amassado a massa com ela, moldado o pão e levado ao forno. Mesmo sem fermento de padeiro, o pão estava bom, um tipo de broa, quentinho com manteiga, humm.
Gosto deste miminhos do meu gajo mas sobretudo, gosto da capacidade que tem de me surpreender.

O desmame da chucha - continuação

Na escola não conseguiram que dormisse a sesta sem chucha. Não ajuda o facto de todos os outros ainda usarem porque o argumento " és uma menina crescida " por lá cai por terra com a tentação mesmo ao lado. Também não ajuda que a sesta seja na hora de almoço da educadora e ainda ajuda menos não me ter lá ao pé porque, quer queiramos quer não, às vezes tenho uma paciência e uma insistência desmedida que " sem modéstias " lhe dão a confiança de que precisa nesta fase. Acredito que se o desmame da chucha estivesse a acontecer a todos ao mesmo tempo na creche seria mais fácil mas ainda assim não desisti(mos), não depois do esforço e força de vontade que aquela pequenina me mostrou ter.
A educadora diz-nos que na escola seria melhor começar a tentar quando em casa a coisa estivesse mais ou menos consolidada ou quando começassem a fazê-lo a todos ao mesmo tempo. Confesso que a " falta de solução à medida " da educadora nesta fase não me agradou mas compreendo, por ser mais fácil de o fazer a todos em simultâneo, mais a mais porque na hora da sesta ela não está.
À noite tardou o mais que pode a hora de se ir deitar mas nem por uma vez pediu a chucha. Mais uma vez espantou-me. Deitei-a e li-lhe a história pedida. Como a história era pequena ainda li mais uma mais pequena ainda que a primeira. Gemia e pedia companhia para adormecer mas nunca a chucha. O Nuno ficou ao pé dela enquanto eu fui dobrar a roupa e pouco tempo depois adormeceu, sem chucha, sem lamentos.
Dormiu a noite toda e desta vez a mesma não ficou junto dela, não a teve mesmo. Acordou a choramingar e a mastigar em seco mas não falou no que eu sabia tão bem que lhe fazia falta, afinal, o chuchar é um acto calmante instintivo.
Fiquei tão orgulhosa dela que decidi dar-lhe o presente que ontem comprei para lhe oferecer caso o desmame realmente fosse para a frente. Não tencionava dar-lho já ( aliás não tencionava dar-lhe porque nunca a presentei por nenhuma fase ultrapassada, usei sim os autocolantes quando foi do adormecer sózinha )mas não resisiti a premiá-la por tamanha coragem e demonstração de força de vontade.
Ela ficou muito contente e eu a inchar de orgulho da minha filha não pelo desmame em si, que isso uns mais cedo que outros mas todos o fazem, mas pela forma como está a mostrar ser tão determinada.

O motivo do desmame

Não só porque bem não faz mas o que nos levou a tomar esta decisão agora é o facto do dente que ficou lascado ter ficado, como disse a odonto-pediatra, ligeiramente " lasso " da gengiva, com o risco de poder cair. A chucha não ajuda ao massacrar a zona.
O desmame não foi só porque me/nos apeteceu ou por querer apressar fases que devem ser " naturais ", pois em tudo o resto, segui o ritmo dela, os sinais que ela me deu de estar preparada para o fazer ( biberão, fraldas, cama grande, adormecer sózinha ).

Às vezes ajudar não custa

Tal como mencionei e padecendo eu de uma doença considerada rara, este ano a minha consignação do rendimento sujeito a IRS foi mesmo para a Raríssimas. Qualquer coisa como 130€ não vão engordar os cofres do Estado ( que ainda assim fica lá com quase 2500€ nossos ) mas sim contribuir para que pessoas que como eu sofrem de doenças raras consigam obter informação sobre a mesma, pois pior que a doença é não se saber o que se combate e com que armas se deve fazer. A incerteza é dos piores martírios.
Ainda que o dinheiro não possa ser usado da melhor forma e apesar de nunca ter recorrido a informações junto desta associação, pelo menos na minha consciência fica a sensação de poder ajudar alguém a " desbravar o mato " na luta contra o desconhecido.

Força de vontade

Admiro-lhe a força de vontade, mesmo antes dos seus 3 anos.
Ontem à noite lá tentamos que adormecesse sem chucha. Claro que percebi que não poderia deixá-la para adormecer sózinha como é costume, depois da história e sem chucha. Ainda assim agi naturalmente, contei a história e fui para o meu quarto. Seguiu-se uma mini birra. Deixei-a sozinha com a birra e quando acalmou fui até ao quarto. Perguntei se já lhe tinha passado a birra, diz-me que sim :). Pergunto o que se passava e diz-me que quer a chucha. Lá falo no mesmo, que vai dar as chuchas aos bébés que lhe põe os dentes tortos, que é crescida, lá lá lá. Pede-me para contar outra história que depois adormece sem chucha. Conto a história. Acabo a história e começa a choramingar. Pede-me que fique junto dela. Cedo mas explico que não vou fazê-lo sempre, apenas naquela noite porque ela era muito valente e ia dormir sem chucha, mas que depois iria para a minha cama.
A chucha faz-lhe falta, contorce-se, vira a cabeça , geme, pede a boneca Joana. Dou-lhe a boneca. Pede leite, no copo côr-de-rosa, dou-lhe o leite. Pede a chucha. Insisto com a conversa mas depois da " luta " dela, vou buscar a chucha dizendo-lhe que no dia seguinte a iria dar aos bébés e que já não a teria mais. Digo também que se quer a chucha não ficaria ao lado dela e digo-lhe para escolher se me queria com ela ou se queria ficar com a chucha. Diz que me quer ao seu lado e pede para a deixar ficar só com a chucha junto dela que não a colocaria na boca. Assim fiz. A resistência dela deixou-me orgulhosa e ao mesmo tempo de coração pequenino. Ela agarrava na chucha e batia com " as costas " da mesma nos lábios, batia na bochecha mas nunca a colocou na boca. Vou lhe dizendo para fechar os olhos que lhe faço festinhas para ajudar a adormecer. Concorda mas passado pouco tempo farta-se das festas. Já muito ensonada e depois de 1h30 nisto diz-me:
- Não consigo domir com chucha, mãe!
- Pois não, tu és uma menina crescida e eu estou muito orgulhosa de ti, és muito valente.
- Não, mãe, eu quero a chucha ( a murmurar ). Eu não consigo dormir com a chucha.
- Não consegues dormir sem a chucha é isso?
- Siiiimm.
- Então eu deixo-te chuchar um bocadinho na chucha e depois tiro-ta para não te fazer mal aos dentes, está bem?
- Está bem.
- Mas é só um bocadinho, ouvis-te? Depois tiro-ta e se fazes birra não só não ta dou como vou para o meu quarto. Combinado?
- Combinado.
- De certeza?
- Xeteja!
Dou-lhe a chucha e 4 chuchadelas depois adormece. Tiro-lha e continua a dormir.
Deixei a chucha na almofada e de manhã tinha-a posta mas ainda assim a noite foi tranquila.
Hoje de manhã levou todas as chuchas guardadas por ela na noite anterior dentro de um saco para dar à ex-educadora. Entrou orgulhosa na creche de saco na mão. No caderninho o recado para a educadora a explicar tudo e a pedir a sua colaboração.
Um passinho de cada vez .

Coisas que não gosto de ouvir

Quando alguém diz para uma criança com um comportamento incorrecto:

- Assim não gosto de ti! ou
- Não gosto de ti !

O que as pessoas não gostam é do comportamento e acho que é isso que devem mencionar. É raro dizerem-no para a minha filha mas quando o fazem repreendo a pessoa ou explico-lhe que o que a pessoa não gosta é que ela se porte assim que dela gostamos muito.

Concertação de esforços

Hoje não levou a chucha pelo caminho, foi na bolsa da mochila. Geralmente chega sempre de chucha que guarda logo à porta da creche.
Já lá dentro é recebida pela ex-educadora num grande abraço ( é mesmo meiga pá, não tem nada a ver com a nova ). Pergunta como foi o fim de semana e digo-lhe que a Beatriz queria dar as chuchas aos seus bébés.

- Queres dar as chuchas aos bébés da Sofia, Beatriz?
- Xim, xim, xim ( aos pulinhos )
- Que bom, eles vão ficar muito contentes, amanhã trazes as chuchas, está bem?
- Xiiiimmmm.

Pois amanhã as chuchas vão sim sra, vamos ver é como é que nós vamos dormir.
Ainda assim, a anatómica fica.
Vou combinar com a educadora para ver se lhe consegue retirar na hora da sesta mas se não conseguir mesmo para a creche vai outra anatómica ( que ainda não comprei ), sempre o mal é menor.

Quando é que isso aconteceu mesmo?

Quando é que deixaste de ser a minha bébé pequenina? Quando é que cresceste derrepente? É que apesar das evidências eu só me apercebi hoje, no início da manhã, minha filha. É verdade que gosto muito de te ver crescer, dos teus jeitos de menina crescida, mas fazes-me falta enquanto bébé, quando podia aninhar-te no meu colo e sorver as tuas feições tão perfeitinhas, as tuas bochechas maravilhosas, o teu mamar desenfreado na chucha.
Esta noite acordaste várias vezes, a história da chucha está a massacrar-te, apesar de teres dormido com ela, mas noto-te intranquila. Vieste para junto de mim e o pai foi para o sofá que dormir os 3 é tarefa impossível. Às 6.10 choramingas e quando te pergunto o que tens dizes que queres ir dormir com o pai. Lá foste e chegada lá não adormeceste mais. Passado pouco tempo o pai levanta-se e prepara-se para ir para o trabalho e tu sempre acordada. Ligou-te a televisão no Baby Tv ( que desde que temos Meo passaste a ligar aos desenhos animado deste canal ) e tu ficaste na sala, sossegada, depois de beberes o teu leite no capote ( pacote ). Eu continuei deitada e dormitei até às 8.00. No entretanto ouvi-te mexer no bacio. Pergunto o que estavas a fazer e dizes-me:
- Estou a tirar o baxio da outa caja banho pa i fajer xixi.
Fazes o xixi, limpas-te, deitas o papel no bacio, voltas a vestir as cuecas e as calças e lá te vais sentar no sofá, à espera que eu acordasse, em silêncio.
Quando é que cresceste assim, meu amor?

Frerre Jacques

Érre jaque, érre jáque
Dóbê bu, dôbê bu
.... tine, tine
dim dam dão, dim dam dão

Programas de televisão

Não há nada que lhe prenda tanto a atenção quanto assistir à missa de Domingo na televisão. É capaz de ver toda a emissão e ai de quem queira mudar de canal. Nós até não gostamos muito de assistir a missas pela televisão e nunca fomos com ela assistir a uma missa na igreja. Já fomos à igreja sim, mas nunca para assistir à missa.
Sempre que vê uma igreja identifica e quer entrar para ver o " Jezús ".
Hoje a emissão foi feita do Santuário de Fátima e reconheceu imediatamente a capelinha dizendo que tinha lá estado comigo e com as avós.

Quantidades

Sabe enunciar pelos dedos as diferentes quantidades 1, 2, 3, 4 e 5.
Não se engana mesmo quando trocamos a ordem ou pedimos um destes números aleatoriamente.

AMIGAS

Às vezes é nos momentos de mais profunda tristeza que vivenciamos e percebemos a dimensão da verdadeira amizade.
Uma grande amiga minha passa por momentos de dor, perda e tristeza e eu senti-o como nunca antes. Simultaneamente percebi melhor ainda a importância da sua amizade na minha vida e vice versa e se por um lado o meu coração se consumia pela dor que ela sentia, por outro revelava-me o quão sortuda sou por ter uma amiga assim, quase como uma irmã de coração.
Tive vontade de lhe dizer como gosto dela mas o turbilhão de sentimentos retiraram-me as palavras e mesmo essas são insuficientes para o descrever. Restaram-nos os abraços sentidos e as lágrimas partilhadas.
Disse e repito minha querida e adorada amiga, estou aqui para tudo o que for preciso, TUDO!
Força e coragem Susu!

E da chucha

Vontade de a largar tem, mas faz-lhe falta o miminho. Chegada a noite contei-lhe a história. Ela foi dizendo que ia dormir sem chucha, que já não a queria. Saí do quarto e ficou sem chucha mas passado um tempo choramingava e pedia timidamente a chucha. Fui-lhe com a conversa que iamos dar aos bébés da Sofia ( ex-educadora ) e que os meninos em troca lhe iam dar um presente ( não devia mas enfim, tentei ). Disse que não queria o presente e que queria a chucha e que " amanhã " já não a queria mais. Dei-lhe a chucha anatómica da Bébéconfort e lá se ficou, ainda assim a noite foi mais agitada do que tem sido normal. De madrugada acabou por vir para a nossa cama e até falou durante o sono que queria a chucha.
Ainda não está preparada mas este é o único caso em que acho que quanto mais tempo passar, mais ligada à chucha ficará e por isso não sei se deva esperar que chegue a altura de ser ela a querer largá-la como aconteceu naturalmente com o biberão ou com as fraldas.
Vamos eliminar todas as outras chuchas ( que ainda que menos usadas andavam por cá ), comprar mais 2 das anatómicas e ir tentando que aos poucos se convença a deixá-la.

Formas/ Figuras geométricas

Já conhece algumas há muito tempo mas só agora me lembrei de o registar porque acabou de as ver na tv e enunciá-las.

Códado - Quadrado
Tiângu - Triângulo
Estêua - Estrela
Bôua/ Xícuo - Bola/Círculo
Cubo - Cubo ( mas às vezes diz cubo para quadrados e quadrados para os cubos ).

A ver vamos

Conversa para deixar a chucha.

- Se usas a chucha vais ficar com os dentes tortos e tens de ir ao médico para ele te endireitar os dentes e isso dói. Tu não queres, pois não?
- Nãoooo!
- Então não podes usar a chucha. Logo dormes só com a tua fraldinha ( de pano ) está bem? A chucha damos aos bébés da Sofia.
- Está bem. Os bébes não tem " guentes " ( dentes ), pois não?
- Não ( teve de ser ).
- A avó Mabiuia ( Amabilia )usou chucha não foi? ( a minha avó não tem nenhum dente já ).
- Foi ( e a vontade de me rir à gargalhada camuflada... )

Children see, children do

Há uns dias brincava com ela no quarto.
Ela era a Úxia Caváio ( eu portanto ) e eu a Beatiz .
Mandou-me deitar e dormir Xójinha.
Lembrou-se que eu não tinha feito xixi e diz-me para me levantar para ir fazer.
Sento-me e finjo que faço xixi. Ela diz-me para me por em pé e imitá-la enquanto coloca as mãos sobre a braguilha em pé, encolhe o rabo e espeta a barriga para a frente enquanto faz o som " shhhhh ". Pergunto-lhe o que está a fazer e diz-me que está a fazer xixi como o pai.

Nota Mental: Lembrar o paizinho de fechar a porta do wc.

Arrumações e mudanças

Já andavamos para o fazer há um tempo mas como os fins de semana tem sido de " laréu " temos adiado. O nosso escritório lá de casa era o caos, sempre. A secretária amontoava papéis e eu raramente lá trabalhava, primeiro porque a internet ( e eu preciso da net para trabalhar ) tinha menos cobertura de rede lá, depois porque primeiro tinha de arrumar a secretária e acabava por trabalhar sempre na sala.
O escritório era o depósito das coisas. Chegavamos de viagem tarde, a mala ficava lá à espera de ser desfeita, havia coisas para levar para a arrecadação, era lá que ficava, contas, papéis, declarações, idem, os cestos da roupa por passar era lá que estavam, etc.
Ontem compramos um sofá cama no Ikea baratinho, umas almofadas , uma manta e uma mesa para a tv. Desmontamos a secretária, retirou-se o cadeirão e mudou-se a disposição da estante e móveis de apoio que lá tinha ( para as pastas, livros, documentação, etc ).
Ficou com um ar tão arrumadinho e tão organizado que aquela salinha não parece nossa :)Passou a ser salinha/escritório com a antiga tv da sala lá ( que na sala está o plasma ), o video e a x-box do Nuno. Fica a faltar um pouf para o meu gajo que sonha com um há séculos para que possa refastelar-se a jogar e também umas caixas para os DVD's e CD's para poder desocupar um dos armários que ficará somente para o meu " material de trabalho ".
A mim parece-me que da forma como se conseguiu colocar o escritório o dito vai manter-se arrumado por mais tempo, além disso, finalmente temos uma cama para os meus sogros quando cá vêm sem ter de andar a por colchões no chão.
Eu deitei-me às 3h30 da manhã mas sou assim, quando começo só descanso quado vejo terminado ( ainda assim os cortinados não ficaram postos porque o suporte do varão caiu ).
Vamos ver como se mantem.

88 anos

Hoje a minha avó faz 88 anos. No mês passado pensamos não ser possível comemorarmos hoje esta data. Esteve internada mais de 2 semanas com uma pneumonia e um derrame pulmonar e eu vi-a como nenhum outro membro da família a viu, muito muito mal. Se eu sou muito optimista ( e na minha família somos quase todos assim ) não consegui sê-lo naquele dia em que a levei ao hospital e a vi em desespero, cansada da luta contra a idade, fraca mas ainda assim, sem vontade de desistir. A minha avó retirou-me as palavras quando encostou a sua cabeça no meu peito e me pediu que a ajudasse, como se estivesse nas minhas mãos decidir o seu futuro. Na altura não percebi que o que ela queria com aquele pedido de ajuda era que eu não desistisse de acreditar, porque naquele momento todos nos " preparavamos " para o pior cenário. Percebi horas depois, ainda estava ela na observação quando a vejo visivelmente melhor e já a acenar-me sentada numa cadeira a oxigénio.
A minha avó é muito rezingona, tem um feitio dificil mas é de uma resiliência incomum, com um sentido de família muito grande, que educou como pode os seus filhos sem que nunca lhes faltasse o essencial e tentando sempre dar-lhes algo mais. Na altura, seria talvez " prá frentex " porque nunca se resignou " à vontade do marido " ( mas o meu avô era quase um santo, diga-se ), que sempre lutou pela independência e que educou os filhos a lutarem para conseguirem o que sonham e essencialmente, ensinou-lhes pelo exemplo a serem lutadores e determinados.
A minha avó deu-nos a todos uma lição de vida quando o mês passado recuperou quase milagrosamente. Fez-nos ver que por mais pequenas que sejam as probabilidades, elas existem e nunca devemos desistir de lutar e acreditar. Além disso, os milagres acontecem, há que acreditar.
Apesar de ainda um pouco debilitada, hoje estamos mais felizes que nunca por podermos comemorar este seu aniversário que há um mês atrás parecia tão distante.
Parabéns avó, estou muito feliz por estares connosco!

Palavras engraçadas dela

Fedico - Frederico
Tótuismo - Autocolismo
Fibífo - Frigorífico
Capote - Pacote ( apesar de às vezes dizer bem )

( A acrescentar conforme me for lembrando )

Os adultos só complicam

Ontem chegou a casa com o pai:

- Já estás boa da péna?
- Já estou melhor mas ainda não estou boa.
- Então tens q'ir ao médico.
- Já fui, agora estou a tomar os medicamentos para passar.
- Então não estás boa, amanhã vais outa vez ao médico,tá bem?

( Esta conversa toda pela falta de colo meu que tem tido )

Originalidade

Para ela as histórias começam assim:
" Um dia... "

Mania

Ou tara minha. Nunca saio com ela da escola com o bibe vestido. Algumas vezes as auxiliares começam a ajudá-la a vestir o casaco por cima do bibe e eu acabo por lho despir novamente para o poder tirar. Não saio do edifício com ela de bibe vestido porque muitas vezes vamos ao parque, paramos para comprar pão por exemplo ou no supermercado e só de pensar que alguém com más intenções possa descobrir onde passa o dia dá-me calafrios.
Todos os dias quando a vou buscar sempre que lhe dispo o bibe penso nisso.
Quando é o Nuno que a vai buscar ela chega sempre a casa com o bibe vestido e apesar de eu não dizer nada tremo por dentro.
É mesmo tara porque quem tem más intenções não precisa de ver o nome do colégio para descobrir onde anda mas enfim é algo que não consigo controlar.
Na segunda-feira, dia da festa da escola, esqueci-me de lhe levar o casaco. Como estava fresco e decidimos ir até ao parque infantil ( que me baldei ao dentista ) ficou de bibe vestido. O parque estava vazio e assim que começou a chegar gente, apressei-me a vir embora .
( Eu nunca apregoei que era normal pois não ? )

Dentista

Xiça que nunca mais me livro dele.
Eu não devo ter 32 dentes, devo ter 40 no mínimo.
Restava-me um dente cariado ( foram 10 por causa da medicação que fiz que me descalcificou entre outras coisas ).
Fui lá hoje e a barreira linguística fez das suas ( o médico é de um pais qualquer de Leste ). Disse-lhe que queria tratar o dente mas se pudesse queria que destartarizasse os incisivos inferiores centrais apesar de ter feito destartarização há pouco tempo. Em vez de me tratar do dente destartarizou tudo e mandou-me lá ir na sexta-feira tratar um dos 3 que faltam.
Ora se na última vez só tinha 1 por tratar, agora o dito triplicou-se e fico com mais 3 idas ao dentista. Tirando os que já tenho desvitalizados, devem ficar poucos ou nenhuns dentes " intactos ".

Dançarina de trazer por casa

Gosta de dançar mas não posso dizer que dance muito bem, abana-se! :)
Ontem o Nuno colocou a tv no canal de música infantil do MEO.
Passaram 2 faixas de um CD da Disney estilo Jazz/ Blues. Foi de rir à gargalhada vê-la dançar ( e não filmei porque estava a descarregar as fotos e não tinha cartão na máquina para o fazer ). Ela batia palmas, abanava o pé alternadamente, abanava a cabeça, " atirava " a cabeça para a frente e para trás, rodopiava, rodava, etc.
Parecia que tinhamos descoberto o seu estilo de música pois estava mesmo compenetrada e a " curtir ".
Hoje vamos repetir a dose, vamos ver se passa o mesmo CD e se ela faz o mesmo.

Teatro infantil - A Estrela

Vai pela escola e pela primeira vez o valor que nos pedem é igual ao do custo do bilhete, bem a não ser que vão para o primeiro balcão e aí já ganham 5€ por criança ( ou mais que os preços de bilhetes de grupo são inferiores aos comprados individualmente ). Pronto, mas temos de ter em conta que temos de pagar o transporte e que se fossemos com ela acabariamos por gastar mais por ter de comprar 3 bilhetes e não um só :)

Em A Estrela, narra-se a história simples e cativante de Pedro, uma criança de 7 anos que um dia, à meia-noite, sobe ao alto de uma igreja, existente no cimo da Serra da sua aldeia, para roubar uma estrela ímpar. Não era uma estrela qualquer, era simplesmente a estrela mais bonita e brilhante do céu. Porém, o roubo é descoberto por um velho muito velho, e toda a aldeia se revolta contra aquele acto que assim defraudara o património comum. Quando se descobre a verdade, a mãe de Pedro exige que ele reponha a estrela roubada no seu lugar originário. Porém, ao restituir a estrela, Pedro ficará com a sua Estrela para toda Eternidade. Aquela estrela singular e o acto de Pedro perduraram na memória de todos até ao presente.

Mal habituada ou mania das grandezas?

- Vamos jantar ao estórante ( restaurante )?
- Vamos às compas?
- Quero ir às compas.

Menininha

Consegui passar as fotos :)

As mudanças da maternidade ( e os efeitos da crise )

Trocar um relógio de prenda do dia da mãe por uma máquina de cozer pão.
Se eu imaginaria tal coisa há uns anitos atrás.

Máquina de cozer pão

Queremos comprar uma mas como não percebemos nada do assunto e como os preços são tão díspares precisava de opiniões de quem tenha, preços e diferenças entre máquinas.
Procurei na deco algum estudo comparativo mas não tem nenhum.
Obrigada

Ahhhhhhhhhhhhhhhhh

Um grande grito de desabafo.
Já gritei efectivamente mas não descomprimi ( fora de horas eu faço isso que ninguém leva a mal e já que tenho a fama que tenha o proveito ) por isso venho gritar para aqui para ver se alivio.
Estou a fazer um trabalho que não gosto ( reconciliações bancárias ) que me dá sempre água pelas barbas e que demora, mas tem de ser e o que tem de ser tem muito força.
Ahh e Deus me dê inteligência que se me dá força eu vou-me a eles...

Fotografias parte II

Encontrei o cabo da máquina, ou antes, o Nuno encontrou-o mas agora descobrimos que o dito não encaixa assim como o cabo de video. Como sempre passei as fotos com o cartão vou ter de devolver à marca para me trocarem ou os cabos ou a própria máquina pois parece-me que o problema é mesmo do encaixe e não dos cabos.
É a lei da compensação, recebemos um plasma enorme para a sala, conquistado tal como a Nespresso numa campanha da empresa onde ele trabalha e ficamos sem máquina fotográfica. Mas que tenho umas fotos lindas no cartão, ai isso tenho.

Bolachinhas

Fez as suas primeiras bolachinhas com a minha tia no Sábado.
Fez a receita das estrelinhas, as bolachas que a minha tia fazia enquanto ela lá esteve e que ela adora.
Adorou, claro e fartou-se de as comer !

Saídas dela

- Mãe dá-me chocoate. Faz bem aos meus óios.
- O que faz bem aos teus olhos são as cenouras, não o chocolate menina.

- Mau, mau, estás a falar com quem?
- Contigo! ( tipo dahhhh )

Com a madrinha:

- Estás a fajer?
- Estou a aparar as flores.
- Ãhh?
- Estou a cortar o cabelo das flores.
- Coitadinhas! Achas bem?

- Onde está a minha cama?
- Não tens cá cama, Bia.
- Eu não tenho uma caminha aqui????? ( tipo como é possível )

A minha avó a conversar comigo ( ai que a minha filha se mete tanto nas conversas ):

-A tua mãe vem a que horas?
- Não sei, lá para as 8h30, 9h ela vem jantar connosco.
- A tua mãe??? É mais lá para as 9/10h.
Ela: - Eua nunca chega à horas!

- Tenho a minha barriga cheia. Está muito gande, como a do meu avô.

- A minha avó Udes ( Lurdes ) é baixinha.

- Cuidadoooo. Cuidado com os carros!

- Sujaste o bibe todo filha
- Foi só hoje mãe, amanhã eu não sujo tá bem?

E tantas, tantas, tantas !

Comoooo??

Depois de sair da escola ( e baldei-me ao dentista que o dente já não dói ):

- Mosta-me as xúguias, mãe ( fotografias ).
Mostrei ainda no carro. Chega às fotos com o Gabriel.
- Quem é este?
- É o meu marido.
- O quê?????

Eu pensava que ela ia dizer o nome dele, ou quanto muito dizer que era o namorado dela agora marido??? MARIDO????
Lá tentei explicar que não era marido mas parece-me que não percebeu ou não quis perceber.
Estou em choque!

34 meses

Não passaram despercebidos na nossa cabeça, apenas não ficaram registados aqui.
E agora sim, parece que cresceu da noite para o dia no andar, nos trejeitos, nas saídas engraçadas que nos deixam completamente desarmados, nas expressões e claro, no falar cada vez mais explícito.
A minha bébé resta-me na minha memória, nas fotos e à noite, quando dorme serena.
Gosto tanto de ti princesa !

Dia da Mãe

O dia foi tranquilo, na praia, a comer gelado ao fim do dia, a jantar em família e na viagem de regresso.
Hoje logo de manhã a surpresa para os nossos filhos, a festa da escola, o teatro.
Correu bem, sem enganos nem " atropelos ", com as crianças a rirem pouco mas enfim, foi o que se pode arranjar. A minha pirralha a meio da encenação ( curta que deve ter durado uns 4/5 minutos ) começou a chamar por mim e como eu não lhe ligava desatou a chorar e a chamar pela " mamã ". Lá acalmou ao colo da educadora mas não ligou grandemente à segunda encenação, sempre à procura de mim. A colega da Beatriz cuja mãe também actuou ( da creche só fomos nós 2 ) fez o mesmo pelo que presumo que pela idade ainda não compreendam bem que a mãe está ali mas não lhes liga nenhuma porque está a actuar.
No final a distribuição de um sugo por criança os beijinhos da praxe e consegui sair sem que chorasse com a promessa que ia buscá-la ao final do dia e iamos ao parque, esqueci-me que tenho dentista e se calhar não devo cumprir a promessa.
Engraçado foi quando o " namorado " da minha filha veio ter comigo cheio de sorrisos e depois os dois abraçados pousaram para as fotografias.
O que não teve graça nenhuma foi eu ter preparado a camara de filmar, com tripé e tudo e com toda a azelhice que me é característica, não sei como, carreguei mal no REC e não gravou nada. Há algumas fotos é o que vale.
Foi giro!

Fim de semana

Pelo " ALLgarve " com sol, praia, clima ameno e descontração.
Primeiro dia efectivo de praia do ano, muiiiito bom. A Beatriz chapinhou nas " piscinas naturais ", brincou com a areia e chegou ao fim do dia cansada, aterrando directamente na cadeirinha do carro às 22h30 até hoje de manhã ( contou o facto de não ter feito sesta ).
Nós relembramos como é bom voltar a ter férias já que as de 2007 não contaram porque efectivamente foram passadas a caminho do hospital.