04 março 2008

Nunca mais falei nisso

Se uma altura houve em que me fez falta " desabafar " outra houve em que queria esquecer e não falar sobre isso. Foi/é o caso na actualidade, mas estou prestes a terminar um capítulo desta saga e por isso quis partilhá-lo com quem nos acompanhou e se preocupou comigo/connosco.
Continuo de baixa, a trabalhar por conta própria ( porque infelizmente aqui não se pode parar ) mas muito melhor. Salvo raras excepções e quase não me lembro que " estou doente ".
Foi-me colocada uma decisão nas mãos, fazer mais uma punção lombar e no caso da mesma estar " boa " parar a medicação da tuberculose ou não fazer a punção e prolongar o tratamento por mais 3 meses. Pesei os prós e contras mas a minha vontade de parar a medicação é tão grande que a decisão estava à partida tomada. A continuação da medicação irá saturar o meu fígado, que anda com os limites no limbo, à beira de uma hepatite. Não quero de forma alguma " curar uma e meter-me noutra ", além de que, até que o fígado não estivesse como está, os efeitos secundários da medicação são tantos que o que quero mesmo é livrar-me deles. Eu sou uma anti-medicamentos químicos, por natureza e fazer um tratamento tão grande e tão agressivo faz-me muita confusão. Não quero pensar muito nisso, tem de ser e pronto, mas o que é certo é que quando os efeitos secundários se fazem notar eu penso.
O tratamento da sarcoidose manter-se-à até porque a cortisona tem um desmame muito lento e ainda estou com uma dose muito elevada. Neste capítulo ainda terei história para mais uns bons 8 meses. Mas uma coisa de cada vez, por agora surge a oportunidade de parar grande parte do tratamento e vou aproveitá-la, vou fazer a minha última punção lombar e se Deus quiser, pararei parte da medicação.
Sei com uma certeza que me vem de cá de dentro que esta vai correr bem, que não vou ter os efeitos secundários da punção e se Deus quiser, segunda-feira estarei de novo no activo. Digamos que vou fazer um fim de semana prolongado, a bem da minha saúde.
Ontem falava com uma amiga minha que me dizia que não sabia onde eu encontrava forças para enfrentar tanta adversidade e ainda assim estar a rir e a brincar com o assunto. Digo-lhe que é o chamado rir da desgraça alheia, só que neste caso, a desgraça é a minha. Não vale a pena chorar ou estar de espírito negativo porque não adianta de nada, pelo contrário, só torna tudo mais difícil.
Há coisas pelas quais temos de passar e esta foi uma delas. Vou ultrapassar e vencer e daqui a uns tempos nem me lembrarei de que tudo isto aconteceu. Sei que sim porque há coisas que já não me recordo. Felizmente tenho uma capacidade enorme de esquecer as coisas negativas relembrando apenas os ensinamentos que a situação me trouxe.
Estou tranquila e feliz por terminar mais uma etapa ( ahh e optimista também ).

8 comentários:

Ana disse...

Amiga,

Espero que corra tudo bem... vai correr com toda a certeza, estou a torcer por ti!!! ;o)

Beijocas grandes

Helena disse...

vai correr tudo bem querida. beijocas

Mamã da Bruna e do Rafael disse...

És realmente um mulher com muita coragem! Felizmente nunca tive q fazer nenhuma punção, mas pelo q sei é dolorosissima, ademiro-te, sinceramente não sei se optaria por isso ou pelos medicamentos... eu detesto sentir dor!!!! mas tb detesto medicamentos... não sei, é uma decisão muito dificil q espero nunca ter q passar por isso!

Espero q finalmente uma parte desse capitulo negro da tua vida se feche de vez e mais tarde o capitulo inteiro!

beijocas grandes

O Príncipe Duarte disse...

A vida infelizmente tambem é feita de momentos menos bons... mas qd os superamos ficamos mais fortes!

bjs

alice+duarte

Unknown disse...

Vai tudo correr bem!!

Continua com o pensamento positivo!

Uma grande beijoca!

Unknown disse...

Vai tudo correr bem, concerteza que vai :)
E eu(nós) estou aqui, para o que der e vier ;)
Beijocas com saudades

Gi disse...

Espero que corra tudo bem, e que consigas ficar boa e libertar-te de uma boa parte ou de toda a doença.

Sara CS disse...

Que bom! Vais ver que podes deixar a medicação, sim.
Beijinhos e tudo a correr ultra-bem!