24 março 2008

Educar ( às vezes ) é tão dificil

Sinto-o mais nos teus dias difíceis que também os tens e quando tens não és de meias medidas. Embirras com tudo, berras, choras a plenos pulmões, não queres sequer ouvir-nos, irritas-te e irritas-nos, levantas a mão, foges de nós e às vezes até te atiras para o chão. Eu, mais que o teu pai até, vou tentanto levar com calma quando antes via semelhante cena nos filhos dos outros era a primeira a dizer, " Filho meu, não fazia... ", como se possuisse a fórmula mágica e conhecesse todos os segredos de como bem educar.
É verdade que o atirrar para o chão é raríssimo, é verdade que o bater também já passou ( agora " só " levantas a mão ) mas as tuas atitudes de raiva às vezes deixam-me uma sensação de impotência e ponho em dúvida se de facto os métodos são os melhores. Continuo pouco adepta da palmada e continuo a insistir no falar, no explicar e no castigo mas às vezes as conversas mansas não resultam ou a minha paciência já estourou e já não consigo falar sem que dos meus olhos saltem faiscas. É dificil de me controlar para que a minha mão não salte para o teu rabo mas às vezes salta quando tudo o resto foi tentado e não resultou, porque também há dias assim. Normalmente as palmadas são sacudidelas de pó que te fazem chorar muito, não pela dor que te provoca mas pelo acto. Hoje foi um desses dias, aliás uma dessas manhãs. Quando estás adoentada ficas sem paciência e eu dou um desconto por isso mesmo mas às vezes não dá mais. A birra vinha de ontem à noite e hoje de manhã não te querias vestir, não te querias despir, não querias comer, não querias a chucha mas quando ta tirei choras-te baba e ranho. Nestas alturas eu penso que deveria ser mais dura, que se calhar tanta pedagogia vai resultar numa miúda mimada no sentido de " eu quero, posso e mando " e isso de todo não quero nem vou deixar que aconteça, nem que tenha de reformular os meus princípios educacionais.
Lembro-me tantas vezes de como foi fácil com a minha sobrinha e por isso mesmo pensava que o que tinha resultado com ela era conhecimento universal e resultava com todos. Parece que não. Foi tão fácil porque ela era uma criança fácil mas essencialmente porque era minha sobrinha, não minha filha e a parte difícil cabia aos pais. É tão mais fácil quando os filhos são dos outros.

6 comentários:

Ana disse...

E eu disse tantas vezes que filha minha não fazia aquela figura que agora estou a pagá-las!
Andam todas numa fase parecida :(

Sara CS disse...

Ui..., que fase!
Se te anima, por cá não é diferente. E eu acho que sou bem mais impaciente, que a mim há coisas que me fazem saltar logo a tampa. Estamos a aprender...
Beijinhos.

Ana disse...

Bolas... como te compreendo!!!

:s

O Príncipe Duarte disse...

É mto mas muito mais facil quando sao os filhos dos outros...

Boa sorte para ti, e para mim tb nesta dificil tarefa que é criar filhos!

bjs

alice+duarte

Miúda disse...

lol, os dos outros, pois, sei! Tal e qual.
Ainda assim sou mto menos pedagoga que tu, e olha q a minha tb faz mtas das dela!

Unknown disse...

Ai amiga, o papel de Pai/Mãe é o mais difícil... mas também o melhor :)
São fases que eles têm e que é preciso umaboa dosse de calma, é verdade, mas há dias em que ninguém aguenta, somos humanos!Eu ando a pasar as "passas do Algarve" com o Dé!
Beijocas e as "melhoras"