Testes Cutâneos e Alergologista

Dia 8, segunda-feira, foi o primeiro dia dos testes cutâneos. 20 picadas nos braços divididas pelos 2 braços e cerca de 15 minutos de espera pelo efeito.
A auxiliar agarrava-lhe nos braços, eu tentava em vão tranquilizá-la e distraí-la e a médica lá ia colocando as 20 gotinhas. Ela chorou tanto, esperneou tanto e gritou tanto que acabou num grande ataque de tosse e vários vómitos. Foram quase 20 minutos assim e ela irritadíssima não tanto com as picadas, mas por lhe estarmos a prender os movimentos e por uma estranha lhe agarrar nos braços. Eu fiquei com um peso na consciência e a pensar ( erradamente e estupidamente ) que ela iria detestar-me quando o pai chega e lhe salta para os braços, não querendo mais nada comigo.
Nessa sessão de testes, não houve reacções.
Dia 10 iria realizar mais testes e exigi que o Nuno viesse a tempo de ele entrar com ela para não ser sempre eu, o " carrasco ". Desta vez foram apenas mais 8 picadas e enquanto ficava ao colo do pai distraída com um livro, eu agarrava-lhe nas mãos. Choramingou com as picadas mas não parecia a mesma menina de há dois dias, muito mais calma. O médico era ouro, também ele mais paciente e mais simpático.
Fez uma pequena reacção a um tipo de ácaros.
Seguimos dos testes para a consulta e aí já a Beatriz estava farta de tanta espera. Queria novamente mexer em tudo, queria sentar-se no parapeito de um armário, queria tudo e não queria nada. E lá andava eu atrás dela enquanto o médico ( bem mais simpático desta vez ) analisava os rx, as análises ao sangue e via os resultados dos testes cutâneos. Disse que tinha uma infecção na altura das análises e perguntou se estava constipada. Como não estava, a infecção deverá ser mesmo dos brônquios, apesar de não ter febre. Temos miúda rija.
Prescreveu uma vacina anti-infecciosa em gotas a ser preparada em laboratório especificamente para ela ( que deve custar um balúrdio ), juntamente com o Ribomunyl que já toma. Quando se preparava para explicar o modo de tomar ela começava a falar alto. Percebeu que o médico ficava incomodado com isso e ainda foi pior. Olhava para ele, gritava e depois ria-se à espera da sua reacção. Depois lá escreveu tudo num papel que entregou ao Nuno acompanhado da frase:
- Como ela não me deixa falar, vai tudo aqui escrito.Eu não ouvi ( porque ela não deixava ), mas caso tivesse ouvido, não me teria contido de uma valente gargalhada.
Disse para voltarmos dentro de 1 mês e meio e deu um papel ao Nuno para entregar à funcionária. Ele não leu e não sei se voltará a fazer testes nessa altura ou não ou se terá de já ter administrados as tais gotas.
Segunda-feira já saberei o preço da vacina e mais detalhes sobre a próxima consulta.