27 junho 2008

Frontalidade ( ou para alguns brutalidade )

Sou frontal. Já fui mais que aprendi que muito não se deve dizer sob pena de ferir susceptibilidades de quem nos é querido. Ainda assim não deixo de dar a minha opinião quando o assunto é chocante ou toca em valores básicos. Para mim há características que prezo nas pessoas e a frontalidade é uma delas. Ainda que custe muito ouvir uma verdade, prefiro uma verdade dolorosa a uma “ mentira piedosa “ porque para mim, mentira é sempre mentira, não há cá “ piedades “. Se acho que a minha opinião não vai contribuir em nada e se não concordo, então calo-me, mas não minto. Pior que isso são as pessoas que se escondem atrás de uma máscara e que não conseguem ( ou não querem conseguir ) dizer o que pensam porque muitas vezes, a frontalidade evita conflitos, diz que disse e outras confusões do género. Se tenho um problema com alguém abordo essa pessoa, esclareço o assunto e fica tudo bem, como antes ( ou quase tão bem como antes, depende ). Faço questão de ser assim e também gosto que assim sejam comigo. Se há dúvidas acho insensato andar a alimentar-se “ raivinhas “ em vez de se esclarecerem os assuntos porque muitas vezes, o que parece, não é.
Aconteceu-me uma situação no trabalho semelhante em que foram fazer queixinhas ao patrão em vez de falar comigo e perceber o que se passava. Acontece que felizmente o meu patrão ( ao contrário do habitual ) chamou as partes e confrontou-nos. O outro ficou muito encabulado com a confrontação porque acabou por se provar que afinal ele até nem estava certo. Ele entrou mudo e saiu calado do gabinete do patrão, eu, claro, não pude deixar de dizer claramente que aquilo que ele tinha dito era mentira e que era fácil de provar a minha versão. Não deve ter sido muito fácil para ele ouvir o meu patrão dizer: " o sr x. disse-me isto ". E eu dizer, " isso é mentira e se quiser mostro-lhe que assim é ". Dispensaram o meio de prova porque se calhar até não é muito agradável de um chefe ser desmentido à frente de um patrão, mas é a vida e comigo a mentira não cola, venha de quem vier.

6 comentários:

Xana disse...

Ora aí está um assunto que podía ter sido escrito por mim! Eu sempre fui assim, também já fui mais, porque aprendi que com certas pessoas nem vale a pena.
Mas o que realmente me irrita são os sonsos. Ai odeio pessoas muito boazinhas! Não acredito nada, nada! Pessoas que concordam com tudo é utopia. Mas também é esconderem o que pensam! E isso é que me irrita! Odeio lidar com pessoas assim!!!

Beijinhos

Lúcia disse...

É o caso deste, que é o sonso mas de sonso tem muito pouco. Foi fazer " queixinhas " porque não contava que o meu patrão fosse tirar a prova dos nove ( já que por sistema ele emprenha pelos ouvidos ) e confrontado à minha frente com a sua mentira não tinha buraquinho onde se meter é que eu não deixo por dizer, muito menos " encubro " mentiras . O que é, é, assumo agora se não é...

Unknown disse...

E acho que estás corectíssima!
Neste caso,por exemplo, não havia necessidade nenhuma dessa situação desagradável.
Beijocas (imagino o "melão" hehe)

Unknown disse...

Nem mais! Não posso concordar mais contigo!!

Patríciangélico disse...

Pois eu cá queria tanta vez ser assim, frontal, e não consigo, para não magoar as pessoas.E depois, quem sofre sou eu. Mas são feitios...

Loira disse...

Sou parecida... mas admito que muitas vezes acabei por ficar a perder pela minha sinceridade e frontalidade.
bj*