19 junho 2009

As viagens

5 horas e pouco de avião para lá e mais 5h para cá.
A sua 3ª viagem de avião ( se contar com a ida e volta então a 6ª )e a mais longa de todas que antes foi a Paris e à Bélgica ( Aeroporto de Bruxelas ).
Para lá não dormiu nem um segundo, apesar de termos chegado quase à 1 h da manhã portuguesas. No autocarro até ao hotel adormeceu quase assim que se sentou e assim foi até chegar ao quarto do hotel. ( De notar que raramente dorme a sesta e neste dia foi o caso, ou seja, não tinha dormido )
Na ida estava excitadissima, eufórica e eu já cansada de tanta pergunta, tanta resposta e tanta repreensão. Valeu-me o leitor de dvd's portátil e o facto de já ligar aos desenhos animados e as histórias que fui contando.
No regresso eu estava o que pensei ser estupidamente em alerta. Uma suposta " premunição " ou o que quer que se queira chamar. Acordei antes das 4 da manhã portuguesas e já não conseguia dormir mais. Como já era manhã há cerca de uma hora, vesti-me e fui fotografar o nascer do dia na praia numa de me despedir do local que gostei bastante.
Almoçamos no aeroporto e lá embarcamos para mais 5h de caminho. Eu que não tenho ( ou devo dizer não tinha? ) medo de andar de avião ia um pouco em sobressalto.
Ela no regresso esteve mais calma, apesar de só ter adormecido meia hora antes da aterragem. Adormeceu na melhor altura possível que cerca de 25 minutos antes de aterrar o piloto avisa que Lisboa estava sob uma forte tempestade e que nos dirigiamos para Norte enquanto aguardava informações do aeroporto para saber se poderia aterrar ou se seguiria para o Porto. Traduzo para o Nuno que dada a rapidez com que o comandante falou não conseguiu perceber tudo. Acabo de traduzir, ela felizmente dorme, e dois fortes solavancos como se o avião tivesse sido sugado e voltado a subir. As pessoas ( e eu ) ficaram num pânico contido e só se ouviram uns ahhs durante os solavancos. Viamos o rio Tejo e o medo foi maior por estarmos a baixa altitude. Com uma mão segurava-a e com o ombro apoiava-lhe a cabeça e com a outra mão segurava-me no banco da frente. Rezava para que o piloto não tentasse a aterragem em Lisboa e naqueles 25 minutos imaginei que o avião cairia, lembrei-me do recente caso do airbus francês, revi mentalmente a posição de segurança, tudo em silêncio. A maioria das pessoas que consegui ver estavam de olhos fechados. O silêncio era soturno e eu só desejava que tudo corresse bem e que a Beatriz não acordasse entretanto para não lhe ter de explicar nada do que estava a acontecer.
Conforme vamos descendo sente-se a chuva fortíssima, o avião vai abanando com os embalos do vento, dou a mão ao Nuno e encosto-me no banco enquanto com toda a força seguro na Bia com a outra mão. pensamentos positivos, vai tudo correr bem, vai tudo correr bem... o avião aterra e tenho uma das minhas melhores aterragens de sempre, e eu já tive várias experiências de voos. Mereceu um forte aplauso de todos, coisa que raramente se faz actualmente, assim como alguns vivas e boa.
Respirou-se de alívio.
O Nuno que tem medo de " voar " pediu-me para não lhe falar em viagens de avião nos próximos 12 meses. Eu naquele preciso momento também não estava a pensar nisso e ainda tenho be presente aqueles minutos de susto mas não me vai impedir de " voar ". Até já tenho destino em mente para o próximo ano, assim haja dinheiro e saúde :)

3 comentários:

Anabela, Lara e Miguel disse...

nem quero imaginaar o susto!!

mas correu td bem, felizmente!!
jinhos

Nuno disse...

vamos ver..vamos ver se daqui a 12 meses voltamos a andar. Até eu me lembrar deste voo, nem quero ouvir falar em viagens de avião.

Xana disse...

Bolas! Medo...