30 maio 2010

Semana da " escola aberta aos pais "

Não que esteja fechada no resto do ano, mas a semana passada, os pais tinham oportunidade de a qualquer altura do dia, entrar na sala os filhos, ver os trabalhos que tem executado ao longo do ano e assistir ao seu dia-a-dia.
Fui de manhã, vi os 3 livros de actividades quase todos preenchidos, pude observar os seus colegas enquanto faziam pinturas de desenhos e ela, enquanto esperava vestida pela professora de ballet.
Confirmei o que já sabia, não só pelo que vejo em casa, mas pelo que a educadora nos tem dito ao longo do ano. Não é preguiçosa, gosta muito dos " trabalhos ( pinturas, grafismos, corte, colagem, etc ) mas quer fazer tudo apressadamente, consequentemente, fica " imperfeito ". Nada que a própria Beatriz não me tivesse avisado: - Mãe, vais ver os meus trabalhos, mas eu faço tudo à pressa.
Pensava eu que o fazia por querer muita coisa ao mesmo tempo ( eu mesma sou assim, quero fazer tudo, muitas vezes muito mais que a minha capacidade ), mas depois de conversar com ela, percebi que faz à pressa para ser a primeira a terminar. Acho que depois da conversa percebeu, que não interessa ser a primeira a acabar, mas fazer bem e divertir-se com isso.
Depois dos trabalhos uma conversa em que mais uma vez me confirmam que é impulsiva e que passou do " bater em reacção", ou seja depois de lhe baterem, ao bater por qualquer coisa que lhe digam de que não goste.
A educadora diz que esta segunda vertente é relativamente recente e que geralmente só bate quando lhe batem a ela mas que já vai sendo frequente o bater por lhe dizerem: não sou tua amiga, não gosto de ti, estás a fazer os trabalhos mal.
À noite tive uma conversa séria sobre o assunto, tão séria que depois de uma meia hora à conversa com ela, quando contei ao pai, ela rompeu num pranto. Depois de a acalmar, chamou-me para o quarto dela para conversar novamente comigo ( e só comigo ) e disse-me o que as amigas faziam que ela não gostava e que a levavam a agir mais agressivamente ( nem sempre fisicamente atenção )
Entendeu a sua má atitude e envergonhou-se da mesma e parece-me que surtiu efeitos, pelo menos no imediato. No dia seguinte pediu desculpa às amigas a quem tinha feito ou dito algo desagradável, conversou com as mesmas, disse-lhes o que não lhe agradava que fizessem e as amigas fizeram o mesmo.

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