30 dezembro 2010

Consulta da quinzena

Foi a semana da engorda, com a Matilde a engordar 350grs e a Joana 320grs.
A Joana com 2400 grs e 46 cms e a Matilde com 2690grs e 47 cms.
A Matilde com mais peso e mais comprida que a Beatriz quando nasceu, às 39 semanas.
Ambas óptimas e se elas deixarem, já podem fazer 1 período de sono por noite de 5h ( se deixarem, lá está ).
Não foi a pediatra da Beatriz que está de baixa de gravidez e estará posteriormente de licença de maternidade mas foi uma médica recomendada por ela e que nos deu os contactos e disponibilizou-se para lhe ligarmos sempre que necessário.
A médica surpreendeu-se com o nosso " à vontade " e com a calma como felizmente estamos a encarar esta nova realidade.
Tudo ok e a ser assim, basta voltar aos 2 meses.

29 dezembro 2010

Primos " directos "

O Daniel não quis ir visitar as primas ao hospital, não quis ir a nossa casa conhecê-las e só no dia de Natal, porque não tinha outra hipótese se deu finalmente o encontro. Tinha ciúmes de quem ainda não conhecia. Apesar de não ser o mais novo, lembra-se desde sempre da Beatriz, pelo que na cabecita dele, eram a Joana e a Matilde que iriam " roubar protagonismo " e ressentiu-se.
No dia de Natal aproximou-se cauteloso e ficou derretido, mais ainda quando lhe coloco as primas no colo. A partir daí só as vigiou, mimou, deu colo, elogiou e até pediu aos pais mais uma mana ( não um mano para não lhe " estragar os brinquedos ):

- São tão lindas a dormir; são tão lindas a beber o leite; são tão lindas de todas as formas.







28 dezembro 2010

Reacção da Beatriz

Enquato estive internada, levamos várias vezes a Beatriz ao berçário , onde também estavam alguns prematuros. Surpreendeu-se com o tamanho dos bebés e perguntou se as irmãs também iriam ser assim tão pequeninas. Dissemos que sim e todos os dias lá iamos até ao berçário ver os bebés que lá estavam.
Quando as irmãs nasceram e ela as viu disse-me:
- Oh mãe, eu pensei que as manas iam ser " feinhas", mas não são, as manas são tão lindas :)

Registos

Que ao 2º e 3º, parece que não fazem tanto sentido, mas para nã dizer que não o fiz nem sentir " "remorsos" pelo tratamentoi desigual, cá vai.
O umbigo da Matilde caiu ao 5º dia e o da Joana ao 6º dia. Passada mais de uma semana de terem caído os umbigos, ainda vão tendo sangue seco lá por dentro mas menos.
Foram à consulta passada 1 semana e a Joana já tinha recuperado e ultrapassado o peso de nascença em 10 gramas ( estando com 2080 grs ) mas a Matilde ainda não, apesar de já estar na fase de recuperação do peso perdido ( tinha 2330 grs ).
Uma novidade em relação à Beatriz é que agora, não se desinfectam os umbigos com alcool a 70º mas vai-se limpando com uma compressa. Fiz isso, desconfiada enquanto estivemos no hospital, mas após a queda, fui pondo alcool por causa do sangue seco. A médica " aprovou " mas mesmo que não o tivesse feito, eu continuaria a fazê-lo que desinfectar " a mais " nunca fez mal e a menos pode dar lugar a problemas bem maiores. ( Isto de ser 2º e 3º é realmente tão diferente )
Tem consulta novamente esta semana e depois ao mês, com a indicação de ir fazendo a pesagem semanalmente, se possível.
Não foram medidas, porque elas já estavam a stressar e a médica não quis que estivessem mais tempo assim.

Resumo

Ora por onde devo começar?
Bom, fazem hoje 15 dias que nasceram as gémeas, que o nosso dia a dia mudou basante, que passamos os dias entre esterilizar biberões, retirar leite, mudar fraldas, estimular rabinhos, etc, etc.
As gémeas, por serem prematuras, não pegavam no mamilo. A Matilde, a maiorzinha, lá ia pegando ( e vai de vez em quando ) e mamando, a Joana ora porque não consegue, ora porque lhe dá muito mais trabalho, não o faz.
As primeiras noites no hospital foram um suplício, com 2 enfermeiras de volta das minhas mamas, para que pegassem no peito, sem sucesso. Tinham de ser acordadas ( e a dificuldade que era fazê-lo ) e depois disso, a dificuldade de pegar no mamilo era imensa, chegando a estar 1h com cada uma ( mais as 2 enfermeiras ) só para que pegassem no mamilo e mamassem qualquer coisita.
Pelo meio ouvia:
- Tem um mamilo tão bom, mas elas são pequenas, ainda não sabem mamar e não conseguem abocanhar todo o mamilo.
As dores nos mamilos das pegas ineficazes eram de " bradar aos céus ", juntamente com as contracções uterinas que ia sentindo enquanto amamentava ao peito.
Quando vim para casa, com as 2 e sem as 2 enfermeiras para ajudar na tarefa, com a subida do leite e o peito a encaroçar, pedi várias vezes à minha médica para me secar o leite. Chorei de desespero, com dores no peito, no hemorroidal inlamadíssimo e com os pontos e por vê-las chorar e não conseguirem mamar, por cansaço das noites stressantes e em claro. A minha médica não me deixou desistir e lá me foi orientando no processo.
Decidi retirar o leite com a bomba, com o conhecimento de que o estimulo da bomba não é o mesmo do do bebé e por isso, o mais certo é que, a amamentação não dure muito, mas vamos tentando. Pelo menos, a tarefa não é tão stressante para mim e torna-se muito mais fácil ( mas mais trabalhoso também ) dar o leite no biberão que antes foi retirado.
Desde o início que estão a suplemento, por serem prematuras e porque a produção não é suficiente para 2. Estão com o Aptamil prematil, para prematuros.
Tem tido algumas cólicas que curiosamente pioraram com o uso do infacol, por lhes ter dado o efeito secundário provavel, prisão de ventre. Estão a tomar bio gaia ( que até à data não vimos efeitos ) e vão começar com o colikind, que resultou com a irmã mais velha. O aero-om, tal como aconteceu com a Bia, não resulta. Na 1ª semana, tivemos em nossa casa a minha mãe a dormir, ou a tentar dormir e coitada, de manhã, lá ia ela trabalhar.
Depois disso começamos a orientar-nos os 2, apesar de pelo meio a Beatriz ter adoecido.
Apesar de tudo e não querendo minimizar a 1ª semana, foi melhor do que o esperado, mas lá temos noites terríveis, noites menos más e noites assim assim.
De dia, são um sossego e praticamente são as bebés " come e dorme ". Ainda assim, eu raramente descanso durante o dia ( fi-lo apenas na 1ª semana ) .
Esta semana, estamos em casa da minha mãe, por o Natal ser cá em casa, assim como o fim de ano e para não andar no entra e sai ao frio com as pequenas.
A Beatriz tem reagido muito bem e adora as irmãs. Quer andar sempre aos beijos, a pegar ao colo, a dar biberão, etc. Não temos sentido ciúmes mas também temos tentado que continue a ter momentos a sós connosco enquanto elas dormem. Por isso mesmo, tem ido pouco à escola, mas também tem sido as férias do jardim de infância o que não causa " grande transtorno ". Claro que para nós pais, é pior que não podemos descansar enquanto as gémeas o fazem, mas por enquanto " a coisa vai-se levando ".
Nós, adultos, estamos bem, cansados claro, mas felizes com as 2 " pequenas " que se vieram juntar ao clã como se sempre tivessem feito parte dele.

22 dezembro 2010

A 5

As noites tem sido dificéis, os dias, mais oou menos pacíficos.
Para " ajudar " na adptação em pleno, a Beatriz adoeceu e há 2 dias que tem febre ( uma otite e garganta inflamada ). Esta noite foi caótica, pois ela quase não conseguia dormir com dores e nós dois, tentávamos desdobrar-nos pelas 3 que exigiam ora mimo, colinho, medicamento e conforto, ora comida, fraldas sujas, birras de sono, etc, etc.
A desvantaem numérica é desgraçada

20 dezembro 2010

Já nasceram


Matilde


Joana






Faz hoje uma semana que nasceram a Matilde e a Joana, de parto normal com ventosas, às 18.13 e 18.24 com 2409grs e 46 cms e 2070 grs e 45 cms, respectivamente, de 36 semanas e 1 dia de gestação.
As duas muito parecidas com a Beatriz, as duas lindas, pois claro.
O relato do parto virá depois, mas exige muito tempo, que agora é quase cronometrado :)

12 dezembro 2010

36 semanas


Chegamos às 36 semanas, é verdade que a última semana foi de visitas diárias ao hospital, é verdade que estou internada desde sexta-feira, mas também é verdade que chegamos aqui e que mais uma semaninha e deixam de ser consideradas como prematuras.
Amanhã pode ser o dia do nascimento das gémeas ou talvez se consiga aguentar mais uns dias.

09 dezembro 2010

Pés de chumbo

Trambolhos, troncos ou simplesmente muito inchados. Tudo sinónimos da forma como tenho os meus pés.
( O facto de ainda trabalhar e de estar sentada muitas horas também não ajuda )

35 semanas e meia

Andamos entre a casa da minha mãe e o hospital, com ctg's, toques, colo fechado mas amolecido, irritabilidade uterina e contracções fracas.
Ainda agora começou e já estou farta deste vai e vem para o hospital e da insistência ds médicos para que continue a fazê-lo.
São unânimes de que não posso comparar este pré-parto com o da Beatriz pois além do da Beatriz ter sido induzido, desta vez são 2, o útero está enorme e apesar de " irritado" está a cumprir a sua função.
Eu acho as contracções tão fracas que as " desvirtuo ", os médicos, acham que mais de 2h de contracções e é para ir fazer ctg, estejam as contracções regulares ou não, sejam fracas ou não.
Eu acho um exagero e friso sempre que " não são contracções para parir ", mas dizem-me que devo ir sempre.
Uns dizem que elas já deviam estar cá fora, que a maturidade de gémeos de 35 semanas equivale a 37 semanas de um bebé só ( não em termos de peso, claro ), a minha médica quer esperar.
Eu também quero esperar sim, mas em casa. A minha médica e amiga, por me conhecer bem, tem medo que eu não dê a devida importância às dores e que só vá para o hospital tardiamente.
Dizem que tenho boa tolerância à dor e já foram algumas as contracções detectadas pelo ctg e não sentidas por mim.
Eu só sei que com as contracções que tenho sentido, me recuso a ir para o hospital que já estou farta deste vai e vem e cá para mim, quando as verdadeiras contracções chegarem eu saberei e aí sim vou para o hospital.
Ontem tive a mais surreal das observações nas urgências, em que a obstetra parecia duvidar da minha vontade de parir e achava que eu estava a querer ir para casa, para " retê-las " ou por medo do parto, não sei. Parecia que o não terem nascido era opção minha e não da " mãe-natureza ".
Uns dizem: " com essa tensão, com os seus antecedentes, com as últimas análises e tendo as bebés 35 semanas, já deviam nascer ". A minha médica em quem confio e que conhece o meu caso clínico anterior melhor que os outros que me têm observado ( bem como o meu neuro-oftalmologista ) acham que posso esperar mais uns dias, mas com muita observação.
É o que vou fazer, esperar, mas sem ir para o hospital a cada " desconforto ".
Estou saturada não tanto da gravidez mas destas opiniões contraditórias e deste " excesso de zelo ".
Deixem-me viver o final da gravidez tranquilamente, sim? ( Eu andava tão calma, tão zen )

06 dezembro 2010

Das bebés

Conseguimos vislumbrar um pouco da cara da gémea 2, a Joana . Com umas bochechinhas menores que a Beatriz na mesma altura, mas com o nariz batatudo, imagem de marca da minha família paterna. O Nuno acha que é parecida coom a Beatriz, eu tenho sérias dificuldades em ver parecenças em recém nascidos, ainda mais em ecografias.
A gémea 1 ( matilde ), pela posição vimos apenas a orelha e esta será uma surpresa até ao dia em que nascer já que até hoje não tinhamos visto nem perfis nem feições de nenhuma ( excepto na ecografia das 12 semanas ). Nisto das ecografias, tem muito mais piada quando é uma gravidez de um só bebé que com dois, dificilmente se vê mais que perimetro cefálico, perimetro abdominal, tamanho do fémur, etc.

Foto




Às 34 semanas e 6 dias, estou redondinha e com uma barriga graaaandeee.


Ecografia, CTG e consulta das 35 semanas

Feitos hoje, às 35 semanas e 1 dia.
Cefálicas, liquido normal, com cerca de 2300grs cada uma, ambas com movimentos respiratórios regulares. Muito mexidas.
Uma das bolsas está por um " fio " e nem o médico que fez a ecografia nem a minha médica acham que dure até à próxima semana. O médico que fez a ecografia disse até que por ele, não passavam desta semana, que já não estavam lá a fazer nada, segundo palavras do próprio. A minha médica quer aguardar e quer evitar a indução, mas se até à próxima segunda, não nascerem, para ir preparada para ficar.
Garantiu-me que me irá acompanhar no parto, seja quando for.
O Ctg detectou contracções que eu não senti embora ultimamente já vá sentindo algumas, desconfortáveis, não das de " trepar às paredes ", nem regulares.
Total de peso engordado 6 kgrs e não os 6.5kgrs que mencionei antes, tensão um bocadinho alterada mas nada de preocupante.
Estamos por dias.

04 dezembro 2010

Movimentos respiratórios

Hoje sentimos ( e digo sentimos porque fui eu, o Nuno e a minha mãe ) os movimentos respiratórios da gémea 1 ( que será a Matilde ). Inequivocamente, sentia-se e via-se a minha barriga naquela zona a subir e descer, ritmada e calmamente, num ritmo diferente do meu cardíaco e do meu respiratório ( e sem dúvida que não poderia ser o cardíaco de nenhuma dado ser muito calmo ).
Eu não sou fã da gravidez em si, não sou, mas estes momentos adoçam um bocadinho a minha imagem da gravidez e aproximam-me das bebés que estarão quase quase nos nossos braços.
À outra gémea, a Joana, já lhe tinham sido detectados movimentos respiratórios na ecografia do final das 31 semanas o que me tranquiliza, caso queiram nascer em breve.
Provavelmente ainda lhes faltará o reflexo da sucção ou a coordenação suficiente entre respirar e mamar, mas lá chegarão. Tenho fé que nascem e que virão para casa connosco ou no limite, não ficarão mais que uma semana pelo hospital.
Vamos vivendo um dia de cada vez, desejando que se aguentem, mais uma semaninha.

02 dezembro 2010

Assim se trabalha por cá


Em casa da minha mãe

Desde ontem e até a nascimento das gémeas, estaremos por cá pois quer a minha mãe quer o Nuno andavam a stressar com a eventualidade do parto ocorrer durante a noite e termos de preparar a Beatriz, acordá-la levá-la à minha mãe e só depois ir para o hospital.
Também porque pelo que percebi as caminhadas são para ver se as gémeas descem e se uma delas encaixa e sendo assim, para as fazer é mais fácil na zona da minha mãe, citadina, que onde eu moro, onde não há bancos para me ir sentando no caminho.
A Beatriz gostou muito da ideia, mas mais uns dias e vai começar a sentir falta dos seus brinquedos e do seu espaço, apesar de ter trazido alguns consigo.
Eu vou tendo algumas contracções dolorosas, mas não daquelas de subir às paredes, nem sequer regulares.
Custa cada vez mais estar deitada e agora só mesmo para o lado esquerdo é que não me dói . Se me deitar para a direita é como se as minhas costelas estivessem a prefurar qualquer orgão ou a pele... uma experiência estranhíssima e nada agradável. Mas vou dormindo, cada vez menos tempo seguido, cada vez menos horas no total e com cada vez maior desconforto.
Estou a inchar muito e tive de tirar a aliança, experiência nova para mim que fui para parto da Beatriz com aliança e nunca tive necessidade de a retirar. Os pés então nem se falam e sem ser os ténis de caminhada, nada serve. As pernas não estão melhores, mas falta pouco.