No Domingo da semana passada a Joana começava a ficar constipada, depois do Nuno ter ficado e de eu estar também. Muita congestão nasal e na terça feira começa a vomitar e a quase não comer. Fomos até à pediatra e já no consultório, recusou-se a comer depois de 6h em jejum. A médica observou as 2 porque a Matilde começava também a comer menos e deu a notícia que nenhum pai quer ouvir:
- A Joana tem de ir para o hospital e ficar internada para ser alimentada por sonda e eventualmente para receber oxigénio. Deve ser VSR ( virus respiratorio ) mas que nestas idades é muito perigoso e violento. A Matilde ainda não precisa de ser internada mas mais uns dias e fica igual. Estão com fervores e tiragens. Qual o hospital para onde querem ir que eu ligo já para falar com os meus colegas?
Pior que a notícia ser recebida a seco é ter a Bia connosco que se agarrou à Joana a chorar compulsivamente e a dizer que não queria que a irmã fosse para o hospital. Conter as lágrimas e agir como se estivesse calma foi das coisas mais dificéis com que tive de lidar na minha vida, emocionalmente falando.
Falamos para os hospitais privados quase todos e nenhum tinha vaga. Lá nos lembramos do Hospital dos Lusíadas e ligamos para saber se estavam lotados. Ainda tinham 3 vagas para internamento e lá fomos a correr com uma carta da médica na mão. Chegados lá passamos à frente de todos, fomos logo atendidos na triagem sem fazer a admissão é seguimos para a consulta.
A Joana tinha as saturações de oxigénio a 95%, não era alarmante mas o facto de não comer sim. A Matilde tinha as saturações a 100%.
Na consulta com a pediatra informa-nos do que a nossa pediatra já tinha dito e que iria internar a Matilde apenas por precaução pois o caso parecia ser VSR e que esse virus tinha a fase critica nas 48h seguintes às 1ªs manifestações e também por estarem ambas a fazer aleitamento materno.
De seguida foram retirar sangue nas duas e canalisar veias e a cada veia que tentavam picar era uma veia rebentada. Subimos para o internamento e colocam a sonda naso-gástrica à Joana e ligam ambas aos monitores de oxigénio e cardiaco. Começou a fazer cinesoterapia.
Na 2ª noite a Joana tem de ser ligada ao oxigenio, com saturações a dormir nos 83%. A Matilde foi estando sempre nos 100% e estável. Nas 48h seguintes a médica diz-me que poderia dar alta à Matilde e que seria o melhor para não se expor a uma qualquer infecção bacteriana, visto estar estável mas que entendia ( porque era também ela mãe de gémeos ) o quão dificil iria ser logisticamente, especialmente em termos do aleitamento. Perguntou-me se eu queria continuar a amamentar e alertou para o facto de que, eu teria de controlar os meus " nervos " para que continuasse a ter leite. Disse-me também que eu deveria ir a casa e descansar.
Acedi e quando se deu a separação das duas fiquei destroçada. Dividir-me entre a casa e as 3 filhas, 2 delas doentes fez-me quase colapsar emocionalmente.
No Sábado a médica notou melhorias na Joana e diz que provavelmente seria apenas mais um dia de internamento. Sábado venho dormir a casa e no Domingo a médica dá-lhe alta, com indicação de fazer cinesoterapia em casa.
Ontem, segunda-feira, a Matilde começou a piorar, chamamos o médico a casa que não achou ainda necessário irmos para o hospital e ligamos à pediatra. A indicação é de ir vigiando e se continuasse a vomitar e com dificuldades respiratorias para irmos para o hospital.
Felizmente começou à noite a tolerar a comida mas ainda tem dificuldades respiratórias... AI!
4 comentários:
oh querida que sufoco, nem quro imaginar.
espero que recuperem rápido.
beijocas grandes
as melhoras...
ui. espero que tudo esteja mais calmo agora e que estejam ambas a recuperar
beijo
Bolas... espero que já estejam melhores.
Beijocas grandes
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