Calcem as galochas que a baba vai começar a escorrer.

Quarta-feira, dia 18, fez um mês desde que a Beatriz foi para o colégio. Nesse mesmo dia, apesar de ter chegado mais tarde do que o costume a educadora estava lá. Tomou a iniciativa e veio falar comigo sobre a adaptação e comportamento da Beatriz.
Disse que come bem apesar de reclamar com os sólidos mas come sempre tudo pela mão dela seja peixe, carne com massa, arroz, batata, legumes, o que for. A sopa é dada pela educadora com algumas reclamações mas também acaba por comer sempre. A educadora diz que a distrai e que finge que não a entende ( o que lhe deve provocar um séria irritação ).
Dorme sempre e não tem dificuldades em adormecer.
Falei-lhe que a achava muito independente, confirmou e disse que ao início era mais, que já brinca com os colegas e convive com todos eles mas de vez em quando se farta de estar com eles, reclama e eles disperssam. Às vezes quer brincar sózinha, outras quer a atenção da educadora ou da auxiliar.
Disse que era muito bonita e engraçada e que o cabelo dela era a perdição de miúdos e graúdos. Todos tentam mexer no cabelo mas que ela destesta e assim que os vê aproximar de mão levantada faz cara feia e reclama muito.
Disse ainda que o menino F. a adora e que ela não lhe liga grande coisa. Já anda a despedaçar corações a piolha.
Afirmou que ela era a líder da sala, apesar de só ter entrado agora ( estão já a sentir a baba pelos tornozelos? ) e que normalmente tem os meninos/as da sala todos atrás dela. De cada vez que lhes esboça um sorriso ficam todos contentes.
Disse ainda que era meiga mas que tão depressa lhes está a abraçar ( à educadora e auxiliar ) como refila com elas.
Ontem cheguei e estava a dançar ao som da cantilena da auxiliar A. Quando me viu começou a choramingar e a correr para o meu colo.
No novo edificio já não ficamos à entrada, vamos até à sala e trazemo-la. Gosto muito mais assim.
Está adaptada e feliz e isso é que importa.