11 meses... feitos ontem!

Este último mês que passou foi o das descobertas. Tanta novidade em tão pouco tempo e um amor cada vez maior.
Achas que dormir é uma perda de tempo e por isso não só durante o dia se tornou tarefa complicada adormecer-te mas também à noite a cena repete-se. Tenho de começar a ler umas dicas para te restabelecer o teu ritmo e o teu sono. Antes bastava colocar-te na caminha com a tua música e adormecias pouco depois sem reclamar. Agora rebolas na cama, choras, pões-te de pé, de rabo espetado no ar e de cabeça encostada ao colchão, vale tudo para tentares “ afastar “ o sono. Isto já te tem valido uns “ ralhanços “ da mãe e do pai.
Aprendeste a gatinhar mas é de pé que preferes estar a toda a hora. Fazes um choro birrento sempre que cansados de andarmos de um lado para o outro de costas curvadas, te sentamos, mesmo que fiques rodeada de brinquedos. Ficas resignada, mandas com os brinquedos fora e por vezes vai a chucha também. Logo de seguida arrependes-te e vais buscá-la e colocas na boca mas se a mandas para locais inacessíveis desatas a chorar.
Agora só queres estar em pé ou ao colo e só estás sentada a brincar ou a gatinhar por períodos de tempo muito curtos. Cansas-te depressa, só não te cansas de andar.
Andas a testar-nos e nós andamos a tentar descobrir como não errar nestes testes. Tarefa complicada que tentamos superar todos os dias mas todos os dias ficamos com a sensação de não saber se agimos da melhor forma. O tempo o dirá porque não existem manuais de como agir nas milhentas situações com que os pais são confrontados. Vale-nos o bom senso e algumas experiências alheias, mas confesso que educar é mais complicado do que parece à primeira vista.
“ Esqueceste-te “ do Mamã e do Papá ( apesar de dizeres mais Papá que Mamã ). São cada vez mais os sons imperceptíveis e cada vez menos as palavras. Acho que como já sabes perde o interesse.
Conheces a família e quando te perguntamos pelos nomes de cada um identificas com o olhar sem errar para a pessoa em questão. Raramente apontas ( porque apontar é feio, deves pensar ) e quando o fazes esticas a mão para o objecto em questão ( e nunca para as pessoas ) mas não o dedo. Esticar o dedo é só para fazer “ a pitinha põe o ovo “.
Por vezes confundes esta última brincadeira com as palminhas mas acho adorável a satisfação com que fazes os teus gestos, os teus acenos. Andas fascinada com a parte motora.
Adoras crinaças e cães, delicias-te com o banho mas como a nova habilidade é pores-te de pé na banheira, não aprecias o momento como outrora. De vez em quando tenho de te mudar os bonecos com os quais brincas porque lhes deixas de achar graça. Se depois de uns tempos tos voltar a mostrar reages como se fosse a primeira vez que os descobres. Dás sempre um sorriso lindo.
Adoras que faça dos bonecos marionetas e que os ponha “ a falar “ para ti.
Estás cada vez mais desperta para o mundo e por isso todas as novidades são apetecíveis momentos de descoberta.
Andas a “ embirrar “ com os meus óculos e sempre que te lembras tentas arrancarmos da cara. Com muita insistência e muito não lá consigo que os esqueças até à próxima vez. A técnica da transferência tem resultado neste caso.
O “ Não “ é a palavra de ordem, qualquer dia chamas-me “ Não “ em vez de “ Mamã “.
Uma outra diversão é retirar as coisas da gaveta. Queria ver se não era preciso comprar os protectores das gavetas mas parece-me que não nos escapamos deles.
És adorável ( apesar das birras e do adormecer ) e normalmente as pessoas deliciam-se contigo.
Não dás trabalho nenhum para comer mas ainda não gostas de grandes aventuras alimentares. Comida aos pedaços só se for pão, bolachas e arroz ( dado grão a grão ). O resto recusas e agonias-te.
Dás beijinhos aos bonecos mas não em nós. De vez em quando dás-me umas festinhas na cara que me fazem sentir uma felicidade imensa ( talvez pela escassez de mimos que nos dás ultimamente ). Gostas pouco que te aperte e que te esborrache a bochecha com beijos. Miminhos só quando estás com soninho. O colo é o meio de chegar às coisas que estão nas prateleiras, para ver os quadros ou quando não queres estar de maneira nenhuma. Colo por mimo tem sido nos raros momentos de saturação tua.
És tão amorosa e tão querida que me dás vontade de ter uma “ ninhada “ de filhos. Haja saúde, dinheiro e fertilidade para isso!
Amo-te mais que ontem e menos que amanhã. Parabéns meu amor!