Esta madrugada!

Estava a trabalhar, já passava largamente da 1 da manhã, uma dor no braço esquerdo que se estendia ao peito, um nó na garganta, dificuldade em encher o peito de ar fizeram pensar o pior... será que estou a fazer um enfarte? Esperei 10 minutos, a dor não passava, chamei o Nuno. Massajou-me a omoplata e o braço e a dor continuava. Um ligeiro formigueiro na mão e a tensão arterial alta, 175 / 110. Pulso muito instável e a baixar ( chegou às 45 pulsações por minuto ). Chamei o médico que depois de explicar os sintomas ao telefone só apareceu quase às 3 da manhã. Quando chegou a tensão já estava mais baixa ( 135/105 ) e eu já não tinha a tal dor, apenas uma impressão na omoplata que ainda se mantem. Calmamente controlei os nervos, pensei se estaria a fazer um enfarte, pensei nos sintomas e apesar da dor no braço e no peito pensei que não devia ser isso. Ainda me passou pela cabeça que poderia estar com a vida em risco mas pensei, não, não pode ser, a minha filha precisa de mim. Acreditem ou não, não tive medo, apenas um desejo imenso de não me deixar abater.
Examinou-me disse que atribuia os sintomas a uma contracção muscular que apertando o peito fazia disparar a tensão arterial. No entanto alertou que se a situação se repetisse tinha de fazer exames. Deixou uma receita médica, um medicamento para as dores, um para a tensão arterial ( para caso a tensão subisse colocar meio comprimido debaixo da lingua ) e um outro que não me lembro para que se destina.
Como estava melhor não fomos à farmácia, fomos nos deitar e dormi. O Nuno teve o resto da noite em claro, não conseguiu dormir com a preocupação.